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Segredos e Mistérios dos Sefarditas
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E-book238 páginas3 horas

Segredos e Mistérios dos Sefarditas

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Sobre este e-book

O primeiro livro do romance histórico "Os Segredos e Mistérios dos Sefarditas" abrange eventos do século XV que ocorrem na península ibérica. O romance é baseado não apenas em fatos históricos reais sobre a vida dos monarcas de Portugal e Espanha, que são parcial ou totalmente opostos às lendas criadas tanto pelos próprios monarcas quanto pelos influentes líderes políticos do sagrado Império Romano na época. O romance também se baseia em dados de arquivos de bulas papais obtidos na Biblioteca Apostólica do Vaticano, bem como em muitas outras fontes de arquivo, e finalmente em pesquisas genéticas com o uso de cromossomos de um irmão e filho de Colombo, que refutaram suas raízes italianas e revelaram sua origem sefardita. Tudo isso, bem como o estilo da escrita do próprio Colombo, indica que sua terra natal não era Gênova na Itália, nem mesmo a Espanha, mas sim Portugal. 
Ainda hoje, o enigma da origem do nome Colombo não está claro. No entanto, a partir de fatos históricos, sabe-se de muitos casos em que Uma descrição detalhada das pesquisas sobre a origem de Colombo pode ser encontrada no livro de Manuel Luciano da Silva "Cristovão Colon (Colombo) era Português!".
Outro mistério é a origem do nome Colombo. Houve muitos casos na história em que as pessoas assumiram os nomes de seus ídolos que tiveram uma influência significativa em suas vidas. Segundo a versão pessoal do autor, Cristóvão Colombo poderia ter o nome de uma pessoa cuja identidade ele não poderia revelar devido a circunstâncias delicadas, mas que realizou um ato heroico salvando-o de uma morte certa.
Ao lado de grandes sefarditas como Colombo e outros sefarditas notáveis que trouxeram fama aos sefarditas em todo o mundo, na primeira parte do romance participam personagens da época de Colombo que desonraram sua origem sefardita com suas ações. Esses indivíduos incluem figuras sinistras como Tomás de Torquemada e outros.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de dez. de 2023
ISBN9798223705215
Segredos e Mistérios dos Sefarditas

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    Segredos e Mistérios dos Sefarditas - Roman Ilyasov

    Contents

    INTRODUÇÃO

    CAPÍTULO 1. Portugal, 1444 – 1459

    Capítulo 2. Castela, ano de 1459

    Capítulo 3. Portugal, anos 1464 -1465

    EPÍLOGO

    INTRODUÇÃO

    O primeiro livro do romance histórico Os Segredos e Mistérios dos Sefarditas¹ abrange eventos do século XV que ocorrem na península ibérica².O romance é baseado não apenas em fatos históricos reais sobre a vida dos monarcas de Portugal e Espanha, que são parcial outotalmente opostos às lendas criadas tanto pelos próprios monarcas³ quanto pelos influentes líderes políticos do sagrado ImpérioRomano⁴ na época. O romance também se baseia em dados de arquivos de bulas⁵ papais obtidos na Biblioteca Apostólica do Vaticano,bem como em muitas outras fontes de arquivo, e finalmente em pesquisas genéticas com o uso de cromossomos⁶ de um irmão e filho de Colombo, que refutaram suas raízes italianas e revelaram sua origem sefardita. Tudo isso, bem como o estilo da escrita do próprio Colombo, indica que sua terra natal não era Gênova⁷ na Itália, nem mesmo a Espanha, mas sim Portugal.

    Ainda hoje, o enigma da origem do nome Colombo não está claro. No entanto, a partir de

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    ¹Os Sefarditas (judeus sefarditas) são um subgrupo étnico de judeus formado na Península Ibérica a partir dos fluxos migratórios dejudeus dentro do Império

    Romano e posteriormente dentro do Califado.

    ²A Península Ibérica é banhada pelo Mar Mediterrâneo, Oceano Atlântico e Golfo da Biscaia. No sul, é separada da África pelo Estreito de Gibraltar. O nome foi dado pelasMontanhasdos Pirenéus,quecercam apenínsulaanordeste.

    ³Monarca é um governante absoluto - chefe de estado hereditário ou (raramente) eleito, abaixo do imperador, temos kagan, shahinshah (padishah), rei, czar,kaiser, faraó, califa, príncipe (nos significados de duque, príncipe), tagavor, exarca, negus, xá, xeique, sultão, emir, khan, malik, bey, vizir, soberano, marajá e assim pordiante; umapessoaquepossui soberania.

    O Sagrado Império Romano foi uma união supranacional de estados e povos italianos, alemães, dos Balcãs, francos e eslavos ocidentais, que existiu de 962 a 1806.

    Bula (do latim bulla - selo) - o principal documento papal medieval com selo de chumbo (em casos especiais- selo de ouro).

    Cromossomos são estruturas nucleoproteicas no núcleo da célula eucariótica,onde a maior parte da informaçãogenética está concentrada.

    Génova é uma cidade no norte da Itália. É o centro administrativo da região daLigúria e da unidade territorial homônima, equiparadaa uma província.

    fatos históricos, sabe-se de muitos casos emque Uma descrição detalhadadas pesquisas sobre a origem de Colombo pode ser encontrada no livro de Manuel Luciano da Silva Cristovão Colon (Colombo) era Português!.

    Outro mistério é a origem do nome Colombo. Houve muitos casos na história em que as pessoas assumiram os nomes de seus ídolos que tiveram uma influência significativa em suas vidas. Segundo a versão pessoaldo autor, Cristóvão Colombo poderia ter o nome de uma pessoa cuja identidade ele não poderia revelar devido a circunstânciasdelicadas, mas que realizouum ato heroico salvando-o de umamorte certa.

    Ao lado de grandes sefarditas como Colombo e outros sefarditas notáveis que trouxeram fama aos sefarditas em todo o mundo, naprimeira parte do romance participam personagens da época de Colombo que desonraram sua origem sefardita com suas ações. Essesindivíduos incluem figuras sinistras como Tomás de Torquemada⁸ e outros.

    ________________________________________

    Tomas de Torquemada, ou Torquemada (1420 - 16 de setembro de 1498) foi o fundador da Inquisição espanhola e o primeiro grande inquisidor da Espanha. Ele foi o iniciadordaperseguiçãoaosmourosejudeus na Espanha

    CAPÍTULO 1. Portugal, 1444 – 1459

    Desde as primeiras horas da manhã, no palácio, na sala de jantar da família real, vinte criados ocupavam-se em arrumar a mesa. Omordomo, que se encontrava junto de uma das grandes janelas da sala, limpava nervosamente o suor do rosto pálido com um lençoe,olhando frequentemente para a capela do palácio através da janela, apressava os criados que colocavam na mesa os pratos requintadose repreendia-os irritado quando via que a louça estava mal colocada. De acordo com a tradição familiar estabelecida pelo próprioPedro⁹, o duque de Coimbra¹º, todos os membros diretos da família real, adultos e crianças, eram obrigados a se reunir para um caféda manhã em família todos os domingos após a oração matinal. A agenda lotada de eventos do Estado não permitia que o duque seencontrasse com todos os membros de sua família diariamente. Portanto, nessas poucas horas de domingo durante o café da manhã,era possível encontrar toda a família e discutir questões familiares ou quaisquer problemas que surgissem durante a semana.

    - Graças a Deus, parece que estamos no horário - suspirou o mordomo com alívio, quando um dos criados colocou no meio da mesaum enorme vaso de frutas. O mordomo caminhou ao redor da mesa mais uma vez e ordenou que os criados alinhassem as cadeiras,depois instruiu todos a saírem e ordenou que um dos criados chamasse dez criados do salão ao lado, que eram mais qualificados emserviço e especialmente treinados em maneiras da corte. Eles

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    Pedro de Portugal, Duque de Coimbra- regente de Portugal de 1440 a 1448.

    ¹ºCoimbra é uma cidade em Portugal, centro do distrito e município de mesmo nome, localizado na província histórica de Beira Litoral.

    deveriam servir os dez membros da família real durante o café da manhã.O mordomo se aproximou da janela novamente, cruzou-se e disse satisfeito - graças a ti, Senhor - quando viu os membros da família real saindo da capela do palácio. Muito em breve, as portas do salão se abriram amplamente e na entrada apareceram o duque Pedrocom suaesposa - a duquesa Isabel de Urgel¹¹ - e também um príncipe, quatro infantes¹² e três infantas.

    O mordomo, com um sorriso largo, aproximou-se dos monarcas que entravam e, em uma elegante reverência, disse com voz meiocantada:

    - Peço que suas altezas reais e excelências se sentem à mesa! - Os servos, vestidos com roupas elegantes e engomadas, aproximaram-se das cadeiras de carvalho esculpidas e, também em uma bela reverência, segurando com uma mão as costas altas das cadeiras, com movimentos graciosos da outra mão, quase conduzindo-os, apontavam para cada membro da família ocupar o lugar determinado pelasregras dacorte - de acordo com sua posição e idade.

    O Duque Pedro era tutor de seu sobrinho - o Príncipe Afonso¹³, que, em um ano e meio, se tornaria rei de Portugal por ocasião de suamaioridade.

    Pedro era o segundo filho do falecido rei de

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    ¹¹Isabel de Urgel ou Isabel de Aragão ou Isabella de Urgel- uma nobre catalã da linhagem de Urgell da Casa de Aragão. Duquesa de Coimbra em casamento com Pedro,1ºDuquedeCoimbra.

    ¹²Infante, a forma feminina é Infanta - é o título dado aos príncipes e princesas das casas reais de Espanha e Portugal, exceto para os herdeiros do trono. Desde oséculo XIV, nos reinos de Aragão, Castela, Leão e Navarra, apenas os herdeiros do trono eram chamados de príncipes e princesas, enquanto os demais filhos darealeza recebiam otítulo deInfante.

    ¹³Afonso V, o Africano, foi rei de Portugal da dinastia de Avis. Reinou de 9 de setembro de 1438 a 1440 sob regência de sua mãe, Leonor de Aragão, de 1440 a 1448 sob regênciado Duque deCoimbra,Pedro,e de formaindependentede 1448 a1477 e de1477 a1481.

    Portugal João I¹⁴, e portanto, após a morte de João I,o trono foi herdado pelo irmão maisvelho de Pedro - Eduardo I¹⁵, que governou Portugal por apenas 5 anos curtos, até que a peste levou sua majestade para o mundo divinoaos 46 anos de idade. Após a morte de Eduardo I, e depois de ser privada do direito de regência¹⁶sobre o jovem herdeiro do trono, aesposa de Eduardo I - a rainha Leonor de Aragão¹⁷, Pedro temporariamente herdou o trono de seu irmão nativo. E foi escolhido comotutor de dois filhos menores do rei Eduardo I - o filho mais velho, o príncipe Afonso e o filho mais novo, o infante Fernando¹⁸.

    Deacordo com as regras da corte portuguesa, um príncipe que atingisse a maioridade aos 14 anos tinha direito a governar o estado.

    Depois da duquesa se sentar em seu lugar à mesa luxuosa, o duque, de acordo com o protocolo, sentou-se à sua direita. O próximolugar na cadeira ao lado do duque pertencia ao príncipe Afonso de 12 anos, seguido pelo irmão mais novo de Afonso, o infanteFernando de 11 anos. Os lugares seguintes pertenciam às crianças do duque e da duquesa - os

    ________________________________________

    ¹⁴João I (também conhecido como João o Bom ou João o Grande) foi o rei de Portugal a partir de 1385 e fundador da Dinastia de Avis. Ele era filho ilegítimo de Pedro I com uma nobre galega chamada Teresa Lourenço. Em 1364, foi eleito Mestre da Ordem de Avis. João I foi regente do Reino de Portugal de 16 dedezembro de1383 a6 deabril de1385, duranteo interregno de1383-1385.

    ¹⁵Eduardo I, ou D. Duarte, foi rei de Portugal de 1433 a 1438. Era filho de D. João I e de Filipa de Lencastre.

    ¹⁶Regência é o exercício temporário das funções do chefe de estado em caso de menoridade, doença (insanidade ou outra doença prolongada que impeça o monarca deexercersuas funções)ou mortedo monarcaquenão tenhadeixadofilhos homens.

    ¹⁷Leonor de Aragão foi uma infanta aragonesa que se tornou rainha de Portugal. Era filha do rei aragonês Fernando I e de sua esposa, Leonor Urraca de Castela, condessa de Albuquerque.

    ¹⁸Infante Fernando foi um infante portuguêsda dinastia de Avis, duque de Viseu e duque de Beja.Ele era filho do rei português Duarte I e de Leonor de Aragão.

    infantes Pedro¹⁹, João²º e Jaime²¹ e asinfantas Isabel²²,Beatriz²³ e Filipa²⁴.

    Quando todos se acomodaram em seus lugares, o duque sugeriu ao mordomo, que tinha uma expressão sofrida, que deixasse a sala e anunciou solenemente aos presentes na mesa:

    -Agora vamos louvar o Altíssimo por todas as bênçãos que Ele nos concedeu - E comum gesto das mãos apontando para a decoração da mesa, ele recitou melodicamente uma breve oração:

    - Abençoa-nos, Senhor nossoDeus, a nós e a estes presentes que, por Tua bondade, iremos saborear, e concede que todas as pessoas tenham o pão de cada dia. Pedimos-Te por Cristo, nosso Senhor. Amém.

    Os criados aproximaram-se da mesa e começaram a servir os membros da família real. A duquesa, que tinha o hábito de comer pouco,terminou o café da manhã primeiro e, com um sorriso,iniciou uma conversa dirigindo-se aAfonso.

    - Tenho acompanhado o seu progresso nos estudos, príncipe, e todos os seus professores têm elogiado imensamente a Sua Alteza.Eles afirmam com entusiasmo que você até mesmo está adiantado em relação ao cronograma de estudos planejado e talvez conclua oprograma de estudos antes dasua coroação.

    ____________________________________________________________________________________

    ¹⁹Pedro V (rei de Aragão) - filho de Pedro, Duque de Coimbra,foi o quinto condestável de Portugal e o terceiro Grande Mestre da Ordem de Avis. Também foi um pretendente aotrono deAragão.

    ²ºJoão de Portugal, João de Coimbra, foi um infante português, nominalmente o Duque de Coimbra, infante titular de Antioquia e cavaleiroda Ordem do Tosão de Ouro.

    ²¹JaimedeCoimbraouJaimedePortugal-Infanteportuguês,cardeal,bispodeArrasearcebispodeLisboa.TerceirofilhodePedro,1ºDuquedeCoimbraede Isabel deUrgell.

    ²²Isabel de Coimbra - infanta portuguesa, primeira esposa do rei de Portugal Afonso V, rainha consorte de Portugal.

    ²³Beatriz de Coimbra - infanta, esposa desde 1453 de Adolfo de Cleves, senhor de Ravenstein.

    ²⁴Filipa de Coimbra - infanta, freira no Mosteiro de Odivelas.

    - Excelente! - exclamou o duque solenemente e, levantando uma taça de suco de frutas, fez um gesto saudando o príncipe - Todos os seus esforços nos estudos, meu querido sobrinho, lhe trarão grande sucesso em suas futuras atividades pelo bem de nosso país.

    - Agradeço-lhe, minha querida - continuou ele, dirigindo-se à duquesa - pela sua oportuna curiosidade sobre os sucessos nos estudos do príncipe, que me alegra sobremaneira e ao mesmo tempo me tranquiliza, uma vez que tenho estado muito preocupado ultimamentecom a capacidade do meu querido sobrinho em governar um estado tão complexo como o nosso Portugal em tão tenra idade. Masagora estou tranquilo porque em breve poderei passar o governo para as mãos de um homem bem-sucedido, capaz de cumprir suasobrigações e se tornar em breve tão grande quanto meu amado irmão, que Deus o tenha em sua glória,Eduardo.

    - Generosamente vos agradeço, tio, pelasvossas palavras amáveis - disse polidamente Afonso, limpando os lábios com umguardanapo. - No entanto, na verdade, ainda não me sinto preparado para tais responsabilidades. Ainda há muito que desconheço enão poderei governar o país de forma adequada. Já pensei sobre isso recentemente e gostaria de vos pedir para não se apressarem em me atribuir tarefas tão exigentes. Gostaria de vos pedir para tomar medidas para adiar este evento por algum tempo até que eumesmome sintasuficientemente preparado.

    O duque, balançando a cabeça com empatia, respondeu: - Compreendo perfeitamente o que está a dizer, Afonso, mas infelizmente oque está a pedir é impossível. Não imagina a revolta que pode ocorrer quando as pessoas souberem que a cerimónia de coroação donovo monarca será adiada. Há muitos inimigos em nosso país que imediatamente vão me difamar, espalhando boatos de que sou euque não quero transferir o poder legítimo para o herdeiro do trono. Como você bem sabe,logo após a morte de meu irmão e sua mãe,a rainha Leonor, obter o direito de regência, ocorreram muitos tumultos durante o governo do nosso país. Ela tentou primeiro obter o poder absoluto sobre Portugal, e posteriormente, segundo informações dos serviços secretos, planejava tornar nosso país dependente de Aragão, de onde ela era natural. Ela sonhava em transformar nossa pátria independente e amante da liberdade em um apêndicevassalo, e posteriormente possivelmente anexar Portugal a Aragão²⁵. Se não fosse pela intervenção oportuna das Cortes²⁶, que criaram um documento legislativo que definia uma regência justa, os distúrbios no país poderiam ter se transformado em uma guerra civil.Espero que compreenda o meu raciocínio, caro príncipe, e estou confiante de que concordará agora que qualquer decisão políticaduvidosa pode levar a um incêndio de grandes proporções. Portanto, peço-lhe, querido príncipe, que não me pergunte mais sobre oassunto que acabou de mencionar. Além disso, asseguro-lhe que não há motivo para preocupação, acredite em mim, quando você setornar rei, sereiseu principal __________________________________________________________________________

    ²⁵Aragão - Localizado no nordeste da Espanha, na fronteira com a França, Catalunha, La Rioja, Navarra e Castela. É precisamente no território de Aragão que estão localizados os picos mais altos dos Pirenéus, que dividem os territórios da Espanha e da França.

    ²⁶Cortes - Assembleias regionais representativas, desde o século XIX - parlamento na Espanha e Portugal. As primeiras cortes foram criadas em 1137 em Castela.

    ajudante,até que se adapte e se sinta suficientemente forte como governante.

    Ao perceber que Afonso parecia estar prestes a contradizê-lo, Pedro habilmente o antecipou, dirigindo-se à duquesa: - Querida Isabel,permita-me perguntar, você acompanhou os progressos acadêmicos apenas do meu sobrinho mais velho ou de ambos?

    - Claro! Eu, com certeza, também perguntei sobre o desempenho do Infante Fernando. Todos os professores, exceto um, garantiramque Fernando tem tanto sucesso nos estudos quanto seu irmão mais velho, Afonso.

    - Disseste exceto um? – Perguntou o Duque, franzindo ligeiramente as sobrancelhas.

    - Está correto, - respondeu ela. - É o professor de dança.

    - O que há de errado? - Perguntou o duque, virando seu olhar para Fernando, com surpresa.

    Fernando encolheu os ombros timidamente, enquanto a duquesa continuava: - O professor disse que o infante Fernando não seesforça muito nos estudos, especialmente quando se trata do estilo de dança empar.

    - Em danças de par? - Perguntou o duque surpreso.

    - Sim, - confirmou a duquesa com um aceno de cabeça e estava prestes a continuar, quando Jaime interrompeu inesperadamente aconversa.

    - Mamãe - disse ele - esforço não tem nada a ver com isso, Fernando é simplesmente desajeitado. Muitas senhoritas com quem eledançou empar compartilharam comigo queo infante pisou nos dedos dos pés de todas elas.

    - Desajeitado? Isso não pode ser! - Protestou o duque. Eu mesmo já observei com admiração como Fernando maneja habilmente aespada durante as aulas de combate. Entre os seus colegas, não há ninguém que se iguale a ele. Não é verdade, Fernando?" - Perguntouo duque ao infante.

    - Com certeza – Respondeu Fernando orgulhosamente.

    - Então qual é o segredo dessa suposta falta de jeito na arte da dança? - Perguntouo duque.

    - Eu... eu... - Fernando gaguejou em resposta.

    E a pequena Filipa, de oito anos, exclamou:

    - Eu sei qual é o segredo! O Fernando sente náuseas ao ver aquelas senhoritas com quemdança, e é por isso que ele propositadamente pisa nos pés delas para não dançar com elas.

    - Filipa! - Exclamou a duquesa. - Por que estás a inventar histórias absurdas?

    - Eu não estou a inventar! - Disse infanta Filipa, inflando os seus lábios infantis com ofensa. - Fernando disse-me isso em segredo.Ele também me disse: 'De que adianta sua mãe ter escolhido parceiros da nobreza, como barões, condes, marqueses e outros, paramim? A sua nobrezanão os tornaatraentes’. Fernando, confirma para eles, por favor? - Disse Filipa. Fernando, corando e baixando a cabeça, respondeu a Filipa: - Agora sei quenão se pode compartilhar segredos contigo, prima, e não sepode confiar nas tuas palavras.

    - Oops! - Exclamou Filipa culpada, cobrindo os lábios com a palma da mão. - Esqueci-me que lhe dei a minha palavra. Isso sumiu daminha cabeça. Desculpa-me, por favor! - Com os olhos marejados de lágrimas, Filipa soluçou: - Perdoa-me, Fernando!

    O duque inesperadamente riu e, limpando os lábios com um guardanapo, disse: - Bem, agora, meu querido infante, o teu segredo foiacidentalmente revelado e podes fazer uma confissão sem constrangimentos. Garanto-te que todos vamos entender-te corretamente.A aparência do teu par de dança na tua lição não é assim tão importante, certo? É apenas uma aprendizagem, e estou certo de que ésum jovem bastante sensato para perceber isso.

    - Compreendo que é apenas um aprendizado, Vossa Alteza - respondeu Fernando. - Mas, ao mesmo tempo, é uma arte. Não é mesmo?

    - Com certeza - concordou o duque.

    - Se concorda com isso, tio - continuou o infante Fernando -, então concorda que todo tipo de arte requer inspiração. Por exemplo,como na poesia.É impossível escrever belos poemas sem estar completamente inspirado.

    - Completamente de acordo com você, Fernando - apoiou-o o duque.

    - Bem, em geral, durante a dança para mim também deve haver inspiração no parceiro para que seja uma verdadeira arte.– RespondeuFernando.

    - Mas o meu sensível e espirituoso sobrinho – Disse o duque - não tem essa chama ardente de inspiração, porque a imagem do seu paré opostaà

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