Poesias Reunidas
()
Sobre este e-book
Mas a poesia é tão insistente, tão humana e faz tanto bem à minha alma, que não resisto e de novo entrego-me a ela por inteiro, num amor sem medida.
Confesso que me dá um prazer muito grande participar da vida cultural de minha cidade. Compartilhar com os estudantes e os leitores de minha comunidade um pouco da cultura que a duras penas adquiri.
É muito bom poder colaborar, contribuir com a cultura de meu povo. Eu vim do povo, aprendi o que sei com o povo e escrevo para o povo. Nada melhor, portanto, que este mesmo povo para avaliar o meu trabalho.
Aprendi na escola do mundo que o homem tem que doar sempre. Doar até mais nada receber, ou seja, doar por toda vida.
Tenho procurado seguir este ensinamento do homem simples, do matuto, do sertanejo, do ribeirinho, que na sua longa experiência de vida nos dá um show de como viver em comunidade.
Tenho buscado aprimorar o meu coração, o meu entendimento. Tenho implorado ao Senhor, para que me dê sabedoria, me dê a luz lá do alto, para que eu possa saciar a minha sede de saber e assim falar melhor à alma do homem simples, meu irmão e meu companheiro de jornada.
Por isso fico tão feliz ao entregar-lhes este livro que é parte minha, fruto de longa meditação, extraído do barro, do ar, da água, do cheiro do cedro, do abstrato, do sonho...
Observe que ele tem a essência do orvalho, do capim, do boi, da garapa curtida, do açúcar de engenho, da moça branca, da gabiroba, da pitanga, do gravatá.
Este livro é também parte sua, meu irmão simples, meu companheiro, meu amigo de fé... Ele tem seu suor, sua luta e sua força. Aproprie-se dele. Toma. É seu.
Leia mais títulos de José Afonso Barbosa
Imigração quem acolhe colhe Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMi Viejo Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Poesias Reunidas
Ebooks relacionados
Seleta - Por pior que pareça Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNão Posso Ficar Nem Mais Um Minuto Com Você Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs mistérios que ouvi contar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOlelê: Uma antiga cantiga da África Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Sina de Ynácio Reysh: Filhos do Sol, Filhos da Lua Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLavrinhas: andanças em versos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPérolas Ao Vento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAfrografias da Memória: O Reinado do Rosário no Jatobá Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sons Da Tapera Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDona Mocinha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeu Lote Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO abominável homem das neves e outros contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMulheres negras inspiradoras Nota: 5 de 5 estrelas5/5Minhas Lembranças de Família Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBanzo e afetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSebastião, Meu Avô, Pai Da Minha Mãe Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNos Cafundós do Jalapão: Crônicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAcontecido Em Aricanga Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNecropoéticas e outras histórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Caminhos De Um Mercador De Sonhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Saga De Um Peruano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDebaixo Do Mesmo Céu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMaracatu circuncidado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Contos Que Eu Conto. Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Trem Da Saudade Sobre Os Trilhos Da Esperança Nota: 0 de 5 estrelas0 notasValor Estimado: Saudades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRimas de lá e de cá Nota: 0 de 5 estrelas0 notas1000% Nordestino - Volume 2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPedrinhas miudinhas: Ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Poesia para você
Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5A flauta e a lua: Poemas de Rumi Nota: 1 de 5 estrelas1/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Emily Dickinson: Poemas de Amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas selecionados Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5A amplitude de um coração que bate pelo mundo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSentimento do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Autoconhecimento em Forma de Poemas: Volume 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5MAIAKOVSKI: Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Poesias Reunidas
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Poesias Reunidas - José Afonso Barbosa
José Afonso Barbosa
POESIAS REUNIDAS
Goiânia-GO
Kelps, 2019
Copyright © 2019 by José Afonso Barbosa
Editora Kelps
Rua 19 nº 100 – St. Marechal Rondon
CEP 74.560-460 – Goiânia-GO
Fone: (62) 3211-1616
E-mail: kelps@kelps.com.br
homepage: www.kelps.com.br
Capa
Photo by Hanneke Laaning on Unsplash
Programação visual
Victor Marques
CIP – Brasil – Catalogação na Fonte
Dartony Diocen T. Santos CRB-1 (1º Região)3294
BAR Barbosa, José Afonso.
min Poesias reunidas. / José Afonso Barbosa. – Goiânia: Kelps, 2019.
367 p.
ISBN: 978-85-400-2722-0
1. Literatura brasileira. 2. Poesia. I. Titulo
CDU: 821.134.2(81)-1
DIREITOS RESERVADOS
É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
BIOGRAFIA DO AUTOR
José Afonso Barbosa nasceu no dia 3 de outubro de 1949, na fazenda do Gongo, município de Morrinhos, Estado de Goiás. Seu pai, Gerson Ferreira Barbosa era natural da fazenda do Barreiro, no mesmo município. Era vaqueiro e agricultor. Neto, pelo lado paterno, de migrantes mineiros, de Delfinópolis, antigo Espírito Santo da Forquilha, no pé da serra da Canastra. Seus avós, Lourenço Affonso da Silva e Laura Ferreira Barbosa eram netos de portugueses. Pelo lado materno, Gerson era neto de Beraldino Inocêncio de Oliveira e Maximiana Maria de Jesus. Ele, natural da região de Uberlândia. Ela, da região de Patrocínio, pertencente à família São José. A mãe, Maria Marques Palmeira, era natural da fazenda Santa Rosa, também em Morrinhos. Foi agricultora, fiandeira, costureira e tecedeira. Era bisneta, pelo lado paterno, de Francisco Gonçalves da Silva e Marcelina Romualda de Jesus, da região de Patrocínio, Minas Gerais. Pelo lado materno, de Felisberto Luiz do Amaral e Cândida Carolina de Paiva, latifundiários no município de Patrocínio, Minas, no último cinquentenário do século XIX. José Afonso Barbosa viveu na zona rural até os dezesseis anos de idade. Cumpriu todas as tarefas que cabe ao homem do campo. Ainda muito criança, já era candeeiro de carro de bois. E já acompanhava o pai no transporte de gado nas estradas boiadeiras. Andava o dia todo no lombo de burro e muitas vezes dormiam, o pai e ele, nos cercados que havia na beira das estradas, sob o peso da fome e do frio, sobre enxergas e baixeiros, fedendo a suor de cavalo e urina de vaca, com o corpo todo alquebrado, principalmente a bunda e as barrigas das pernas. Aos dezesseis anos de idade, mudou-se para a cidade de Morrinhos. Fez o primeiro ano do ensino primário para adultos em 1967, no Colégio das Irmãs Agostinianas, à noite, junto com o irmão João Afonso Barbosa. Há um episódio interessante: o irmão e ele, iam à escola usando botinas amarelas, e a vestimenta, calça e camisa eram feitas em tecido de chita, de tom sobre tom, nas cores marrons, onde sobressaia o marrom escuro. Isso todos os dias. A roupa só era usada para ir à escola. Roupas que sua mãe, dona Zica fazia com cuidado e esmero. Isso era motivo de chacota para os alunos, que ficavam abusando dos caipiras
. Certo dia, a professora Irene Najar anunciou à classe que, a partir de tal data, os alunos teriam que ir de uniformes, uma nova exigência da diretoria. Uma colega que sentava ao lado de João Afonso Barbosa lhe disse: Vocês não precisam de uniformes. Vocês já vêm uniformizados todos os dias, né?
E caiu na gargalhada. No que foi seguida por vários alunos. A professora os repreendeu. Um ano antes, quando eles moravam ainda no entorno do povoado do Rancho Alegre, geralmente eles vinham cantar de dupla sertaneja no programa de auditório aos domingos do famoso locutor Chico Flor, na Rádio Morrinhos AM, e, no trajeto da rodoviária até o prédio da Rádio passando pela rua Barão do Rio Branco, onde havia vários bares, sendo o principal deles o Bar Presidente, o povo quase os matava de tanta galhofa: Lá vão os chapéus atolados
; ei, vocês vão cantar na Rádio Entupida de Morrinhos?
, e riam escancaradamente. Essa brincadeira de jogar boi n’água os deixava vermelhos de vergonha. Mas, enfim, a vida corria seu curso normal. Nada como um dia atrás do outro... Estudou o terceiro ano primário na Escola Estadual Mariquita Costa. O quarto ano, inconcluso, no Grupo Escolar Coronel Pedro Nunes, com a professora Vasti Elias. Foi boia-fria, calçador de rua, vigilante bancário, comerciante no ramo de armarinhos, fazendeiro, vendedor, representante comercial e funcionário público municipal. Exerceu vários cargos de confiança nos governos de Joaquim Guilherme Barbosa de Souza e Rogério Carlos Troncoso Chaves. Sempre na área cultural. Procurei alcançar a grandeza da alma. Não me contentei com a mediocridade sugerida pelo destino. Determinado, domei o animal xucro que vivia dentro de mim. Lutei incansavelmente para atingir minha meta. Não foi fácil vencer as trevas da ignorância. Só com muito esforço consegui vislumbrar a sabedoria. Contudo, ela parecia inatingível. Mas não esmoreci. Busquei-a noite e dia. Foi dura a queda de braços. A sorte parecia desprezar-me, rir da minha cara. Mas não me dei por vencido. Esforcei-me mais ainda, desesperadamente. Devorei uma montanha de livros. Alumiei, com a lanterna da alma, as curvas do destino. Hoje, como em noite de lua clara, navego no oceano do saber, maravilhado com a informação que brota de cada letra, de cada palavra, de cada frase, de cada verso, de cada livro...
. Formado em História, já publicou vários livros, são eles: Corcel do Tempo, Amor Eterno, Lua Azul, Nostalgia, Dilúvio, Viola Estradeira, Tudo Silencia, Passeio no Parque, O Milagre da Oração, poesia, autoajuda e fábula infantil. Triângulo da História, Na Trilha do Passado, Rancho Fundo. Aninha, A História de Vila Bela Através da Fotografia e Imigração: Quem Acolhe Colhe. História, Contos e Memórias. É membro da UBE-GO. Membro fundador da Academia Morrinhense de Letras e seu presidente por quatro mandatos. Detentor da Comenda Antônio Corrêa Bueno/2008. Embaixador Cultural da Cidade de Morrinhos
, pelo decreto municipal nº 1.133, de 16 de dezembro de 2011. Atualmente se dedica mais à pesquisa Histórica
Dedico este livro à minha esposa
Jerusalena Deusa Nunes Pereira Barbosa e às minha
filhas Carita Nava Nunes Barbosa e Paula Nava Nunes Barbosa
e também à memória de meu amigo Eliziário do Carmo.
Minha reverência aos meus ascendentes.
Paternos, trisavós:
Antônio Inocêncio de Oliveira e Maria Theodora do Sacramento, mineiros.
José da Silva Vieira e Anna Francisca de São José, mineiros.
João Ferreira Barbosa e Generosa Maria de Jesus, mineiros.
Bisavós: Beraldino Inocêncio de Oliveira e Maximiana Maria de Jesus, mineiros.
Lourenço Affonso da Silva e Laura Ferreira Barbosa, mineiros.
Avós: João Ferreira Barbosa e Gerônima Inocêncio de Oliveira, goianos.
Pai: Gerson Ferreira Barbosa, goiano.
Maternos: tetravós:
Joana Olina Arlinda Argélia Gurgel do Amaral, italiana.
José Luís do Amaral e Theresa de Paiva, mineiros.
Trisavós: Felisberto Luís do Amaral e Cândida Carolina de Paiva, mineiros.
Francisco Gonçalves da Silva e Marcelina Romualda de Jesus, mineiros.
Manoel Simões de Oliveira e Amélia Mariana Augusta, mineiros.
Felisberto Luís do Amaral e Cândida Carolina de Paiva, mineiros.
Bisavós:
José Marcelino da Silva e Maria Carolina de Paiva, mineiros.
José Marques Palmeiras e Rita Cândida de Paiva, mineiros.
Avós:
Luzio Marcelino da Silva e Divina Marques Palmeiras, mineiros.
Mãe: Maria Marques Palmeiras, goiana.
Sumário
APRESENTAÇÃO
VIOLA ESTRADEIRA – 2015
SONHANDO I
SONHANDO II
SONHANDO III
SONHANDO IV
SONHANDO V
SONHANDO VI
SONHANDO VII
SONHANDO VIII
SONHANDO IX
SONHANDO X
SONHANDO XI
SONHANDO XII
SONHANDO XIII
SONHANDO XIV
MINHA SOMBRA PEREGRINA.
CAMINHEIRO
VIOLA ENLUARADA
VIOLA CANTADEIRA
UM BEIJO POR ESMOLA.
PESCARIA
MALEITA
VIOLA ENFURECIDA
HOMICIDA
DEPRESSÃO
TRISTEZA ENFADONHA
VIOLA ESTRADEIRA
MÁGOA DE CABOCLO
LEI DE TALIÃO
LÁGRIMA CORRENTE
CURVAS DO VENTO
NOVA PAIXÃO
LABIRINTITE
A PONTE CAIU
A DOR QUE FERE
BADALO
DESLUMBRAMENTO
OURO FINO
SÃO CLEMENTE
PANARÍCIO
ROMARIA
BANDEIRANTE DO SERTÃO
VIOLA CAIPIRA
BARRA DO DIA
SOCORRO URGENTE
ESCULACHO
VIDA DE POBRE
LADAINHA
AÇUCENA
O SUJEITO DESAPARECEU
RABO DE SAIA
PÉ NA PEIA
RADIOSA MELODIA
MOLDURA (PARA UMA DEUSA!).
TIMBIRA
BOIOTA
MONALISA
TUDO SILENCIA – 2016
TUDO SILENCIA
MINHA SOMBRA PEREGRINA
MINHA PENA
ROSANA NAS ALTURAS
VAI BOIADA
NOITE DE LUA CLARA
CARRO DE BOI
TERRA DE NINGUÉM
PODEROSA
POETA FERIDO
ENTRE A CRUZ E A ESPADA
VILA BELA
OSVALDO DA MARCELÂNIA
ÊXTASE DIVINO
CONFISSÃO
Luz da Manhã
O GOSTO DO PECADO
MEUS AMORES
JECA
LUA CLARA
LUA DE PRATA
TRAIÇÃO
FRITURA
ESTRELA CELESTINA
FALSO JURAMENTO
SOL DESDITOSO
ÚNICO REMÉDIO
BANHISTA LUNAR
SENZALA
CAPRICHO
ZELO DA ALMA
MEGERA
SÃO JOSÉ
MAGIA
BALBÚRDIA
GRAÇA JUVENIL
COFRE DA SAUDADE
AVE-MARIA
VAZIO
JORNALEIRO
APEDREJADO
RÉGIA CASA
TRISTE VEREDITO
MANTOS GERAIS
NEGRO RASTRO
CALE-SE
POESIAS AVULSAS
NA TRILHA DO PASSADO
VILA BELA
CONTATO
O POETA
ELIS REGINA I
ELIS REGINA II
ALMA SENSÍVEL
JOSÉ E MARIA
MARIA E JOSÉ
LONGE SE VAI
FLOR DO CAMPO
LÁBIOS LIRIAIS
CADA UM CUIDA DE SI
TÃO LONGE! ...
O TEMPO
FRAGMENTOS
PARAFUSO
NESTA HORA
TEU ESCRAVO
AINDA PENSA EM MIM
TAL E QUAL
INDIFERENÇA
ALAZÃO
MISTÉRIO
NÃO CHORE NÃO
PEDRAS DO DESTINO
CHORA CORAÇÃO
CORAÇÃO INGRATO
PAIXÃO MAL RESOLVIDA
A MULHER É INGRATA.
RANCHO FUNDO
UM SONHO BOM
CAMINHEIRO
RODA GIGANTE
ANEXO
A POÉTICA DE JOSÉ AFONSO BARBOSA NO TRIÂNGULO DA HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO
Muitas vezes tenho jurado a mim mesmo que nunca mais vou escrever coisa alguma. E assim o faço por longo tempo.
Mas a poesia é tão insistente, tão humana e faz tanto bem à minha alma, que não resisto e de novo entrego-me a ela por inteiro, num amor sem medida.
Confesso que me dá um prazer muito grande participar da vida cultural de minha cidade. Compartilhar com os estudantes e os leitores de minha comunidade um pouco da cultura que a duras penas adquiri.
É muito bom poder colaborar, contribuir com a cultura de meu povo. Eu vim do povo, aprendi o que sei com o povo e escrevo para o povo. Nada melhor, portanto, que este mesmo povo para avaliar o meu trabalho.
Aprendi na escola do mundo que o homem tem que doar sempre. Doar até mais nada receber, ou seja,