Memórias De Um Radialista

De Lindberg Garcia

O autor relata suas experiências de radialista nos anos 60, década rica em revoluções sociais, científicas, políticas e costumes, que pode acompanhá-las e noticiá-las pela ZY4-Rádio Imbiara de Araxá. A cidade que serviu de cenário à narrativa deste livro, uma aprazível cidade do Sudeste Mineiro, a bela e charmosa Araxá, que no início da década tinha pouco mais de 28 mil habitantes, chegando em 1970, aos 35 mil habitantes. Ser radialista num tempo em que o Rádio ainda não sentia a concorrência da televisão, deu oportunidade para que um jovem, nos conturbados anos 60, passasse por um rico aprendizado na comunicação radiofônica. Memórias De Um Radialista traz histórias interessantes, algumas delas bastante curiosas, jocosas, engraçadas mesmo, das quais participou de umas tantas, outras de que tomou conhecimento através de seus colegas veteranos. O leitor irá se deliciar com a história do Vendedor de Votos, que desde aquela época já vicejava na política, e a lição de ética dada pelo Diretor-Presidente da Emissora. Ficará intrigado com o aparecimento de uma bela jovem da qual nem mesmo se soube o nome, quem seria ela? A troca de vogais em uma locução que deixou o locutor em palpos de aranha. Como foi o caso de uma brincadeira de mau gosto em que o locutor não percebeu o aviso de No Ar ? Poderá conhecer o tradicional jogo de Truco , muito apreciado pelos mineiros. O misterioso desaparecimento de um machado que nunca mais foi encontrado na casa do anfitrião. Traz também o drama de um amor impossível, com desfecho trágico para os amantes. A decepção de um locutor galã no primeiro encontro com uma Amazona montada em uma égua pangaré. O pânico coletivo na cidade provocado por causa de um anúncio da estreia de um filme, Estas e outras histórias são contadas pelo autor de Memórias De Um Radialista , diversão segura e interessante para o seu leitor..

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 6 de set. de 2019

Pré-visualização do livro

ÍNDICE / PÁGINAS

Um Pensamento – 4

Dedicatória  – 5

Agradecimentos – 6

Conhecendo O Autor – 7

Apresentação – 10

Sumário – 17

Novos Rumos – 22

Um Homem Além De Seu Tempo – 29

O Almoço No Posto Zote – 35

A Troca De Vogais – 43

Fora Do Ar – 47

O Feitiço – 53

A Faxineira Josina – 58

A Amazona – 60

O Craque Da Bola – 65

A Sapoti de Araxá – 73

Sorte Ou Sortilégio – 77

O Substituto – 82

Um Trote  – 85

O Pistoleiro de Sacramento – 87

O Truco e o Machado – 90

De Alguém Para Você – 117

A Emissora Da Saudade – 143

Um Pensamento

O livro é uma extensão da memória e da imaginação

Jorge Borges

Dedicatória

Dedico à minha amada esposa Maria José, e aos queridos filhos Rodolfo e Leandro, que me incentivaram a escrever sobre uma parte de minhas experiências profissionais, quando por um período de minha juventude tive como atividade ser um dos locutores de uma emissora de rádio do interior, a Rádio Imbiara de Araxá, na bela e acolhedora cidade, onde o sol nasce primeiro e se põe por último, a Araxá das Minas Gerais.

O Autor

Agradecimentos

Meus agradecimentos ao artista Fernando Pereira, que tão bem soube captar a imagem idealizada para ilustrar a capa de Memórias De Um Radialista.

O Autor

Conhecendo O Autor

O autor, Lindberg Garcia, nasceu em uma fazenda denominada Santa Maria, no Distrito do mesmo nome, do Município de Conquista no Estado de Minas Gerais, em 15 de fevereiro do ano de 1942. Entretanto consta de sua Certidão de Nascimento, como nascido no dia 15 de abril daquele mesmo ano, talvez por erro do Tabelião, nunca se saberá. O pai, um admirador ardoroso dos feitos da aviação, deu-lhe o nome de Lindberg – assim mesmo sem o h do original – em homenagem ao piloto americano Charles Lindbergh, que em 1927, realizou o primeiro voo solitário, e sem escala, voando dos Estados Unidos da América até a um aeroporto nos arredores de Paris. O sobrenome Garcia, o mesmo de seu pai, veio do avô paterno, José Leandro Garcia um imigrante espanhol.

Viveu parte da infância no meio rural, onde permaneceu até os sete anos de idade, vindo sua família a radicar-se em Araxá, uma conhecida cidade hidro balneária do Estado de Minas Gerais. Ali viveu o restante de sua meninice e grande parte de sua juventude, período em que concluiu o ensino fundamental. Em 1972 graduou-se em Ciências Econômicas pelo Instituto Universitário Moura Lacerda, em Ribeirão Preto/SP. Em 1995 concluiu o curso de pós-graduação em Administração de Transportes, pela Faculdade de Ciências Gerenciais/UNA/BH.

O Autor teve uma rica experiência profissional voltada à comunicação, sendo uma delas a de radialista em uma emissora na cidade de Araxá, onde desempenhou além da função de locutor, a de redator de crônicas da cidade, rádio repórter, animador de programas de auditório, comentarista de esporte, dentre outras. Após sua graduação universitária, por um período de pouco menos de três anos, exerceu o magistério atuando como professor de matemática nos principais estabelecimentos de ensino daquela bela cidade.

Em 1974 em virtude de ter sido nomeado funcionário público pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais, veio a radicar-se em Belo Horizonte. Naquela autarquia passou por vários cargos, de Assessor de Economia, a Diretor Setorial. Foi Presidente do Conselho de Transporte Coletivo Intermunicipal e Metropolitano de Passageiros em quatro mandatos alternados, vindo a aposentar-se como funcionário público em fevereiro de 2015. Inicia-se nas letras com o livro, O Anjo Down, a história do seu filho portador da trissomia do cromossomo 21.

Casado a quarenta e dois anos com Maria José, forma a família com os filhos Rodolfo, o primogênito, e o caçula Leandro que dá título ao livro, O Anjo Down.

Apresentação

Trago como prefácio desta obra, aspectos culturais e demográficos de uma encantadora cidade triangulina, a bela e hospitaleira Araxá das Minas Gerais. Araxá é conhecida por suas águas medicinais e sua bela estância hidromineral no Grande Hotel do Barreiro.

Localizada no Sudeste Mineiro, na Zona Geográfica do Alto Paranaíba, a bela e acolhedora Araxá tem o seu município localizado entre duas grandes bacias hidrográficas, a do Rio Grande, e a do Rio Paranaíba.

Sua história está ligada aos índios Arachás, assim mesmo com ch, de onde deriva o nome Araxá, com x, que em tupi-guarani significa, "lugar onde primeiro se avista o sol", e poeticamente, em tradução livre, "o lugar onde o sol nasce primeiro e se põe por último". A língua tupi-guarani, exerce forte influência em Araxá, designando, por exemplo, o nome a uma das mais belas avenidas da cidade, a Avenida Imbiara, que significa na língua indígena, "o caminho das águas", já que a avenida é a que liga a cidade as águas medicinais e fontes termais do balneário do Grande Hotel do Barreiro. Outro exemplo, é o caso de uma das ruas da cidade, que por possuir um traçado sinuoso, recebeu o nome de Rua Pepururé, ou seja, "caminho tortuoso", na língua indígena. Também, de feliz memória, muitos araxaenses se lembram da Churrascaria Moquém, que significa "carne assada" em tupi-guarani. A história de Araxá é interessantíssima, e bastante curiosa.

Vejamos um pouco dessa emocionante história que começa com a expedição de Inácio Correia de Pamplona, que em 1766, que livrou a região da resistência indígena, dizimando-os. A formação da cidade deu-se em 1788, quando foi celebrada a primeira missa no território. Durante muito tempo Araxá, como também a vasta região do Triângulo Mineiro pertencia ao Estado de Goiás, sendo transferida para Estado de Minas Gerais por causa de uma querela entre o Ouvidor-Geral da Comarca, um notório desafeto do Governador de Goiás. Toda esta interessante história foi narrada em uma novela na antiga Rede Manchete de Televisão, exibida em 1980.

Adaptada do romance de Agripa de Vasconcelos, teve como atriz principal Maitê Proença no papel de Dona Beija, e como cenário a cidade de Araxá. A novela narra o drama de Ana Jacinta do São José, conhecida como Beija, raptada pelos esbirros do Ouvidor-Geral da Comarca, Joaquim Inácio Silveira da Mota no ano 1815. A família da jovem raptada denunciou o fato ao então Governador de Goiás que mandou abrir o processo contra o seu inimigo declarado, o Ouvidor-Geral da Comarca, pelo roubo da jovem Ana Jacinta do São José. Para livrar-se da incômoda situação de ter o seu processo sob jurisdição de um inimigo, o então Ouvidor-Geral da Comarca, por influência de Dona Beija, que a esta altura tornara-se sua amante, o Ouvidor intercedeu junto a Dom João VI para que os julgados de Araxá passassem para o Governo de Minas, onde o seu julgamento não lhe