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Batalhas Navais No Século Xviii
Batalhas Navais No Século Xviii
Batalhas Navais No Século Xviii
E-book151 páginas1 hora

Batalhas Navais No Século Xviii

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Sobre este e-book

Em meados do século XVIII, o projeto do navio de linha se estabilizou em alguns tipos padrão: os mais antigos com até dois conveses, com 50 canhões disparando através de portas laterais, os quais eram muito fracos para a linha de batalha, mas poderiam ser usados para escoltarem comboios; os com dois ou três conveses com 64 a 90 canhões que formavam a parte principal de uma esquadra; e os com três ou mesmo quatro conveses com 98 a 140 canhões que serviam como capitânias. Esquadras com 10 a 25 desses navios, com seus navios de abastecimento e fragatas para reconhecimento e comunicações, mantiveram o controle das rotas marítimas para as principais potências navais europeias, enquanto restringiam o comércio marítimo dos inimigos. Durante o século XVIII os franceses desenvolveram uma doutrina estratégica que priorizava o resultado da missão, em vez de batalhar pelo comando do mar. Portanto, eles preferiam se engajar a sotavento, numa posição que os deixava livres para retirarem adiante do vento. A esquadra francesa permitia que a britânica chegasse a barlavento e, quando estava paralela, antes que a bombardeasse, ela seguia adiante. As guerras deste século produziram uma série de batalhas navais taticamente indecisas, entre esquadras equivalentes em linhas de batalha, com táticas e técnicas distintas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de fev. de 2024
Batalhas Navais No Século Xviii

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    Batalhas Navais No Século Xviii - André Geraque Kiffer

    ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

    Uma  simulação  histórica

    de  batalhas  navais no  século  XVIII

    Edição  do  Autor

    Resende

    2020

    ---  Kiffer,  André  Geraque.

    Uma  simulação  histórica  de  batalhas  navais  no  século XVIII.  André  Geraque  Kiffer.

    Edição  do  Autor,  Resende,  2020. Bibliografia:  124  f.  33  il.  21  cm..

    1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

    ISBN  978-65-00-14827-5

    2

    3 PRÓLOGO

    Apoiado  num  resumo  do  fato  histórico  (guerra, campanha  e/ou  batalha),  procuro  analisar  e destacar  os  fatores  decisivos,  antes  de  simular hipóteses  e  se...  alternativas  por  meio  de  um  jogo de  tabuleiro.  Na  simulação  se  completam  todas  as possibilidades  do  propósito  do  estudo,  quando  o passado  da  história  é  analisado  com  base  na  teoria do  presente  e  projetado  para  situações semelhantes  no  futuro.  Até  aqui  publiquei  as seguintes  séries:  I.  Simulação  Histórica  das Guerras  dos  Primeiros  Impérios  em  2010;  VIII. Simulação  Histórica  da  Primeira  Guerra  Mundial em  2011;  II.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na Grécia  Clássica  em  2012;  III.  Simulação  Histórica das  Guerras  Romanas  em  2016;  e  IV.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Medieval  em  2018. Planejo  publicar  as  seguintes  séries:  V.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Moderna  (1453  a 1774);  "VI.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era

    das  Revoluções  (1775  a  1860);  VII.  Simulação

    4

    Histórica  das  Guerras  na  Era  Industrial  (1861  a 1913);  IX.  Simulação  Histórica  da  Segunda Guerra  Mundial;  e  X.  Simulação  Histórica  da Guerra  Fria  (1917  a  1989)".  Então,  fundamentado nessa  visão  abrangente  da  História  Militar  desde 1560  a.C.,  nas  minhas  graduações  de  bacharel  em História  em  2019  e  de  doutor  em  Ciências  Militares em  2000,  vou  concluir  o  projeto  ao  criar  e  publicar uma  teoria  própria  sobre  a  Arte  e  a  Ciência  da Guerra. Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

    da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

    5 SUMÁRIO

    FATOS  HISTÓRICOS………………………………...6 ANÁLISES  HISTÓRICAS..…………………………16 SIMULAÇÕES  HISTÓRICAS………………………31 VÉLEZ-MÁLAGA..…………..………………………33 CABO  PASSARO…………...……………………….50 TOULON………………………..…………………….64 MINORCA.........……………………………………..78 BAÍA  DE  QUIBERON..……………………………..89

    ANEXOS..........…………………………………….105

    6 BATALHAS  NAVAIS  NO  SÉCULO  XVIII FATOS  HISTÓRICOS

    Batalha  de  Vélez-Málaga  (24  de  agosto  de 1704)  1

    1  foi  a  maior  batalha  naval  da  Guerra  de Sucessão  Espanhola  (1701-1714).  Aconteceu  ao sul  de  Vélez-Málaga,  na  Espanha.

    Fig  1:  Tabuleiro  histórico.

    O  resultado  foi  indeciso.  Nem  um  único  navio foi  afundado  ou  capturado  em  qualquer  um  dos lados,  mas  deixou  muitos  deles  em  más  condições de  navegação  e  as  baixas  de  pessoal  em  ambos  os lados  foram  elevadas.  Quando  os  franceses  e  os

    1

    1  HARDING,  Richard.  Seapower  and  Naval  Warfare,  1650-

    1830.  Abingdon:  Taylor  e  Francis,  1999.

    7

    ingleses  voltaram  a  se  encontrar,  dois  dias  depois, decidiram  não  se  enfrentar.  A  principal  preocupação dos  franceses  era  com  a  falta  de  munição.

    Considerando  que  os  ingleses  tiveram  um número  maior  de  baixas  e  navios  muito  danificados, especialmente  nos  mastros,  os  franceses interpretaram  erroneamente  a  prudência  da esquadra  inglesa.  Inclusive,  o  esquadrão  Vermelho tinha  gasto  tanta  munição  no  bombardeio  anterior  à Gibraltar,  que  fora  obrigado  a  abandonar  a  linha.

    Os  franceses  retornaram  a  Toulon reivindicando  vitória.  A  realidade,  porém,  era  que, ao  recuar  para  Toulon,  os  franceses  transformaram o  que  havia  sido  um  impasse  tático  em  uma  vitória estratégica  anglo-holandesa,  porque  a  Marinha francesa  nunca  mais  largou  de  Toulon  com  força total.

    Batalha  do  Cabo  Passaro  (11  de  agosto  de 1718)  2

    2  foi  travada  entre  uma  esquadra  da  Marinha Real  britânica  sob  o  almirante  George  Byng  e  uma

    2

    2  BLACKMORE,  David  S.T..  Warfare  on  the  Mediterranean  in

    the  Age  of  Sail:  A  History,  1571–1866.  Jefferson,  NC,  USA:

    McFarland  &  Co,  2010.

    8

    esquadra  da  Marinha  Real  espanhola  sob  o  vice- almirante  Antonio  de  Gaztañeta.  Foi  ao  largo  do cabo  Passaro,  no  extremo  sul  da  ilha  da  Sicília ocupada  pela  Espanha.  Essa  e  a  Grã-Bretanha estavam  em  paz,  mas  esta  já  estava  comprometida em  apoiar  as  ambições  do  imperador  sacro- germânico  Karl  VI  no  sul  da  Itália,  contra  os espanhóis.

    Fig  2:  Tabuleiro  histórico.

    A  batalha  foi  travada  sem  uma  declaração formal  de  guerra,  mas  uma  vez  que  os  espanhóis atiraram  –  segundo  eles,  foi  uma  saudação  -  nos navios  britânicos  mais  próximos,  isso  deu  a  Byng

    uma  desculpa  para  atacar.  Os  britânicos  eram

    9

    superiores  em  número.  A  batalha  foi  a  ação  naval mais  significativa  da  Guerra  da  Quádrupla  Aliança  e resultou  em  uma  vitória  decisiva  para  a  esquadra britânica,  que  capturou  ou  queimou  dezesseis navios  de  linha  e  fragatas  espanholas.

    Alguns  dos  navios  espanhóis  foram  queimados por  suas  tripulações,  que  fugiram  para  a  costa  da Sicília.  Como  resultado  da  batalha,  o  exército espanhol  na  Sicília  ficou  isolado  e  sem  ajuda externa.  Quatro  meses  depois,  a  Guerra  da Quádrupla  Aliança  (1718-1720)  foi  formalmente declarada.

    Batalha  de  Toulon  (22  e  23  de  fevereiro  de 1744)  3

    3  na  costa  francesa  do  Mediterrâneo,  ao  largo de  Toulon.  Uma  esquadra  combinada  franco- espanhola  envolveu  a  esquadra  britânica  do Mediterrâneo.  A  frota  francesa,  que  não  estava oficialmente  em  guerra  com  a  Grã-Bretanha,  só entrou  na  luta  mais  tarde,  quando  ficou  claro  que  a frota  espanhola  havia  obtido  o  controle  tático  da

    3

    3  WILLIS,  Sam.  Fighting  at  sea  in  the  eighteenth  century:  the

    art  of  sailing  warfare.  Suffolk,  UK:  Boydell  Press,  2008.

    10

    área  de  batalha.  Com  a  intervenção  francesa,  a esquadra  britânica  foi  forçada  a  se  retirar.

    Fig  3:  Tabuleiro  histórico.

    Na  Grã-Bretanha  a  batalha  foi  considerada uma  derrota  mortificante;  a  esquadra  franco- espanhola  terminou  com  sucesso  o  bloqueio britânico  e  infligiu  consideravelmente  mais  danos aos  britânicos  do  que  receberam,  fazendo  com  que estes  se  retirassem  para  Minorca  com  a necessidade  de  reparos  pesados.

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