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Campanha E Batalha De Alésia, Setembro De 52 A.c.
Campanha E Batalha De Alésia, Setembro De 52 A.c.
Campanha E Batalha De Alésia, Setembro De 52 A.c.
E-book122 páginas1 hora

Campanha E Batalha De Alésia, Setembro De 52 A.c.

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Sobre este e-book

Designa-se por Guerras da Gália (ou Gálicas) a série de campanhas de Júlio César iniciada em abril de 58 a.C. e finalizadas nos meses de setembro e outubro de 52 a.C., quando, após um cerco de dois meses, César apoderou-se de Alésia e aprisionou Vercingetórix, líder dos gauleses. A Estratégia gaulesa era unir todas as tribos da Gália independente e expulsar os invasores romanos. Para continuar atendendo a este objetivo na Estratégia Operacional, antes da batalha de Alésia, houve a transição - inicialmente involuntária - de uma ofensiva indireta de guerrilha para uma defensiva direta de expectativa. No progresso da batalha, de acordo com a intenção de Vercingetórix, a força no oppidum deveria aferrar os romanos enquanto uma força externa atacaria concentricamente.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de fev. de 2024
Campanha E Batalha De Alésia, Setembro De 52 A.c.

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    Campanha E Batalha De Alésia, Setembro De 52 A.c. - André Geraque Kiffer

    ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

    Campanha  e  Batalha  de  Alésia,

    setembro  de  52  a.C.

    Uma  Simulação  Histórica

    Gaulesa.

    Edição  do  Autor

    Resende

    2016

    ---  Kiffer,  André  Geraque.

    Campanha  e  Batalha  de  Alésia,  setembro  de  52  a.C. Uma  Simulação  Histórica  Gaulesa.  André  Geraque  Kiffer.

    Edição  do  Autor,  Resende,  2016. Bibliografia:  149  f.  39  il.  21  cm..

    1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

    ISBN  978-85-65853-19-4

    2

    3

    O  homem  superior  age  antes  de  falar  e  depois  fala  de  acordo com  suas  ações.

    (Confúcio)

    4 RESUMO

    Iniciei  a  construção  desta  obra  no  ano  de  1995, inspirado  pela  leitura  da  obra-prima  de  Arnold Toynbee,  Um  Estudo  da  História,  e  pelo  livro "  Future  Wars"  ,  de  Trevor  N.  Dupuy.  Em  2005,  com  a leitura  do  livro  "  Wargame  Design"  editado  pela Strategy  &  Tactics  Magazine  ,  consolidei  uma Matriz  para  Um  Estudo  da  História  Militar  e iniciei  a  análise  das  guerras,  campanhas  e  batalhas de  uma  determinada  época  e/ou  de  uma  civilização descritas  no  Atlas  of  Military  History  ,  edição  2006, do  Instituto  Smithsoniano.  Em  2014,  para  continuar a  obra  ¨Um  Estudo  da  História  das  Guerras¨  (já tenho  publicados  os  Volume  I,  ¨Simulação  Histórica das  Guerras  dos  Primeiros  Impérios¨,  Volume  II, ¨Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Grécia Clássica¨  e  Volume  IX  ¨Simulação  Histórica  da Primeira  Guerra  Mundial¨)  na  confecção  deste Volume  III,  Simulação  Histórica  das  Guerras Romanas,  após  a  leitura  do  livro  "Japanese  and

    Chinese  Chess  -  The  Science  and  Art  of  War"  ,

    5 acrescentei  um  novo  livro  O  Estudo  das  Guerras e  os  Jogos  de  Xadrez  ao  meu  planejado  estudo, associando  os  fundamentos  dos  jogos  de  xadrez aos  princípios  da  Arte  e  da  Ciência  da  Guerra.  Em cada  livro  uma  guerra,  campanha  ou  batalha selecionada  é  estudada,  em  algum  (ns)  dos  níveis de  decisão  aplicáveis,  ou  seja,  o  Político,  o Estratégico,  o  Estratégico  Operacional,  o  Tático  e  o Técnico.  Com  base  num  resumo  do  fato  histórico procura-se  destacar  o  (s)  fato  (s)  decisivo  (s) causador  (es)  do  resultado  negativo  antes  de  jogar a  simulação,  por  meio  de  um  "  wargame  .  Quando  o autor  entender  necessário  ao  entendimento  da simulação,  serão  feitas  referências  às  regras  e ferramentas  do  jogo  de  guerra.  Na  simulação  se completam  todas  as  possibilidades  do  propósito  do estudo,  quando  o  passado  da  história  é  analisado com  base  na  teoria  do  presente  e  projetado  no futuro  ou  revivido  como  caso  esquemático  do  e se…",  permitindo  extrair  conclusões  e  princípios

    aplicáveis  a  outras  situações  no  tempo  e  no

    6 espaço,  sem  a  ilusão  de  esgotar  todas  as  variantes imagináveis,  ou  seja,  um  jogo  sem  fim,  idealizando sempre  que  quando  jogarmos  o  lado  que historicamente  perdeu  seguiremos  a  máxima ANTES  A  VITÓRIA  QUE  A  DERROTA  e  quando jogarmos  o  lado  do  vencedor  histórico,  A VITÓRIA  SEMPRE,  MAS  COM  O  MENOR  CUSTO POSSÍVEL. Palavras  chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

    da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

    7 SUMÁRIO

    CAPÍTULO  1  –  CAMPANHA  E  BATALHA  DE ALÉSIA....................................................................8 CAPÍTULO  2  –  ANÁLISE  ESTRATÉGICA OPERACIONAL  GAULESA...................................39 CAPÍTULO  3  –  SIMULAÇÃO  ESTRATÉGICA OPERACIONAL  GAULESA...................................70

    REFERÊNCIAS...................................................144

    8 CAPÍTULO  1

    CAMPANHA  E  BATALHA  DE  ALÉSIA,  52  A.C.

    Para  o  leitor  que  queira  ter  uma  introdução  à história  dos  Jogos  de  Guerra  e  ao  período  histórico da  Arte  e  Ciência  das  Guerras  Romanas, recomendamos  a  aquisição  do  primeiro  fascículo deste  volume.

    Os  Celtas

    É  a  designação  dada  a  um  conjunto  de  povos, organizados  em  múltiplas  tribos  e  pertencentes  à família  linguística  indo-europeia  que  se  espalhou pela  maior  parte  do  oeste  da  Europa  a  partir  do

    segundo  milênio  a.C.  A  primeira  referência  literária

    9 aos  celtas  (  Κελτοί  )  foi  feita  pelo  historiador  grego Hecateu  de  Mileto  no  século  VI  a.C.

    Boa  parte  da  população  da  Europa  ocidental pertencia  às  etnias  celtas  até  à  eventual  conquista daqueles  territórios  pelo  império  Romano; organizavam-se  em  tribos,  que  ocupavam  o território  desde  a  península  Ibérica  até  à  Anatólia.  A maioria  dos  povos  celtas  foi  conquistada,  e  mais tarde  integrada,  pelos  romanos,  embora  o  modo  de vida  celta  tenha,  sob  muitas  formas  e  com  muitas alterações  resultantes  da  aculturação  devida  aos invasores  e  à  posterior  cristianização,  sobrevivido em  grande  parte  do  território  por  eles  ocupado.

    Existiam  diversos  grupos  celtas  compostos  de várias  tribos,  entre  eles  os  bretões  e  os  trinobantes (na  atual  Inglaterra),  os  gauleses  (nas  atuais França  e  norte  da  Itália),  os  escotos  (na  atual Irlanda),  os  batavos  (na  atual  Holanda),  os  belgas  e os  eburões  (nas  atuais  Bélgica  e  oeste  da Alemanha),  os  gálatas  (na  atual  Turquia),  os

    caledônios  (na  atual  Escócia).  Muitos  destes  grupos

    10 deram  origem  ao  nome  das  províncias  romanas  na Europa,  as  quais  mais  tarde  batizaram  alguns  dos estados-nações  medievais  e  modernos  da  Europa.

    Fig  1:  As  migrações  dos  celtas.

    Os  celtas  são  considerados  os  introdutores  da metalurgia  do  ferro  na  Europa,  dando  origem naquele  continente  à  Idade  do  Ferro  (culturas  de Hallstatt  e  La  Tène  ),  bem  como  das  calças  na indumentária  masculina  (embora  essas  sejam provavelmente  originárias  das  estepes  asiáticas).

    As  Gálias

    Era  o  nome  romano  dado,  na  Antiguidade,  para as  terras  dos  celtas  na  Europa  ocidental.  A  Gália

    compreende  o  atual  território  da  França,  algumas

    11 partes  da  Bélgica  e  da  Alemanha  e  o  norte  da  Itália. Dividia-se  em  duas  regiões:  Gália  Cisalpina  (aquém da  cadeia  de  montanhas  dos  Alpes,  relativamente aos  romanos),  que  compreendia  a  Itália  setentrional e  foi  por  muito  tempo  ocupada  por  tribos  gaulesas; e  Gália  Transalpina  (além  dos  Alpes),  vasta  região situada  entre  os  Alpes,  as  montanhas  dos  Pirineus, o  oceano  Atlântico  e  o  rio  Reno.

    Habitada  por  grande  número  de  tribos  celtas, povos  íberos,  lígures  e  armóricos,  a  Gália Transalpina  foi  o  centro  de  uma  civilização influenciada,  desde  o  século  VI  a.C.,  por  duas correntes  de  civilização  helênica  (do  Mediterrâneo  e dos  Alpes).  Tinha  uma  forte  organização  religiosa (assembleia  anual  dos  druidas)  e  seus  habitantes dedicavam-se  principalmente  à  agricultura.

    Nos  séculos  IV  e  III  a.C.  os  gauleses  invadiram a  Itália  (ao  sul  do  rio  Rubicão),  chegando  a  saquear Roma  em  390  a.C.  As

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