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Quem Matou Cupido?
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Quem Matou Cupido?
E-book282 páginas4 horas

Quem Matou Cupido?

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Sobre este e-book

Desejo de vingança e uma pitada de amor a ser desvendado em uma história intrigante. Quem criou o amor, não sabemos, mas e se um dia ele pudesse ser morto? O que aconteceria às pessoas e aos seus sentimentos? E se, um jovem solitário em seu amor platônico, pudesse ajudar a resolver a questão de quem o quisesse morto? Perguntas das quais um jovem deverá desvendar enquanto busca seu amor verdadeiro, onde ciúmes e paixões reprimidas afloram em mortes e mistérios por alguém que tenha se apaixonado pela pessoa errada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de nov. de 2022
Quem Matou Cupido?

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    Quem Matou Cupido? - Gleianderson Santos

    Quem Matou Cupido?

    Gleianderson Santos

    PRIMEIRA EDIÇÃO

    CAÇAPAVA

    2022

    Copyright by autor

    Todos os direitos reservados ao Autor. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos, atualmente existentes ou que venham a ser inventados. A violação dos direitos autorais é passivel de punição como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal, Lei nº 6.895, de 17/12/80) com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão, e indenizações diversas (artigos 122 a 124 e 126 da Lei 11º 5.988, de 14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)

    Quem Matou Cupido?

    Dedico este trabalho à minha Esposa Roselene Gonçalves, que sempre esteve ao meu lado, me apoiando durante toda a criação desta obra, cedendo seu tempo a me ajudar.

    AGRADECIMENTOS

    Gostaria de agradecer a Deus que me deu inspiração para o desenvolvimento desta obra, ao meu Amigo Ronan Costa que desde o princípio, sempre acreditou em mim, me incentivando e cobrando sobre o andamento de cada capítulo, assim como aos Amigos que colaboraram no desenvolvimento de ideias para realização desta conquista.

    sumário

    01 – Paixão Platônica........................................................12

    02 – Sonhos Destruídos...................................................49

    03 – Perseguição...............................................................71

    04 – A Outra Face............................................................120

    05 – Além da Vida............................................................149

    06 – Investigação Criminal.............................................179

    07 – Um Fio de Esperança..............................................207

    08 – A Morte de Cupido..................................................237

    09 – O Assassino Revelado............................................263

    10 – O Despertar de uma Paixão..................................291

    Capítulo -1

    Paixão Platônica

    São quase 16 horas, Pedro olha para o relógio. Impaciente, ele olha ao redor, olha novamente para o relógio e decide sair.

    Saindo à rua, o brilho do Sol na tarde de verão ofusca sua visão, enquanto que ainda assim, ele busca por algo. E lá está ela, pontualmente como Pedro havia planejado, Denise, a garota que mora na esquina, havia chego do trabalho e se preparava para entrar em sua casa.

    Enquanto que ele a admirava ao longe com seus olhos apaixonados, sua amada sequer o notava.

    Denise era uma mulher alta, magra, de olhos castanhos vívidos e brilhantes e com cabelos castanhos lisos até os ombros. Seu sorriso era encantador decifrado através de seus lábios finos e delicados.

    Um amor platônico que surgiu como um incêndio no coração de Pedro, quando Denise se mudou para aquela ruazinha deserta sem muito movimento de pessoas, exceto pelos veículos que por ali passavam diariamente, a rua era algo sem graça para ele que todas as tardes gostava de se sentar em frente sua casa e olhar as poucas pessoas que por ali passavam.

    E foi num desses dias em que o caminhão de mudanças havia chego.

    No princípio eram apenas móveis e utensílios domésticos como de qualquer outro em caminhões de mudanças, ao menos era algo diferente em que Pedro poderia se distrair e observar já que a rua era sempre a mesma no seu dia a dia.

    Foi em um dia chuvoso em que Pedro se preparava para guardar seu carro na garagem enquanto criava coragem para sair em meio a tanta água que vinha do céu e ao abrir o portão ele a viu.

    Ela havia passado correndo, pois a chuva a molhara por completo. Mesmo assim, Denise mantinha seu encanto, ele a seguiu com os olhos sem ao menos piscar para não perder sequer um instante daquela que lhe arrebatou o coração.

    Não demorou muito para que Denise chegasse em sua casa e pudesse se abrigar da chuva que lhe castigava.

    Curioso e sem pensar duas vezes, Pedro manobrou seu veículo e passou bem devagar em frente da casa daquela por quem se apaixonara sem razão.

    Não encontrou ninguém, pois como era de se esperar, a mesma havia ido se cuidar, pois estava molhada por inteiro.

    Retornando para sua casa, Pedro não mais se importava em se molhar ao abrir o portão da garagem, pensava apenas em quem seria aquela moça na qual o encantou.

    Na mesma noite ele mal conseguia dormir, imaginando como ela seria, seus gostos e como seria bom sair com ela e passear por parques e praças . . . mas daí, Pedro percebeu que não sabia nada da moça!

    Determinado a saber quem seria sua amada, ele tenta seguir seus passos e descobrir por onde andas e o que faz. Mas não seria nada fácil, pois ele também trabalha e no horário que ele faz, seria muito difícil encontrá-la.

    Trancado em seu quarto ficou a pensar na maneira que poderia fazer para descobrir tudo sobre a tal moça, pelo menos sabia onde ela morava.

    O tempo passava e ele a pensar como poderia fazer para ter informações sobre sua vida, mas sempre se distraía pensando nela e na maneira que corria para se proteger da chuva no dia anterior, Pedro não sabia se haviam se passado minutos, segundos ou horas que ele estava trancado em seu quarto, pensara somente na Moça da Chuva.

    Na manhã seguinte, Pedro a seguiu até um local que julgou ser o trabalho dela. Com o trânsito local sempre cheio, ele tentou acompanhá-la de longe para não levantar suspeitas e muito menos ser confundido com outro tipo de pessoa.

    Denise parou em frente um prédio comercial e entrou. Estacionado um pouco mais afastado, ele imaginou que ali poderia ser o local de trabalho de dela.

    Rapidamente retornou à sua casa e no caminho ficou imaginando o que poderia fazer para impressioná-la para quando retornasse do trabalho.

    De imediato pensou em flores. Claro ! Por que não!? Pensou Pedro, mulheres adoram flores, sendo assim lembrou-se que a vizinha da frente cultivava um belo jardim, das mais variadas flores que se possa imaginar, difícil porém seria saber qual lhe agradaria mais.

    Mas Magnólia uma Professora viúva e aposentada, tinha orgulho de suas flores. Mas também não me admira, pois quando ainda vivo, seu marido já havia lhe traído, se apaixonara por outra mulher.

    As flores era o que a mantinha animada, Magnólia é uma senhora com seus cabelos prateados pelo tempo de estatura mediana, com olhar simpático e dependendo do período do ano este olhar tão singelo pode mudar repentinamente conforme o mês.

    Feridas do passado nunca cicatrizam, sempre no mês dos Namorados, Magnólia se tranca dentro de sua residência e deixa os cachorros soltos, pois foi nesta época que seu falecido marido havia lhe deixado e sempre neste período, jovens apaixonados furtam suas flores para darem de presente à suas amadas, sendo assim, se ela não poderia ser feliz nesta data do ano, preferia que ninguém fosse às suas custas também.

    - Onde já se viu !! Passo o ano todo cultivando e cuidando de minhas filhas e vem esses jovens desordeiros quererendo arrancá-las para darem à outras, sendo que no dia seguinte as pobrezinhas já estarão mortas !! Hunf !!

    Mas Pedro estava predestinado a conseguir flores para sua amada, ainda mais as roubadas de Dona Magnólia a doce vizinha da frente.

    Enquanto Magnólia aguava seu jardim, Pedro se aproveitou para se aproximar da grade para puxar conversa. Ele se mostrou interessado sobre plantas de jardim.

    Empolgada por ter alguém com quem conversar, ainda mais sobre plantas, Magnólia fica horas lhe explicando como cultivar, plantar e criar flores.

    A esta altura Pedro já estava arrependido de ter parado alí pra saber sobre flores, mas também pudera, a velha senhora por diversas vezes repetia o mesmo assunto, pois dificilmente pessoas paravam para conversar com ela, simplesmente por que julgam pessoas velhas como chatas para se conversar.

    O amor entre as pessoas tem diminuído nos últimos tempos. E depois de tanta conversa, parte das informações não foram absorvidas por Pedro.

    Quando já estava adormecido pela conversa com D. Magnólia e já sonhara com Denise, Pedro ouve bem ao longe uma conversa entre vozes femininas, devido ao seu estado adormecido, ele não havia percebido quanto tempo havia passado no jardim, era Denise que passara e cumprimentara a senhora aposentada enquanto Pedro dormia agarrado à grade dela.

    Ao perceber que se tratava de Denise, tratou logo de acordar e fingir que estava desperto e conversando com sua vizinha, mas até perceber que era ela quem passou pela rua, ela já estava em sua residência. E Pedro perdeu a oportunidade de vê-la novamente naquele dia.

    Já todo sem jeito, ele se despediu de sua vizinha e retornou para sua casa do outro lado da rua para começar a planejar o que poderia fazer para obter flores lindas iguais ao do jardim de Magnólia.

    Comprar seria uma boa opção, mas, as flores delas eram únicas, de uma beleza resultante de carinho e dedicação voltados somente às plantas e por esta razão Pedro tinha de obter tal beleza e enviar à Denise.

    Já eram 19 horas e o Sol teima em se por e encerrar, ainda mais neste dia que nada rendeu a Pedro, quem dera ele tenha mais sorte ao anoitecer. Impaciente ele se deita em seu quarto tentando se distrair para que a noite logo chegue e possa executar seu plano de amor - roubar flores do jardim.

    Indiferente à realidade mundana que gira lá fora enquanto se perde em pensamentos. Mergulhado em sua imaginação ele se lembra dos poucos momentos em que vira a doce Denise, Pedro pensa em cada detalhe de seu rosto, seria capaz de descrevê-la com perfeição, pois a observara com o coração.

    Enquanto se deleitava em sua imaginação, o tempo foi passando e o que era mera imaginação se tornou sonho. Ele havia adormecido contra sua vontade, pois os pensamentos voltados à ela lhe acalmavam a alma.

    Quando em certo momento, o silêncio foi rompido por algo do lado de fora de sua casa. Assustado Pedro dá um salto e com o coração acelerado ele se embrenha em meio à escuridão de sua casa, pé ante pé ele se aproxima do som que vinha do lado de fora, percebera que vinha do quintal, cada vez mais alto conforme se aproximava, sua respiração estava ofegante, o suor descia por entre sua face.

    Já de fronte para a janela, ele observa a escuridão do quintal com cuidado para não ser visto por quem fosse, aos poucos vai ganhando confiança por não observar nada e seu rosto fica ainda mais aparente em frente à janela dos fundos, quando ele percebe que está sendo observado por olhos brilhantes em meio à escuridão, voltados diretamente para ele.

    Um som único e agudo rompe aquele momento de silêncio, assustado e em um movimento rápido, o gato de rua que o observa foge, derrubando lixo no quintal.

    Após descobrir o que o acordara, ele se vira e é tomado pelo espanto do que vira ! Já era mais de meia noite e ele havia dormido além da conta, isto poderia estragar sua ação noturna no jardim da frente.

    Obter uma das belas flores da D. Magnólia era o que motivava Pedro a fazer aquela loucura.

    Enquanto observava a rua por cima do muro, garantindo que o vigia noturno já havia passado e não o atrapalharia em sua missão.

    Pedro sai de sua casa, atravessa a rua e avalia os pontos para tentar invadir a residência de Magnólia.  As lanças da grade com certeza o atrapalharia, logo em seguida havia o muro fazendo divisa com a grade, seria alí o local de passagem para o jardim.

    Pedro escala a grade para ter acesso e pula o muro e com cuidado para não acordar a aposentada, dentro da escuridão ele tenta se lembrar da localização das flores para selecionar a melhor.

    Enquanto procura, somente os sons dos grilos lhe fazem compania, quando a luz da cozinha se acende cortando a escuridão mostrando um facho de luz no jardim, nisso Pedro se esquiva para não ser visto, até os grilos silenciaram devido a luz repentina que surgiu iluminando o jardim.

    Nem mesmo os cães que residem na casa acordaram, pois estavam adormecidos no quintal da casa.

    Além dos cabelos prateados pelo tempo, Magnólia adquiriu ao longo do tempo pressão alta, doença silenciosa que mudou sua rotina e tem de tomar remédio todas as noites.

    Após medicada ela torna a dormir, enquanto Pedro aguarda que ela retorne para seu quarto para dar sequência em seu plano.

    Apagada a luz, ele tenta em meio à escuridão localizar alguma flor que ele julgue ser bela o suficiente para entregar à sua amada.

    Escolhida a flor, ele tira uma tesoura do bolso lateral da bermuda e uma sacolinha plástica para fazer o transporte de seu objetivo.

    Sair do jardim foi fácil, depois de ter conseguido a flor, suas preocupações desapareceram e assim retornou à sua casa e deixou a bela flor em água fria para que aguentasse até o amanhecer.

    Logo ao amanhecer por volta das 06 da manhã, Pedro acorda novamente embriagado pelo sono, mas disposto a realizar seu desejo, meio cambaleando foi até o banheiro para se lavar e poder despertar.

    Buscou sua flor na cozinha que era o local mais fresco da casa, evitando que morrese antes de ser entregue.

    Antes de sair, Pedro porém se prepara novamente, espia pelo portão, finge observar o vazio da rua devido ao horário da manhã, volta para casa, pega a flor e sai discretamente sempre olhando para as casas dos vizinhos, certificando-se que ninguém o veja saindo com uma flor e deixando-a na casa de Denise, ainda mais uma do jardim da aposentada Magnólia.

    Apressado, Pedro atravessa a rua para chegar à casa de Denise, a pressa é tanta que a rua parece não ter fim, tudo parece estar lento quando temos pressa.

    Já de frente à casa de Denise, Pedro deixa a flor na varanda da casa e sai discretamente como se estivesse passando por alí, vai caminhando aparentemente tranquilo e de vez em quando olha para trás certificando que seu objetivo tenha sido alcançado.

    Agora era questão de esperar ela encontrar a flor e ver o resultado.

    Pedro ficou espiando do portão até que Denise surgisse com a flor na mão procurando por seu admirador secreto.

    O tempo passou, e ele esperou até que ouvi-se o som do portão da casa dela se abrir, a espectativa era grande, ele nem piscava para não perder instante algum de seu olhar curioso procurando por aquele que lhe entregara a flor, quando de repente ela saiu para trabalhar, fechou o portão e seguiu seu rumo deixando-o em dúvida sobre a flor.

    E agora? Será que ela encontrou a flor que havia deixado para ela - Perguntou Pedro - Acabou ficando dividido entre seguí-la e conferir se ela havia recebido sua entrega.

    Por via de dúvidas, ele foi até a frente de sua casa como se estivesse caminhando pela rua e percebeu que ela havia pego a flor, seu coração se encheu de alegria ao saber daquilo, retornou rapidamente para sua casa e muito feliz, pois seu dia havia começado muito bem.

    Feliz com seu feito, mas ainda sem saber a reação de Denise, Pedro resolveu ir além das flores.

    Já em sua casa, ele anda de um lado para o outro procurando por idéias para fazer. Pegou uma cadeira e foi olhar suas coisas antigas guardadas em uma caixa que estava no guarda roupas.

    Haviam muitas coisas antigas e sem uso guardadas, ele encontrou brinquedos antigos do tempo de infância e até mesmo cartões do Dia dos Namorados, já estavam até amarelados pela ação do tempo, alguns furados por traças, sem falar no cheiro de guardado que exalava de tanta quinquilharia que estava sendo revirada.

    Lembranças antigas, boas e ruins lhe vinham à mente, amores passados que não deram muito certo, algumas vezes por sua culpa outras por elas.

    Pedro nunca foi muito bom com as mulheres, entre traições e até mesmo abandonos que ele já sofreu no passado, fora um período de trevas em sua vida, ser traído por aquela na qual tanto amou e desejou e um dia ter sido trocado simplesmente por ser considerado inferior comparado ao outro que com falsas promessas, envolveu aquela na qual nunca o mereceu.

    Como não gostaria de rever estas lembranças, Pedro se senta no computador e começa a pesquisar por poemas. Ah, sim! Poemas são ótimos com as mulheres - pensou Pedro.

    Pesquizou, analisou e buscou por Poemas de épocas e atuais em verso e prosa, todos voltados para o Amor, encontrou desde o mais simples resumido em três frases até os longos de várias páginas, mas qual seria o melhor?

    Haviam tantas opções a serem escritas, mas ele selecionou um que resumia bem o que sentia e que era escrito assim:

    "De que me vale te ver se não a posso ter.

    De que me adianta te olhar, se não sabes que existo.

    O que me acalma a alma é saber que você nunca está triste e vive a sorrir.

    Ainda assim que eu não a tenhas, fico feliz por existir e alegrar minha vida."

    Mas só escrever seria pouco, ele quis algo mais em seus textos, resolveu então colocar algumas gotas de seu melhor perfume, dentre tantos que usa, pegou um pequeno frasco guardado mais ao fundo do móvel de seu quarto e aplicou em vários pontos do papel.

    Este era especial, de fragância suave estilo amadeirado, usado somente em momentos especiais.

    Pedro dobrou o papel com calma para não danificar as palavras, colocou, o texto no envelope, certificou-se de que a fragância ainda persistia, deu apenas um ponto de cola na carta para lacrá-la e saiu à rua novamente.

    Já mais confiante ele foi mais tranquilo caminhando pela calçada, chegando próximo à casa de Denise, ele teve mais cuidado, pois andou devagar e com cautela, olhando de um lado não havia ninguém, olhou para o outro e viu apenas D. Magnólia varrendo a calçada, mas daquela distância já não saberia quem foi que entregara a carta.

    Pedro deu uma última conferida antes de deixar a carta na varanda de Denise, saindo todo contente de mais um feito e confiante de que ela iria ler seu texto, ele segue seu caminho para sua casa mas já pensando no próximo passo.

    Aproveitando que já estava acordado, Pedro decide pegar seu carro e ir até o prédio comercial onde ele havia visto sua amada entrar, mas não poderia ser uma simples visita, caso desse sorte de encontrá-la, não poderia estar todo maltrapilho quando o visse.

    Ainda em sua casa, ele abre seu guarda roupa e escolhe a melhor roupa e dentre tantas, ele optou por usar uma camisa social clara, pois com o verão, o calor é muito grande, juntamente com uma calça jeans escura e sapatênis preto e o principal que não poderia faltar neste momento tão especial, o perfume usado para deixar a carta de Pedro ainda mais atraente.

    Já com todo o figurino montado, Pedro foi com seu carro para o centro da cidade em busca do prédio onde havia visto Denise entrar.

    Depois de muitas voltas para poder estacionar, achou uma vaga um pouco distante do local de destino onde pretende ir mas já estava bom, Pedro foi caminhando com calma para não transpirar muito e molhar a camisa, afinal ele pretendia estar apresentável já que estava tão elegante.

    Ao chegar no prédio, percebeu ser um local muito bonito e novo, com vários escritórios de empresas, Pedro foi se informar no balcão que ficava ao centro do haal de entrada.

    Perguntou por Denise se a recepcionista a conhecia ou saberia onde ela trabalhava.

    Pedro a descreveu com perfeição, pois de tanto admirá-la, saberia como eram cada traço de seu rosto, neste momento começou a sentir suas pernas trêmulas, e um frio no estômago invadia todo seu ser, até que a moça lhe informou o que queria saber, Denise tinha um escritório no 10º andar do prédio, mas ainda assim ele não sabia em que trabalhava.

    Para não se cansar, resolveu ir de elevador, clicou o botão e não demorou muito a porta se abriu e para espanto de Pedro que estava de cabeça baixa conferindo sua vestimenta ao olhar para dentro do elevador, não havia ninguém, ele subiria os andares sozinho.

    A cada andar que o elevador subia, ele ficava tenso, mas sabia que não poderia, pois isto iria atrapalhar a conversa com Denise.

    Cada vez que a porta se abria o coração de Pedro acelerava, pois o 10º andar estava próximo e a sensação de que Denise pudesse entrar no mesmo elevador que ele sem que estivesse preparado era grande.

    Chega o 08º andar, pessoas entram, Pedro se posiciona mais ao centro do elevador enconstado ao fundo, enquanto que apenas ouve as conversas alheias, ainda assim, por que estava em um ambiente no qual não poderia evitar.

    Muitos risos, comentários sobre assuntos diversos, trabalho, mas nada de interessante para se ouvir.

    09º andar, o coração acelera, Pedro fica tenso, está próximo o andar desejado, a porta se abre, não aparece ninguém e sozinho dentro do cubículo, Pedro tenta relaxar e respira fundo, já que ninguém apareceu, ele aperta o botão do tão aguardado 10º andar.

    Enquanto a porta se fecha diante de seus olhos para subir mais um andar, ouve-se uma voz feminina ao fundo pedindo para segurar o elevador e manter a porta aberta, sem pensar duas vezes Pedro se lança em direção à porta já com o braço estendido a ponto de impedir o fechamento total da porta.

    De cabeça baixa entrou ela, uma moça de cabelos castanhos cacheados, pele suave e olhos brilhantes e profundos.

    A moça entrou rápida e estava preparando para prender os cabelos enquanto mantinha o prendedor de cabelo prateado entre os lábios.

    Pedro a olhou assustado, pois a moça parecia ter surgido do nada, estava toda arrumada com roupa social, estava toda disposta, agradeceu a Pedro por segurado a porta para ela, mas como ele já estava nervoso, devido seu andar já estar próximo, não deu muita atenção a ela e muito menos na conversa.

    Após apertar o andar que ela desejara ir, a jovem moça repara que Pedro está muito nervoso.

    - Está tudo bem?! Parece nervoso?

    - Está sim, tudo bem! – Respondeu Pedro.

    - Bom eu também ficaria, afinal fazer entrevista de trabalho deixa a gente nervosa.

    - Hum, hum. Verdade.

    A moça persistente continua:

    - A sua é para a vaga de que?

    Mas como Pedro estava a um andar de seu objetivo, logo a porta se abre para ele.

    - Com licença moça, mas este é o meu andar.

    Ele sai sem se despedir ou até mesmo olhar para trás, deixando a moça sem resposta.

    Já no 10º andar, ele procura por Denise, neste momento até havia se esquecido do nervosismo, pois a moça do elevador lhe distraiu.

    Enquanto vai

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