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Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil
Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil
Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil
E-book287 páginas2 horas

Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil

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Sobre este e-book

A Enciclopédia discursiva da Covid-19 tem como objetivo principal romper com as barreiras da comunicação, viabilizando o acesso a informações cientificamente relevantes por meio de linguagem acessível, mais abrangente e objetiva, concretizando, assim, o diálogo entre ciência, linguagem e público. O projeto consiste numa coletânea de textos que apresentam análises discursivas do funcionamento de alguns dos termos ou expressões que circularam com frequência na mídia brasileira no primeiro momento da pandemia, entre março e dezembro de 2020. Neste volume encontram-se dezessete verbetes que buscam evidenciar a intensa luta pela tomada polêmica da produção e circulação dos discursos sobre a Covid-19 no país.
IdiomaPortuguês
EditoraEdUFSCar
Data de lançamento20 de out. de 2022
ISBN9786586768916
Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil

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    Pré-visualização do livro

    Enciclopédia discursiva da COVID-19 - Fernanda Castelano Rodrigues

    ENCICLOPÉDIA DISCURSIVA DA COVID-19

    O primeiro ano da pandemia no Brasil

    Logotipo da Universidade Federal de São Carlos

    EdUFSCar – Editora da Universidade Federal de São Carlos

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

    Editora da Universidade Federal de São Carlos

    Via Washington Luís, km 235

    13565-905 - São Carlos, SP, Brasil

    Telefax (16) 3351-8137

    www.edufscar.com.br

    edufscar@ufscar.br

    Twitter: @EdUFSCar

    Facebook: /editora.edufscar

    Instagram: @edufscar

    Fernanda Castelano Rodrigues

    Julia Lourenço Costa

    Roberto Leiser Baronas

    (organizadores)

    ENCICLOPÉDIA DISCURSIVA DA COVID-19

    O primeiro ano da pandemia no Brasil

    Logotipo da Editora da Universidade Federal de São Carlos

    © 2022, dos autores

    Imagem da capa

    Centers for Disease Control and Prevention (CDC), disponível em Unplash

    Capa/Projeto gráfico

    Vitor Massola Gonzales Lopes

    Preparação e revisão de texto

    Marcelo Dias Saes Peres

    Ester Jennifer Nunes de Souza

    Karen Naomi Aisawa

    Livia Damaceno

    Editoração eletrônica

    Alyson Tonioli Massoli

    Edgar Fabricio Rosa Junior

    Editoração eletrônica (eBook)

    Alyson Tonioli Massoli

    Coordenadoria de administração, finanças e contratos

    Fernanda do Nascimento

    Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da Biblioteca Comunitária da UFSCar

    Moreira, Janine.

    E56e           Enciclopédia discursiva da COVID-19 : o primeiro ano da pandemia no Brasil / organizadores: Fernanda Castelano Rodrigues, Julia Lourenço Costa, Roberto Leiser Baronas. -- Documento eletrônico. -- São Carlos: EdUFSCar, 2022.

    ePub: 827 KB.

    ISBN: 978-65-86768-91-6

    1. Análise do discurso. 2. Pandemias. 3. COVID-19. 4. Enciclopédia discursiva. I. Título.

    CDD – 401.41 (20a)

    CDU – 80 (042)

    Bibliotecário responsável: Ronildo Santos Prado – CRB/8 7325

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônicos ou mecânicos, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema de banco de dados sem permissão escrita do titular do direito autoral.

    Às vítimas da COVID-19 que, no Brasil, sofrem as consequências da inépcia e do negacionismo da ciência por parte daqueles que deveriam conduzir a crise sanitária.

    Sumário

    Prefácio

    Sophie Moirand

    Apresentação

    A Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil e a disputa pelos sentidos da pandemia

    Fernanda Castelano Rodrigues

    Julia Lourenço Costa

    Roberto Leiser Baronas

    ACHATAR A CURVA

    Carlos Alexandre Molina Noccioli

    Mariana Guidetti Rosa

    CLOROQUINA

    Paula Camila Mesti

    Robert Moura Sena Gomes

    COVID-19

    Lafayette Batista Melo

    Marcelo Rocha Barros Gonçalves

    Mariana Morales da Silva

    DISTANCIAMENTO SOCIAL

    Sidnay Fernandes dos Santos Silva

    Terezinha Ferreira de Almeida

    FAKE NEWS

    Lauro Damasceno

    Paula Regina Dal’Evedove

    FIQUE EM CASA

    Fernando Curtti Gibin

    Marco Antônio Almeida Ruiz

    ISOLAMENTO SOCIAL

    Sidnay Fernandes dos Santos Silva

    Terezinha Ferreira de Almeida

    LINHA DE FRENTE

    Julia Lourenço Costa

    Tamires Bonani Conti

    LOCKDOWN

    Terezinha Ferreira de Almeida

    Sidnay Fernandes dos Santos Silva

    Lígia Mara Boin Menossi de Araújo

    MORTE POR COVID-19

    Renata de Oliveira Carreon

    Emely Larissa dos Santos

    NOVO NORMAL

    Júlio Antonio Bonatti Santos

    Roberto Leiser Baronas

    PANDEMIA

    Lafayette Batista Melo

    Marcelo Rocha Barros Gonçalves

    Mariana Morales da Silva

    QUARENTENA

    Sidnay Fernandes dos Santos Silva

    Terezinha Ferreira de Almeida

    TESTAR POSITIVO

    Lilian Pereira de Carvalho

    Lívia Maria Falconi Pires

    TOQUE DE RECOLHER

    Terezinha Ferreira de Almeida

    Sidnay Fernandes dos Santos Silva>

    Lígia Mara Boin Menossi de Araújo

    TRATAMENTO PRECOCE

    Fernanda Castelano Rodrigues

    Júlio Antonio Bonatti Santos

    Renata de Oliveira Carreon

    VACINA

    Gleice Moraes Alcântara

    Jorcemara Matos Cardoso

    Posfácio

    Gustavo Nunes de Oliveira

    Sobre os/as autores/as

    Prefácio

    Sophie Moirand

    Équipe CLESTHIA, Axe Sens et Discours

    Université Sorbonne Nouvelle. Université des cultures

    Quanto mais tempo dura uma pandemia, mais somos confrontados com formas de narrativas específicas dos meios de comunicação, que contribuem com o processo de informar os habitantes de um país. Somos, porém, muitas vezes impotentes diante do acúmulo das informações que recebemos e perante a forma particular destas narrativas que se inscrevem em uma temporalidade diferente das narrativas tradicionais, [1] uma vez que as narrativas da atualidade […] reciclam as vozes de uma multiplicidade de narradores […] nos mais variados meios de comunicação. [2] Além disso, esta é uma duplicação que vai além da divisão habitual entre enunciado e enunciação, visto que se refere a todos os enunciadores que participam na produção da narrativa, bem como a todos os atores envolvidos. [3]

    O projeto proposto pela equipe que concebeu a Enciclopédia da COVID-19, uma iniciativa singular e inovadora, é bastante apreciado e está de acordo tanto com a tradição enciclopédica do século XVIII (consultar a Encyclopaedia Universalis de Diderot e d’Alembert, na França) quanto com as recentes iniciativas de escrita colaborativa, tais como a Wikipédia, que tenta captar os acontecimentos atuais e a sua evolução, criando artigos sobre eventos em curso que são atualizados diariamente por diferentes colaboradores, como mostra Marie-Noëlle Doutreix na sua tese e livro resultante, intitulado Wikipédia e a atualidade. Qualidade da informação e normas de colaboração num meio de comunicação on-line.[4]

    Poderíamos também mencionar algumas iniciativas do espaço acadêmico, tais como a da Universidade de Lorraine, em Metz, na França, que publica em seu site um Publictionnaire, dictionnaire encyclopédique et critique des Publics,[5] que visa esclarecer a terminologia e o perfil heurístico dos conhecimentos relativos à noção de público e aos métodos daquilo que é público a fim de propor um panorama e encorajar novos trabalhos. Colocado sob a responsabilidade do Centre de recherche sur les médiations,[6] ele é um instrumento destinado a pesquisadoras/es, estudantes e profissionais envolvidas/os na reflexão sobre as questões públicas de modo aberto, colaborativo e evolutivo, que reúne mais de 290 escritoras/es. Está inscrito em uma perspectiva multidisciplinar, plenamente assumida (dialogando com a antropologia, direito, estética, história, filosofia, ciência política, ciências da informação e da comunicação, ciências da linguagem, sociologia etc.).[7]

    Dessa maneira, indo muito além dos glossários terminológicos e dicionários, a Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil visa elaborar um inventário das palavras, simples ou compostas, da pandemia, que são também noções esclarecidas e desenvolvidas, com funcionamento colaborativo e destinadas a fazer evoluir o conhecimento e facilitar a compreensão desta crise extraordinária e inesperada no século XXI. Assim, a Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil é, do meu ponto de vista, uma continuação de dois tipos de experiência: aquela mais antiga, das enciclopédias, com interesse de divulgar e explicar a ciência – aqui, os grandes momentos da pandemia no Brasil –, e a da escrita colaborativa, facilitada pelo desenvolvimento da internet e das redes digitais. Estas permitem uma análise coletiva da atualidade ao longo da pandemia, dos fatos ou novas informações anunciadas tanto pelos meios de comunicação tradicionais quanto pelos meios digitais e pelas publicações de pesquisa científica. Ela contribui para a compreensão da crise, dos seus avanços científicos e das suas questões sociais, além de ser uma ajuda à leitura crítica dos media – e das decisões governamentais – e uma prevenção contra as notícias falsas (fake news).

    As palavras do discurso, as palavras em seus discursos

    Em sua contribuição para o livro Le monde d’aujourd’hui, Les sciences sociales au temps de la COVID, em texto intitulado Les récits de l’incertitude planétaire. Discordance ou pluralismes,[8] Karoline Postel-Vinay, diretora de pesquisas em relações internacionais, relembra, no preâmbulo à sua reflexão, a definição proposta por Gramsci em 1930 para a palavra crise, designação frequentemente utilizada em relação à COVID-19:

    Uma crise, escreveu Antonio Gramsci em 1930, é o fato de que o velho morre e o novo não pode nascer: durante este intervalo observam-se os mais variados fenômenos mórbidos (

    Gramsci

    , 1983). Esta famosa citação do intelectual comunista que observou, a partir da prisão, o mundo após o colapso de 1929, apareceu nas redes sociais com crescente recorrência desde a eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos em 2016. A popularidade desta frase frequentemente citada e retirada do contexto é evocativa de um estado geral de incerteza que uma crise prolongada produz. Nesse sentido, a pandemia de COVID-19 é uma crise dentro de uma crise: um momento histórico que revela um caos mais estrutural. Para muitos, este caos, o intervalo da ordem mundial, começou, portanto, com a mudança americana em relação ao nacionalismo populista. Para outros, a crise financeira de 2008 foi o gatilho, anunciando o crescente abismo entre a riqueza dos indivíduos que representam 1% da população mundial e os 99%.[9]

    Centrando-se na incerteza, que é sem dúvida uma noção onipresente na crise da COVID-19, Postel-Vinay observa que embora seja menos teorizada pelos economistas do que noutras disciplinas, ela está, no entanto, presente em todas as ciências sociais atualmente, em particular quando estão interessados na imprevisibilidade ou na gestão do risco em questões de regulação e governança.[10] Contudo, se observarmos, por exemplo, os jornais diários nacionais ou regionais na França, encontramos as palavras crise e risco frequentemente associadas em artigos referentes à COVID-19, o que também permite às agências de saúde nacionais ou regionais classificar as pessoas que enfrentam o risco da COVID-19 em três categorias: pessoa de baixo risco, pessoa de risco moderado, pessoa de alto risco e até mesmo pessoa de contato de risco insignificante.[11]

    Poderíamos, então, contentar-nos em simplesmente abordar as diferentes citações das palavras crise + COVID-19 e risco + COVID-19, mas constatamos que isso não é suficiente se estivermos interessados no sentido das palavras em seus contextos ao longo do discurso e no sentido social que elas assumem num dado momento da vida de uma sociedade. No entanto, os proponentes do projeto da Enciclopédia da COVID-19 sugerem, durante o acontecimento, uma abordagem diferente: uma que seja simultaneamente colaborativa e discursiva, mais ancorada nos sentidos que as palavras, simples ou compostas, adquirem à medida que passam pelos momentos discursivos da pandemia.

    É por isso que algumas entradas são palavras, como são as entradas de um dicionário de línguas (vacina, pandemia, COVID-19, cloroquina e fake news, por exemplo), enquanto outras são construções compostas (ficar em casa, distanciamento social etc.), que se referem frequentemente ao contexto sociopolítico em que aparecem. Alguns exemplos serão suficientes para mostrar o espírito enciclopédico e discursivo deste projeto.

    As palavras da sociedade, as palavras na sociedade

    O objetivo de uma enciclopédia discursiva implica analisar as palavras junto aos seus contextos no fio do discurso e nas suas condições de produção e o significado social que assumem de acordo com o lugar e o momento da sua atualização no discurso – o que se refere às tradições da origem da análise do discurso francesa, revisitadas hoje por uma semântica discursiva ou semântica do discurso, na qual as/os autoras/es desta enciclopédia estão envolvidas/os. Mas é um pouco mais complicado quando trabalhamos sobre a atualidade e sobre um evento que não está acabado, tendo que compreender os sentidos que as palavras do discurso assumem no mesmo momento em que surgem durante esta crise sanitária e estudar o que se tornam ao longo de uma crise mundial, uma crise que passa já por várias fases de oscilação com a chegada de diferentes variantes e de novos tratamentos ou vacinas, conforme os percursos mundiais da contaminação.

    Se consideramos a entrada cloroquina, poderíamos parar no seu uso experimental no tratamento da COVID-19, uma doença nova e desconhecida transportada por um vírus também desconhecido ou pouco conhecido… Mas a palavra cloroquina é ela própria um acontecimento dentro do evento global da crise sanitária do início de 2021, de tal modo que bastou pronunciá-la para desencadear um debate. Tornando-se um lugar de controvérsia científica e também política, especialmente nos meios de comunicação e nas redes sociais,[12] a palavra apareceu em diferentes situações e por vezes em debates violentos, fatos que uma enciclopédia tem que considerar.

    Fique em casa ("Stay at home")[13] é uma imposição dos governos quando não há tratamento nem vacina, porém não contribui com a economia de um país nem com a vida daqueles que devem ir trabalhar para sobreviver, nem daqueles que não têm moradia real ou qualquer moradia… O que fazer com os sem-teto que dormem ao ar livre em períodos de confinamento ou de toque de recolher obrigatório à noite, tanto na França como no Brasil e em qualquer outra parte do mundo? Assim, a ordem de ficar em casa implica considerar as consequências sociais de tal decisão governamental não apenas para os sem-teto, mas também para as famílias cujo rendimento depende de trabalhos que não podem ser feitos em casa ou por videoconferência ou que implicam viajar ou mesmo trabalhar ao ar livre e/ou sem o distanciamento físico recomendado. Ficar em casa e/ou respeitar o distanciamento físico torna essa determinação impossível de ser aplicada em certos contextos profissionais ou pessoais.

    A Enciclopédia da COVID-19 apresenta-nos uma grande diversidade de questões sociais que se colocam e nos interpelam pela atualidade sendo feita. Obriga-nos a debater concretamente questões sobre como fazer referência à pandemia e aos objetos do discurso da pandemia, bem como às relações dialógicas que lhes servem de base.[14] Em termos concretos, levanta a questão da explicação científica versus explicação didática e/ou midiática.[15] Recoloca também a questão da definição: uma atividade linguística específica que tem sido questionada desde Aristóteles por filósofos, lógicos, gramáticos, linguistas e semanticistas,[16] bem como a questão da designação.[17] Levanta questões de governança e saúde pública em nível nacional, como foi possível descrever recentemente,[18] e também em nível continental e em nível global.

    Neste sentido, a incitação enciclopédica oferecida às/aos leitoras/es desta Enciclopédia discursiva participa, à sua maneira, nos desafios descritos por Postel-Vinay em relação a esta pandemia:

    A pandemia de COVID-19 terá inaugurado um vasto período de experimentação (médica, social, política etc.), mostrando assim uma dinâmica de produção de narrativas em que as necessidades, interesses e crenças são integradas de forma variável. O que essa dinâmica também revela é a inevitabilidade do pluralismo. Pois, embora a elevada incerteza do momento COVID-19 tenha efeitos de oportunidade – quer seja a renovação da narrativa chinesa da nova rota da seda ou a consolidação da narrativa transnacional da desglobalização –, esta incerteza mobiliza também a imensa diversidade daquilo que Reinhart Koselleck chama de campos de experiência e horizontes de expectativa (

    Koselleck

    , 1990). Em outras palavras, a batalha de narrativas que incontestavelmente exacerbou a crise sanitária sem precedentes reflete uma pluralidade de histórias, memórias e identidades que, por sua vez, moldam uma pluralidade de interpretações do presente e visões do futuro.[19]

    Assim, as/os autoras/es da Enciclopédia discursiva da COVID-19: o primeiro ano da pandemia no Brasil, devido ao método colaborativo que adotaram, acabaram por formar uma verdadeira comunidade de interpretação dos sentidos da crise e da sua evolução numa sociedade particular[20] –

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