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Jutlândia, 1916
Jutlândia, 1916
Jutlândia, 1916
E-book215 páginas1 hora

Jutlândia, 1916

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Sobre este e-book

Jutlândia foi a maior batalha naval na Primeira Guerra Mundial e a terceira ação histórica entre navios encouraçados (navios de guerra blindados com aço), após as batalhas do mar Amarelo (1904) e de Tsushima, em 1905, durante a Guerra Russo-Japonesa. Foi, também, a última grande batalha em que duas esquadras trocaram tiros diretos entre seus navios de linha. Na análise estudaremos se teria sido possível esta batalha ter sido mais decisiva, como a batalha naval de Trafalgar em 1805, e assim como aquela, estabelecido um domínio incontestável britânico do mar, no restante da guerra no continente europeu. Entenderemos porque foi perdida, pela Grande Esquadra britânica, a oportunidade para derrotar decisivamente a Esquadra de Alto Mar, na batalha da Jutlândia. Para isto, seguiremos as hipóteses: e se tivesse sido mais perseguido o princípio de guerra naval da Concentração de forças; e se tivessem sido obtidas melhores Comunicações; e se tivesse sido conseguida uma melhor Coordenação entre as manobras preparatória e a principal.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de fev. de 2024
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    Jutlândia, 1916 - André Geraque Kiffer.

    ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

    Jutlândia,  1916.

    Uma  simulação  histórica  da última  grande  batalha  entre

    navios  encouraçados

    Edição  do  Autor

    Resende

    2019

    ---  Kiffer,  André  Geraque.

    Jutlândia,  1916.  Uma  simulação  histórica  da  última grande  batalha  entre  navios  encouraçados.  André  Geraque Kiffer.

    Edição  do  Autor,  Resende,  2019. Bibliografia:  169  f.  89  il.  21  cm..

    1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

    ISBN  978-85-65853-44-6

    2

    3

    A  minha  história  terá  menos  certezas  que  a  História;  mas quem  quiser  reviver  o  passado  para  estudar  no  presente  as semelhanças  e  analogias  entre  os  conflitos  humanos,  basta- me  que  a  considerem  útil.  Esta  minha  História  das  Guerras  é uma  conquista  definitiva  e  não  uma  obra  aparatosa  para  um público  de  momento.

    (André  Geraque  Kiffer)

    4 RESUMO

    Inspirei-me  para  a  construção  desta  obra  pela leitura  do  livro  de  Arnold  Toynbee,  Um  Estudo  da História,  e  do  livro  "  Future  Wars"  ,  de  Trevor  N. Dupuy.  Entre  2005  e  2007  adquiri  uma  coleção  de board  wargames  (jogos  de  guerra  de  tabuleiro)  em Nova  York,  e  com  a  leitura  do  livro  "  Wargame Design"  editado  pela  Strategy  &  Tactics  Magazine consolidei  uma  Matriz  para  Um  Estudo  da  História Militar.  Assim,  a  partir  de  2008,  pude  iniciar  uma análise  das  guerras,  campanhas  e  batalhas  da História  de  uma  determinada  época  e/ou  de  uma civilização  descritas  no  Atlas  of  Military  History,  do Instituto  Smithsoniano.  Até  aqui  publiquei  as seguintes  séries  :  I.  Simulação  Histórica  das Guerras  dos  Primeiros  Impérios  em  2010;  VIII. Simulação  Histórica  da  Primeira  Guerra  Mundial em  2011;  II.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na Grécia  Clássica  em  2012;  III.  Simulação  Histórica das  Guerras  Romanas  em  2016;  e  "IV.  Simulação

    Histórica  das  Guerras  na  Era  Medieval"  em  2018.

    5

    Em  2014,  para  continuar  esta  minha  obra  Um Estudo  da  História  Militar  ,  li  o  livro  Japanese and  Chinese  Chess  -  The  Science  and  Art  of  War  e acrescentei  um  novo  livro  O  Estudo  das  Guerras  e os  Jogos  de  Xadrez  ao  meu  planejado  estudo, associando  os  fundamentos  dos  jogos  de  xadrez aos  princípios  da  Arte  e  da  Ciência  da  Guerra.  Em cada  livro  da  obra  uma  guerra,  uma  campanha  ou uma  batalha  selecionada  é  estudada  em  algum  dos níveis  de  decisão  aplicáveis,  ou  seja,  o  Político,  o Estratégico,  o  Operacional,  o  Tático  e  o  Técnico. Com  base  num  resumo  do  fato  histórico  procuro destacar  o  (s)  fato  (s)  decisivo  (s)  causador  (es) do  resultado  negativo,  antes  de  jogar  a  simulação por  meio  de  um  board  wargame  -  as  ações  do outro  lado  da  colina  (do  inimigo)  são  estudadas por  meio  de  um  jogo  de  guerra  eletrônico  em paralelo.  Na  simulação  se  completam  todas  as possibilidades  do  propósito  do  estudo,  quando  o passado  da  história  é  analisado  com  base  na teoria  do  presente  e  projetado  para  o  futuro  ou

    revivido  como  caso  esquemático  do  tipo  e  se….

    6

    Quando  jogarmos  seguiremos  a  máxima  A VITÓRIA  SEMPRE,  MAS  COM  O  MENOR  CUSTO POSSÍVEL. Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

    da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

    7 SUMÁRIO

    ABREVIATURAS….…………………………………..8 CAPÍTULO  1  –  BATALHA  DA  JUTLÂNDIA,1916….9 CAPÍTULO  2  –  ANÁLISE………............................26 CAPÍTULO  3  –  SIMULAÇÃO.................................50

    REFERÊNCIAS...................................................165

    8

    ABREVIATURAS

    Alc  =  alcance

    APC  =  Armor-Piercing Capped  shell  (granada perfurante)

    Az  =  azimute Bat  =  bateria

    BHE  =  Base-Fuzed  HE shell  (granada  explosiva com  espoleta  na  base)

    BL  =  breech-loading

    (carregamento  pela  culatra) oposta  à  muzzle-loading

    (carregamento  pela  boca) C  =  casco  (proteção  =  P)  Can  =  canhão  (ões)  Com  =  comunicações CP  =  Common  shell (granada  sólida)

    CPC  =  Common  Capped (granada  sólida  com explosivo  lyddite)

    d  =  destruído(a) DAv  =  pontos  de  danos infligidos  num  alvo

    DD  =  destruidor  ou  (  torpedo boat  )  destroyer

    EB  =  Esquadrão  de  Batalha (encouraçados)

    EC  =  Esquadrão  de Cruzadores

    ECL  =  Esquadrão  de Cruzadores  leves

    ECP  =  Esquadrão  de Cruzadores  pesados

    FB  =  farol  de  busca

    FD  =  Flotilha  de Destruidores

    Gr  =  granada(s) h  =  hora(s)

    HE  =  High  Explosive  shell (granada  explosiva)

    hex  (es)  =  hexágono  (s) HMS  =  His/Her  Majesty Ship  (navio  de  seu/sua majestade)

    in(ch)  =  polegadas  (calibre da  granada)

    Inc  =  incêndio Inund  =  inundação

    LiD  =  limite  de  danos, capaz  de  sofrer

    Máx  =  máxima min  =  minutos  Mot  =  motores

    NHE  =  Nose-Fuzed  HE shell  (granada  explosiva com  espoleta  na  ogiva, esmagável)

    Pcp  =  principal

    PD  =  pontos  (P)  de  danos (D)

    pdr  =  pounder  (peso  da granada  em  onças)

    QF  =  quick-firing  (tiro rápido)

    S  =  submersa  (proteção)  s/  =  sem SMS  =  Seiner  Majestät

    Schiff  (navio  de  seu/sua majestade)

    Sobr  =  sobreviventes  T  =  tombadilho  (proteção) Ton  =  tonelagem

    Tor  =  torre  (ou  casamata) de  canhões

    Trip  =  tripulação

    TT  =  torpedo  U  =  unidade  V(el)  =  velocidade

    9 CAPÍTULO  1

    BATALHA  DA  JUTLÂNDIA,  1916

    Aconselhamos  a  leitura  de  nosso  livro Campanha  do  Mar  do  Norte,  1916.  Uma Simulação  Histórica  Alemã  ,  publicado  no  Clube de  Autores  (  w

    w  w

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    c  o

    o  m m  .

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    r  ),  para  os que  desejem  uma  visão  mais  ampla  do  cenário.

    Obs:  nomes  de  pessoas  e  de  lugares  foram mantidos  nos  seus  idiomas  originais,  a  menos  que exista  uma  forma  aportuguesada  bem  conhecida. Títulos  ou  termos  técnicos  em  outros  idiomas, quando  não  houver  uma  melhor  tradução  em português,  são  escritos  em  itálico  e  explicados  (na 1  a  vez  em  que  aparecerem).

    A  batalha  naval  da  Jutlândia  (em  alemão:

    Skagerrakschlacht  ,  ou  batalha  de  Skagerrak)  foi

    10

    travada  entre  a  Grande  Esquadra  da  Marinha britânica,  sob  o  almirante  John  Jellicoe,  e  a Esquadra  de  Alto  Mar  da  Marinha  alemã,  sob  o vice-almirante  Reinhard  Scheer.

    Fig  1:  A  área  de  operações.

    A  batalha  se  desenvolveu  em  extensas manobras,  com  três  fases  principais  (os  combates entre  as  forças  de  cobertura,  as  linhas  de  batalha  e as  ações  noturnas),  nos  dias  31  de  maio  e  1  o  de junho  de  1916,  no  Mar  do  Norte  a  oeste  da península  da  Jutlândia  na  Dinamarca.

    Jutlândia  foi  a  maior  batalha  naval  na  Primeira Guerra  Mundial  e  a  terceira  ação  histórica  entre

    navios  encouraçados  (navios  de  guerra  blindados

    11

    com  aço),  após  as  batalhas  do  mar  Amarelo  (1904) e  de  Tsushima,  em  1905,  durante  a  Guerra  Russo- Japonesa.  Foi,  também,  a  última  grande  batalha  em que  duas  esquadras  trocaram  tiros  diretos  entre seus  navios  de  linha.

    Fig  2:  Ordem  de  batalha.

    A  Marinha  Imperial  Alemã  pretendia  atrair  e destruir  uma  parte  da  oponente,  pois  o  seu  poder naval  era  insuficiente  para  enfrentar  abertamente

    toda  o  poder  naval  britânico.

    12

    Essa  estratégia  operacional  fazia  parte  de  uma estratégia  militar  mais  ampla  para  romper  o bloqueio  naval  britânico  à  Alemanha  e  permitir  o acesso  de  suas  embarcações

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