A aplicação do Balanced Scorecard (BSC) em empresa concessionária de veículos automotores
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A aplicação do Balanced Scorecard (BSC) em empresa concessionária de veículos automotores - Rogério Magela Moreira
1 | INTRODUÇÃO
As organizações são sistemas abertos e respondem ao contexto ambiental a partir de esqueletos
de colaboração chamados organogramas. Essas organizações interagem com seu ambiente por meio da dependência de outras organizações e em competição com outras para manterem ou aumentarem seus mercados em seu segmento.
O mundo sob o efeito da globalização trouxe novos conceitos de estratégia e, com estes, novos sistemas e ferramentas de gestão. O Brasil vem, a partir do cenário de estabilização da moeda, a partir do Plano Real, em 1994, com uma conjuntura econômica mundial que fez com que houvesse representativo volume de entrada de capital estrangeiro no país, por intermédio de empresas multinacionais e taxas de câmbio atrativas que estimularam as importações.
O país se tornou mundialmente uma grande oportunidade para negócios e, conforme apresentado na FIG. 1, o produto interno bruto (PIB) nacional passou a ter bons níveis de crescimento . Mas junto desse crescimento a realidade mudou, trazendo uma competitividade nunca antes vista.
FIGURA 1 - Evolução do PIB por setores.
Ficheiro:EvolucaoPIBBrasil.pngFonte: BACEN (2010).
Entretanto, essa questão fez com as empresas buscassem novas soluções que tivessem foco no mercado, nos clientes e na criação de valor, respondendo, assim, rapidamente às demandas competitivas.
Portanto, nesse novo ambiente empresarial que se caracteriza por acentuada velocidade das mudanças, pela abertura de mercados, convergência tecnológica, exigência crescente dos clientes e entrada de novos concorrentes, entre outros fatores, é que as empresas buscam novas ferramentas para conseguirem tomar as decisões corretas no sentido de criarem vantagem competitiva sobre as demais.
Este estudo apresenta-se para identificar a implantação do Balanced Scorecard (BSC), uma ferramenta de gestão estratégica criada em meados da década de 1990 por Kaplan e Norton, baseada em indicadores de performance. Esse recurso mostrou-se eficaz para responder rapidamente as demandas de competitividade.
Sabe-se, no entanto, e conforme Kaplan e Norton(2002), que muitas empresas obtêm todo o potencial que o BSC pode dar, outras o abandonam e outras ainda o mantêm apenas como uma ferramenta de medição de desempenho apenas.
A questão fundamental deste estudo é avaliar nessa implantação quais seriam as causas, a partir do estágio atual, de sucesso ou insucesso da implementação da ferramenta de gestão estratégica BSC.
1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA
Empresas concessionárias de veículos possuem diversos segmentos, produzindo resultados em sua atividade, como, por exemplo, veículos novos, usados, peças e assistência técnica. E necessitam de estratégias que resultem em metodologias adequadas que contemplem não só o retorno do capital investido, mas que levem em consideração outros aspectos da alta competitividade do setor.
Segundo Kaplan e Norton(1997), há carência de informações gerenciais advindas de contas que proporcionem agilidade na tomada de decisão e isto faz com que as organizações busquem metodologias que possam suprir essa necessidade. A criação de vantagem competitiva frente a um mercado cada vez mais concorrencial empurra
as organizações para a distinção frente aos seus concorrentes ou competidores, mas de forma sustentável.
Portanto, buscando responder a essa necessidade de unir a visão estratégica às fases de execução e controle do processo de gestão é que o Balanced Scorecard (BSC) se apresenta.
O problema que orienta esta pesquisa é o seguinte: como foi implantado o Balanced Scorecard e quais os desafios e dificuldades e razões do sucesso e insucesso na busca de vantagem competitiva pela organização em estudo?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Analisar o processo de implantação do sistema de gestão estratégica Balanced Scorecard em concessionária de veículos estudada, seus desafios e dificuldades e as razões do sucesso ou insucesso da implementação na sua busca pela vantagem competitiva.
1.2.2 Objetivos específicos
• Comparar o processo de implantação do BSC à luz do modelo de implantação sugerido por Kaplan e Norton (1997).
• Analisar o estágio atual de implementação do BSC, demonstrando em que nível de utilização se encontra ou se não se transformou em um conjunto de indicadores de desempenho.
• Identificar na organização pesquisada quais as dificuldades e desafios enfrentados e como a empresa se posicionou quanto a isto para obter o sucesso ou não de sua implantação.
• Estabelecer como foi implantado na organização em estudo o Balanced Scorecard e quais foram os resultados obtidos.
1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
Segundo Soares e Prochinik (2003, p. 2), a utilização dos conceitos e da metodologia do BSC tem crescido notavelmente nos últimos anos, pois incorpora medidas de desempenho interligadas às estratégias organizacionais. Citam os autores que "[...] 50% das empresas americanas listadas na Fortune 1000 adotaram o Balanced Scorecard. Nos países da Europa, a taxa de adoção está entre 40 e 45%".
Kaplan e Norton (1997) acreditam que, na era da informação, a competição estava baseada no conhecimento e que também os ativos intangíveis e as outras dimensões organizacionais, além do econômico financeiro, poderiam ser mais bem explorados. Neste sentido, segundo estes, há mais chances de competitividade para a organização que tiver a melhor capacidade de desenvolver e mobilizar esses ativos, principalmente o capital humano. Os autores consideram que os colaboradores e a tecnologia de informação são fatores críticos de sucesso da organização. Entretanto, percebem que não se pode gerenciar aquilo que não é medido. Um sistema de indicadores afeta fortemente o comportamento das pessoas fora e dentro da empresa
(KAPLAN; NORTON, 1997, p. 21).
Ainda segundo Kaplan e Norton (1997, p. 21), as empresas que querem prosperar nesta era da informação deveriam usar metodologias de medição que sejam abstraídas de suas estratégias e também suas capacidades organizacionais.
A experiência profissional do autor deste trabalho em concessionárias de veículos automotores em Belo Horizonte tem sustentado a percepção inicial de que os métodos de gestão dessas organizações são pouco inovadores e baseados simplesmente nos informativos financeiros e contábeis tradicionais produzidos por elas. Tudo indica que esses métodos de gestão não possibilitam buscar a máxima eficiência que a introdução do BSC pode, em princípio, possibilitar.
O segmento de concessionárias de veículos é de grande importância para a economia das cidades onde atuam. Essas empresas movimentam significativa quantia de numerário, até pelo alto valor comercializado de seus produtos, e geram representativa quantidade de empregos diretos e indiretos e também contribuem substancialmente com os impostos e contribuições sociais.
Nas organizações chamadas concessionárias de veículos, é claramente percebida a utilização de estratégias similares, inclusive pela semelhança do mercado de atuação.
Portanto, este trabalho apresenta-se como uma oportunidade de contribuição no sentido de acompanhar a construção de um modelo específico para essas organizações e verificar se a adesãoa da implementação da ferramenta possibilita a criação de valor agregado e diferencial competitivo.
1.4 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
No capítulo 2 tem-se como objetivo oferecer o arcabouço teórico que dará suporte ao estudo apresentado. Destacam-se inicialmente a caracterização da indústria automotiva, o setor de atuação e a empresa em estudo. Posteriormente, oferecem-se alguns conceitos de estratégia, competitividade e vantagem competitiva. Por fim, faz-se a introdução do referencial teórico da ferramenta de gestão estratégica Balanced Scorecard.
No capítulo 3 descreve-se a metodologia de pesquisa utilizada baseada no modelo de pesquisa-ação. Também se relata o processo de implantação do Balanced Scorecard de acordo com o método sugerido por Kaplan e Norton na organização em estudo.
No capítulo 4 apresenta-se a análise do resultados considerando a implementação, a avaliação e ajustes da metodologia, o estágio atual e as principais dificultadades e desafios encontrados.
No capítulo 5 apresentam-se as considerações finais sobre os resultados da pesquisa na empresa em estudo, seu sucesso ou insucesso e suas causas e a limitação da pesquisa.
2 | CARACTERIZAÇÕES DO SETOR AUTOMOTIVO E DO NEGÓCIO DE CONCESSIONÁRIAS DE VEÍCULOS
2.1 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR AUTOMOTIVO BRASILEIRO
Conforme Alvarez, Proença e Andérez (2002), a indústria automotiva foi responsável pela evolução dos sistemas de produção. As formas pelas quais se organizaram a produção e o trabalho humano passaram necessariamente pelo eixo central do desenvolvimento dessa indústria. Pode-se dizer que a introdução, por Henry Ford, das esteiras rolantes e postos de trabalho com tarefas, partes e ferramentas repetitivas - o que deu início à produção em série (QUINTELLA, 2000), depois a produção enxuta e just in time da Toyota (CORREA, 2004) foram alguns marcos importantes do desenvolvimento dos sistemas de produção. No Brasil, um dos pontos de importância que podem ser considerados foi a flexibilização das importações de veículos, iniciada em 1990, que apresentou TABELA 1 favorável à competitividade no setor automotivo.
De acordo com estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 1995, a taxação das importações, que era de 85% em 1990, chegou a 20% no ano de 1994 (PIANI; MIRANDA, 2006).
O segmento automotivo é um dos mais importantes para a economia nacional e nos últimos anos teve desempenho muito favorecido pelo crescimento do país e da economia mundial. Representa 18% do PIB industrial, sendo extremamente importante para a indústria nacional, conforme demonstra o TABELA 1.
TABELA 1
Faturamento líquido da indústria automotiva x participação no PIB industrial
Fonte: Adaptado anuário estatístico Anfavea (2008).
Conforme a FIG. 2, os números de produção de veículos chegaram a aproximadamente 3.638 milhões, índice superior a 20% do que foi produzido em 2009, segundo informações da