Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Poesias Reunidas
Poesias Reunidas
Poesias Reunidas
E-book325 páginas2 horas

Poesias Reunidas

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Muitas vezes tenho jurado a mim mesmo que nunca mais vou escrever coisa alguma. E assim o faço por longo tempo.
Mas a poesia é tão insistente, tão humana e faz tanto bem à minha alma, que não resisto e de novo entrego-me a ela por inteiro, num amor sem medida.
Confesso que me dá um prazer muito grande participar da vida cultural de minha cidade. Compartilhar com os estudantes e os leitores de minha comunidade um pouco da cultura que a duras penas adquiri.
É muito bom poder colaborar, contribuir com a cultura de meu povo. Eu vim do povo, aprendi o que sei com o povo e escrevo para o povo. Nada melhor, portanto, que este mesmo povo para avaliar o meu trabalho.
Aprendi na escola do mundo que o homem tem que doar sempre. Doar até mais nada receber, ou seja, doar por toda vida.
Tenho procurado seguir este ensinamento do homem simples, do matuto, do sertanejo, do ribeirinho, que na sua longa experiência de vida nos dá um show de como viver em comunidade.
Tenho buscado aprimorar o meu coração, o meu entendimento. Tenho implorado ao Senhor, para que me dê sabedoria, me dê a luz lá do alto, para que eu possa saciar a minha sede de saber e assim falar melhor à alma do homem simples, meu irmão e meu companheiro de jornada.
Por isso fico tão feliz ao entregar-lhes este livro que é parte minha, fruto de longa meditação, extraído do barro, do ar, da água, do cheiro do cedro, do abstrato, do sonho...
Observe que ele tem a essência do orvalho, do capim, do boi, da garapa curtida, do açúcar de engenho, da moça branca, da gabiroba, da pitanga, do gravatá.
Este livro é também parte sua, meu irmão simples, meu companheiro, meu amigo de fé... Ele tem seu suor, sua luta e sua força. Aproprie-se dele. Toma. É seu.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de mar. de 2019
ISBN9788540027220
Poesias Reunidas

Leia mais títulos de José Afonso Barbosa

Relacionado a Poesias Reunidas

Ebooks relacionados

Poesia para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Poesias Reunidas

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Poesias Reunidas - José Afonso Barbosa

    José Afonso Barbosa

    POESIAS REUNIDAS

    Goiânia-GO

    Kelps, 2019

    Copyright © 2019 by José Afonso Barbosa

    Editora Kelps

    Rua 19 nº 100 – St. Marechal Rondon

    CEP 74.560-460 – Goiânia-GO

    Fone: (62) 3211-1616

    E-mail: kelps@kelps.com.br

    homepage: www.kelps.com.br

    Capa

    Photo by Hanneke Laaning on Unsplash

    Programação visual

    Victor Marques

    CIP – Brasil – Catalogação na Fonte

    Dartony Diocen T. Santos CRB-1 (1º Região)3294

    BAR Barbosa, José Afonso.

    min Poesias reunidas. / José Afonso Barbosa. – Goiânia: Kelps, 2019.

    367 p.

    ISBN: 978-85-400-2722-0

    1. Literatura brasileira. 2. Poesia. I. Titulo

    CDU: 821.134.2(81)-1

    DIREITOS RESERVADOS

    É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

    BIOGRAFIA DO AUTOR

    José Afonso Barbosa nasceu no dia 3 de outubro de 1949, na fazenda do Gongo, município de Morrinhos, Estado de Goiás. Seu pai, Gerson Ferreira Barbosa era natural da fazenda do Barreiro, no mesmo município. Era vaqueiro e agricultor. Neto, pelo lado paterno, de migrantes mineiros, de Delfinópolis, antigo Espírito Santo da Forquilha, no pé da serra da Canastra. Seus avós, Lourenço Affonso da Silva e Laura Ferreira Barbosa eram netos de portugueses. Pelo lado materno, Gerson era neto de Beraldino Inocêncio de Oliveira e Maximiana Maria de Jesus. Ele, natural da região de Uberlândia. Ela, da região de Patrocínio, pertencente à família São José. A mãe, Maria Marques Palmeira, era natural da fazenda Santa Rosa, também em Morrinhos. Foi agricultora, fiandeira, costureira e tecedeira. Era bisneta, pelo lado paterno, de Francisco Gonçalves da Silva e Marcelina Romualda de Jesus, da região de Patrocínio, Minas Gerais. Pelo lado materno, de Felisberto Luiz do Amaral e Cândida Carolina de Paiva, latifundiários no município de Patrocínio, Minas, no último cinquentenário do século XIX. José Afonso Barbosa viveu na zona rural até os dezesseis anos de idade. Cumpriu todas as tarefas que cabe ao homem do campo. Ainda muito criança, já era candeeiro de carro de bois. E já acompanhava o pai no transporte de gado nas estradas boiadeiras. Andava o dia todo no lombo de burro e muitas vezes dormiam, o pai e ele, nos cercados que havia na beira das estradas, sob o peso da fome e do frio, sobre enxergas e baixeiros, fedendo a suor de cavalo e urina de vaca, com o corpo todo alquebrado, principalmente a bunda e as barrigas das pernas. Aos dezesseis anos de idade, mudou-se para a cidade de Morrinhos. Fez o primeiro ano do ensino primário para adultos em 1967, no Colégio das Irmãs Agostinianas, à noite, junto com o irmão João Afonso Barbosa. Há um episódio interessante: o irmão e ele, iam à escola usando botinas amarelas, e a vestimenta, calça e camisa eram feitas em tecido de chita, de tom sobre tom, nas cores marrons, onde sobressaia o marrom escuro. Isso todos os dias. A roupa só era usada para ir à escola. Roupas que sua mãe, dona Zica fazia com cuidado e esmero. Isso era motivo de chacota para os alunos, que ficavam abusando dos caipiras. Certo dia, a professora Irene Najar anunciou à classe que, a partir de tal data, os alunos teriam que ir de uniformes, uma nova exigência da diretoria. Uma colega que sentava ao lado de João Afonso Barbosa lhe disse: Vocês não precisam de uniformes. Vocês já vêm uniformizados todos os dias, né? E caiu na gargalhada. No que foi seguida por vários alunos. A professora os repreendeu. Um ano antes, quando eles moravam ainda no entorno do povoado do Rancho Alegre, geralmente eles vinham cantar de dupla sertaneja no programa de auditório aos domingos do famoso locutor Chico Flor, na Rádio Morrinhos AM, e, no trajeto da rodoviária até o prédio da Rádio passando pela rua Barão do Rio Branco, onde havia vários bares, sendo o principal deles o Bar Presidente, o povo quase os matava de tanta galhofa: Lá vão os chapéus atolados; ei, vocês vão cantar na Rádio Entupida de Morrinhos?, e riam escancaradamente. Essa brincadeira de jogar boi n’água os deixava vermelhos de vergonha. Mas, enfim, a vida corria seu curso normal. Nada como um dia atrás do outro... Estudou o terceiro ano primário na Escola Estadual Mariquita Costa. O quarto ano, inconcluso, no Grupo Escolar Coronel Pedro Nunes, com a professora Vasti Elias. Foi boia-fria, calçador de rua, vigilante bancário, comerciante no ramo de armarinhos, fazendeiro, vendedor, representante comercial e funcionário público municipal. Exerceu vários cargos de confiança nos governos de Joaquim Guilherme Barbosa de Souza e Rogério Carlos Troncoso Chaves. Sempre na área cultural. Procurei alcançar a grandeza da alma. Não me contentei com a mediocridade sugerida pelo destino. Determinado, domei o animal xucro que vivia dentro de mim. Lutei incansavelmente para atingir minha meta. Não foi fácil vencer as trevas da ignorância. Só com muito esforço consegui vislumbrar a sabedoria. Contudo, ela parecia inatingível. Mas não esmoreci. Busquei-a noite e dia. Foi dura a queda de braços. A sorte parecia desprezar-me, rir da minha cara. Mas não me dei por vencido. Esforcei-me mais ainda, desesperadamente. Devorei uma montanha de livros. Alumiei, com a lanterna da alma, as curvas do destino. Hoje, como em noite de lua clara, navego no oceano do saber, maravilhado com a informação que brota de cada letra, de cada palavra, de cada frase, de cada verso, de cada livro.... Formado em História, já publicou vários livros, são eles: Corcel do Tempo, Amor Eterno, Lua Azul, Nostalgia, Dilúvio, Viola Estradeira, Tudo Silencia, Passeio no Parque, O Milagre da Oração, poesia, autoajuda e fábula infantil. Triângulo da História, Na Trilha do Passado, Rancho Fundo. Aninha, A História de Vila Bela Através da Fotografia e Imigração: Quem Acolhe Colhe. História, Contos e Memórias. É membro da UBE-GO. Membro fundador da Academia Morrinhense de Letras e seu presidente por quatro mandatos. Detentor da Comenda Antônio Corrêa Bueno/2008. Embaixador Cultural da Cidade de Morrinhos, pelo decreto municipal nº 1.133, de 16 de dezembro de 2011. Atualmente se dedica mais à pesquisa Histórica

    Dedico este livro à minha esposa

    Jerusalena Deusa Nunes Pereira Barbosa e às minha

    filhas Carita Nava Nunes Barbosa e Paula Nava Nunes Barbosa

    e também à memória de meu amigo Eliziário do Carmo.

    Minha reverência aos meus ascendentes.

    Paternos, trisavós:

    Antônio Inocêncio de Oliveira e Maria Theodora do Sacramento, mineiros.

    José da Silva Vieira e Anna Francisca de São José, mineiros.

    João Ferreira Barbosa e Generosa Maria de Jesus, mineiros.

    Bisavós: Beraldino Inocêncio de Oliveira e Maximiana Maria de Jesus, mineiros.

    Lourenço Affonso da Silva e Laura Ferreira Barbosa, mineiros.

    Avós: João Ferreira Barbosa e Gerônima Inocêncio de Oliveira, goianos.

    Pai: Gerson Ferreira Barbosa, goiano.

    Maternos: tetravós:

    Joana Olina Arlinda Argélia Gurgel do Amaral, italiana.

    José Luís do Amaral e Theresa de Paiva, mineiros.

    Trisavós: Felisberto Luís do Amaral e Cândida Carolina de Paiva, mineiros.

    Francisco Gonçalves da Silva e Marcelina Romualda de Jesus, mineiros.

    Manoel Simões de Oliveira e Amélia Mariana Augusta, mineiros.

    Felisberto Luís do Amaral e Cândida Carolina de Paiva, mineiros.

    Bisavós:

    José Marcelino da Silva e Maria Carolina de Paiva, mineiros.

    José Marques Palmeiras e Rita Cândida de Paiva, mineiros.

    Avós:

    Luzio Marcelino da Silva e Divina Marques Palmeiras, mineiros.

    Mãe: Maria Marques Palmeiras, goiana.

    Sumário

    APRESENTAÇÃO

    VIOLA ESTRADEIRA – 2015

    SONHANDO I

    SONHANDO II

    SONHANDO III

    SONHANDO IV

    SONHANDO V

    SONHANDO VI

    SONHANDO VII

    SONHANDO VIII

    SONHANDO IX

    SONHANDO X

    SONHANDO XI

    SONHANDO XII

    SONHANDO XIII

    SONHANDO XIV

    MINHA SOMBRA PEREGRINA.

    CAMINHEIRO

    VIOLA ENLUARADA

    VIOLA CANTADEIRA

    UM BEIJO POR ESMOLA.

    PESCARIA

    MALEITA

    VIOLA ENFURECIDA

    HOMICIDA

    DEPRESSÃO

    TRISTEZA ENFADONHA

    VIOLA ESTRADEIRA

    MÁGOA DE CABOCLO

    LEI DE TALIÃO

    LÁGRIMA CORRENTE

    CURVAS DO VENTO

    NOVA PAIXÃO

    LABIRINTITE

    A PONTE CAIU

    A DOR QUE FERE

    BADALO

    DESLUMBRAMENTO

    OURO FINO

    SÃO CLEMENTE

    PANARÍCIO

    ROMARIA

    BANDEIRANTE DO SERTÃO

    VIOLA CAIPIRA

    BARRA DO DIA

    SOCORRO URGENTE

    ESCULACHO

    VIDA DE POBRE

    LADAINHA

    AÇUCENA

    O SUJEITO DESAPARECEU

    RABO DE SAIA

    PÉ NA PEIA

    RADIOSA MELODIA

    MOLDURA (PARA UMA DEUSA!).

    TIMBIRA

    BOIOTA

    MONALISA

    TUDO SILENCIA – 2016

    TUDO SILENCIA

    MINHA SOMBRA PEREGRINA

    MINHA PENA

    ROSANA NAS ALTURAS

    VAI BOIADA

    NOITE DE LUA CLARA

    CARRO DE BOI

    TERRA DE NINGUÉM

    PODEROSA

    POETA FERIDO

    ENTRE A CRUZ E A ESPADA

    VILA BELA

    OSVALDO DA MARCELÂNIA

    ÊXTASE DIVINO

    CONFISSÃO

    Luz da Manhã

    O GOSTO DO PECADO

    MEUS AMORES

    JECA

    LUA CLARA

    LUA DE PRATA

    TRAIÇÃO

    FRITURA

    ESTRELA CELESTINA

    FALSO JURAMENTO

    SOL DESDITOSO

    ÚNICO REMÉDIO

    BANHISTA LUNAR

    SENZALA

    CAPRICHO

    ZELO DA ALMA

    MEGERA

    SÃO JOSÉ

    WHATSAPP

    MAGIA

    BALBÚRDIA

    GRAÇA JUVENIL

    COFRE DA SAUDADE

    AVE-MARIA

    VAZIO

    JORNALEIRO

    APEDREJADO

    RÉGIA CASA

    TRISTE VEREDITO

    MANTOS GERAIS

    NEGRO RASTRO

    CALE-SE

    POESIAS AVULSAS

    NA TRILHA DO PASSADO

    VILA BELA

    CONTATO

    O POETA

    ELIS REGINA I

    ELIS REGINA II

    ALMA SENSÍVEL

    JOSÉ E MARIA

    MARIA E JOSÉ

    LONGE SE VAI

    FLOR DO CAMPO

    LÁBIOS LIRIAIS

    CADA UM CUIDA DE SI

    TÃO LONGE! ...

    O TEMPO

    FRAGMENTOS

    PARAFUSO

    NESTA HORA

    TEU ESCRAVO

    AINDA PENSA EM MIM

    TAL E QUAL

    INDIFERENÇA

    ALAZÃO

    MISTÉRIO

    NÃO CHORE NÃO

    PEDRAS DO DESTINO

    CHORA CORAÇÃO

    CORAÇÃO INGRATO

    PAIXÃO MAL RESOLVIDA

    A MULHER É INGRATA.

    RANCHO FUNDO

    UM SONHO BOM

    CAMINHEIRO

    RODA GIGANTE

    ANEXO

    A POÉTICA DE JOSÉ AFONSO BARBOSA NO TRIÂNGULO DA HISTÓRIA

    APRESENTAÇÃO

    Muitas vezes tenho jurado a mim mesmo que nunca mais vou escrever coisa alguma. E assim o faço por longo tempo.

    Mas a poesia é tão insistente, tão humana e faz tanto bem à minha alma, que não resisto e de novo entrego-me a ela por inteiro, num amor sem medida.

    Confesso que me dá um prazer muito grande participar da vida cultural de minha cidade. Compartilhar com os estudantes e os leitores de minha comunidade um pouco da cultura que a duras penas adquiri.

    É muito bom poder colaborar, contribuir com a cultura de meu povo. Eu vim do povo, aprendi o que sei com o povo e escrevo para o povo. Nada melhor, portanto, que este mesmo povo para avaliar o meu trabalho.

    Aprendi na escola do mundo que o homem tem que doar sempre. Doar até mais nada receber, ou seja,

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1