Ações inclusivas que contemplam a abordagem interdisciplinar na pluralidade da pessoa com deficiência

De Ana Paula Gonçalves Tranche, Larisse Junqueira Mendes de Carvalho e Amanda Nunes de Souza

Esta obra tem como objetivo apresentar ações inclusivas, destacando a interdisciplinaridade, abordagens que abrangem diversas áreas do conhecimento, convidando todos ao compartilhamento de saberes.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Dialética
• Data de lançamento: 20 de out. de 2022
• ISBN: 9786525263427

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O letramento como possibilidade de inclusão social

Amanda Nunes de Souza

Maria Emília Almeida da Cruz Tôrres

Introdução: Hoje vivemos em uma sociedade extremamente grafocêntrica, em que a escrita assume múltiplas funções, exigindo dos indivíduos saber praticá-la de forma dinâmica, nas mais diversas situações de interação social, evidenciando que apenas codificar e decodificar palavras é insuficiente para a participação em práticas sociais que envolvem a língua escrita, é necessário algo mais: saber utilizar a leitura e a escrita de acordo com as contínuas exigências sociais. Esse algo mais é o que se vem designando letramento. Objetivo: Neste sentido, esta pesquisa visa elucidar à luz dos Novos Estudos do Letramento – NEL, como as práticas de leitura e escrita, amparadas na proposta de letramento compreendido enquanto fenômeno social, podem favorecer o processo de inclusão social da criança com deficiência física. Método: Para tanto, esta pesquisa assume o caráter de revisão bibliográfica, e visa analisar diferentes artigos científicos, livros e periódicos que tratam a respeito dos pressupostos teóricos dos Novos Estudos do Letramento, alicerçados por Heath (1983); Street (1984, 2003) Barton (1994) e estudiosos brasileiros como Kleiman (1995); Terzi (1995); Soares (2020) e Tôrres (2009), além do referencial a respeito do processo de inclusão social trazidos por Reilly (2012) e Molica (2004). Sendo este trabalho, parte da pesquisa de mestrado intitulada LETRAMENTO: o uso da leitura e escrita como prática de inclusão social, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) da Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL sob o número 5.346.580, CAEE 55923322.3.0000.5142, orientado pela Profa. Dra. Maria Emília de Almeida da Cruz Tôrres. Resultados: A partir desta pesquisa, foi possível compreender que o fato de hoje nossa sociedade atual estar permeada pelo uso cada vez maior da escrita, apenas codificar e decodificar palavras tem se mostrado insuficiente para participação do sujeito em práticas sociais que envolvem a língua escrita, sendo necessário portanto, compreender o uso e a função social que esta assume em diferentes contextos, para que assim, o sujeito e no caso desta pesquisa, a criança com deficiência física, possa participar de forma ativa dos diferentes contextos sociais aos quais pertence e assim vivenciar de fato seu protagonismo e, por conseguinte, sua inclusão social. E para efetivar tal proposta, torna-se primaz discutir a respeito das práticas educativas e suas possibilidades de efetivar uma formação crítica e emancipadora às crianças com deficiência. Considerações finais: Vislumbrar práticas de leitura e escrita como propostas inclusivas, exige pensar em uma conduta pedagógica que favoreça a mudança da condição de letramento da criança com deficiência física, dando a esta possibilidade de consolidar uma visão crítica sobre o que se lê e reflexiva sobre o que se escreve, concebendo a ideia que a leitura e escrita, quando bem compreendidas, se tornam ferramentas para sua inclusão social, pois quanto mais a criança compreende o poder que estas linguagens carregam em seu cerne, mais esclarecida ela se torna sobre as possibilidades de ser vista socialmente fazendo uso da