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Gupeva: Romance brasiliense
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E-book53 páginas34 minutos

Gupeva: Romance brasiliense

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Sobre este e-book

Nessa narrativa breve, Maria Firmina dos Reis, autora homenageada na FLIP 2022, cria uma história de amor, conflito e traição, que envolve povos indígenas e europeus no Nordeste brasileiro
 "Gupeva, romance brasiliense" é um texto complexo e tortuoso que conta o amor voraz entre o francês Gustão e a indígena Épica, assim como a oposição daqueles que gravitam em torno dos personagens. Com uma paixão cega e arrebatadora, mas que colide com tabus, resta ao casal enfrentar o destino e lidar com revelações surpreendentes, capazes de impedir a relação entre eles.   
Ao mobilizar os principais elementos do romantismo e do indianismo, o texto de Maria Firmina compõe um importante registro da literatura no século XIX, dialogando com obras clássicas e fundindo debates sociais que a autora traz à tona. Voz dissonante na literatura brasileira, Maria Firmina dos Reis é reivindicada como primeira romancista brasileira. A autora é homenageada na edição 2022 da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty). 
IdiomaPortuguês
EditoraCarambaia
Data de lançamento23 de nov. de 2022
ISBN9788569002888
Gupeva: Romance brasiliense

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    Gupeva - Maria Firmina dos Reis

    GupevaCarambaia

    SUMÁRIO

    Gupeva — Romance brasiliense

    Maria Firmina dos Reis

    Fontes da transcrição do conto

    Este conto foi originalmente publicado no livro O sino e o relógio — Uma antologia do conto romântico brasileiro, com organização de Hélio de Seixas Guimarães e Vagner Camilo, e lançado pela CARAMBAIA em edição numerada em janeiro de 2020, e na Coleção Acervo em janeiro de 2022. O texto de Maria Firmina dos Reis figura entre 25 narrativas curtas selecionadas pelos organizadores do volume. Publicadas entre 1836 e 1879, elas contemplam as principais vertentes da ficção oitocentista, de autores canônicos e outros desconhecidos, até anônimos, numa amostra abrangente e representativa dos prosadores do período, convencionalmente chamado romântico.

    Para estabelecer o texto desta edição, atualizamos a grafia das palavras e a pontuação, optando pelas formas mais correntes. No entanto, não foram corrigidas as colocações pronominais ou concordâncias que indicavam opções estilísticas dos autores. Erros evidentes de composição tipográfica foram retificados.

    As citações de textos em línguas estrangeiras são feitas conforme aparecem nos textos-base.

    As notas incluídas pelos organizadores e pelos editores estão indicadas por [N.E.].

    Gupeva

    Romance brasiliense

    Maria Firmina dos Reis

    1861

    MARIA FIRMINA DOS REIS

    São Luís (MA), 1822 ou 1825 — Guimarães (MA), 1917

    Maria Firmina dos Reis foi escritora e contista, reivindicada como precursora, pela autoria do primeiro romance escrito por uma mulher no país. O reconhecimento dessa posição inaugural na tradição é resultado do revisionismo do cânone literário proposto pela crítica feminista. Isso permitiu reavaliar e reeditar obras de sua autoria ou atribuídas a ela, como o romance Úrsula. Consta ainda que teria publicado, em época posterior ao Romantismo, um conto intitulado A escrava, que bem atesta seu posicionamento pró-abolição. A narrativa breve aqui selecionada também foi obra reabilitada por essa crítica revisionista. Ao que parece, teve mais de uma edição, com versões que apresentam algumas variantes, em números de distintos periódicos. Elegemos aquela que parece ser a versão mais acabada da história, que funde a matéria indianista com outros temas, inclusive um tema tabu… A narrativa é, por vezes, um tanto tortuosa, em parte devido ao fato de a protagonista ter o mesmo nome da mãe: Épica. Nome curioso, aliás, pelo gênero de narrativa em questão. Vale destacar que a história se articula, em dada medida, com a de Paraguaçu, a índia convertida, esposa do náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru. A história de Caramuru e Paraguaçu consta do poema indianista de Santa Rita Durão Caramuru, o que sugere uma possível interlocução de Gupeva com esse famoso épico setecentista.

    I

    Era uma bela tarde; o sol de agosto, animador e grato, declinava já seus

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