Voz e Luz

De Nelson Porto

Nesta obra, o autor procura expor ao leitor toda a complexidade das emoções humanas, para tanto, elabora cenários lúdicos em situações de extremo sentimento. A Ironia e a Antítese têm lugar de fala nos seus contextos e são instrumentos líricos recorrentes. Como nas shippagens das redes sociais, o seu neologismo se torna "nelsologismo" ao hibridar palavras e formar novos contextos. As reflexões do Ser Humano é o alvo de sua poesia.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 6 de mar. de 2023
• ISBN: 9786525443874

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Prefácio

Nelson Porto, amigo há mais de 4 décadas, traz em seu primeiro livro de poesia publicado toda a sua lírica genialidade. Ao transformar temas sensíveis em palavras com ritmo e sons, ele nos desperta dentro da clássica e luminosa moldura dos sonetos.

Eu tive o prazer de acompanhar, desde a nascente, todo o processo deste rio, que flui muitas vezes em corredeiras de ânsias, mágoas e mais águas, outras, no entanto, estão tensas em represas de tédios hidros.

Em sua Existência, o poeta nos entrega a certeza de que a Poesia é uma Voz que sai do coração para dar Luz à mente – sóbria e serena. Essa lucidez abre um leque de interpretações para novos caminhos, lugares inexplorados e situações inéditas. Tudo revelado em nossa própria alma como fazíamos com os filmes fotográficos.

Cada soneto, metricamente elaborado com uma riqueza vernacular, conduz o leitor a uma meditação sobre o poder da escrita em forma de poesia. Além disso, convida o leitor a uma reflexão dentro da evidente sensibilidade e humanismo que o autor enxerga e vai rembrantando as formas sem contornos no mundo em que vivemos.

A Voz é a palavra que rompe o bloqueio da mesmice. A Luz é a reflexão clara, de um otimista nato.

Por fim, seu cotidiano lírico é uma exposição de metáforas arrogantes, neologismos ímpares, ironias provocantes e um acervo de telas vivas, onde ele nos faz viajar muito além das palavras Desiluzindo pelo Edenzerto.

Luiz Cote

Dedicatória

Este livro é dedicado aos meus amados filhos Ana Carolina, Luiz Ricardo e Ângela Cristina.

Agradecimentos

Agradeço a Deus pelo dom confiado, o da Palavra e o amor pela Poesia. Em louvor à sensibilidade das doces almas femininas: Marlene Matheus, Shirley Galdino e Vó Maria Nazi. E em nome de todos os amigos, minha gratidão aos fraternos Luiz Cote, Sérgio Lima e Zoênio Moura.

Fazer o quê?

Não é fácil fazer poemas.

É necessário.

Não é difícil corrigir palavras.

É simples,

Desde que não me aborreçam com regras sem nexo

E um monte de teoremas sem sentido.

Fizeram do meu idioma algo que não mais importa,

Nem se exporta.

Se globaliza.

É outra língua morta...

Perdi minhas gírias,

O meu sotaque sintático,

Lindas luxúrias léxicas

E até um afrancesado burguês.

Tiraram de minha língua

Vários melhor, quase todos os acentos

E os assédios das cedilhas.

Minha mão desenha frases

Reticentes... Estou cansado!

É difícil fazer poemas

Mas... fazer o quê?

VOZ & LUZ

Um brilho no horizonte, eu vejo e creio.

Um mar atrapalha-me, é o mar que crio.

Um mar de rosas roxas quando o brio

Falta e mata as rosas