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O Catador De Lixo
O Catador De Lixo
O Catador De Lixo
E-book71 páginas51 minutos

O Catador De Lixo

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Sobre este e-book

Seu Antônio era catador de lixo desde que entendia de gente. Era uma herança de seu pai. Ele vivia na favela denominada “Comunidade da Boa Esperança”, na zona norte da capital. Não tinha nenhuma qualificação para conseguir outra atividade, nem tampouco sua esposa, Dona Marta. Sua única esperança para melhorar de vida era seu filho Romão, mas, mesmo assim, ainda estava longe de chegar lá, pois ele ainda tinha 12 anos e seu Antônio não tinha muita certeza se estaria vivo quando esse dia chegasse. Romão estudava na escola pública da periferia. Tinha muito gosto pelos estudos e era muito curioso para saber das coisas. O que ele aprendia passava para seus colegas. Ele não era egoísta e gostava de compartilhar seus conhecimentos com todos. Os professores gostavam muito dele pelo seu esforço e dedicação, e deram a oportunidade que ele precisava. A partir daí sua família e as pessoas do seu círculo de amizades dentro da comunidade melhoraram de vida consideravelmente.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de ago. de 2020
O Catador De Lixo

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    O Catador De Lixo - Jorge Eider Silva

    O CATADOR DE LIXO

    Jorge Eider Silva

    2020

    Copyright © 2020 – Jorge Eider Silva - Todos os Direitos Reservados

    É proibida a reprodução total ou parcial deste livro por quaisquer meios, seja mecânico, eletrônico, fotocópia, gravação, inclusive distribuição na Web e outros, sem permissão expressa e por escrito do autor.

    *****

    Esta é uma obra de ficção. Os nomes, personagens e incidentes nele retratados são frutos da imaginação do autor. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou não, eventos ou locais é mera coincidência.

    *****

    Dedicatória

    À minha família com muito amor e carinho.

    Agradecimentos

    Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por me dar forças, persistência e paciência para concluir a presente obra, e a minha família pela paciência de esperar o término deste livro, pelo apoio e compreensão.

    Capítulo 1

    Seu Antônio, como era conhecido pelos seus colegas de trabalho, tinha cerca de 45 anos, e era catador de lixo desde os 10. O ofício de catar lixo era herança de seu pai, que lhe ensinou desde cedo a responsabilidade de sustentar uma família. Para seu pai, catar lixo era uma profissão como outra qualquer, não tinha nenhuma desonra nisso. Apesar da idade, seu Antônio parecia muito mais velho do que aparentava, devido à vida que levava. Trabalho árduo, falta de sono e pouco descanso.

    Seu Antônio era alto, cerca de 1,75m, pele queimada do sol, apesar do chapéu de palha que usava sempre, mãos já enrugadas, consequência dos maus tratos da profissão, morava há muito tempo em uma favela na periferia da zona norte da capital denominada pela comunidade de Cidade da Boa Esperança, cujo nome tornou-se oficial posteriormente pela Prefeitura. Seu Antônio não tinha nenhuma qualificação para conseguir uma atividade melhor, pois infelizmente nunca teve oportunidade nem condições de estudar. Naquela época não havia escolas públicas nas redondezas, e agora era tarde demais para isso, dizia ele. Também não tinha mais ânimo para o estudo, nem tampouco paciência. Teria que dar condições a seus filhos para conseguir o que ele não tinha conseguido. Casou-se aos 28 anos, um pouco tarde na opinião dele, e tinha que se virar para sustentar a mulher e os três filhos. Quando saía para buscar o sustento da família e a patroa também saía para trabalhar, Romão, o mais velho, de 12 anos, ficava em casa cuidando das irmãs, Miriam, de 7 anos e Isabel, de 5.

    A esposa de Seu Antônio, Dona Marta, como era conhecida pela comunidade, era uma senhora um pouco rechonchuda, com seus 42 anos e 1,65m, era alegre, prestativa e muito trabalhadora, e como também não tinha nenhuma qualificação, sempre conseguia algumas tarefas como faxineira, arrumadeira, ajudante de festas, e como tinha muito jeito para lidar com crianças, às vezes fazia o papel de babá em casas de gente mais abastada enquanto os pais iam trabalhar ou se divertir. Quando não tinha trabalho ou o trabalho não ocupava toda a semana, Dona Marta também ajudava o marido na coleta do lixo.

    Seu Antônio não queria que seu filho Romão tivesse o mesmo destino que o seu e o de seu pai, por isso, ele matriculou Romão em uma escola pública das redondezas para ser alguém na vida. As meninas não tiveram a mesma sorte porque a escola não tinha vaga para todos. Mas Romão ensinava a elas tudo o que aprendia na escola para que elas não crescessem analfabetas. Romão era muito estudioso e esforçado, e tinha a esperança de quando a situação melhorasse elas também pudessem ir para a escola, talvez uma da cidade, não tinha certeza ainda. Romão também não queria que seu pai ficasse velho levando essa vida de escravidão, ele ficava muito preocupado com essa situação. Queria fazer alguma coisa para mudar esse quadro, mas ainda não sabia como. Mas tinha a esperança que ia descobrir um jeito.

    O trabalho de Seu Antônio era muito cansativo. Ele saía de casa muito cedo, por volta das 5 da manhã com seu carro de mão por quase um quilômetro para poder pegar a melhor parte do lixo, que era depositado na noite anterior. Se chegasse muito tarde não conseguiria muita coisa boa. Havia muitos catadores na região, mas Seu Antônio e alguns amigos eram os primeiros

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