Batalha De Naseby, Em 1645, Nas Guerras Civis Inglesas

De André Geraque Kiffer

As Guerras Civis Inglesas, entre 1642 e 1651, foram uma série de maquinações políticas entre parlamentares – os cabeças redondas - e monarquistas – os cavalheiros -, principalmente sobre a forma de governança da Inglaterra e questões de liberdade religiosa. A batalha de Naseby ocorreu em um sábado, 14 de junho de 1645, durante a Primeira Guerra Civil Inglesa. O exército parlamentar do Novo Modelo, comandado por Thomas Fairfax e Oliver Cromwell, destruiu o principal exército realista sob o comando de Charles I e do príncipe Rupert. Na simulação da batalha tratarei de corrigir as falhas apresentadas na análise histórica, testando aperfeiçoamentos nas manobras. E, então, comprovaremos qual manobra prevalecerá, estando ambas instruídas com o melhor e com o máximo esforço.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 5 de fev. de 2024

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ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

Batalha  de  Naseby,  em  1645, nas  Guerras  Civis  Inglesas. Uma  simulação  histórica

Edição  do  Autor Rio  de  Janeiro

2023

---  Kiffer,  André  Geraque.

Batalha  de  Naseby,  em  1645,  nas  Guerras  Civis  Inglesas. Uma  simulação  histórica.  André  Geraque  Kiffer.

Edição  do  Autor,  Rio  de  Janeiro,  2023. Bibliografia:  144  p.  47  il.  21  cm..

1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

ISBN  978-65-00-82861-0

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3 PRÓLOGO

Como  Historiador  Militar  me  apoio  em  um  resumo do  fato  histórico,  analiso  e  destaco  os  fatores decisivos,  antes  de  simular  hipóteses  e  se... alternativas  por  meio  de  um  jogo  de  tabuleiro.  Na simulação  se  completam  todas  as  possibilidades  do propósito  do  estudo,  quando  o  passado  da  história é  analisado  com  base  na  teoria  do  presente  e projetado  para  situações  semelhantes  no  futuro. Desde  2010  publiquei  as  seguintes  séries  de simulações:  I.  Simulação  Histórica  das  Guerras dos  Primeiros  Impérios;  II.  Simulação  Histórica das  Guerras  na  Grécia  Clássica;  III.  Simulação Histórica  das  Guerras  Romanas;  IV.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Medieval;  V. Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era  Moderna (1453  a  1774);  VI.  Simulação  Histórica  das Guerras  na  Era  das  Revoluções  (1775  a  1860); VII.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era Industrial  (1861  a  1913);  "VIII.  Simulação  Histórica

da  Primeira  Guerra  Mundial;  IX.  Simulação

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Histórica  da  Segunda  Guerra  Mundial;  X. Simulação  Histórica  da  Guerra  Fria  (1917  a  1991); e  XI.  Simulação  Histórica  das  Guerras Contemporâneas  (1991  a  ...)". Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

5 SUMÁRIO

FATO  HISTÓRICO……………..…….….……………6 ANÁLISE  HISTÓRICA…….……………..…………18 SIMULAÇÃO  HISTÓRICA…….……………………56 ANEXOS..........…………………………………….122

REFERÊNCIAS...………………………………….143

6 FATO  HISTÓRICO Guerras  Civis  Inglesas  entre  1642  e  1651

Sugiro  ao  leitor  que  queira  ter  mais conhecimento  sobre  o  conflito  de  que  esta  batalha faz  parte,  que  adquira  meu  livro  Guerra  Civil Inglesa,  1642  a  1651.  Uma  simulação  histórica  .

Fig  1:  Guerras  Civis  Inglesas.

As  Guerras  Civis  Inglesas,  entre  1642  e  1651,

foram  uma  série  de  maquinações  políticas  entre

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parlamentares  –  os  cabeças  redondas  -  e  realistas –  os  cavalheiros  -,  principalmente  sobre  a  forma de  governança  da  Inglaterra  e  questões  de liberdade  religiosa.  A  primeira  (1642-1646)  e  a segunda  (1648-1649)  guerras  colocaram  os partidários  do  rei  Charles  I  contra  os  partidários  do Parlamento  Longo,  enquanto  a  terceira  (1649- 1651)  viu  combates  entre  partidários  do  rei  Charles II  e  partidários  do  Parlamento  Rump.

Ao  contrário  de  outras  guerras  internas  na Inglaterra,  que  foram  travadas  principalmente  sobre quem  deveria  reinar,  esses  conflitos  também envolveram  a  forma  como  os  três  reinos  da Inglaterra,  da  Escócia  e  da  Irlanda  deveriam  ser governados.

Os  resultados  mais  marcantes  foram:  o julgamento  e  execução  de  Charles  I  (1649);  o  exílio de  seu  filho,  Charles  II  (1651);  e  a  substituição  da monarquia  inglesa  pela  Comunidade  da  Inglaterra, que  a  partir  de  1653  (como  a  Comunidade  da Inglaterra,  Escócia  e  Irlanda)  unificou  as  Ilhas

Britânicas  sob  o  governo  pessoal  de  Oliver

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Cromwell  entre  1653  e  1658,  e  brevemente  seu filho  Richard  em  1658  e  1659.

Além  disso,  na  Inglaterra  o  monopólio  da  Igreja Anglicana  sobre  o  culto  cristão  foi  encerrado  e,  na Irlanda,  os  vencedores  consolidaram  uma ascendência  protestante.  Constitucionalmente estabeleceu-se  o  precedente  de  que  um  monarca inglês  não  pode  governar  sem  o  consentimento  do Parlamento,  embora  a  ideia  de  soberania parlamentar  tenha  sido  legalmente  estabelecida apenas  como  parte  da  Revolução  Gloriosa  em 1688.

Primeira  Guerra  Civil  Inglesa,  1642  a  1646

Quando  o  conflito  começou  em  agosto  de 1642,  ambos  os  lados  esperavam  que  fosse resolvido  em  uma  única  batalha,  mas  logo  ficou claro  que  não  era  o  caso.

Os  sucessos  realistas  em  1643  levaram  a  uma aliança  entre  o  Parlamento  e  os  escoceses  que venceram  uma  série  de  batalhas  em  1644,  sendo  a

mais  significativa  a  de  Marston  Moor.

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No  início  de  1645  o  Parlamento  autorizou  a formação  do  New  Model  Army  (Exército  de  um Novo  Modelo),  a  primeira  força  militar  profissional na  Inglaterra,  e  seu  sucesso  em  Naseby  em  junho de  1645  provou  ser  decisivo.

Fig  2:  Catecismo  militar.

A  guerra  terminou  com  a  vitória  da  aliança parlamentarista  em  junho  de  1646  e  Charles  sob custódia,  mas  sua  recusa  em  negociar  concessões e  divisões  entre  seus  oponentes  levou  à  Segunda

Guerra  Civil  Inglesa  em  1648.

10 Batalha  de  Naseby

14  de  junho  de  1645.  No  início  deste  ano  o alto-comando  realista  estava  dividido  quanto  à estratégia.

Fig  3:  A  campanha  de  1645.

O  príncipe  Rupert  do  Reno,  recentemente nomeado  comandante-chefe,  queria  unir-se  a  seu

irmão,  o  príncipe  Maurice,  em  Chester,  e  retomar  o

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norte,  uma  importante  fonte  de  recrutas  e suprimentos.  Uma  facção  liderada  por  lorde  Digby considerou  o  exército  parlamentarista  Novo Modelo  uma  ameaça  à  sua  capital  em  Oxford, enquanto  um  terceiro  grupo  preferia  consolidar  o controle  do  oeste.

Em  30  de  abril,  o  comandante  parlamentarista, Fairfax,  marchou  para  o  oeste  para  aliviar  o  sítio  à fortaleza  parlamentarista  de  Taunton;  do  lado realista,  lorde  Goring  foi  despachado  com  3  mil cavaleiros  para  reforçar  o  sítio  de  Taunton, enquanto  o  principal  exército  com  Charles  I  e  o príncipe  Rupert  se  deslocou  para  o  norte.

Preocupado  com  essa  ameaça,  o  Comitê  do Parlamento  de  Ambos  os  Reinos  (Inglaterra  e Escócia)  ordenou  que  Fairfax  mudasse  seus  planos e  sitiasse  Oxford.  Embora  ele  tenha  feito  pouco progresso,  no  final  de  maio  a  cidade  estava  ficando sem  provisões  e  para  aliviar  a  pressão,  os  realistas invadiram  a  cidade  de  Leicester,  controlada  pelos parlamentares,  em  31  de  maio,  supostamente

matando  mais  de  700  soldados  e  civis.

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Fig  4:  Estratégia  operacional  antes  da  batalha.

Alarmado  com  isso,  o  Parlamento  instruiu Fairfax  a  abandonar  o  sítio  e  em  5  de  junho  ele marchou  para  o  norte  para