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FLORES DO CAMPO
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FLORES DO CAMPO
E-book625 páginas2 horas

FLORES DO CAMPO

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Sobre este e-book

Eu jamais quis ser um expectador passivo da minha existência!
A alegria, a criatividade por menor que sejam, são elas que proporcionam o bem viver.
Dai procuro ser apto, para na luz da ribalta da minha vida ser o astro principal. Por isso, nunca desisto de reiniciar quando falho!
Apendi corrigir metas, não menosprezar as chances, os erros me fazem amadurecer, visualizando horizontes mais amplos e refulgentes!
Sendo a arte uma linguagem universal para expressar nossos costumes, e o que passa pelo nosso intelecto, eu resolvi já sexagenário, iniciar-me na arte de escrever poesia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de nov. de 2023
ISBN9786553706828
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    Pré-visualização do livro

    FLORES DO CAMPO - Orahides Olimpio Sebastião

    A Águia e o Pardal

    A águia é ave sem igual,

    Tudo ia bem,

    Todavia surge o pardal!

    A águia não perturba,

    O pequeno pássaro

    É uma praga!

    A rainha dos ares

    Alimenta-se de pequenos mamíferos,

    E peixes nos rios e mares.

    Ela se reproduz na mata.

    O pequeno pássaro é um porcalhão,

    Ave ingrata!

    É uma ameaça

    Reproduz-se nos telhados,

    E nas praças!

    Incomoda-nos com barulho,

    Pipilar irritante,

    Fezes e piolhos!

    O pardal não respeita limites,

    É uma porcaria.

    e voos rasantes, perturba-nos todos os instantes!

    Lembranças de Mambaí – Go.

    A Arte

    Nós simplesmente vivemos

    A analogia de um sistema,

    É uma luta estrema,

    Ás vezes não a entendemos!

    Sozinho não vale apena

    Enfrentar as desilusões, as agruras,

    A felicidade não é pura,

    A vida é estrada estreita, nem sempre serena!

    Amar e ser amado, oh, dilema!

    O amor é uma loucura,

    É querer alcançar teu espírito, tua figura,

    Oh! Quanto à vida é insígnia, porém estrema!

    Suplantar os lúgubres males,

    Os seres ínfimos e desprezíveis,

    Quantos serão esses tormentos incríveis

    Que poderão alcançar os nossos lares?

    A luta é arte, ideia e sofisticação,

    De imprimir n´alma o amor,

    O deslumbramento, o calor

    Que suavizam o pulsar do coração!

    Lembranças de Damianópolis – Go.

    A Bicicleta

    A bicicleta impassível montaria,

    Se quiser movê-la tem que lhe empurrar.

    Isso nos faz cansar,

    Meu predecessor dizia:

    Seu combustível é feijão,

    Quanto mais força,

    Mais suor,

    E dispara o coração;

    O objetivo fica mais

    Distante quando pedala,

    De esforço quase se perde a fala,

    Isso é demais!

    É boa para os atletas,

    Que procuram diversão,

    Fazem suas apresentações,

    Não preocupam se ela é incompleta;

    Os aficionados nela querem andar,

    Não importam se é difícil,

    Se tem que empurrar,

    Eles querem é montar!

    Lembranças de Morrinhos – GO.

    A Borboleta

    A borboleta, lepidóptero de hábitos diurno,

    Linda aos nossos olhos,

    Várias são suas colorações,

    De voos curtos e maravilhosos.

    É uma revoada de cores e vidas,

    Como o desfraldar

    De uma bandeira,

    Repleta de estrelas multicoloridas.

    Alimenta-se do néctar das flores,

    Sais minerais nas úmidas areias.

    Asas de cores e desenhos variados,

    Para escapar dos predadores.

    Sua larva não tece casulo

    E se alimenta de vegetal,

    Sua forma infantil

    É a crisálida, metamorfose entre a larva e adulto.

    A larva é asquerosa,

    Também de forma e cores variadas,

    Para se salvar dos agressores,

    Tem no corpo desenhos de formas horrorosas.

    Lembranças da fazenda Morro Alto – Piracanjuba – GO.

    A Contento

    É o mistério do fechar os olhos para eternidade,

    Que nos dá a certeza e a alegria de intensamente viver,

    Mesmo frete a turbilhões que possam acontecer,

    É quando distinguimos o caminho da verdade.

    Lampejos ínfimos no horizonte

    Levam-nos a novos momentos,

    Grandes e maravilhosos ensejos,

    Contudo um dia as trevas nos chegarão de fronte!

    Nesta hora encontraremos a tempo

    A paz eterna para todos os momentos,

    Esquecermo-nos das mal dormidas noites no relento.

    Estar-nos-emos por fim refém do instante esperado!

    Goiânia – GO.

    A Dança

    A música nos enleva,

    Incita ou nos deprime.

    A dança exalta,

    Realmente nos unem;

    Quando lenta harmoniosa

    É extremamente romântica,

    Amena, tocante, formosa,

    Tal a valsa e sua exuberância;

    Se agitada, provocante,

    A dança é incrivelmente, pavorosa,

    Com movimentos lúbricos, ardentes,

    É absolutamente luxuriosa;

    Luzis pulsantes,

    Bebidas, o pó,

    Os exageros são integrantes

    E nunca às sós!

    Na juventude,

    A dança, o júbilo,

    A lubricidade,

    Nunca ficam fora do estilo!

    Lembranças de Belém – PA.

    A Eternidade

    Não sei se vai chover!

    Estou pensando em ti.

    Meu coração está entorpecido,

    Meus sentimentos riem de mim,

    Continuo louco por ti!

    Fico triste e agressivo:

    Sem ti ouvir,

    Sentir o teu cheiro,

    Deliciar o teu sorriso!

    Não tem sentido,

    Faço grande alarido,

    Mas não te vejo,

    Como é grande o meu desejo!

    Levo o meu coração, levo flores,

    Levo beijos, mesmo assim,

    Não te vejo!

    O que fazer para ti ver?

    Assim fico a padecer!

    Lembro-me dos teus sonhos,

    Do teu falar.

    O resto, não quero no tempo perder.

    Foste para a eternidade,

    Ah! Infinita saudade!

    Lembranças de Damianópolis–GO.

    Afeição Altruísta

    Para ser feliz diga não,

    Quando necessário, o querer é seu,

    Mas tem equilíbrio nas ações,

    Conheça os limites do sue eu!

    Querendo reciclar sua mente,

    É como revigorar uma melodia,

    A reestruturação terá mais sintonia,

    O contexto ficará mais leve, mais coerente!

    Robusteça suas qualidades,

    Afeiçoa a altruístas,

    O que lhe trará mais visão, conquistas.

    É a límpida realidade!

    O trabalho é importante,

    Podendo torna-lo em escravo egoísta,

    Desprezando novas conquistas,

    Sua vida ficará sem sentido, sufocante!

    Da liberdade mal conduzida

    Provirá a solidão,

    Ficará sem guarida,

    Esfacelará a realidade, entrará em depressão!

    Tudo na vivência deve ter reais medidas,

    Reflexão, equilíbrio nas decisões,

    Esses são os fatores determinantes nas ações,

    Que darão lume à nossa existência querida!

    Goiânia – GO.

    A Festa

    A festa de agosto:

    Preparativos,

    Roupas elegantes

    Outras extravagantes.

    Pessoas chegando

    De todos os lados,

    Montadas, a pé,

    Ou em polidos Chevrolet.

    Novena a Nossa Senhora D´Abadia,

    Loiras, morenas, feias,

    Bonitas é uma magia,

    Expondo-se à luz do dia!

    Na missa o padre grita:

    Todos vêm para festa,

    Mas esquecem da padroeira,

    Só se lembram de dançar na noite bendita!

    Lembranças de Piracanjuba – GO.

    A Gata

    A gata é um animal de sete vidas,

    De hábitos noturnos,

    Gulosa, peralta, custosa,

    E de carinha divertida!

    Quando no cio:

    Sobe nos telhados,

    Faz malabarismo,

    Anda até nos fios!

    Para hesitarem o casal se arranham,

    Morde, faz alarido,

    O ato sexual é ofensivo,

    E logo uma ninhada ganha!

    É um animal de índole variável,

    Faz-nos carinho,

    Mas na presença de um cãozinho

    Fica de temperamento instável;

    Pronto para o ataque: eriça os pelos,

    Mostra as garras, os dentes salientes

    De olhos esbugalhados,

    Entra em pânico.

    Lembranças da Fazenda Morro Alto Piracanjuba – GO.

    Agente Secreto

    Sou cioso, decente,

    Não me acho perfeito,

    Para agente secreto não tenho jeito,

    Considero- me independente;

    Porém problemático, reticente,

    De horizontes distantes,

    Futuro um tanto enigmático,

    Nada de concreto e eficiente.

    Tento, do meu intelecto, do meu eu,

    Afastar esses sonhos tão distantes,

    Voltando à realidade, não tive amigos,

    Se os tive, fui por eles traído, e como doeu!

    Loura deslumbrante,

    De olhos azuis, ternos,

    Semblante,

    E corpo de talhes elegante!

    Ainda assim não quero te perder,

    Só quero sentir o teu ser,

    Ficar para sempre ao teu lado,

    Quão grande é esse meu quere!

    Lembranças de Damianópolis–GO.

    A Guerra

    O homem, esse mísero animal:

    Por um ideal,

    Ou um pedaço de terra,

    Ele faz a guerra!

    Iníquo, malvado

    Devassa vida e sonhos,

    De militares e civis,

    A fronte de batalha é todo o país!

    Quaisquer veículos

    São alvos,

    Ninguém está a salvo,

    É um descalabro previsto!

    O pós-guerra:

    São corpos decompondo-se sobre a terra,

    É só destruição,

    Sem meios para a reconstrução;

    Seres mutilados em parte

    Pisco e fisicamente,

    Sem alimentos e remédios,

    Crianças órfãs por todos os cantos!

    Uma bestialidade,

    Uma imunda crueldade,

    Um absurdo,

    Tudo a pó reduzido!

    Goiânia – GO.

    Alegria

    Alegria é ver o sol romper

    Com esplendor no dia a dia,

    Ter trabalho

    E bem viver!

    Alegria é ter na mesa o pão

    Para a fome esvair,

    Ver a chuva cair

    E crescer a plantação!

    Alegria é ter saúde,

    Vida honesta,

    À noite fazer seresta,

    Matar dos amigos, a saudade!

    Alegria é ter o fervor

    Da amável família,

    Abrigo das intemperes

    E um grande amor!

    Lembranças de Damianópolis – GO.

    Alegria Da Alma

    No meu sonho és virginal,

    Não uma ilusão, mas real!

    Teu torso, ancas e pernas carnudas,

    Também no peito; fadiga, amor não te iludas!

    És a estrela, a morada da saudade,

    De ninar a canção, e esplendida de verdade,

    Oh! Fascinação és meu dilema,

    Cintilante luz da minha alma tão pequena!

    Ah! Se não fosses minha!

    Quiçá eu fosse um anjo para jamais ficares sozinha!

    Onde deixas as mágoas, os pensamentos,

    Juntos vão meus sentimentos!

    És linda esplendorosa, cor dos meus encantos,

    Tens a pompa de uma rainha com seu manto.

    Triste às vezes me arrasto na nostalgia,

    Mas junto de ti, só alegria!

    Lembranças de Damianópolis – GO.

    A Liberdade

    Para os humanos a liberdade é o bem maior,

    Retirar-lhes esse direito,

    É tirar a essência da humanidade,

    É surrupiar a honra, um desrespeito assustador!

    Se lhes rouba a carteira, isso pouco representa,

    Mas quem levar a liberdade, não enriquece,

    Contudo infinitamente, empobrece,

    Em alto brado clamam pela liberdade suas almas!

    O Brasil não dá o necessário para sua pobre gente,

    Contudo ainda sustenta o coronelismo político!

    Este país é um paraíso que foi saqueado,

    Mas será sempre o berço para as pessoas decentes!

    Agora contra os paladinos da verdade e da decência,

    O povo miserável clama por justiça!

    Essa de olhos vedados para os dominantes,

    E bem abertos contra o povo sofrido na descrença!

    Ó, Arquiteto que muito prometeu,

    Esqueceste-te dos filhos teus?

    Alçará, aqui, vou o decoro e a liberdade,

    Ou queres castigar mais os teus?!

    Lembranças de Goiânia – GO.

    Alienação

    Injustiça malévola, desvergonhada,

    As mulheres até na Bíblia são discriminada,

    Algumas religiões as proíbem de se exporem com ser humano,

    Com um manto todo o corpo é tapado!

    Analfabetas, totalmente submissas aos maridos,

    Existem tribos africanas, que delas o clitóris é extirpado,

    São simplesmente rudes animais,

    Servem como escravas satisfazer seus desejos carnais!

    Trabalhar, procriar suas únicas funções,

    Não podem ocupar cargos de direção,

    São qualificadas de sentimentais e imaturas,

    Quando menstruadas ficam impuras!

    No lar, mães alienadas,

    Como inferiores são maltratadas,

    Se desobedientes são mortas, divididas em quatro,

    Os esposos nunca são incriminados!

    As feministas em poucos países

    Tiveram conquistas relevantes

    Mesmo assim, seus salários,

    São dos homens inferiores, é um calvário!

    É, sinceramente, um desrespeito,

    E um grande pejo,

    A mais pura alienação,

    Elas são tratadas, com objeto de sedução!

    Lembranças de Damianópolis–GO.

    Alma

    Nunca esquecerei o casarão

    Branquinho no alto do espigão,

    Da passarada, do gado em manada,

    Tu alta, branca, falante só formosura!

    Exigente, temperamental,

    Alma bondosa sem igual;

    Tua linda veste a ti fulgurar,

    Dentes marmóreos o teu sorriso a moldurar!

    Um tempo umbroso, estranho,

    Foste embora, como num sonho!

    Outra família tu construíste,

    Tal se passado não existisse!

    O tempo foi fluindo

    A mágoa e a saudade foram-se esvaindo.

    Reconheço que muito em vida sofreste

    Até que o último suspiro deste!

    Teus últimos rebentos desorientados

    Não te deram uma lápide com teu nome gravado;

    Quão doloroso no tumulo não ter o teu nome,

    Aquela que dava teu repasto a quem tinha fome!

    Um túmulo sem flor

    À alma traz muita dor!

    Ah! Quanto eu queria ao pé de tua campa,

    Agradecer-te pela força que me deste para eu

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