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Contos de Fadas: Por Monteiro Lobato
Contos de Fadas: Por Monteiro Lobato
Contos de Fadas: Por Monteiro Lobato
E-book85 páginas1 hora

Contos de Fadas: Por Monteiro Lobato

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Sobre este e-book

Os Contos de Fadas de Charles Perrault fazem parte do imaginário infantil de diferentes culturas ao redor do mundo. Suas histórias foram se transformando ao longo do tempo. Neste livro, o leitor encontra as versões originais, escritas no século XVII, com enredos que nem sempre trazem final feliz. A tradução do mestre Monteiro Lobato é uma excelente oportunidade de revisitar os clássicos e conversar com as crianças sobre a evolução social de forma lúdica.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de jun. de 2023
ISBN9786558703853
Contos de Fadas: Por Monteiro Lobato

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    Contos de Fadas - Charles Perrault

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    Título original: The Fairy Tales of Charles Perrault

    Copyright © Editora Lafonte Ltda. 2021

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por quaisquer meios existentes

    sem autorização por escrito dos editores e detentores dos direitos.

    Em respeito ao estilo do tradutor, foram mantidas as preferências ortográficas do texto original,

    modificando-se apenas os vocábulos que sofreram alterações nas reformas ortográficas.

    Tradução e Adaptação Monteiro Lobato

    Ilustração Capa Kay Nielsen para o livro The Twelve Dancing Princesses and Other Fairy Tales, 1923

    Ilustrações Harry Clarke, 1922

    Direção Editorial Ethel Santaella

    Realização GrandeUrsa Comunicação

    Direção Denise Gianoglio

    Revisão Diego Cardoso

    Capa, Projeto Gráfico e Diagramação Idée Arte e Comunicação

    Editora Lafonte

    Av. Profª Ida Kolb, 551, Casa Verde, CEP 02518-000, São Paulo-SP, Brasil

    Tel.: (+55) 11 3855-2100, CEP 02518-000, São Paulo-SP, Brasil

    Atendimento ao leitor (+55) 11 3855-2216 / 11 – 3855-2213 – atendimento@editoralafonte.com.br

    Venda de livros avulsos (+55) 11 3855-2216 – vendas@editoralafonte.com.br

    Venda de livros no atacado (+55) 11 3855-2275 – atacado@escala.com.br

    CHARLES PERRAULT

    A Capinha

    Vermelha

    Era uma vez uma menina linda, que morava numa aldeia com sua mãe. Chamava-se Capinha Vermelha, por causa duma capinha dessa cor que sua avó lhe havia feito.

    Um dia, a mãe de Capinha fez bolos e lhe disse:

    — Vá ver como está passando sua avó, pois me consta que não anda boa; e leve-lhe estes bolos e um pouco de manteiga.

    A menina dirigiu-se para a casa da avó, que morava longe, e passando por uma floresta encontrou o compadre lobo. Bem vontade de comê-la teve ele, mas nada fez, por causa dos lenhadores que trabalhavam por perto.

    A menina, que não sabia como é perigoso parar para conversar com lobos, disse-lhe:

    — Vou visitar minha avó e levar-lhe uns bolos e um pouco de manteiga que mamãe manda.

    — Sua avó mora longe daqui?, indagou o lobo.

    — Oh, sim! Mora lá adiante daquele moinho que se vê daqui, na primeira casa da aldeia.

    — Pois vou também visitá-la, disse o lobo.

    — Você segue por um caminho e eu por outro — e veremos quem chega primeiro.

    O lobo imediatamente pôs-se a correr pelo caminho mais curto e a menina tomou o mais longo, e foi parando para colher frutas do mato e correr atrás das borboletas e fazer raminhos de flores.

    Num instante o lobo chegou à casa da velha e bateu: toque, toque, toque.

    — Quem bate?, perguntou lá de dentro uma voz.

    — É sua neta Capinha Vermelha, respondeu o lobo disfarçando a voz. Venho trazer um bolo e um pouco de manteiga que mamãe manda.

    A boa velha, que estava na cama meio adoentada, gritou:

    — Vira a taramela e entra.

    O lobo virou a taramela, abriu a porta, entrou, avançou para a velha e a comeu num instante. Estava com uma fome de três dias. Em seguida, fechou a porta e foi deitar-se na cama da velha a fim de esperar pela menina. Não demorou muito e Capinha chegou. Bateu: toque, toque, toque.

    — Quem é?, gritou o lobo do fundo da cama.

    Capinha assustou-se com aquela voz, mas, como a vovó estivesse doente, julgou que fosse rouquidão, e respondeu:

    — É sua neta, Capinha, que vem trazer uns bolos e manteiga que mamãe manda.

    O lobo repetiu para a menina o que lhe havia dito a velha, procurando sempre mudar a voz:

    — Vira a taramela e entra.

    Capinha virou a taramela, a porta abriu-se e ela entrou. O lobo tapou como pôde a horrível cara e de dentro das cobertas disse:

    — Põe os bolos e a manteiga no armário e vem conversar comigo.

    A menina guardou o presente, tirou a capinha e dirigiu-se para a cama da velha. Ficou logo muito admirada de ver como era sua avó quando ficava de cama. E disse-lhe:

    — Que braços peludos a senhora tem, vovó!

    — É para melhor te abraçar, minha neta.

    — Que pernas compridas a senhora tem, vovó!

    — É para melhor correr, minha neta.

    — E que grandes orelhas, vovó!

    — É para melhor te ouvir, minha neta.

    — E que grandes olhos, vovó!

    — É para melhor te ver, minha neta.

    — E que grandes dentes a senhora tem, vovó!

    — É para melhor te comer — e nhac! Avançou para a menina e a devorou.

    As Fadas

    Era uma vez uma viúva com duas filhas.

    A mais velha, muito má e orgulhosa, parecia com a mãe em tudo. Ver uma era ver a outra.

    A mais moça, porém, primava pela bondade de coração e pela beleza do rosto. Tinha puxado ao pai, um homem muito bom e sério. Justamente

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