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De luz ribeiro

este é o segundo livro de poesias de luz ribeiro e reúne um apanhado de textos que surgiram depois da primeira obra "eterno contínuo". com 138 páginas e dividido em dois volumes contrapostos, a autora selecionou poesias que ora espancam, seja pela feracidade ao se tornarem oralidade ou como batem, ora no peito, pra na mente, ao serem lidas. são textos que estancam mazelas passadas, presentes e futuras.

• Idioma: Português
• Editora: Quirino Edições
• Data de lançamento: 31 de jul. de 2017
• ISBN: 9786587723273

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espanca

luz ribeiro

2017

espanca

copyright © luz ribeiro, 2017.

quirino edições mei.

isbn 978-85-6886-903-1

Quirino

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rua professora gioconda mussolini, 12.

05587-120 - são paulo - sp - brasil

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segundo o novo acordo ortográfico, conforme 5a ed. do vocabulário ortográfico da língua portuguesa, academia brasileira de letras, março de 2009.

todo conteúdo, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença creative commons. atribuição cc - by - nc 4.0.

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dados internacionais de catalogação na publicação (cip)

odilio hilario moreira junior crb-8/9949

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ribeiro, luz

espanca / luz ribeiro. - são paulo : quirino edições, 2017.

74 p.

isbn: 978-85-6886-903-1

1. literatura brasileira. 2. poemas. 3. poesia. I. Título.

2017-150 cdd 869.1

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índice para catálogo sistemático:

1. literatura brasileira : poemas 869.1

2. literatura brasileira : poemas 821.134.3(81)-1

Quirino

agora serão gerações de barulho!

é horrível e ao mesmo tempo belo o tempo em que vivemos, onde velho pensamento agoniza, e sabendo que não resistirá por muito tempo, intensifica a perversidade em seu rastro opaco de morte e putrefação, enquanto o novo surge

vibrante, em altas notas, incontrolável, pulsando e violento, como precisa ser para que sobreviva. pois é rasgando a terra que a planta brota: nascimento envolve sangue, entranhas, suor e uma voz - trombeta que grita anunciando a nova vida. essa é a voz do futuro, e pelo que temos assistido, o futuro nascerá de uma mulher preta.

tenho sorte de presenciar nascimentos. me sinto um pouco essa doula poética.

vovó do slam como já fui apelidada (os muleke pesam!). slammaster, que para além do nome gringo pomposo, significa ser a pessoa que organiza e apresenta as batalhas de poesia falada que são os poetry slams, mas para mim, sobretudo, uma testemunha ocular do nascimento de slammers, como são chamados xs poetas forjados nessas ágoras da oralidade. toda uma geração da qual luz ribeiro faz parte e já se tornou referência.

foi, e é bonito assisti-la nesse processo de crescimento, desde o engatinhar e tropeçar nas palavras ao caminhar com elas crescendo forte no seu burilamento. é uma sorte escutar o momento em que a voz pega corpo, e em que o corpo começa a dizer a que veio, e presenciar o sublime momento do sublime encontro das vozes do poema e da poeta é fazer parte de todo um mundo que se materializa ali…

e aqui, onde essa experiência presenciada se concentra no papel

para mim é sempre uma responsa apresentar o trabalho de poetas como a luz.