Batalhas Navais No Século Xviii
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Batalhas Navais No Século Xviii - André Geraque Kiffer
ANDRÉ GERAQUE KIFFER
Uma simulação histórica
de batalhas navais no século XVIII
Edição do Autor
Resende
2020
--- Kiffer, André Geraque.
Uma simulação histórica de batalhas navais no século XVIII. André Geraque Kiffer.
Edição do Autor, Resende, 2020. Bibliografia: 124 f. 33 il. 21 cm..
1. História. 2. Arte da Guerra. 3. Ciência da Guerra. 4. Jogos de Guerra. I. Autor. II. Título.
ISBN 978-65-00-14827-5
2
3 PRÓLOGO
Apoiado num resumo do fato histórico (guerra, campanha e/ou batalha), procuro analisar e destacar os fatores decisivos, antes de simular hipóteses e se...
alternativas por meio de um jogo de tabuleiro. Na simulação se completam todas as possibilidades do propósito do estudo, quando o passado da história é analisado com base na teoria do presente e projetado para situações semelhantes no futuro. Até aqui publiquei as seguintes séries: I. Simulação Histórica das Guerras dos Primeiros Impérios
em 2010; VIII. Simulação Histórica da Primeira Guerra Mundial
em 2011; II. Simulação Histórica das Guerras na Grécia Clássica
em 2012; III. Simulação Histórica das Guerras Romanas
em 2016; e IV. Simulação Histórica das Guerras na Era Medieval
em 2018. Planejo publicar as seguintes séries: V. Simulação Histórica das Guerras na Era Moderna (1453 a 1774)
; "VI. Simulação Histórica das Guerras na Era
das Revoluções (1775 a 1860);
VII. Simulação
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Histórica das Guerras na Era Industrial (1861 a 1913);
IX. Simulação Histórica da Segunda Guerra Mundial; e
X. Simulação Histórica da Guerra Fria (1917 a 1989)". Então, fundamentado nessa visão abrangente da História Militar desde 1560 a.C., nas minhas graduações de bacharel em História em 2019 e de doutor em Ciências Militares em 2000, vou concluir o projeto ao criar e publicar uma teoria própria sobre a Arte e a Ciência da Guerra. Palavras-chave: História. Arte da Guerra. Ciência
da Guerra. Jogos de Guerra.
5 SUMÁRIO
FATOS HISTÓRICOS………………………………...6 ANÁLISES HISTÓRICAS..…………………………16 SIMULAÇÕES HISTÓRICAS………………………31 VÉLEZ-MÁLAGA..…………..………………………33 CABO PASSARO…………...……………………….50 TOULON………………………..…………………….64 MINORCA.........……………………………………..78 BAÍA DE QUIBERON..……………………………..89
ANEXOS..........…………………………………….105
6 BATALHAS NAVAIS NO SÉCULO XVIII FATOS HISTÓRICOS
Batalha de Vélez-Málaga (24 de agosto de 1704) 1
1 foi a maior batalha naval da Guerra de Sucessão Espanhola (1701-1714). Aconteceu ao sul de Vélez-Málaga, na Espanha.
Fig 1: Tabuleiro histórico.
O resultado foi indeciso. Nem um único navio foi afundado ou capturado em qualquer um dos lados, mas deixou muitos deles em más condições de navegação e as baixas de pessoal em ambos os lados foram elevadas. Quando os franceses e os
1
1 HARDING, Richard. Seapower and Naval Warfare, 1650-
1830. Abingdon: Taylor e Francis, 1999.
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ingleses voltaram a se encontrar, dois dias depois, decidiram não se enfrentar. A principal preocupação dos franceses era com a falta de munição.
Considerando que os ingleses tiveram um número maior de baixas e navios muito danificados, especialmente nos mastros, os franceses interpretaram erroneamente a prudência da esquadra inglesa. Inclusive, o esquadrão Vermelho tinha gasto tanta munição no bombardeio anterior à Gibraltar, que fora obrigado a abandonar a linha.
Os franceses retornaram a Toulon reivindicando vitória. A realidade, porém, era que, ao recuar para Toulon, os franceses transformaram o que havia sido um impasse tático em uma vitória estratégica anglo-holandesa, porque a Marinha francesa nunca mais largou de Toulon com força total.
Batalha do Cabo Passaro (11 de agosto de 1718) 2
2 foi travada entre uma esquadra da Marinha Real britânica sob o almirante George Byng e uma
2
2 BLACKMORE, David S.T.. Warfare on the Mediterranean in
the Age of Sail: A History, 1571–1866. Jefferson, NC, USA:
McFarland & Co, 2010.
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esquadra da Marinha Real espanhola sob o vice- almirante Antonio de Gaztañeta. Foi ao largo do cabo Passaro, no extremo sul da ilha da Sicília ocupada pela Espanha. Essa e a Grã-Bretanha estavam em paz, mas esta já estava comprometida em apoiar as ambições do imperador sacro- germânico Karl VI no sul da Itália, contra os espanhóis.
Fig 2: Tabuleiro histórico.
A batalha foi travada sem uma declaração formal de guerra, mas uma vez que os espanhóis atiraram – segundo eles, foi uma saudação - nos navios britânicos mais próximos, isso deu a Byng
uma desculpa para atacar. Os britânicos eram
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superiores em número. A batalha foi a ação naval mais significativa da Guerra da Quádrupla Aliança e resultou em uma vitória decisiva para a esquadra britânica, que capturou ou queimou dezesseis navios de linha e fragatas espanholas.
Alguns dos navios espanhóis foram queimados por suas tripulações, que fugiram para a costa da Sicília. Como resultado da batalha, o exército espanhol na Sicília ficou isolado e sem ajuda externa. Quatro meses depois, a Guerra da Quádrupla Aliança (1718-1720) foi formalmente declarada.
Batalha de Toulon (22 e 23 de fevereiro de 1744) 3
3 na costa francesa do Mediterrâneo, ao largo de Toulon. Uma esquadra combinada franco- espanhola envolveu a esquadra britânica do Mediterrâneo. A frota francesa, que não estava oficialmente em guerra com a Grã-Bretanha, só entrou na luta mais tarde, quando ficou claro que a frota espanhola havia obtido o controle tático da
3
3 WILLIS, Sam. Fighting at sea in the eighteenth century: the
art of sailing warfare. Suffolk, UK: Boydell Press, 2008.
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área de batalha. Com a intervenção francesa, a esquadra britânica foi forçada a se retirar.
Fig 3: Tabuleiro histórico.
Na Grã-Bretanha a batalha foi considerada uma derrota mortificante; a esquadra franco- espanhola terminou com sucesso o bloqueio britânico e infligiu consideravelmente mais danos aos britânicos do que receberam, fazendo com que estes se retirassem para Minorca com a necessidade de reparos pesados.