Belisarius

De Adeilson Nogueira

«Segundo as tuas ordens, entrei nos domínios dos godos e reduzi a Itália, a Campânia e a cidade de Roma à sua obediência. [...] Até agora, lutamos contra enxames de bárbaros, mas sua multidão pode eventualmente prevalecer. [...] Permita-me falar com você livremente: se você quer que a gente viva, mande comida, se você quer que a gente conquiste, mande armas, cavalos e homens. [...] Quanto a mim, minha vida é dedicada ao seu serviço: é a sua vez de refletir, se [...] minha morte contribuirá para a glória e prosperidade do seu reino. » (Procópio, De Bello Gothico , I). No dia 13 de março de 565. Belisarius, um ilustre general romano, morreu. Ele é memorável por seu sinal e vitórias importantes, e por seus infortúnios. Ele foi de tal forma degradado pelo ingrato imperador Justiniano, a quem prestara os serviços mais importantes, que chegou ao ponto de pedir esmolas às portas de Constantinopla.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 28 de mar. de 2020

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BELISARIUS

ASCENSÃO E QUEDA

Adeilson Nogueira

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO

- ...................................................................................04

CAPÍTULO

I

–

FAMÍLIA.........................................................................06

CAPÍTULO

I

–

ASCENSÃO

DE

UM

GUERREIRO......................................10

CAPÍTULO

II

–

NIKA..............................................................................17

CAPÍTULO

IV

–

INTRIGAS

PALACIANAS................................................24

CAPÍTULO

V

–

CAMPANHA

ITALIANA..................................................27

CAPÍTULO

VI

–

SASSÂNIDAS................................................................48

CAPÍTULO VII – MORTE.......................................................................52

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INTRODUÇÃO

«Segundo as tuas ordens, entrei nos domínios dos godos e reduzi a Itália, a Campânia e a cidade de Roma à sua obediência. [...]

Até agora, lutamos contra enxames de bárbaros, mas sua multidão pode eventualmente prevalecer. [...] Permita-me falar com você livremente: se você quer que a gente viva, mande comida, se você quer que a gente conquiste, mande armas, 4

cavalos e homens. [...] Quanto a mim, minha vida é dedicada ao seu serviço: é a sua vez de refletir, se [...] minha morte contribuirá para a glória e prosperidade do seu reino. »

(Procópio, De Bello Gothico , I).

No dia 13 de março de 565. Belisarius, um ilustre general romano, morreu. Ele é memorável por seu sinal e vitórias importantes, e por seus infortúnios. Ele foi de tal forma degradado pelo ingrato imperador Justiniano, a quem prestara os serviços mais importantes, que chegou ao ponto de pedir esmolas às portas de Constantinopla.

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CAPÍTULO I – FAMÍLIA

Belisario nasceu provavelmente na Germania ou Alemanha (hoje Sapareva Banya, Bulgária), perto da fronteira entre Ilíria, Trácia e Macedónia. Quando jovem serviu no exército bizantino, sendo parte da guarda pessoal do imperador Justino I.

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Ele se casou com Antonina, filha de um cocheiro e uma atriz. Ele teve uma filha, Giovannina. Belisarius também teve um enteado, Fozio, nascido do casamento anterior de Antonina. Pode-se deduzir que ele também teve uma enteada pelo fato de Antonina ter um genro chamado Ildigero. O fato de Ildigero ser genro de Antonina implica, de fato, que ele se casou com uma de suas filhas, mas é certo que não era Giovannina; isso, combinado com a alegação de Procópio de que Antonina teve muitos filhos antes de se casar com Belisarius, confirma a existência implícita de uma enteada.

Procópio, em sua História Secreta, acusa Belisário de não ter deixado a fronteira bizantina não mais do que um dia de caminhada por questões familiares relacionadas à infidelidade conjugal de sua esposa Antonina, que tinha um amante chamado Teodósio. Procópio narra que Belisarius, informado por seu enteado Fozio da infidelidade de sua esposa, a colocou sob vigilância, deixando a imperatriz Teodora apreensiva, que finalmente ordenou que ele levasse Antonina a Constantinopla; no final, o general bizantino foi forçado por Theodora a se reconciliar, sem querer, com sua esposa infiel. Procópio criticou fortemente o trabalho de Belisarius na campanha de 541 da História Secreta.

A história secreta de Procópio nos diz que Antonina era uma esposa infiel e tinha um amante, Teodósio. Ele era o afilhado de Belisário. O general bizantino o havia batizado de fato para poder ir com ele como soldado para a expedição à África. O batismo de Teodósio, após o qual Belisário e Antonina o adotaram, ocorreu antes de partir para a África. Durante a guerra vândala, Antonina 7

começou a ter relações sexuais clandestinas com seu afilhado.

Durante a estada em Cartago, Belisarius surpreendeu os dois amantes em uma câmara subterrânea. Antonina justificou o que havia acontecido dizendo que eles haviam descido para esconder o melhor dos despojos de Justiniano. O jovem se vestiu e Belisarius decidiu não acreditar no que acabara de ver.

Algum tempo depois, em Siracusa, Belisarius soube pela superintendente de Antonina, Macedônia, que ela o estava traindo. Uma fuga apressada para a