Teologia Sistemática (volume 2)
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Sobre este e-book
Claramente, o leitor ideal visado por Frame é o seminarista ou o estudante de teologia que um dia estará ensinando na igreja; seu objetivo pervasivo é levar esse aluno a ser um comunicador da verdade revelada de Deus que seja humilde, fiel, cheio de Bíblia, reverente e que ama a Cristo. Além do seu público primário, Frame escreve para todos os que têm esse instinto e que querem pensar sobre as coisas divinas com alguma minúcia.
O objetivo da teologia, como Frame a entende (e não há nada de extraordinário aqui), é o conhecimento organizado sobre Deus e sobre nós, no contexto da nossa vida passada, presente e futura. Esse conhecimento, que é tanto cognitivo quanto relacional, deve basear-se, do início ao fim na Palavra escrita de Deus – a Bíblia. Frame percebe e enfatiza que, visto que Deus é infinito e nós somos finitos, nosso conhecimento a respeito dele e a respeito do nosso relacionamento com ele só pode ser perspectivista – e o será na sua melhor expressão –, ou seja, é constituído por um conjunto de perspectivas distintas, mas correlatas, cada uma provendo um foco temático complementar ao das demais perspectivas. [...] Dentro desse compromisso cuidadosamente construído com o perspectivismo que estrutura sua obra, Frame opta por um procedimento regular que pode ser denominado análise heurística triádica, a qual abre cada ponto de essência teológica subdividindo-o em três. O procedimento parece surgir do avanço demonstrável no entendimento que Frame alcançou primeiramente na sua análise arquétipica do senhorio de Deus (isto é, sua soberania) em termos de controle, autoridade e presença. Embora não reivindique categoricamente uma conexão entre o triperspectivismo e a verdade da Trindade, Frame a pratica habitualmente como uma técnica didática infalível (nas suas próprias palavras: "um bom mecanismo pedagógico, um conjunto de ganchos nos quais pendurar as doutrinas da fé").
Em suma, portanto, Teologia sistemática reúne, simplifica, resume e aumenta toda a sabedoria contida na série de Frame sobre o senhorio em quatro volumes. É um digno clímax ao trabalho de vida de alguém que sempre buscou ser um servo fiel de Cristo, ensinando na sua igreja. (J. I. Packer, da Apresentação)
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Teologia Sistemática (volume 2) - John M. Frame
Teologia Sistemática (volume 2), John M. Frame © 2019 Editora Cultura Cristã. Publicado originalmente em inglês com o título Systematic Theology © 2013 by John M. Frame, por Presbyterian and Reformed Publishing Company, 1102 Marble Road, P. O. Box 817, Phillipsburg, New Jersey, 08865, USA. Todos os direitos são reservados. São proibidas reproduções por qualquer meio que seja.
1ª edição 2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sueli Costa CRB-8/5213
F813t
v.2
Frame, John
Teologia sistemática / John Frame; tradução Jonathan Hack, Markus Hediger. – São Paulo : Cultura Cristã, 2019.
Recurso eletrônico (ePub)
Título original: Systematic Theology
ISBN 978-65-5989-177-1
1. Teologia sistemática 2. Doutrina cristã I. Hack, Jonathan II.Hediger, Markus III. Título
CDU-230.1
A posição doutrinária da Igreja Presbiteriana do Brasil é expressa em seus símbolos de fé
, que apresentam o modo Reformado e Presbiteriano de compreender a Escritura. São esses símbolos a Confissão de Fé de Westminster e seus catecismos, o Maior e o Breve. Como Editora oficial de uma denominação confessional, cuidamos para que as obras publicadas espelhem sempre essa posição. Existe a possibilidade, porém, de autores, às vezes, mencionarem ou mesmo defenderem aspectos que refletem a sua própria opinião, sem que o fato de sua publicação por esta Editora represente endosso integral, pela denominação e pela Editora, de todos os pontos de vista apresentados. A posição da denominação sobre pontos específicos porventura em debate poderá ser encontrada nos mencionados símbolos de fé.
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Editor: Cláudio Antônio Batista Marra
À próxima geração
Adam
Amanda
Gavin
Kristina
Malena
Olivia
Rebecca
E os ainda não nascidos
E para Carol
NKwagala nnyo!
SUMÁRIOS
SUMÁRIO DO VOLUME II
Esboço analítico
Abreviaturas
PARTE CINCO: A DOUTRINA DO CONHECIMENTO DE DEUS
29. Deus e o nosso conhecimento
30. Perspectivas sobre o conhecimento humano
31. A justificação do conhecimento
32. Recursos para o conhecimento
PARTE SEIS: A DOUTRINA DOS ANJOS E DOS DEMÔNIOS
33. Anjos e demônios
PARTE SETE: A DOUTRINA DO HOMEM
34. O homem à imagem de Deus
35. Responsabilidade e liberdade humana
36. O pecado
PARTE OITO: A DOUTRINA DE CRISTO
37. A pessoa de Cristo
38. A obra de Cristo
PARTE NOVE: A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
39. O Espírito Santo
40. A vocação
41. A regeneração e a conversão: a salvação subjetiva
42. A justificação e a adoção
43. A santificação
44. A perseverança e a certeza
45. A glorificação
PARTE DEZ: A DOUTRINA DA IGREJA
46. A igreja
47. A missão da igreja
48. Os meios de graça
49. Os sacramentos
PARTE ONZE: A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
50. O céu e o inferno
51. Os acontecimentos dos últimos dias
PARTE DOZE: A DOUTRINA DA VIDA CRISTÃ
52. Como, então, viveremos?
APÊNDICE A: Tríades
APÊNDICE B: Glossário
Bibliografia
SUMÁRIO DO VOLUME I
Esboço analítico
Apresentação
Prefácio
Abreviaturas
PARTE UM: INTRODUÇÃO À TEOLOGIA SISTEMÁTICA
1. O que é teologia?
2. O Senhor
3. O senhorio de Deus como uma cosmovisão singular
PARTE DOIS: A HISTÓRIA BÍBLICA
4. As alianças do Senhor
5. O reino de Deus
6. A família de Deus
PARTE TRÊS: A DOUTRINA DE DEUS
7. Os atos do Senhor: milagres
8. Os atos do Senhor: providência, parte 1
9. Os atos do Senhor: providência, parte 2
10. Os atos do Senhor: criação
11. Os atos do Senhor: os decretos divinos
12. Os atributos de Deus: amor e bondade
13. Os atributos de Deus: justiça e santidade
14. O problema do mal
15. Os atributos de Deus: conhecimento
16. Os atributos de Deus: poder, vontade
17. Os atributos de Deus: Senhor do tempo
18. Os atributos de Deus: Senhor do espaço, da matéria, da luz e do fôlego
19. Os atributos de Deus: autossuficiência
20. Deus, três em um
21. Os três são Deus
22. Pai, Filho e Espírito
PARTE QUATRO: A DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
23. Deus e sua Palavra
24. Deus nos fala em eventos e palavras
25. As palavras escritas de Deus
26. A natureza das Escrituras
27. Da boca de Deus aos nossos ouvidos
28. Do texto ao nosso coração
ESBOÇO ANALÍTICO
ESBOÇO ANALÍTICO DO VOLUME II
PARTE CINCO: A DOUTRINA DO CONHECIMENTO DE DEUS
29. Deus e o nosso conhecimento
A. O conhecimento de Deus e o do homem
B. Nosso conhecimento a respeito de Deus
C. A cognoscibilidade e a incompreensibilidade de Deus
D. Conhecendo a Deus na fé e na incredulidade
(1) O conhecimento na obediência
(2) O conhecimento na desobediência
30. Perspectivas sobre o conhecimento humano
A. Objetos do conhecimento humano
(1) A revelação divina
(2) O mundo
(3) Nós mesmos
B. Perspectivas epistemológicas
C. Fundações e fundacionalismo
D. Teorias da verdade
31. A justificação do conhecimento
A. Justificação normativa
B. Justificação situacional
C. Justificação existencial
(1) Conhecimento, regeneração e santificação
(2) Vendo as coisas em padrões bíblicos
(3) Uma perspectiva existencial coletiva
32. Recursos para o conhecimento
A. O pessoalismo do conhecimento de Deus
B. O coração
C. A razão
D. A percepção e a experiência
E. A emoção
(1) Emoções e decisões
(2) Emoções e conhecimento
(3) A emoção como uma perspectiva
(4) Emoção e teologia
(5) Cultivando emoções piedosas
F. A imaginação
G. A vontade
H. Os hábitos e as habilidades
I. A intuição
PARTE SEIS: A DOUTRINA DOS ANJOS E DOS DEMÔNIOS
33. Anjos e demônios
A. A natureza e a obra dos anjos
B. Os anjos e os homens
C. Satanás e os demônios
D. Vivendo com os anjos: um sermão
PARTE SETE: A DOUTRINA DO HOMEM
34. O homem à imagem de Deus
A. A imagem de Deus
(1) Controle (ofício real)
(2) Autoridade (ofício profético)
(3) Presença (ofício sacerdotal)
B. O homem como filho de Deus
C. Homem e Mulher
(1) Tanto homens quanto mulheres são criados à imagem de Deus
(2) Homens e mulheres são iguais na imagem de Deus
(3) A própria diferenciação sexual reflete Deus
(4) Homens e mulheres representam igualmente a Deus
(5) Resumo
D. Corpo, alma e espírito
E. Dicotomia e tricotomia
F. Criacionismo e traducionismo
G. A criação de Adão e Eva
H. A historicidade de Adão e Eva
35. Responsabilidade e liberdade humana
A. Responsabilidade de prestar contas
B. Responsabilidade de arcar com as consequências
C. Responsabilidade e capacidade
D. Excurso sobre a capacidade
E. Liberdade
F. Uma crítica ao libertarismo
G. Alteridade, integridade e importância das criaturas
H. Criatividade divina e humana
I. Modelos de agência divina e humana
36. O pecado
A. A bondade original do homem
B. A natureza do pecado
C. A origem do pecado
D. A reação de Deus à queda
E. Os efeitos da queda
(1) Culpa
(2) Punição
(3) Corrupção
F. Tentação e pecado
G. Os cristãos são totalmente depravados?
PARTE OITO: A DOUTRINA DE CRISTO
37. A pessoa de Cristo
A. A centralidade de Cristo
B. A divindade de Cristo
C. A humanidade de Cristo
D. A encarnação
E. A concepção virginal de Jesus
F. A união hipostática
G. Vivendo com duas naturezas
H. A comunicação de atributos
I. Cristo, a imagem de Deus
(1) Controle (ofício real)
(2) Autoridade (ofício profético)
(3) Presença (ofício sacerdotal)
38. A obra de Cristo
A. Os ofícios de Jesus
(1) Profeta
(2) Sacerdote
a. Por quem Cristo morreu?
b. A intercessão
(3) Rei
B. Os estados de Cristo
C. A união com Cristo
(1) Eleição
(2) Adoção
(3) Redenção
PARTE NOVE: A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
39. O Espírito Santo
A. Quem é o Espírito?
B. O que faz o Espírito?
C. O Espírito na vida dos cristãos
(1) O batismo no Espírito
(2) O enchimento do Espírito
(3) O fruto do Espírito
(4) Os dons do Espírito
(5) Milagres
(6) Profecia
(7) Línguas
(8) Curas
40. A vocação
A. A ordo salutis
B. Perspectivas sobre a aplicação da redenção
C. A vocação eficaz
D. Aplicações da vocação divina
41. A regeneração e a conversão: a salvação subjetiva
A. Regeneração
(1) A regeneração no Antigo Testamento
(2) O ensino joanino
(3) A regeneração em Paulo
(4) Um segundo significado de regeneração
(5) Crianças regeneradas
B. Fé
(1) Definição de fé salvadora
(2) A fé salvadora é um dom de Deus
(3) A fé e as boas obras
(4) O papel da fé na salvação
(5) A fé na vida cristã
(6) Fé, esperança e amor
(7) A necessidade da fé
C. Arrependimento
(1) O arrependimento e a salvação
(2) O arrependimento e a vida cristã
42. A justificação e a adoção
A. Justiça
(1) A natureza da justificação
(2) Uma declaração legal
(3) Uma declaração constitutiva
(4) O fundamento da justificação
(5) O instrumento da justificação
(6) A justificação e a santificação
(7) Uma controvérsia recente sobre a justificação
a. A nova perspectiva sobre Paulo
b. Norman Shepherd
B. Adoção
(1) A relação da adoção com outras doutrinas
a. Regeneração
b. Fé
c. Justificação
(2) Os privilégios da adoção
43. A santificação
A. Santidade
B. Definição de santificação
C. Santificação definitiva
D. Santificação progressiva
E. Os meios de santificação
(1) A lei de Deus
(2) A história da redenção
(3) Nossos recursos pessoais
F. Os exercícios espirituais e a simples obediência
44. A perseverança e a certeza
A. A perseverança
B. A certeza da salvação
C. Bases para a certeza
45. A glorificação
A. A glorificação presente
B. A glorificação futura
C. A coparticipação na natureza divina
D. A glória com Deus e com Cristo
PARTE DEZ: A DOUTRINA DA IGREJA
46. A igreja
A. O contexto do Antigo Testamento
B. A natureza da igreja
C. Visível e invisível
D. Local, regional e universal
E. Imagens
F. Atributos
G. Marcas
H. O governo da igreja
47. A missão da igreja
A. A igreja e o reino
B. Os mandatos de Deus para a igreja
C. Tarefas específicas
D. Os ministérios da igreja
48. Os meios de graça
A. A ideia dos meios de graça
B. A Palavra
C. A comunhão
D. A oração
49. Os sacramentos
A. Batismo
B. O modo do batismo
C. Batismo infantil
D. Santa Ceia
E. A comunhão à mesa com Deus
F. A experiência da Santa Ceia
PARTE ONZE: A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
50. O céu e o inferno
A. O estado intermediário
B. O estado eterno
C. A bênção eterna dos cristãos (céu)
D. A punição eterna dos incrédulos (inferno)
51. Os acontecimentos dos últimos dias
A. Amilenismo
B. Pós-milenismo
C. Pré-milenismo
D. Os argumentos do amilenismo
E. Os argumentos do pós-milenismo
F. Os argumentos do pré-milenismo
G. Preterismo
H. O já e o ainda não
I. A escatologia e a vida cristã
PARTE DOZE: A DOUTRINA DA VIDA CRISTÃ
52. Como, então, viveremos?
A. O senhorio e a ética
(1) Como Deus governa nossa vida ética
(2) Critérios necessários e suficientes para as boas obras
(3) Razões bíblicas para praticar boas obras
a. A história da redenção
b. A autoridade dos mandamentos de Deus
c. A presença do Espírito
(4) Tipos de ética cristã
(5) O que realmente importa
(6) Os fatores do julgamento ético
(7) Perspectivas sobre a disciplina da ética
(8) A interdependência das perspectivas
B. A vida ética
C. Os mandamentos do Senhor
ESBOÇO ANALÍTIO DO VOLUME I
PARTE UM: INTRODUÇÃO À TEOLOGIA SISTEMÁTICA
1. O que é teologia?
A. Definições longa e breve
B. A teologia como aplicação
C. Tipos de teologia
D. O método teológico
2. O Senhor
A. A centralidade do senhorio divino
B. Oponentes da teologia do senhorio
C. A aliança
D. Controle
E. Autoridade
F. Presença
G. Perspectivas sobre o nosso Senhor da aliança
H. Senhorio e conhecimento
3. O senhorio de Deus como uma cosmovisão singular
A. O Senhor é absoluto
B. O Senhor é tripessoal
C. O Senhor é transcendente
D. O Senhor é imanente
E. Relações entre a transcendência e a imanência
F. Paralelos epistemológicos
G. O Senhor é Criador
H. Conclusão
PARTE DOIS: A HISTÓRIA BÍBLICA
4. As alianças do Senhor
A. Gêneros de literatura bíblica
B. Narrativa e cosmovisão
C. A aliança eterna da redenção
D. A aliança universal
E. A aliança edênica
F. A aliança da graça
G. A aliança divina com Noé
H. A aliança divina com Abraão
I. A aliança divina com Israel sob Moisés
J. A aliança divina com Davi
K. A nova aliança
L. Alianças e perspectivas
M. Vivendo na aliança divina
5. O reino de Deus
A. As duas eras
B. Deus, o Rei
C. Cristo, o Rei
D. O evangelho do reino
E. Lei e evangelho
F. Um reino ou dois?
G. A vida no reino
6. A família de Deus
A. A paternidade de Deus
B. Pai e mãe?
(1) Como seria um Deus feminino?
(2) Imagens femininas de Deus nas Escrituras
(3) A importância teológica das imagens masculinas
C. Vivendo na família de Deus
PARTE TRÊS: A DOUTRINA DE DEUS
7. Os atos do Senhor: milagres
A. Definição de milagre
(1) O milagre e a lei natural
(2) Imediação
(3) Confirmação de profecias
(4) Uma definição mais bíblica
B. Os milagres cessaram?
C. Milagres e apologética
(1) Os milagres são possíveis?
(2) Há evidências suficientes para crer nos milagres bíblicos?
(3) Os milagres são evidências para a fé cristã?
8. Os atos do Senhor: providência, parte 1
A. A providência e o milagre
B. A providência e o controle de Deus
(1) Eficácia
(2) Universalidade
a. O mundo natural
b. A história humana
c. A vida humana individual
d. As decisões humanas
e. Os pecados
f. A fé e a salvação
C. Passagens diretas
9. Os atos do Senhor: providência, parte 2
A. Governo
B. Preservação
C. Revelação
D. Concorrência
10. Os atos do Senhor: criação
A. Definindo a criação
B. A criação e a adoração
C. A criação e o senhorio de Deus
D. A criação e a redenção
E. A criação a partir do nada
F. Os seis dias
G. A idade da Terra
H. A evolução
11. Os atos do Senhor: os decretos divinos
A. O plano de Deus
B. Os decretos e o senhorio de Deus
C. A eleição histórica
D. A eleição eterna
E. A reprovação
F. A ordem dos decretos
12. Os atributos de Deus: amor e bondade
A. A bondade
B. O amor
(1) A linguagem do amor
(2) A extensão do amor de Deus
(3) O amor redentor de Deus
(4) O amor de Deus e seu senhorio
C. A graça
D. A graça comum e a paciência de Deus
E. O amor da aliança
F. A compaixão
G. Outras formas da bondade de Deus
13. Os atributos de Deus: justiça e santidade
A. Os justos atos de Deus
B. O zelo de Deus
C. O ódio de Deus
D. A ira de Deus
E. A santidade de Deus
14. O problema do mal
A. A natureza do mal
B. Algumas coisas boas sobre o mal
C. O mal e a agência de Deus
15. Os atributos de Deus: conhecimento
A. O conhecimento de Deus
B. O conhecimento de Deus e o seu senhorio
C. Onisciência
D. O conhecimento de Deus a respeito do futuro
(1) O conhecimento de Deus sobre o futuro em geral
(2) A presciência de Deus sobre as livres decisões e ações humanas
(3) Passagens que alegadamente ensinam a ignorância divina
E. O conhecimento de Deus sobre as possibilidades
F. O conhecimento de Deus sobre as contingências: conhecimento médio
G. A sabedoria de Deus
H. A mente de Deus
16. Os atributos de Deus: poder, vontade
A. A onipotência de Deus
B. O que Deus não pode fazer
C. Definições de onipotência
D. Onipotência e redenção
E. Poder e a fraqueza
F. A vontade de Deus
G. Decreto e preceito
H. Deus deseja a salvação de todos?
I. Qual é a vontade real de Deus?
J. Uma terceira vontade?
17. Os atributos de Deus: Senhor do tempo
A. A infinidade de Deus
B. A eternidade de Deus
C. O que as Escrituras afirmam sobre Deus e o tempo
(1) A onipresença temporal de Deus
(2) A imutabilidade de Deus
(3) Um Deus que se arrepende
(4) Como Deus é imutável?
(5) Imutabilidade e onipresença temporal
D. Algumas noções atuais
(1) Teologia do processo
(2) Futurismo
18. Os atributos de Deus: Senhor do espaço, da matéria, da luz e do fôlego
A. A imensidade de Deus
(1) Passagens bíblicas explícitas
(2) Um foco ético
(3) Personalismo bíblico
(4) Senhorio e espaço
B. A onipresença espacial de Deus
C. A incorporeidade de Deus
D. A teofania e a encarnação
E. A invisibilidade de Deus
F. A glória de Deus
(1) A glória-teofania
(2) A glória como presença de Deus
(3) A glória de Deus na criação
(4) A reputação de Deus
(5) A glória e a Trindade
G. A espiritualidade de Deus
(1) Poder
(2) Autoridade
(3) Presença na bênção e no juízo
(4) O Espírito na história redentiva
19. Os atributos de Deus: autossuficiência
A. A asseidade de Deus
B. Deus tem sentimentos?
C. Deus pode sofrer?
20. Deus, três em um
A. Fundamentos trinitários
B. Deus é um
(1) Deus e os deuses
(2) Críticas contemporâneas ao monoteísmo
(3) Deus é simples
C. Deus é três
(1) Plurais
(2) Hipostatizações
(3) As pessoas divinas no Antigo Testamento
(4) Tríades no Antigo Testamento
(5) Tríades de seres divinos no Antigo Testamento
(6) As pessoas divinas no Novo Testamento
21. Os três são Deus
A. Pressupondo como verdadeira a divindade de Jesus
B. Cristo, o Senhor da aliança
C. Cristo, o Filho de Deus
D. Jesus, o Cristo
E. Jesus Cristo é Deus
(1) João 1.1
(2) João 1.18
(3) João 20.28
(4) Atos 20.28
(5) Romanos 9.5
(6) 2Tessalonicenses 1.12; Tito 2.13; 2Pedro 1.1
(7) 1Timóteo 3.15-16
(8) Hebreus 1.8
(9) 1João 5.20
(10) Filipenses 2.6
(11) Colossenses 2.9
(12) Epílogo
F. Outros títulos de Cristo
G. Outras evidências da divindade de Jesus
H. A divindade do Espírito Santo
22. Pai, Filho e Espírito
A. A distintividade das pessoas
B. A personalidade distinta do Espírito
C. Circumincessio
D. Glorificação mútua
E. Substância e pessoas
F. Ontológica e econômica
G. Geração eterna
H. Processão eterna
I. Filioque
J. Subordinação
K. Modelos trinitários
L. Analogias trinitárias
M. Analogias filosóficas
N. A Trindade e o senhorio de Deus
PARTE QUATRO: A DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
23. Deus e sua Palavra
A. O discurso de Deus
B. A verdade de Deus
C. A Palavra de Deus para nós
(1) Poder controlador
(2) Autoridade significativa
(3) Presença pessoal
24. Deus nos fala em eventos e palavras
A. A revelação por meio de eventos
(1) A natureza e a história geral
(2) A história da redenção
B. A revelação por meio de palavras: a voz divina
C. A revelação por meio de palavras: os profetas e os apóstolos
D. Jesus, voz divina e profeta
25. As palavras escritas de Deus
A. A permanência da palavra escrita de Deus
B. As palavras escritas de Deus no Antigo Testamento
(1) As gerações
(2) O documento da aliança
(3) A profecia escrita
(4) A sabedoria
(5) O respeito pelas palavras escritas de Deus no Antigo Testamento
(6) A visão de Jesus sobre o Antigo Testamento
(7) A visão dos apóstolos sobre o Antigo Testamento
C. O Novo Testamento como palavras escritas de Deus
D. O cânon das Escrituras
26. A natureza das Escrituras
A. Inspiração
B. Inerrância e infalibilidade
(1) Definições
(2) Base bíblica
(3) Inerrância e precisão
(4) Qualificações
da inerrância
C. Fenômenos e propósito
D. Clareza
(1) Clareza e o controle de Deus
(2) Clareza e a autoridade de Deus
(3) Clareza e a presença de Deus
E. Necessidade
F. Abrangência
G. Suficiência
(1) A formulação confessional
(2) Base bíblica
(3) A suficiência geral e a particular
(4) Desafios à suficiência das Escrituras
27. Da boca de Deus aos nossos ouvidos
A. Cópias e crítica textual
(1) O que é um autógrafo?
(2) Essa limitação é bíblica?
(3) Mas os escritores bíblicos não citam as cópias como Palavra de Deus?
(4) Essa limitação é uma evasiva apologética?
(5) Essa limitação torna a inerrância uma letra morta?
(6) Por que Deus permitiu que os autógrafos se perdessem?
(7) Por que Deus não nos deu cópias perfeitas?
(8) Uma perda qualquer não é algo sério?
B. Traduções e edições
C. Ensino, pregação e teologia
D. Sacramentos
E. Confissões, credos e tradições
F. Recepção humana
G. Interpretação
28. Do texto ao nosso coração
A. Certeza
B. Revelação-pessoa: o testemunho divino
(1) Teofania
(2) Cristo, o Mediador de toda a revelação
(3) A obra do Espírito Santo
(4) Epistemologia e o testemunho do Espírito
(5) O Espírito e a suficiência das Escrituras
C. Os seres humanos como revelação
D. Escrevendo no coração
(1) O nome do Senhor
(2) Coração-revelação
E. A revelação geral, a especial e a existencial
ESBOÇO ANALÍTIO DO VOLUME I
PARTE UM: INTRODUÇÃO À TEOLOGIA SISTEMÁTICA
1. O que é teologia?
A. Definições longa e breve
B. A teologia como aplicação
C. Tipos de teologia
D. O método teológico
2. O Senhor
A. A centralidade do senhorio divino
B. Oponentes da teologia do senhorio
C. A aliança
D. Controle
E. Autoridade
F. Presença
G. Perspectivas sobre o nosso Senhor da aliança
H. Senhorio e conhecimento
3. O senhorio de Deus como uma cosmovisão singular
A. O Senhor é absoluto
B. O Senhor é tripessoal
C. O Senhor é transcendente
D. O Senhor é imanente
E. Relações entre a transcendência e a imanência
F. Paralelos epistemológicos
G. O Senhor é Criador
H. Conclusão
PARTE DOIS: A HISTÓRIA BÍBLICA
4. As alianças do Senhor
A. Gêneros de literatura bíblica
B. Narrativa e cosmovisão
C. A aliança eterna da redenção
D. A aliança universal
E. A aliança edênica
F. A aliança da graça
G. A aliança divina com Noé
H. A aliança divina com Abraão
I. A aliança divina com Israel sob Moisés
J. A aliança divina com Davi
K. A nova aliança
L. Alianças e perspectivas
M. Vivendo na aliança divina
5. O reino de Deus
A. As duas eras
B. Deus, o Rei
C. Cristo, o Rei
D. O evangelho do reino
E. Lei e evangelho
F. Um reino ou dois?
G. A vida no reino
6. A família de Deus
A. A paternidade de Deus
B. Pai e mãe?
(1) Como seria um Deus feminino?
(2) Imagens femininas de Deus nas Escrituras
(3) A importância teológica das imagens masculinas
C. Vivendo na família de Deus
PARTE TRÊS: A DOUTRINA DE DEUS
7. Os atos do Senhor: milagres
A. Definição de milagre
(1) O milagre e a lei natural
(2) Imediação
(3) Confirmação de profecias
(4) Uma definição mais bíblica
B. Os milagres cessaram?
C. Milagres e apologética
(1) Os milagres são possíveis?
(2) Há evidências suficientes para crer nos milagres bíblicos?
(3) Os milagres são evidências para a fé cristã?
8. Os atos do Senhor: providência, parte 1
A. A providência e o milagre
B. A providência e o controle de Deus
(1) Eficácia
(2) Universalidade
a. O mundo natural
b. A história humana
c. A vida humana individual
d. As decisões humanas
e. Os pecados
f. A fé e a salvação
C. Passagens diretas
9. Os atos do Senhor: providência, parte 2
A. Governo
B. Preservação
C. Revelação
D. Concorrência
10. Os atos do Senhor: criação
A. Definindo a criação
B. A criação e a adoração
C. A criação e o senhorio de Deus
D. A criação e a redenção
E. A criação a partir do nada
F. Os seis dias
G. A idade da Terra
H. A evolução
11. Os atos do Senhor: os decretos divinos
A. O plano de Deus
B. Os decretos e o senhorio de Deus
C. A eleição histórica
D. A eleição eterna
E. A reprovação
F. A ordem dos decretos
12. Os atributos de Deus: amor e bondade
A. A bondade
B. O amor
(1) A linguagem do amor
(2) A extensão do amor de Deus
(3) O amor redentor de Deus
(4) O amor de Deus e seu senhorio
C. A graça
D. A graça comum e a paciência de Deus
E. O amor da aliança
F. A compaixão
G. Outras formas da bondade de Deus
13. Os atributos de Deus: justiça e santidade
A. Os justos atos de Deus
B. O zelo de Deus
C. O ódio de Deus
D. A ira de Deus
E. A santidade de Deus
14. O problema do mal
A. A natureza do mal
B. Algumas coisas boas sobre o mal
C. O mal e a agência de Deus
15. Os atributos de Deus: conhecimento
A. O conhecimento de Deus
B. O conhecimento de Deus e o seu senhorio
C. Onisciência
D. O conhecimento de Deus a respeito do futuro
(1) O conhecimento de Deus sobre o futuro em geral
(2) A presciência de Deus sobre as livres decisões e ações humanas
(3) Passagens que alegadamente ensinam a ignorância divina
E. O conhecimento de Deus sobre as possibilidades
F. O conhecimento de Deus sobre as contingências: conhecimento médio
G. A sabedoria de Deus
H. A mente de Deus
16. Os atributos de Deus: poder, vontade
A. A onipotência de Deus
B. O que Deus não pode fazer
C. Definições de onipotência
D. Onipotência e redenção
E. Poder e a fraqueza
F. A vontade de Deus
G. Decreto e preceito
H. Deus deseja a salvação de todos?
I. Qual é a vontade real de Deus?
J. Uma terceira vontade?
17. Os atributos de Deus: Senhor do tempo
A. A infinidade de Deus
B. A eternidade de Deus
C. O que as Escrituras afirmam sobre Deus e o tempo
(1) A onipresença temporal de Deus
(2) A imutabilidade de Deus
(3) Um Deus que se arrepende
(4) Como Deus é imutável?
(5) Imutabilidade e onipresença temporal
D. Algumas noções atuais
(1) Teologia do processo
(2) Futurismo
18. Os atributos de Deus: Senhor do espaço, da matéria, da luz e do fôlego
A. A imensidade de Deus
(1) Passagens bíblicas explícitas
(2) Um foco ético
(3) Personalismo bíblico
(4) Senhorio e espaço
B. A onipresença espacial de Deus
C. A incorporeidade de Deus
D. A teofania e a encarnação
E. A invisibilidade de Deus
F. A glória de Deus
(1) A glória-teofania
(2) A glória como presença de Deus
(3) A glória de Deus na criação
(4) A reputação de Deus
(5) A glória e a Trindade
G. A espiritualidade de Deus
(1) Poder
(2) Autoridade
(3) Presença na bênção e no juízo
(4) O Espírito na história redentiva
19. Os atributos de Deus: autossuficiência
A. A asseidade de Deus
B. Deus tem sentimentos?
C. Deus pode sofrer?
20. Deus, três em um
A. Fundamentos trinitários
B. Deus é um
(1) Deus e os deuses
(2) Críticas contemporâneas ao monoteísmo
(3) Deus é simples
C. Deus é três
(1) Plurais
(2) Hipostatizações
(3) As pessoas divinas no Antigo Testamento
(4) Tríades no Antigo Testamento
(5) Tríades de seres divinos no Antigo Testamento
(6) As pessoas divinas no Novo Testamento
21. Os três são Deus
A. Pressupondo como verdadeira a divindade de Jesus
B. Cristo, o Senhor da aliança
C. Cristo, o Filho de Deus
D. Jesus, o Cristo
E. Jesus Cristo é Deus
(1) João 1.1
(2) João 1.18
(3) João 20.28
(4) Atos 20.28
(5) Romanos 9.5
(6) 2Tessalonicenses 1.12; Tito 2.13; 2Pedro 1.1
(7) 1Timóteo 3.15-16
(8) Hebreus 1.8
(9) 1João 5.20
(10) Filipenses 2.6
(11) Colossenses 2.9
(12) Epílogo
F. Outros títulos de Cristo
G. Outras evidências da divindade de Jesus
H. A divindade do Espírito Santo
22. Pai, Filho e Espírito
A. A distintividade das pessoas
B. A personalidade distinta do Espírito
C. Circumincessio
D. Glorificação mútua
E. Substância e pessoas
F. Ontológica e econômica
G. Geração eterna
H. Processão eterna
I. Filioque
J. Subordinação
K. Modelos trinitários
L. Analogias trinitárias
M. Analogias filosóficas
N. A Trindade e o senhorio de Deus
PARTE QUATRO: A DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
23. Deus e sua Palavra
A. O discurso de Deus
B. A verdade de Deus
C. A Palavra de Deus para nós
(1) Poder controlador
(2) Autoridade significativa
(3) Presença pessoal
24. Deus nos fala em eventos e palavras
A. A revelação por meio de eventos
(1) A natureza e a história geral
(2) A história da redenção
B. A revelação por meio de palavras: a voz divina
C. A revelação por meio de palavras: os profetas e os apóstolos
D. Jesus, voz divina e profeta
25. As palavras escritas de Deus
A. A permanência da palavra escrita de Deus
B. As palavras escritas de Deus no Antigo Testamento
(1) As gerações
(2) O documento da aliança
(3) A profecia escrita
(4) A sabedoria
(5) O respeito pelas palavras escritas de Deus no Antigo Testamento
(6) A visão de Jesus sobre o Antigo Testamento
(7) A visão dos apóstolos sobre o Antigo Testamento
C. O Novo Testamento como palavras escritas de Deus
D. O cânon das Escrituras
26. A natureza das Escrituras
A. Inspiração
B. Inerrância e infalibilidade
(1) Definições
(2) Base bíblica
(3) Inerrância e precisão
(4) Qualificações
da inerrância
C. Fenômenos e propósito
D. Clareza
(1) Clareza e o controle de Deus
(2) Clareza e a autoridade de Deus
(3) Clareza e a presença de Deus
E. Necessidade
F. Abrangência
G. Suficiência
(1) A formulação confessional
(2) Base bíblica
(3) A suficiência geral e a particular
(4) Desafios à suficiência das Escrituras
27. Da boca de Deus aos nossos ouvidos
A. Cópias e crítica textual
(1) O que é um autógrafo?
(2) Essa limitação é bíblica?
(3) Mas os escritores bíblicos não citam as cópias como Palavra de Deus?
(4) Essa limitação é uma evasiva apologética?
(5) Essa limitação torna a inerrância uma letra morta?
(6) Por que Deus permitiu que os autógrafos se perdessem?
(7) Por que Deus não nos deu cópias perfeitas?
(8) Uma perda qualquer não é algo sério?
B. Traduções e edições
C. Ensino, pregação e teologia
D. Sacramentos
E. Confissões, credos e tradições
F. Recepção humana
G. Interpretação
28. Do texto ao nosso coração
A. Certeza
B. Revelação-pessoa: o testemunho divino
(1) Teofania
(2) Cristo, o Mediador de toda a revelação
(3) A obra do Espírito Santo
(4) Epistemologia e o testemunho do Espírito
(5) O Espírito e a suficiência das Escrituras
C. Os seres humanos como revelação
D. Escrevendo no coração
(1) O nome do Senhor
(2) Coração-revelação
E. A revelação geral, a especial e a existencial
ABREVIATURAS
[ PARTE 5 ]
A DOUTRINA DO CONHECIMENTO DE DEUS
CAPÍTULO 29
DEUS E O NOSSO CONHECIMENTO
JOÃO CALVINO INICIOU suas Institutas não, como fiz, com uma análise do próprio Deus, nem (como é comum) com uma doutrina das Escrituras, mas com uma análise do conhecimento humano de Deus. Na famosa primeira página do seu livro, Calvino indica que o conhecimento de Deus e o conhecimento de nós mesmos estão interconectados, de modo que não podemos nos conhecer sem conhecer a Deus, nem vice-versa.¹ Desde Calvino, a teologia reformada tem enfatizado muitas vezes o conhecimento de Deus como um tema importante da teologia.²
A ênfase de Calvino no conhecimento de Deus está correlacionada com o interesse posterior dos reformados pela natureza da teologia, assim como pelas doutrinas da revelação e da Bíblia. Isso também renovou a discussão entre a teologia e a epistemologia filosófica já encontrada em Agostinho, Aquino e outros pensadores anteriores à Reforma. Pensadores reformados como Beza, Turretini, Mastricht, Edwards, Kuyper, Bavinck, Van Til e Gordon Clark deram continuidade a essa discussão, muitas vezes comparando e contrastando a epistemologia reformada e bíblica com as escolas filosóficas não cristãs.
Neste volume, coloquei a doutrina do conhecimento de Deus nessa posição³ para que possa me basear nas nossas análises anteriores de Deus (a base do nosso conhecimento, seu principium essendi) e da palavra de Deus (a comunicação divina a nós, a base fundamental do nosso conhecimento, seu principium cognoscendi). Na parte três, estabeleci Deus como a base de tudo. Depois, na parte quatro, enfatizei que, para conhecer qualquer coisa corretamente, precisamos submeter nosso pensamento à palavra de Deus, especialmente à Palavra contida nas Escrituras como a constituição pactual do povo de Deus. Na parte cinco, irei examinar o conhecimento que resulta da submissão à palavra de Deus ou da rebelião contra ela.⁴ Irei considerar o nosso conhecimento de Deus e também o nosso conhecimento do mundo e de nós mesmos como criação de Deus.⁵
Então, o conteúdo desses capítulos é relevante para qualquer tentativa humana de conhecer, seja na teologia, na filosofia, nas artes, nas ciências ou na vida comum. As Escrituras nos ensinam que tudo o que fazemos deve ser feito para a glória de Deus (1Co 10.31). Como cristãos, muitas vezes não consideramos como aplicar esse mandamento ao nosso raciocínio, especificamente às nossas tentativas de obter conhecimento. É tentador achar que essa passagem limita-se à nossa vida estritamente religiosa e ética. Na verdade, ela trata de todas as partes da vida (fazei tudo
), incluindo a intelectual. Assim, há uma doutrina distintamente bíblica do conhecimento, tal como há doutrinas distintamente bíblicas de Deus, do pecado e da redenção.⁶ Considere todas as passagens das Escrituras que lidam com o conhecimento de Deus (capítulo 15), a sua palavra (capítulos 23–28), Cristo como fonte de todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento
(Cl 2.3), a sabedoria e a tolice humana (por exemplo, em Provérbios), a sabedoria do mundo e a sabedoria de Deus (por exemplo, 1Co 1–3). Com certeza, nenhum cristão pode debater epistemologia sem levar em conta os ensinamentos da palavra de Deus.
O conhecimento de Deus e o do homem
No capítulo 15, analisei o conhecimento de Deus, explicando especificamente a natureza da sua onisciência. Deus sabe tudo, todos os fatos, todas as pessoas, todos os acontecimentos. Ele não só conhece cada situação, mas conhece cada uma de todas as perspectivas possíveis. Ele sabe não apenas a quantidade de livros que há no meu escritório, mas também como esses livros são da perspectiva de uma mosca na parede. E, mesmo se não houvesse mosca, ele sabe como meu escritório seria da perspectiva de uma possível mosca. Portanto, ele sabe como tudo é, qual sua sensação, gosto e cheiro, de qualquer ponto no seu vasto universo, da perspectiva de qualquer conhecedor. Verdadeiramente, o conhecimento de Deus é maravilhoso demais
para imaginarmos (Sl 139.6).
Deus tem conhecimento perfeito de si mesmo. Os seres humanos têm profundezas ocultas em si mesmos que nem conseguem imaginar. Por isso Paulo afirma: Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto
(Rm 7.15). Mas não há nenhum pensamento, plano, inclinação ou motivação em Deus de que ele não esteja consciente. Ele se conhece perfeitamente.
Ele conhece perfeitamente tanto a sua natureza quanto as suas ações. Entre as suas ações, ele conhece as suas ações eternas (como a geração eterna do Filho pelo Pai, capítulo 22), os seus decretos eternos para a natureza e a História (capítulo 11) e suas ações como o Deus imanente dentro do mundo que criou (capítulo 3). Seu conhecimento do mundo criado inclui o que para nós é passado, presente e futuro (indo contra o teísmo aberto).
Ele tem um conhecimento exaustivo da criação porque primeiramente tem conhecimento exaustivo de si mesmo.
Por causa do seu profundo autoconhecimento, ele também tem conhecimento perfeito da criação. (1) Ele conhece o que é possível no mundo, porque possibilidade significa possível para Deus
. Ele sabe o que é capaz de fazer, o que pode preordenar, porque conhece a si mesmo. (2) Num sentido um pouco diferente de possibilidade, Deus sabe o que é possível no mundo porque conhece o que eternamente planejou acontecer no mundo. No mundo, nada pode ocorrer que Deus não tenha planejado.
Ele conhece o que é real no mundo (1) porque sabe o que preordenou acontecer a qualquer momento e (2) porque, por estar presente no mundo, Deus está ciente do que está acontecendo, de modo análogo ao nosso próprio conhecimento sensorial (Sl 94.9-11).
Na literatura teológica, o conhecimento divino é chamado de conhecimento arquetípico. Nosso conhecimento, que é uma imagem do divino, é chamado de conhecimento ectípico. Aqui é importante observarmos a distinção entre Criador e criatura (capítulo 3). Veja a Figura 29.1.
Figura 29.1. Distinção entre Criador e criatura quanto ao conhecimento
Assim como nunca devemos nos confundir com Deus, nunca devemos confundir nosso conhecimento com o de Deus. Observe especialmente as seguintes diferenças entre os dois:
O conhecimento de Deus é original, o nosso deriva do dele.
O conhecimento de Deus é exaustivo, o nosso é limitado.
O conhecimento de Deus é o supremo critério da verdade e do direito, o nosso conhecimento precisa seguir esse padrão.
Deus nunca precisa de informações ou de esclarecimento/iluminação fora de si mesmo. Nós não podemos saber nada sem a ajuda de Deus e sem nossa experiência do mundo fora de nós mesmos.
Deus sabe o que sabe sem processo, simplesmente por ser quem ele é. Seu conhecimento é descrito às vezes como uma intuição eterna. Porém, nosso conhecimento geralmente requer grande esforço para acumular fatos e chegar a deduções lógicas.
O conhecimento de Deus sobre os fatos da criação precede a existência desses fatos. Mas os fatos precedem o nosso conhecimento deles.
A interpretação divina dos fatos precede a existência deles; a nossa interpretação é uma reinterpretação da interpretação anterior de Deus. Assim, os fatos da nossa experiência não são brutos
ou não interpretados, como se a interpretação humana fosse a primeira. Antes, os fatos já são interpretados antes de os conhecermos. Além disso, a interpretação divina é a normativa que deve governar a nossa.
Em suma, o conhecimento de Deus é divino, com todos os atributos de Deus. O nosso conhecimento é o de criaturas, com todos os atributos referentes às criaturas. Como imagem de Deus, os seres humanos têm um conhecimento que reflete o de Deus de várias maneiras, mas de modo algum é idêntico ao dele.
Na década de 1940, surgiu uma controvérsia entre Gordon H. Clark e Cornelius Van Til. Geralmente é dito que o debate foi sobre a incompreensibilidade de Deus
, mas ele pode ser descrito mais precisamente como um debate sobre a relação entre o conhecimento divino e o humano. Van Til afirma que não há nenhum ponto de identificação entre qualquer pensamento divino e qualquer pensamento humano; caso contrário, violamos a distinção entre Criador e criatura. Clark afirma que o verdadeiro conhecimento humano é idêntico ao conhecimento de Deus; caso contrário, ficamos perdidos no ceticismo. Clark presume que qualquer diferença entre o pensamento de Deus e o do homem seja necessariamente uma diferença no valor da verdade. Van Til, por outro lado, presume que há muitas diferenças entre o pensamento de Deus e o nosso que são simplesmente diferenças entre Criador e criatura, não diferenças entre verdade e falsidade.
Na verdade, Clark e Van Til não estavam tão distantes quanto achavam (assim como seus discípulos mais militantes). Clark admite que há diferenças importantes entre o pensamento divino e o humano quanto ao modo: ou seja, Deus obtém e mantém seu conhecimento de modo bem diferente do modo como obtemos e mantemos o nosso. Por outro lado, Van Til faz concessão ao ponto principal de Clark: Deus e o homem podem conhecer a mesma proposição (por exemplo, o céu é azul
), e nossa crença nessa proposição só é verdadeira se ela concorda com a de Deus.
Afirmar que Deus e o homem podem conhecer a mesma proposição não viola a distinção entre Criador e criatura. Deus conhece a proposição com seu conhecimento divino, o homem a conhece com seu conhecimento humano.⁷
Nosso conhecimento de Deus
Conhecemos Deus como Senhor, pois é o que ele é (veja os capítulos 2 e 3). Como vimos no capítulo 22, o senhorio de Deus se baseia na sua existência trinitária. O Pai determina o plano eterno divino (autoridade), o Filho executa esse plano com seu poder (controle) e o Espírito aplica esse plano ao coração das pessoas (presença). Assim, nós o conhecemos (1) como aquele que tem total controle sobre nós e sobre todas as coisas,⁸ (2) como aquele que fala com autoridade suprema,⁹ e (3) como aquele que está presente a todas as suas criaturas.¹⁰ Então, nosso conhecimento é o conhecimento de servos. Na maior parte do nosso conhecimento, buscamos dominar
as coisas que sabemos: controlá-las, defini-las e/ou invadir o território delas. Em alguns casos e em certo sentido isso é correto, visto que Deus designou os seres humanos como reis vassalos sobre o mundo criado (Gn 1.28). Todavia, nosso conhecimento de Deus precisa ter um caráter bem diferente. Não podemos conhecer a Deus corretamente sem reconhecer seu senhorio sobre nós.
Por isso, um passo necessário para conhecer a Deus é reconhecer a cosmovisão bíblica como a descrevi nos capítulos 2 e 3. Comentei no capítulo 2:
Se Deus está no controle do mundo, então o mundo está sob o seu controle. Se Deus é nossa autoridade suprema, então ele tem o direito de nos dizer em que devemos crer. E se ele está presente em todo lugar, nossas tentativas de conhecer o mundo devem reconhecer essa presença. O fato mais importante sobre qualquer coisa no mundo é o seu relacionamento com o senhorio de Deus.
E, no capítulo 3, enfatizei que há uma antítese entre a cosmovisão bíblica e qualquer cosmovisão incrédula, usando o diagrama da Figura 29.2.
Na compreensão bíblica, a transcendência de Deus sobre o mundo é o seu controle e a sua autoridade; a sua imanência no mundo é sua presença pactual. O pensamento não cristão também admite muitas vezes certa realidade transcendente
. Contudo, na visão não cristã, transcendência refere-se a uma realidade tão distante de nós, tão misteriosa, que não podemos ter um conhecimento indubitável sobre ela. No pensamento não cristão, a imanência significa que a autoridade e o poder supremo estão no mundo, não em algo além do mundo. Então, a transcendência bíblica (1) contradiz a imanência não bíblica (4); a transcendência não bíblica (3) contradiz a imanência bíblica (2). Para conhecer Deus corretamente, precisamos ver o mundo como as Escrituras o veem, não do modo como o pensamento não cristão vê.
Figura 29.2 – Transcendência e imanência: retângulo de oposição
De modo significativo, a cosmovisão não bíblica justifica o pensamento humano autônomo como sua autoridade suprema para a verdade e o direito, o critério supremo de conhecimento. Isso quer dizer que, com base nisso, a razão humana é a autoridade suprema. Contudo, a cosmovisão bíblica do conhecimento repudia a reivindicação de autonomia em termos indubitáveis e decide viver pela revelação de Deus, como argumentei na parte quatro deste livro. Como servos, atentamos para a Bíblia para ouvir o que Deus tem a nos dizer. Depois, cremos e obedecemos.
A cognoscibilidade e a incompreensibilidade de Deus
A incompreensibilidade de Deus é um tópico teológico bastante debatido. Deus é tão maior que nós que a possibilidade de o conhecermos geralmente parece assustadora. Como podemos, com toda a nossa ignorância, fraqueza e pecado, passar a conhecer o Senhor do universo? E a própria Bíblia fala da discrepância entre Deus e o nosso poder de compreensão:
(...) os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o
Senhor
,
porque, assim como os céus são mais altos do que a terra,
assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos,
e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
(Is 55.8-9)
Ó profundidade da riqueza,
tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos,
e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
Quem, pois, conheceu a mente do Senhor?
Ou quem foi o seu conselheiro?
Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?
Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas.
A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Rm 11.33-36)
Cf. Juízes 13.18; Neemias 9.5; Salmos 139.6; 147.5; Isaías 9.6.
Um motivo pelo qual Deus é incompreensível é que ele escolheu não nos revelar tudo sobre si mesmo: As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei
(Dt 29.29).
No entanto, Deus é incompreensível não apenas naquilo que não foi revelado, mas também na sua revelação, pois sua revelação nos leva ao assombro. Ela nunca permite um presunçoso agora sabemos
. Romanos 11.33-36, citado acima, vem depois de muitos capítulos de argumentação racional meticulosa, expondo o evangelho em várias dimensões e respondendo a muitas perguntas. Porém, o final dessa argumentação não leva Paulo a se vangloriar por ter chegado a uma explicação conclusiva. Em vez disso, leva-o ao assombro e ao temor. Torna-o ainda mais consciente do que não sabemos a respeito dos propósitos divinos. Sim, Deus nos salvou do pecado, pela sua graça, por intermédio da fé. No entanto, seus motivos para se rebaixar tanto para nos redimir ainda estão ocultos na neblina do seu vasto ser.¹¹
Por outro lado, as Escrituras nunca permitem a inferência de que não podemos conhecer nada a respeito de Deus. Pelo contrário: E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste
(Jo 17.3).
De certo modo, conhecer Deus é a própria salvação (cf. Mt 11.25-27). Todas as páginas da Bíblia descrevem ou pressupõem o conhecimento de Deus pelos seres humanos. Conhecemos o caráter de Deus, suas ações, sua palavra, seus juízos, suas misericórdias.
Então, nossa análise precisa ser justa com a realidade do conhecimento humano a respeito de Deus e com as limitações desse conhecimento. A incompreensibilidade de Deus refere-se às limitações, como a Bíblia as apresenta, não a um senso geral de mistério que tentamos formular por nossa conta.
A cognoscibilidade e a incompreensibilidade de Deus são mais bem entendidas a partir da distinção entre Criador e criatura que apresentei. A incompreensibilidade de Deus procede da sua transcendência sobre nós; sua cognoscibilidade vem da sua imanência. Isaías 55.8-9 e Romanos 11.33-36 (citados acima) afirmam essencialmente que o Senhor é incompreensível porque é Deus. Em Isaías 55, o conhecimento divino está acima do nosso, assim como os céus estão acima da terra. A discrepância epistemológica tem uma base metafísica. Em Romanos 11.33-36, os caminhos de Deus são insondáveis
e inescrutáveis
, porque são ricos e profundos demais. Ele é o dono e o Criador de todas as coisas (v. 35-36). Nosso conhecimento é diferente porque somos diferentes. Não conseguimos imaginar o que seria possuir todas as coisas e ser o criador de tudo o que conhecemos. Em outras palavras, não podemos saber o que é ser o Senhor de tudo, nem o que é conhecer como o Senhor. Somos essencial e irreparavelmente servos, consignados a conhecer como servos e apenas como servos.
Então, Deus é incompreensível porque ele é o Senhor e nós somos seus servos. Mas isso não quer dizer que não podemos conhecer nada dele. Seu controle e sua autoridade limitam nosso conhecimento, traduzindo-o em conhecimento de servos. Porém, sua presença pactual nos revela Deus, para que verdadeiramente o conheçamos, como servos.
Assim, conhecer Deus é sempre nos termos da cosmovisão bíblica: as posições 1 e 2 no diagrama retangular. Não acreditamos que Deus esteja tão longe de nós que não possa ser conhecido (posição 3), nem que possamos conhecê-lo por meio do raciocínio autônomo (posição 4). Em vez disso, acreditamos que, embora não possamos conhecê-lo como ele se conhece, como supremo controlador e autoridade (1), nós o conhecemos como ele desejou se revelar a nós, de uma maneira apropriada a criaturas (2).¹²
Alguns, incluindo Calvino, acham proveitoso afirmar que, ao se revelar, Deus se acomoda
a nós. Ou seja, ele não fala conosco na sua eterna língua trinitária, mas de maneiras que possamos entender (lembre-se dos capítulos 23 e 24). Deus é como um pai terno que fala conosco em fala de bebês
, que ceceia
para nós.¹³ Há verdade nessa representação. Mas não devemos inferir dela que Deus mente para nós, ou fala menos que a verdade.¹⁴ A mãe que fala de maneira infantil com o filho não tem a intenção de enganá-lo, mas de transmitir a verdade de uma maneira adequada ao entendimento do filho.
Conhecendo a Deus na fé e na incredulidade
A epistemologia (teoria do conhecimento), como disciplina filosófica, tem uma relação significativa com duas outras áreas da filosofia: a metafísica/ontologia (teoria do ser) e a ética (teoria do valor). Neste capítulo, até este ponto focalizamos na relação entre a epistemologia e a ontologia, sua base na natureza de Deus e da criação. Nesta seção, contudo, consideraremos a relação entre a epistemologia e a ética, ou seja, a relação entre o conhecimento humano e a obediência e a desobediência humana a Deus. Veremos que o conhecimento na obediência e o conhecimento na desobediência são bem diferentes um do outro.
O conhecimento na obediência
Como indiquei anteriormente, conhecer Deus é conhecê-lo como Senhor. Isso quer dizer que é um conhecimento pactual. Como mencionei antes, é um conhecimento sobre seu controle, sua autoridade e sua presença. Todavia, conhecer Deus no sentido mais elevado é mais do que isso. Também é um conhecimento sob, sujeito a e exposto ao seu controle, autoridade e presença.
Primeiramente, é um conhecimento sob o controle de Deus. Todo o nosso conhecimento de Deus é baseado na revelação. Quando passamos a conhecer a Deus, é ele quem toma a iniciativa. Ele não espera passivamente que o descubramos, mas ele se faz conhecer. Além disso, no contexto posterior à queda, sua revelação é graciosa. Não a merecemos, mas Deus a dá como um favor a nós, como parte da sua misericórdia redentora (Êx 33.12-13; 1Cr 28.6-9; Pv 2.6; Is 33.5-6; Jr 9.23-24; 31.33-34; Mt 11.25-28; Jo 17.3; Ef 4.13; Fp 1.9; Cl 1.9-10; 3.10; 2Tm 2.25; 2Pe 1.2-3; 2.20; 1Jo 4.7). A graça divina nos dá uma revelação objetiva, uma revelação de verdade objetiva, mas também uma revelação subjetiva ou existencial, como analisamos nos capítulos 27 e 28, a iluminação do Espírito Santo que abre nosso coração para que possamos reconhecer, entender e utilizar corretamente sua verdade (2Co 4.6; Ef 1.18; Hb 6.4; 10.32; cf. 1Ts 1.5). Então, a origem do nosso conhecimento de Deus é ele mesmo. É trinitário: o Pai conhece tudo e nos revela a verdade pela graça do seu Filho, por intermédio da obra do Espírito no nosso coração. Observe como cada pessoa da Trindade está envolvida no processo do conhecimento (1Sm 2.3; Sl 73.11; Is 11.2; 28.9; 53.11; Mt 11.25-27; Ef 1.1; Cl 2.3). Desse modo, tudo é de Deus, tudo vem pela graça. Conhecemos Deus porque ele nos conheceu primeiro, como seus filhos (cf. Êx 22.12; 1Co 8.1-3; Gl 4.9).
Em segundo lugar, é um conhecimento sujeito à autoridade de Deus. Nas Escrituras, o conhecimento está estreitamente ligado à justiça e à santidade (cf. Ef 4.24; Cl 3.10). Funcionam juntos (1Co 8.1-3; 1Jo 4.7-8). Assim, o conhecimento de Deus, no sentido mais pleno, é inevitavelmente um conhecimento obediente. Irei esboçar cinco relações importantes entre o conhecimento e a obediência.
1. O conhecimento de Deus produz obediência (Jo 17.26; 2Pe 1.3,5; 2.18-20). Os amigos de Deus necessariamente procuram obedecer a ele (Jo 14.15,21; etc.); quanto melhor o conhecem, mais obedientes se tornam. Esse relacionamento com Deus é, sem dúvida, uma experiência santificadora; estar próximo dele nos transforma, como nas imagens bíblicas da glória de Deus sendo transferida ao seu povo, do seu Espírito descendo sobre eles e de eles serem conformados à sua imagem.
2. A obediência a Deus leva ao conhecimento (Jo 7.17; Ef 3.17-19; 2Tm 2.25-26; 1Jo 3.16; cf. Sl 111.10; Pv 1.7; 15.33; Is 33.6).¹⁵ Esse é o inverso do ponto anterior; há uma relação circular
entre o conhecimento e a obediência nas Escrituras. Nenhum é unilateralmente anterior ao outro, seja no tempo, seja em causalidade. São inseparáveis, simultâneos. Um enriquece o outro (cf. 2Pe 1.5-6). Alguns intelectualistas
reformados (Gordon Clark, por exemplo, aplicou esse rótulo a si mesmo) não fazem justiça, a meu ver, a essa circularidade. Mesmo nos escritos de J. Gresham Machen muitas vezes encontramos a máxima a vida é edificada sobre a doutrina
, usada de modo a distorcer o fato de que o oposto também é verdadeiro em certo sentido. Certamente é verdadeiro que, se você quiser obedecer a Deus de maneira mais completa, precisará conhecê-lo; mas também é verdadeiro que, se quiser conhecer melhor a Deus, deverá procurar obedecê-lo da maneira mais perfeita.¹⁶
Essa ênfase não contradiz nosso argumento anterior de que o conhecimento é pela graça. O conhecimento e a obediência nos são dados, de modo simultâneo, por Deus com base no sacrifício de Jesus. Uma vez dados, Deus continua a dá-los em plenitude cada vez maior. Porém, ele utiliza meios, usa nossa obediência como meio de nos dar conhecimento, e vice-versa.
O mesmo é verdadeiro quando procuramos conhecer a vontade de Deus para nós
. Romanos 12.1-2 afirma que conhecer a vontade de Deus envolve fazer do próprio corpo um sacrifício vivo. Cf. Efésios 5.8; Filipenses 1.10; Hebreus 5.11-14.¹⁷
3. Obediência é conhecimento, e conhecimento é obediência. Muitas vezes nas Escrituras, obediência e conhecimento são usados como sinônimos próximos, seja colocados em aposição um ao outro (por exemplo, Os 6.6), seja empregados para definir um ao outro (por exemplo, Jr 22.16). Além disso, ocasionalmente o conhecimento aparece como um termo numa lista geral de categorias distintamente éticas (por exemplo, Os 4.1-2). Desse modo, a Bíblia o apresenta como uma maneira de obediência. Cf. também Jeremias 31.31-32; João 8.55 (observe o contexto, em especial v. 19,32,41); 1Coríntios 2.6 (cf. v. 13-15; experimentados
aqui é uma qualidade ética-religiosa); Efésios 4.13; Filipenses 3.8-11; 2Tessalonicenses 1.8-9; 2Pedro 1.5; 2.20-21. Nessas passagens, a obediência não é só uma consequência do conhecimento, mas um aspecto constitutivo dele. Sem obediência não há conhecimento e vice-versa.¹⁸
O ponto aqui não é que obediência e conhecimento são termos sinônimos, permutáveis em todos os contextos. Eles realmente diferem. Conhecimento designa a amizade entre nós mesmos e Deus (veja a seguir); obediência designa a nossa atividade dentro desse relacionamento. Contudo, essas duas ideias são tão inseparáveis entre si que frequentemente podem ser legitimamente usadas como sinônimos, cada uma delas descrevendo a outra de uma perspectiva particular.
4. Assim, a obediência é o critério do conhecimento. Para determinar se alguém conhece Deus, não o submetemos a um exame escrito; examinamos a sua vida. Nas Escrituras, o ateísmo é uma posição prática, não simplesmente teórica; negar a Deus se revela na corrupção da vida da pessoa (Sl 10.4ss; 14.1-7; 53). De modo semelhante, o teste da fé ou conhecimento cristão é uma vida santa (Mt 7.21ss.; Lc 8.21; Jo 8.47; 14.15,21,23-24; 15.7,10,14; 17.6,17; 1Jo 2.3-5; 4.7; 5.2-3; 2Jo 6-7; Ap 12.17; 14.12). A suprema razão para isso é que Deus é real, vivo e verdadeiro, não uma abstração sobre a qual só conseguimos teorizar, mas ele está profundamente envolvido com a vida de cada pessoa. O próprio Eu Sou
de Yahweh indica sua presença. Como diz Francis Schaeffer, ele é o Deus que está presente
. Assim, nosso envolvimento com ele é prático, um envolvimento com ele não somente nas nossas atividades teóricas, mas na vida toda. Desobedecer é ser culposamente ignorante do envolvimento de Deus na nossa vida. Portanto, a desobediência envolve ignorância; a obediência envolve conhecimento.¹⁹
5. Assim, fica claro que o conhecimento propriamente dito deve ser buscado de maneira obediente. Há mandamentos na Bíblia que influenciam diretamente como devemos buscar o conhecimento e que identificam as diferenças entre o conhecimento verdadeiro e o falso. Quanto a isso, devemos meditar sobre 1Coríntios 1–2; 3.18-23; 8.1-3; Tiago 3.13-18. Quando buscamos conhecer a Deus obedientemente, assumimos o ponto fundamental de que o conhecimento cristão é um conhecimento sob autoridade, que nossa busca pelo conhecimento não é autônoma, mas sujeita às Escrituras. E, se isso está correto, segue-se que a verdade (e até certo ponto o conteúdo) das