Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Construindo Pontes: Diálogos entre Ciências Humanas e Sociais - Volume 2
Construindo Pontes: Diálogos entre Ciências Humanas e Sociais - Volume 2
Construindo Pontes: Diálogos entre Ciências Humanas e Sociais - Volume 2
E-book539 páginas6 horas

Construindo Pontes: Diálogos entre Ciências Humanas e Sociais - Volume 2

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

"Construindo Pontes: Diálogos entre Ciências Humanas e Sociais – Volume 2" é uma obra que mergulha em uma variedade de temas interdisciplinares, fornecendo análises perspicazes e reflexões profundas sobre questões sociais, educacionais, tecnológicas e econômicas. Dos impactos da Educação Ambiental na construção de uma sociedade mais justa aos efeitos da pandemia da covid-19 no comércio eletrônico, cada capítulo oferece uma perspectiva única e relevante sobre os desafios e oportunidades enfrentados pela sociedade contemporânea. Com temas que vão desde a representação ideológica nos desenhos animados até a administração pública brasileira, este livro é uma fonte essencial para estudiosos, profissionais e todos interessados em compreender as complexidades do mundo moderno e as conexões entre as diferentes áreas do conhecimento humano.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de mar. de 2024
ISBN9786527023562
Construindo Pontes: Diálogos entre Ciências Humanas e Sociais - Volume 2

Leia mais títulos de Pedro Paulo Da Cunha Ferreira

Relacionado a Construindo Pontes

Ebooks relacionados

Ciências Sociais para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Construindo Pontes

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Construindo Pontes - Pedro Paulo da Cunha Ferreira

    O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE JUSTA E EQUITATIVA

    Tandara Deitos

    Mestranda em Ciência e Tecnologia Ambiental

    http://lattes.cnpq.br/9691045582711356

    tandara.deitos2018@gmail.com

    DOI 10.48021/ 978-65-270-2355-5-C1

    RESUMO: Na contemporaneidade, as questões relacionadas à educação ambiental têm se tornado, cada vez mais, uma pauta relevante para as pesquisas destinadas à busca pela democracia e pelo bem-estar social. Em razão disso, a presente pesquisa, de natureza qualitativa busca, por meio de revisão bibliográfica, apresentar as perspectivas sob as quais se fundamentam a educação ambiental voltada para equidade, igualdade e justiça social. Essa abordagem promove uma compreensão mais ampla das consequências das ações humanas no meio ambiente e como essas ações podem afetar de forma desigual as comunidades mais vulneráveis. A conclusão da pesquisa enfatizou que a promoção da justiça social por meio da educação ambiental requer uma abordagem integrada e interdisciplinar. É essencial considerar os contextos sociais, econômicos e políticos ao desenvolver estratégias educacionais que promovam a conscientização ambiental e incentivem ações coletivas para enfrentar os desafios ambientais. Somente através de uma visão holística e colaborativa será possível avançar em direção a uma sociedade mais justa, equitativa e sustentável.

    Palavras-chave: Justiça social; Coletividade; Democracia; Igualdade.

    1 INTRODUÇÃO

    Uma sociedade justa e equitativa é aquela em que todas as pessoas possuem acesso a oportunidades e recursos para atender às suas necessidades básicas, como alimentação, moradia, saúde e educação, pressupostos essenciais para a qualidade de vida da sociedade em geral. Nesse sentido, a educação ambiental representa aspecto fundamental na construção da justiça social, haja vista que um de seus principais objetivos visa a promover a conscientização e a compreensão das interações entre o ser humano e o meio ambiente (DELGADO-MENDEZ; TRINDADE; MOREIRA, 2021).

    Essa abordagem educacional busca não apenas fornecer conhecimentos sobre ecologia, recursos naturais e problemas ambientais, mas também incentivar uma reflexão crítica sobre as questões sociais, econômicas e culturais que influenciam e são influenciadas pela natureza. Ao enfatizar a interdependência entre o ser humano e a natureza, a educação ambiental promove uma perspectiva mais holística e inclusiva, a fim de considerar as diferentes realidades sociais e econômicas das comunidades, buscando soluções que atendam às necessidades de todos (VILARINHO; DO REGO MONTEIRO, 2019).

    Em razão disso, o presente artigo pretende abordar a educação ambiental como sendo um aspecto fundamental não só para questões relacionadas à sustentabilidade, mas também sob uma visão que abrange as questões sociais que fazem parte da problemática nesse sentido. Outrossim, busca-se realizar uma abordagem crítica que possa disseminar os conhecimentos necessários à compreensão da educação ambiental direcionada à concretização da democracia, da igualdade e da justiça social.

    Para tanto, realiza-se pesquisa qualitativa, por intermédio da revisão bibliográfica, por meio da qual serão apresentadas as literaturas que respaldam a visão da educação ambiental como elemento potencializador da consciência crítica relacionada ao tema. Dessa forma, por meio de tais abordagens, faz-se possível impulsionar debates que possibilitam a formação de pensamentos socioambientais direcionados a beneficiar a coletividade por meio de uma perspectiva sustentável, justa e igualitária.

    2 REFERENCIAL TEÓRICO

    Na sociedade contemporânea, em que as questões relacionadas ao meio ambiente e à justiça social se tornam cada vez mais frequentes em debates, a educação ambiental emerge como uma potencial ferramenta para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Ao promover a conscientização e a compreensão das complexas interações entre os seres humanos e o ambiente natural, esse mecanismo educacional desempenha um papel crucial na transformação de mentalidades e comportamentos sociais (JEOVANIO-SILVA; JEOVANIO-SILVA, 2019).

    Por meio da educação ambiental, possibilitam-se as reflexões críticas sobre os problemas ambientais enfrentados em âmbito global, como a mudança climática, a degradação dos ecossistemas, a poluição e o esgotamento dos recursos naturais, entre outros problemas. A conscientização dessas questões antecede a adoção de práticas sustentáveis e responsáveis, seja no âmbito individual, com escolhas de consumo conscientes, seja no âmbito coletivo, por meio de ações e políticas governamentais e coletivas ambientalmente responsáveis (PEDROSO, 2020).

    Além disso, a educação ambiental também desempenha um papel fundamental na promoção da cidadania. Ao fornecer conhecimentos sobre a importância da conservação do meio ambiente e seus impactos nas comunidades e nas gerações futuras, capacitam-se os indivíduos a se tornarem cidadãos engajados e ativos em questões que impactam diretamente na qualidade de vida da sociedade. Dessa forma, também se faz necessário, para o alcance de tal finalidade, o incentivo à participação em debates públicos, a cobrança por políticas públicas mais efetivas, o envolvimento em projetos de preservação e a promoção de ações voluntárias para a proteção da natureza (PERES, 2021).

    A educação ambiental, nesse contexto, também se demonstra relacionada à inclusão social e à equidade, na medida em que, ao enfatizar a interdependência entre as pessoas e o meio ambiente, promove-se uma visão mais holística e solidária das questões coletivas. Isso implica considerar os mais variados contextos sociais e econômicos, para que se possam elaborar políticas destinadas ao suprimento das necessidades dos grupos sociais vulneráveis, a fim de proporcionar-lhes uma sobrevivência digna (RAMOS; FRANCO; SILVA, 2022).

    Nesse sentido, a educação ambiental desempenha um papel crucial na construção de uma sociedade mais justa e equitativa, destinando-se a promover a conscientização, a cidadania ambiental e a inclusão social. Ao capacitar os estudantes com conhecimentos e habilidades para pensar e agir de forma responsável em relação ao meio ambiente, eles se tornam agentes sociais ativos, que reivindicam mudanças e transformações que possam promover a igualde social e justiça (DE SOUZA, 2020).

    No que se refere à relação direta entre as questões ambientais e a igualdade social, Loureiro (2019, p. 82-83) explica:

    O principal a ser destacado, naquilo que cabe em um artigo voltado para educadores e educadoras ambientais, é a afirmação incisiva de um discurso, radicalizado com a posse do novo governo brasileiro em 2019, que defende que o crescimento econômico de mercado traz prosperidade e qualidade de vida, e que os impactos ambientais devem ser regulados pelo próprio mercado. Mais do que isso, na base de tal discurso hegemônico encontra-se a dissociação das relações sociais na formação das pessoas, que passam a uma condição de únicos responsáveis pelo que acontece, sendo seu sucesso ou fracasso uma questão de mérito individual.

    Dessa forma, o autor se refere à prática que se intensifica, em determinados discursos, a qual busca criar a perspectiva de que as questões ambientais não podem ser sobrepostas ao acúmulo de capital, sendo, portanto, uma questão secundária. Essa visão representa uma intervenção negativa tanto para problemas ambientais quanto para problemas sociais, haja vista que essa temática deve ser vista sob a forma de questão coletiva e social, em vez de ser reduzida a mais um elemento para o fomento do capitalismo (LOUREIRO, 2019).

    Nesse sentido, a educação ambiental deve ser aplicada conforme pressupostos progressistas, os quais buscam efetivar políticas que beneficiem a coletividade e os grupos sociais mais vulneráveis. Outrossim, não se deve sobrepor os interesses das mineradoras ou agropecuárias aos da coletividade com a justificativa de que apenas o desperdício individual é responsável pelos impactos ambientais, haja vista que todas as empresas devem adotar práticas sustentáveis menos prejudiciais ao meio ambiente (LOUREIRO, 2019).

    Por fim, essa perspectiva representa uma visão que supera o senso comum, uma vez que problematiza o acúmulo de capital quando sobreposto à preservação do meio ambiente e ao bem-estar da coletividade. Para que a educação ambiental possa contribuir com a construção de uma sociedade mais justa e equitativa, fazem-se necessárias abordagens educacionais que direcionem os estudantes a formar suas opiniões com base em fundamentações sólidas e críticas, as quais levam em consideração os fatores e contextos sociais inseridos nas questões socioambientais.

    3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Após as análises realizadas na presente pesquisa sobre educação ambiental, torna-se perceptível que essa abordagem representa um pressuposto fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A conscientização e compreensão das interações entre o ser humano e o meio ambiente são elementos essenciais para a promoção de práticas sustentáveis e responsáveis, que considerem o bem-estar social e a justiça coletiva.

    Dessarte, os contextos econômico-sociais também se demonstram intrinsecamente ligados às questões ambientais. Os impactos das atividades humanas no meio ambiente muitas vezes afetam desproporcionalmente as comunidades mais vulneráveis, ampliando as desigualdades sociais. Em razão disso, não é possível dissociar as questões ambientais dos aspectos econômicos e sociais, sendo necessário abordá-las de forma integrada e interdisciplinar.

    A abordagem coletiva dos problemas ambientais também se mostrou imperativa. Os desafios ambientais não podem ser resolvidos individualmente, e sim através de uma visão que valorize a colaboração e a cooperação entre os diversos atores da sociedade. Nesse sentido, faz-se imprescindível que governos, setor privado, organizações não governamentais e a própria sociedade civil atuem em conjunto para buscar soluções que promovam a sustentabilidade e a equidade social.

    Dessa forma, a educação ambiental representa aspecto fundamental para a capacitação das pessoas para compreenderem a interdependência entre as ações humanas e o meio ambiente, bem como na promoção da cidadania ambiental e na busca por soluções coletivas para os desafios ambientais. Ao se incorporar a educação ambiental nas práticas educacionais e nas políticas públicas, torna-se possível criar uma consciência ambiental mais abrangente e transformadora, que será traduzida em ações concretas em prol da justiça social e da equidade.

    Por conseguinte, depreende-se que a integração das dimensões econômicas, sociais e ambientais se demonstra essencial para o enfrentamento dos desafios atuais e futuros no que se refere à educação ambiental. Somente por meio da conscientização coletiva e da ação colaborativa, torna-se possível garantir um futuro menos desigual e mais sustentável para as próximas gerações, pautado na preservação do meio ambiente e no bem-estar de todos os membros da sociedade de forma isonômica.

    REFERÊNCIAS

    DELGADO-MENDEZ, Jesus Manuel; TRINDADE, Sara Dias; MOREIRA, J. António. Educação ambiental e cidadania em ambiente prisional: resultados de um estudo com reclusos em Portugal. Revista Educação & Formação, p. 1-18, 2021.

    DE SOUZA, Janiele de Brito et al. As Dimensões do Desenvolvimento Sustentável e suas implicações na Educação Ambiental no Ensino Médio Integrado à Educação Profissional. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 15, n. 5, p. 89-108, 2020.

    JEOVANIO-SILVA, Vanessa Regal Maione; JEOVANIO-SILVA, André Luiz; CARDOSO, Sheila Pressentin. Guia prático em educação ambiental: sensibilizando de forma crítica, transversal e lúdica. Revista de Educação, Ciências e Matemática, v. 9, n. 2, 2019.

    LOUREIRO, Carlos Frederico B. Questões ontológicas e metodológicas da educação ambiental crítica no capitalismo contemporâneo Ontological and methodological issues for critical environmental education in contemporary capitalism Cuestiones ontológicas y metodológicas de la educación ambiental crítica en el capitalismo contemporáneo. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 36, n. 1, p. 79-95, 2019.

    PEDROSO, Bruno Rodrigues. Reflexões sobre as macrotendências da educação ambiental presentes nas apostilas de sustentabilidade da Secretaria de Educação de Sorocaba: diálogos com a educação ambiental crítico-transformadora. 2020.

    PERES, Gleison Peralta. PRÁTICA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: EXPERIÊNCIA DO PROJETO MIGUEL CONSCIENTE. Educação Ambiental em Ação, v. 19, n. 73, 2021.

    RAMOS, Roberto Santos; FRANCO, José Raimundo Campelo; SILVA, Maria de Fátima Sousa. Educação ambiental crítica e emancipatória: pandemia e ambiente nas encruzilhadas do olhar político. Educação: Teoria e Prática, v. 32, n. 65, 2022.

    VILARINHO, Lúcia Regina Goulart; DO REGO MONTEIRO, Cláudia Correia. Projetos de Educação Ambiental escolar: uma proposta de avaliação. Revista brasileira de educação ambiental (REVBEA), v. 14, n. 1, p. 439-455, 2019.

    A IMPORTÂNCIA DOS DESENHOS ANIMADOS COMO REPRESENTAÇÃO IDEOLÓGICA: FORMAÇÃO DA IDENTIDADE INFANTIL

    Tânia Cristina do Ramo Silva

    Mestra em Têxtil e Moda

    http://lattes.cnpq.br/1470260491305806

    tania.ramo@gmail.com

    DOI 10.48021/ 978-65-270-2355-5-C2

    RESUMO: O presente artigo propõe-se a analisar a importância dos desenhos animados na educação infantil. A imagem é de suma importância para a formação de identidade do indivíduo. Desta maneira a imagem em movimento (cinema) pode ser inserida num campo maior do ato cognitivo. Trata-se de uma análise das representações artísticas e ideológicas presentes em desenhos animados, em especial as produções do estúdio Walt Disney; em que demonstra situações do cotidiano (diversidade, comportamento e relacionamento interpessoal), os critérios utilizados na pesquisa foram assuntos sobre a Indústria Cultural e a visão de alguns pensadores a partir das ideias iluministas – Adorno e Horkeimer. O cinema e suas representações na sociedade. A partir da leitura e Linguagem Fílmica é possível observar a relevância da ideologia contida em seus conteúdos. A imagem nos transmite subjetividades e objetividades, tendo na semiótica um campo apropriado para esta análise. A ideologia assume a contemporaneidade, tanto por seu caráter informativo quanto formativo.

    Palavras-chave: Walt Disney; Indústria Cultural; Desenhos Animados; Lilo e Stitch.

    INTRODUÇÃO

    O artigo remete uma análise abrangente sobre as representações socioartísticas e ideológicas existentes nos filmes produzidos pela Walt Disney picture, em especial Lilo e Stitch – o filme. Após análises procurou-se temas relativos ao foco principal e por meio de pesquisas observou-se representações socioartísticas, socioculturais e ideológicas contidas nos desenhos animados.

    O desenvolvimento do projeto aborda temas como a indústria cultural, visto que oferece mais que entretenimento, proporciona-nos um mundo mágico de fantasias embasadas na realidade; já que interage de forma explicita no cotidiano humano, estruturando a cultura de massa.

    Segundo Adorno e Horkheimer no livro "Dialética do esclarecimento", o homem é um sujeito manipulado e massificado e a visão dos produtores de cultura de massa concentra-se no lucro de um sistema capitalista e industrializado. A busca pelo novo e pelas formas de atingir o público são incessantes, as imagens transmitem significados, porém seus conceitos variam muito, visto que as consequências desse processo são a visão fragmentada das imagens produzidas pelos seus idealizadores, a alienação e proliferação do consumo excessivo. A produção de sujeitos sociais produzidos pela cultura de massa se faz presente em filmes, novelas e propagandas; condicionando o comportamento e formas de expressões, com influências do imaginário estereotipado.

    As fábricas de imaginário, um termo utilizado por Kincheloe e Giroux, designa as grandes corporações produtoras de imagens, como Walt Disney, que utiliza muito desse recurso (sujeitos imaginários) em seus desenhos animados, transmitindo a ideologia do bem e do mal (maniqueísmo).

    Segundo o PCN – Parâmetro Curricular Nacional, a escola tem como um dos seus objetivos, formar o aluno-cidadão consciente, desenvolvendo o pensamento crítico e o olhar pensante. Como realizar esse objetivo mediante à atuação da indústria cultural? Para responder a essa questão, desenvolvemos a análise da biografia de Walt Disney, suas técnicas de desenho e sua dinâmica de trabalho em equipe. Realizamos pesquisas e leituras sobre a linguagem fílmica e ainda, sobre as representações existentes no filme Lilo e Stitch.

    Esse trabalho abrange os temas técnicos do filme, podendo ser usado como instrumento de ensino educacional e profissional, considerando a análise sobre as representações socioartísticas e ideológicas transmitidas por seus personagens, música, cenário, desenho e roteiro. As produções Disney são consideradas para a análise do discurso sobre ideologias e conceitos em relação à sociedade, porém o foco principal é Lilo e Stitch – O filme, que produz representações relevantes sobre enlace familiar, vida doméstica, trabalho, educação infantil, comportamento humano e disciplina.

    1 DESENHO ANIMADO E IDEOLOGIA

    A animação... Arte em movimento... gerando vida através de uma ilusão, imagens paradas sobrepostas quadro a quadro no tempo, brincam com nossa visão. Nos levam para outro mundo, no qual sonhos se tornam realidade". (www.eba.ufmg.br/midiaarte/quadroaquasro)

    O presente texto visa a discutir a importância das imagens no cotidiano infantil, enfatizando os desenhos animados produzidos pela Walt Disney Picture; como fonte de ideologia para a formação da identidade. Esse estudo é decorrente da pesquisa que foi finalizada em fevereiro de 2008 intitulada: Os desenhos produzidos pela Walt Disney como instrumento para o ensino de educação artística: representações socioartísticas e ideológicas presentes em Lilo e Stitch – o filme. A partir da leitura fílmica do filme – infantil – Lilo e Stitch, foram observados em seu conteúdo temas representativos para a formação da identidade, tais como: subjetividade, objetividade, ideologia, imagem e indústria cultural.

    O desenvolvimento humano depende da sua inquietação sobre sua realidade, sobre o que é diferente e ainda o interesse pelo conhecimento. Com isso analisar tudo o que está ao redor, buscando a percepção, a sensibilidade do real e seus aspectos relevantes, mudando a realidade analisada.

    As subjetividades criadas pelo sistema educacional fazem-nos ter falsas visões sobre a realidade, entrando em contradições a todo instante, o sistema nos faz pensar de acordo com seus propósitos e impondo-nos sua maneira de pensar. É a realidade invertida diante dos nossos olhos. Ficher (2007), remete o pensamento das particularidades contidas nos desenhos animados – todos em geral – desenhos que simbolizam guerras mitológicas, lutas do cotidiano entre o bem e o mal, e rivalidades; geralmente não parecem manifestar nenhuma importância sob a identidade, porém essa afirmação não condiz com o comportamento infantil das crianças de hoje, as imagens falam por si e demonstram vários significados, os aspectos variam de acordo com o olhar crítico.

    Ao falarmos de imagem em movimento, conceituamos uma infinidade de possibilidades e formação de novas ideologias. Essas ideologias geralmente já estão presentes na sociedade por sua vez transmitidas como forma de desvelamento ao sujeito. Disney demonstrava suas narrativas, sua maneira de ver o mundo por meio dos seus longas e seus seguidores fazem o mesmo com as novas produções.

    Os desenhos produzidos pela Walt Disney desde o início de suas produções transmitem ideologias fundamentais para a formação da identidade do indivíduo, ainda em formação. Ficher (2007), destaca a importância das subjetividades condicionadas as crianças por meio dos desenhos animados.

    A verdade presente nos saberes estabelecidos pela mídia, tecida redes simbólicas das quais emergem discursos dos mais variados campos, produz modos de ser que constituem subjetividades. Na medida em que é também construtora e propagadora de imaginários, a mídia de referencial para a produção de identidades. (GOMES, 2001).

    Giroux (1995), destaca que Disney foge de temas que abordam preconceito e discussões sociais; Porém, seus filmes abordam muito mais que preconceito e discussões sociais, eles representam o pensamento e a forma de agir da sociedade, Disney procura apresentar seus desenhos animados com cadência simples e conservadora, usando sua ideologia para representar assuntos que movem a sociedade, um exemplo é o machismo, um conceito utilizado no filme A pequena Sereia – 1989, onde Ariel é uma jovem sereia, que troca sua voz por pernas para poder ficar com o seu amado. Ursula, a bruxa, diz que os homens não gostam de mulheres que falam e a engana. Porém Disney se retrata no filme Mulan – 1998 contrapondo a ideia do machismo enfatizado por Giroux, ocorre a exaltação da mulher, em que uma jovem chinesa vai para a guerra no lugar do seu pai. Mulan descobre um novo mundo, em que mulheres não são apenas donas de casa, esquecidas pelos homens, mas sim, uma guerreira que salva a China. Deste modo retrata-se do preconceito machista apresentado em outros filmes. Considerando assim, que Disney segue parâmetros impostos pela sociedade (que mudam com o passar dos tempos), transmitindo mensagens de discussões sociais e preconceito. É um fato que sua personalidade influenciava muito em seus trabalhos. Um exemplo disto é a alusão da música dos três porquinhos com a queda da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929 com o presidente Roosevelt. Como outros artistas inconformados com a guerra usavam o teatro como forma de protesto. Disney não foi diferente, com a queda da bolsa de valores de Nova Iorque muitos passaram por dificuldades financeiras. Na fábula Os três porquinhos relata esse acontecimento na história; fugir do lobo mau era como fugir do desemprego. Walt Disney é considerado um gênio, e sua grande contribuição para o cinema foi a arte da imaginação.

    Existem várias maneiras de contar uma história infantil, pode ser a partir de uma lenda, fábula ou um conto de fadas, para cada estilo existe uma diferença, afinal, toda história tem seu cunho moral, instigando o imaginário infantil. Os contos de fadas são narrativas de fácil memorização, conta-se histórias imaginárias de personagens encantados, que vivem em reinos distantes, essas histórias podem ter variações no conto popular. As fábulas são narrativas curtas, na maioria das vezes, são de origem grega, produzidas pelo escravo Esopo. Essas fábulas em desenhos animados, geralmente são narradas por animais que sustentam o diálogo em prosa, verso ou em forma descritiva, que determina o início, meio e fim da história apresentada. Essas narrativas além de ajudar o desenvolvimento do imaginário infantil, também podem ser usadas como jogo de raciocínio, um jogo cujo objetivo é o aprendizado, com cunho de moralidade, transmitindo sempre a fraqueza sobre a força, a bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos.

    Conforme Mariuzzo (2007), as histórias infantis são formadoras de identidades é um ícone para uma vida mental saudável, pois a imaginação de uma criança é diferente da noção de realidade de um adulto.

    Os personagens de desenhos animados os mocinhos passam por muitos apuros antes de triunfar sobre o mal. A temática revela grande consistência de informação para o desenvolvimento pessoal de um indivíduo em formação. Nos trabalhos da Walt Disney são demonstradas situações muito representativas, diferenciando as práticas do bem e do mal, porém é uma questão de ética e moralidade, pois o que é certo para um indivíduo, pode ser errado para outro.

    Disney pensava em todo o processo de seus longas minuciosamente, detalhe por detalhe, pois todo seu contexto é relevante; as cores, os cenários e a trilha sonora são fundamentais, pois envolve o receptor na ação que remete a emoção. Todo o processo musical é feito de acordo com as imagens, cenário e personagens. Cada personagem tem uma música específica, criando uma trilha sonora audível e prazerosa.

    As fábricas de imaginário, um termo utilizado por Kincheloe e Giroux, designa as grandes corporações produtoras de imagens, como Walt Disney, que utiliza muito desse recurso (sujeitos imaginários) em seus desenhos animados, transmitindo a ideologia do bem e do mal (maniqueísmo).

    Os grandes criadores de lendas e fábulas infantis – estúdios de animação – demonstram um mundo mais doce e cheio de fantasias. As subjetividades criadas ou não por Disney são relevantes para o desenvolvimento humano. Conforme Bock no livro "Psicologias" (1999), Piaget diz que a aprendizagem baseia-se em nossa história e do meio social em que vivemos. O conceito criado pela sociedade também é considerado relevante, em que a mensagem é transmitida, tornando-se um mito ou uma lenda.

    Walt Disney é um produtor de sujeitos. Seus filmes sempre demonstram sua ideologia de vida. Na verdade, o que Disney transmite é o que aprendemos com os padrões impostos pela sociedade, isto é, transmitido de maneira simples para seus longas de animação; os seus conceitos dependem do pensamento crítico do receptor.

    Disney brinca com o imaginário infantil e de adultos, trazendo de volta sensações antigas, já esquecidas quando adultos. A fantasia existe dentro de todos nós, só esquecemos de usá-la quando crescemos e nos tornamos escravos do sistema denominado capitalismo.

    2 LINGUAGEM E LEITURA FÍLMICA – IMAGEM EM MOVIMENTO

    A leitura de um filme contém vários aspectos a serem analisados. A representação da imagem necessita ser perfeita, existe um conjunto de signos típicos que influenciam na percepção humana, esses fatores são: o figurino, a música de fundo, o local da história fílmica, a cultura do povo analisado, os cenários e as ideologias são transmitidos a partir dos signos.

    O desenho de signos visuais sempre existiu e faz parte da evolução do homem, nos conceitos visuais. O desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e sociocultural exige não só contínuas adaptações, mas novos significantes ou significados.

    Barthes (2000), diz que a existência de uma ciência geral dos signos, ou semiologia e essa linguagem articulada está em todos os lugares e não só constituem linguagens, são sistemas de significação.

    O vínculo para nos comunicar é a linguagem, porém, para que isso ocorra é necessário trabalharmos nossos sentidos ver, ouvir, ler e aprender, para que haja comunicação e relacionamento interpessoal. Essa linguagem é observada não só na dinâmica da língua, mas também, através das formas, volumes, massas, cores, linhas e movimentos. Na verdade, a comunicação é por meio de imagens, gráfico, sinais, luzes, músicas, objetos, expressões, cheiro, o olhar, o sentir e o tato. "Somos uma espécie animal tão complexa quanto são complexas e plurais as linguagens quem nos constituem como seres simbólicos, isto é, seres de linguagem. (SANTAELLA, 1983).

    A linguagem e a comunicação transcendem com aspectos interessantes, pois definir um sistema de imagens ou objetos, cujos significados possam existir fora da linguagem, é necessário que esteja pré-determinado, esse mundo dos significados não é outro senão o da linguagem. Vygotsky (1993), relata que os signos podem variar da teologia à medicina, é como comportamento de estimulo e resposta, afinal o que vemos é o que enxergamos e particularmente está pré-determinado sem conceitos, porém unindo os signos com outros signos são produzidos novos condicionamentos, variando seus conceitos.

    O significado de uma palavra representa uma amálgama tão estreito do pensamento e da linguagem, que fica difícil dizer se se trata de um fenômeno da fala ou de um fenômeno do pensamento. Uma palavra sem significado, portanto é um som vazio da palavra, seu componente indispensável. Pareceria, então que o significado poderia ser visto como fenômeno da fala. Mas, do ponto de vista da psicologia, o significado de cada palavra é uma generalização ou um conceito. (BARBOSA, 1999, p. 1104)

    O signo é composto de um significante e um significado, o significado consiste na expressão literal da imagem e o significante é o conceito que é dado à imagem, o plano de conteúdo semiológico, percebe-se que não existe linguagem e sim conceitos específicos. Por fim, nos desenhos animados, a representação semiótica é relativa ao aprendizado, afinal tudo o que aprendemos está condicionado a imagens e a linguagem no geral.

    2.1 Indústria cultural e cinema

    A indústria cultural é alegria, entretenimento, um mundo imaginário, de signos e símbolos, onde o imaginário transcende os parâmetros impostos pela sociedade, demonstrando, muitas vezes, simulações da realidade humana. É um verdadeiro mundo mágico, no qual todos podem ser o que desejam.

    O cinema é maior que a filosofia composta pelos conceitos-ideias dos pensadores tradicionais, pois na medida em que as imagens são exibidas permite-se uma análise fílmica e várias maneiras de interpretação fílmica surgem, sendo elas subjetivas ou objetivas. O cinema de difere da leitura, pois ele causa maior impacto emocional do que a leitura em si; que somente induz a imagens. Em relação ao cinema, a leitura proporciona o desenvolvimento psicológico interior, pois instiga ao imaginário; porém as emoções transmitidas pela imagem em movimento são diferentes, provocando sentimentos aparentes.

    A visão marxista era de certa forma aceita pelos estudiosos e futuros filósofos da época, porém Benjamin destacou-se por suas dissociações no contexto marxista. Benjamin escreveu alguns textos, descrevendo sobre a vivência e a experiência, relatando que a experiência é adquirida por meio de vivências. Adorno (1985), em suas críticas contesta o fetichismo tecnológico proposto por Benjamim, pois considerava um meio de alienação social em massa. Um fato interessante é que Benjamin não discute as relevâncias e particularidades dos filmes, porém só retrata o caráter revolucionário elevando sua teoria de que a tecnologia é mais importante do que os seres humanos. Adorno (2002), diz que o cinema não era nada revolucionário, pelo contrário está envolvido com a sociedade capitalista, é um elemento de reprodução em massa, pois ao contexto cultural trata-se dos produtores especialistas produzindo novas formas de alienação.

    O termo Indústria Cultural foi descrito por Adorno e Horkheimer (1985) no livro Dialética do Esclarecimento e vem dando muita polêmica no decorrer dos anos, pois a cultura de massa é uma condição social, um paradigma científico e um mito criado pelos produtores de cultura. Os autores expressaram sua indignação pela cultura de massa em relação aos Estados Unidos. A maior potência mundial não só vende imagens, mas sim sua estratégia de marketing para continuarem com a imagem de país perfeito, isso se dá por meio dos meios de comunicação, onde é condicionado o comportamento humano. A sétima arte é uma ferramenta de observação e ilustração do temperamento humano; realidade e imaginário, retratando situações que fazem parte da filosofia humana.

    A indústria cultural faz parte do sistema capitalista, ela traz informações e entretenimento, tudo que se relaciona à comunicação de massa pertence de alguma forma à indústria cultural, as modernas sociedades industrializadas desenvolvem produtos que controlam essa massa. A indústria cultural parece homogeneizar a vida e visão do mundo das diversas populações. (SANTOS, 2005, p. 67).

    De acordo com Benjamim (1994), o cinema é como um dos veículos que abrange as massas mais rapidamente, tendo grande importância na sociedade, promovendo o equilíbrio entre o homem e o aparelho. As imagens denotam vivências do nosso cotidiano, a partir de recursos utilizados por um profissional, a montagem pode causar inversões, interruptos isolamentos, extensões, acelerações, aplicações e miniaturização, abrindo a experiência do inconsciente ótico. Muitos filmes podem atingir, de forma sutil, o mundo dos sonhos e das psiques.

    Conforme Benjamin (1994), os filmes não têm bom conteúdo pragmático para o estudo ideológico e crítico, ele cita os filmes produzidos pela Walt Disney, explica que estes longas são explosões terapêuticas do inconsciente e não passam de apólogos da cultura de massa. Uma ótica de má vontade, seria um sintoma de imponência, pois por meio da imaginação gostaríamos de ser tudo, não sendo nada. Benjamin não conseguiu observar o significado real de Disney, seu mundo foi feito para criar fantasias e por meio da animação atingir as massas poderosas.

    De acordo com Adorno (2002), a indústria cultural induz o consumidor de forma tão sutil, que seus produtos são consumidos em estado de distração; e em tudo está a massa, manipulando desde o início mantendo essa pressão. Toda massa coopera para produção, mesmo que imaginária, retirada de um estereótipo e ainda de tudo aquilo que não foi pensado. Os que fazem parte da sociedade midiática não estão decodificando as mensagens, mas somente absorvendo-as e digerindo de forma errada, deixando que essa mensagem faça parte de sua realidade. Com isso, o homem tornou-se isolado criando teias de independência comunicativa, antigamente, a cultura era transmitida como um legado social para todas as pessoas, o homem não era centrado em si mesmo. A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação, é o caráter repressivo da sociedade que se auto-aliena. (ADORNO, 2002, p. 9).

    A cultura erudita está sendo transformada pela indústria cultural, ou seja, a industrialização da arte causando a mercantilização; de certa forma ajudou àqueles que não conhecem a arte erudita, a conhecer, mesmo que seja industrializada. O hábito pela leitura está perdendo-se cada dia mais, o desinteresse pela arte e pelo conhecimento são visíveis, com isto só quem perde é o cidadão que não sabe aonde buscar referências para formação da sua identidade. O cinema fixa fragmentos da realidade no tempo, fazendo e retratando a história, como um arquivo simbólico e real.

    A indústria cultural está presente em todo o momento no cotidiano escolar. A produção de sujeitos sociais produzidos pela cultura de massa se faz presente em filmes, novelas e propagandas; condicionando o comportamento e formas de expressões, com influências do imaginário estereotipado.

    O cinema evoluiu de maneira significativa tanto na tecnologia, quanto em questões moral e ética, tornou-se uma Arte sofisticada e transformou-se em uma das linguagens de expressão mais significativas de todos os tempos, a imagem em movimento faz parte da cultura contemporânea.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS: OS DESENHOS ANIMADOS COMO INSTRUMENTO DE ENSINO

    É interessante observar como os processos culturais vêm transformando a sociedade, banalizando conceitos antes significativos e referentes à ética, à moralidade e à educação. Os estereótipos produzidos pela cultura de massa confundem-se com nossa realidade, agora tão virtual.

    A sociedade depara-se com muitas informações, as subjetividades produzidas pelos produtores de massa manifestam seu poder a cada dia que passa, mostrando quem manda em um mundo de falsas ilusões poéticas. Hoje a educação depara-se com alunos com interesses diversos pelo conhecimento em um contexto social complexo, que envolve pais, professores e Estado.

    De fato, que existem pontos de vista diferentes em relação às ideologias de Walt Disney e sua concepção de mundo, porém a análise fílmica dos desenhos animados de Walt Disney ou de outra produtora; podem interferir na formação da identidade. Sua ideologia sobre o bem o mal vai além da ética e moralidade impostos pela sociedade, suas ideias transmitiu durante anos uma visão sobre o comportamento humano e desejos subjetivos.

    É visível que a educação necessita de novos meios para garantir a interação e a formação de identidade do cidadão na sociedade. Enfim, por meio de ideologias contidas em desenhos animados e suas representações socioartísticas e culturais são relativamente relevantes para o desenvolvimento infantil, porém existem aspectos negativos, mas maioria refere-se ao cotidiano vivido em sociedade.

    A sociedade está repleta de informações, as subjetividades produzidas pelos produtores de massa manifestam seu poder a cada dia que passa, mostrando quem manda em um mundo de falsas ilusões poéticas. Hoje a educação depara-se com alunos interessados em várias formas de conhecimentos.

    A indústria cultural alcançou o seu espaço nas vidas de seus espectadores, reforçando suas ideologias; o poder que a mídia tem sobre as pessoas é relevante, então por que não usar esse recurso na

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1