Impérios Medievais Na Europa, 750 A 1453

De André Geraque Kiffer

A religião, que em princípio poderia ser uma atividade humana pacificadora, ficou marcada na Era Medieval pelos choques entre duas das maiores, ambas nos seus primórdios, o Islamismo e o Cristianismo. Na estratégia o entrechoque final na Era Medieval opôs o Cristianismo Ortodoxo grego do moribundo Império Bizantino contra o Islamismo turco do futuro Império Otomano. Na geografia a Era Medieval, na história da humanidade, testemunhou o esboço das fronteiras da era moderna (das nações). Entre os fatores definidores destas fronteiras podemos citar para a Europa as diferenças linguísticas, na África e na Ásia mais as diferenças entre as etnias, e entre os três continentes as diferenças religiosas. Na filosofia houve um período na Era Medieval em que quase todas as obras do grande filósofo da antiguidade Platão eram desconhecidas, mas, antes disso e depois da redescoberta de seus textos (Petrarca no século XIV tinha um manuscrito de Platão), ele foi lido e tomado como ponto de referência. Na simulação vamos imaginar que a redescoberta tivesse se dado mais cedo, vamos dizer, no chamado “Renascimento Carolíngio” a partir do ano 787.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 1 de fev. de 2024

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ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

Impérios  Medievais  na  Europa,

750  a  1453.

Uma  Simulação  Histórica

Edição  do  Autor

Resende

2018

---  Kiffer,  André  Geraque.

Impérios  Medievais  na  Europa,  750  a  1453.  Uma Simulação  Histórica.  André  Geraque  Kiffer.

Edição  do  Autor,  Resende,  2018. Bibliografia:  194  f.  81  il.  21  cm..

1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

ISBN  978-85-65853-28-6

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A  minha  história  terá  menos  certezas  que  a  História;  mas quem  quiser  reviver  o  passado  para  estudar  no  presente  as semelhanças  e  analogias  entre  os  conflitos  humanos,  basta- me  que  a  considerem  útil.  Esta  minha  História  das  Guerras  é uma  conquista  definitiva  e  não  uma  obra  aparatosa  para  um público  de  momento.

(André  Geraque  Kiffer)

4 RESUMO

Inspirei-me  para  a  construção  desta  obra  pela leitura  do  livro  de  Arnold  Toynbee,  Um  Estudo  da História,  e  do  livro  "  Future  Wars"  ,  de  Trevor  N. Dupuy.  Entre  2005  e  2007  adquiri  uma  coleção  de board  wargames  (jogos  de  guerra  de  tabuleiro)  em Nova  York,  e  com  a  leitura  do  livro  "  Wargame Design"  editado  pela  Strategy  &  Tactics  Magazine consolidei  uma  Matriz  para  Um  Estudo  da  História Militar.  Assim,  a  partir  de  2008,  pude  iniciar  uma análise  das  guerras,  campanhas  e  batalhas  da História  de  uma  determinada  época  e/ou  de  uma civilização  descritas  no  Atlas  of  Military  History,  do Instituto  Smithsoniano.  Em  2014,  para  continuar esta  minha  obra  Um  Estudo  da  História  das Guerras  (já  tenho  publicadas  a  Série  I, Simulação  Histórica  das  Guerras  dos  Primeiros Impérios,  a  Série  II,  Simulação  Histórica  das Guerras  na  Grécia  Clássica,  a  Série  III, Simulação  Histórica  das  Guerras  Romanas  e  a

Série  VIII  "Simulação  Histórica  da  Primeira

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Guerra  Mundial")  ,  li  o  livro  Japanese  and  Chinese Chess  -  The  Science  and  Art  of  War  e  acrescentei um  novo  livro  O  Estudo  das  Guerras  e  os  Jogos de  Xadrez  ao  meu  planejado  estudo,  associando os  fundamentos  dos  jogos  de  xadrez  aos  princípios da  Arte  e  da  Ciência  da  Guerra.  Em  cada  livro  da obra  uma  guerra,  uma  campanha  ou  uma  batalha selecionada  é  estudada  em  algum  dos  níveis  de decisão  aplicáveis,  ou  seja,  o  Político,  o Estratégico,  o  Estratégico  Operacional,  o  Tático  e  o Técnico.  Com  base  num  resumo  do  fato  histórico procuro  destacar  o  (s)  fato  (s)  decisivo  (s) causador  (es)  do  resultado  negativo,  antes  de  jogar a  simulação  por  meio  de  um  board  wargame  - as  ações  do  outro  lado  da  colina  (do  inimigo)  são estudadas  por  meio  de  um  jogo  de  guerra eletrônico  em  paralelo.  Na  simulação  se  completam todas  as  possibilidades  do  propósito  do  estudo, quando  o  passado  da  história  é  analisado  com base  na  teoria  do  presente  e  projetado  para  o futuro  ou  revivido  como  caso  esquemático  do  tipo

e  se….  Idealizaremos  sempre  que  quando

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jogarmos  o  lado  que  historicamente  perdeu seguiremos  a  máxima  ANTES  A  VITÓRIA  QUE  A DERROTA  e  quando  jogarmos  o  lado  do vencedor  histórico,  A  VITÓRIA  SEMPRE,  MAS COM  O  MENOR  CUSTO  POSSÍVEL. Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

7 SUMÁRIO

CAPÍTULO  1  –  IMPÉRIOS  MEDIEVAIS…………....8 CAPÍTULO  2  –  ANÁLISE  POLÍTICA………….…..18 CAPÍTULO  3  –  SIMULAÇÃO  POLÍTICA………….46

REFERÊNCIAS................................................…187

8 CAPÍTULO  1

IMPÉRIOS  MEDIEVAIS

Para  o  leitor  que  queira  ter  uma  introdução  à história  dos  Jogos  de  Guerra  e  ao  período  histórico da  Arte  e  Ciência  das  Guerras  na  Era  Medieval, recomendamos  a  aquisição  do  primeiro  livro  desta série.

Ou  Idade  Média,  é  um  período  da  história,  que com  relação  ao  tema  da  nossa  Série  IV  da  História das  Guerras  -  Simulação  Histórica  das  Guerras  na Era  Medieval  -,  vamos  considerar  ocorrido  entre  os séculos  V  e  XV;  tendo  como  marcos  inicial  a desagregação  d

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e  e final  a  queda  do  Império  Romano  do  Oriente

(Bizantino).

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Esta  periodização  é  centrada  mais  na  Europa, mas  nos  nossos  estudos  vai  abarcar  também  as influências,  as  interações  com  a  África  Setentrional, o  Oriente  Médio  e  a  Ásia  Central.  Também  para atender  aos  nossos  objetivos  vamos  considerar uma  divisão  desta  Era  Medieval  em  dois  grandes períodos,  a  Alta  Idade  Média  e  a  Baixa  Idade Média,  tendo  como  marco  divisor  a  consolidação dos  Reinos  Germânicos  e  as  Cruzadas  cristãs  no Oriente  Médio.

Fig  1:  O  marco  inicial.

Durante  a  Alta  Idade  Média  verifica-se  a

continuidade  dos  processos  de  despovoamento

10 urbano,  ruralização,  e  i

i  migrações  de  povos Germânicos  iniciadas  durante  a  A

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a  .  Estes  formam  reinos,  apoiando-se  na estrutura  do  I

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t  e e  .

No  século  VII,  a  África  Setentrional  e  o  Oriente Médio,  que  tinham  sido  parte  do  Império  Romano do  Oriente  tornam-se  territórios  Islâmicos  (ou Muçulmanos)  depois  da  sua  conquista  pelos sucessores  do  profeta  árabe  M

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Fig  2:  A  máxima  expansão  islâmica.

O  Império  Bizantino  (ou  Romano  do  Oriente) sobrevive  e  torna-se  uma  grande  potência.  No Ocidente,  embora  tenha  havido  alterações significativas  nas  estruturas  políticas  e  sociais,  a

rutura  com  a  Antiguidade  não  foi  completa  e  a

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maior  parte  dos  novos  reinos  incorporaram  o  maior número  possível  de  instituições  romanas  pré existentes.

Fig  3:  O  Império  Carolíngio.

O  Cristianismo  disseminou-se  pela  E

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a  l  l  e  assistiu-se  a  um  surto  de  edificação  de monastérios  como  bastiões  culturais.  Durante  os séculos  VII  e  VIII,  os  Germânicos  F

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s  , governados  pela  d

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a  )  ,  estabeleceram  um  império que  dominou  grande  parte  da  Europa  Ocidental  até o  século  IX.

Ele  se  desintegrará  (dividindo-se)  por

desavenças  internas  e  pelas  investidas  de

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Germânicos  Vikings  da  Escandinávia,  Hunos Magiares  das  estepes  da  Ásia  e  Árabes  (ou S

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s  )  vindos  da  África.

Fig  4:  O  Mundo  ainda  não  acabou. Durante  a  B

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