Deficiência Mental, Intelectual E Física: Compreendendo, Apoiando E Incluindo
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Deficiência Mental, Intelectual E Física - Valdira Abreu Magalhães Nina Lee De Sá
S
umário
Capítulo 1: Compreendendo a Deficiência
1.1 Desconstruindo Preconceitos
1.2 Reconhecendo o Potencial Individual
1.3 Respeitando as Diferenças
Capítulo
2:
Apoiando
Pessoas
com
Deficiência
2.1 Aspectos Legais e Políticas Públicas
2.2 Tecnologias Assistivas e seu Papel
2.3 Promovendo Ações Concretas para Inclusão
Capítulo 3: Incluindo Pessoas com
Deficiência na Sociedade
3.1 Inclusão na Escola
3.2 Inclusão no Trabalho
3.3 Inclusão na Comunidade
Capítulo 4: Histórias Reais de Superar
Desafios
4.1 Inspiração através da Experiência Real
4.2 Estratégias Práticas para Superar Obstáculos
4.3 Educação, Ação e Mudança
Capítulo 5: Influenciando a Sociedade para a
Inclusão
5.1 Construção de uma Sociedade Justa
5.2
Valorizando
a
Diversidade
como
Enriquecimento Humano
5.3 Transformando o Ideal de Inclusão na
Realidade
Capítulo 6: Promovendo a Acessibilidade e a
Inclusão Digital
6.1 A Importância da Acessibilidade Digital
6.2 Tecnologias Assistivas para Inclusão Digital
6.3 Estratégias para Promover a Inclusão Digital
Tratar os desiguais de maneira igual constitui
se injustiça. Aristóteles
AgrAdecimentoS
A todas as pessoas que me auxiliaram na
trajetória
junto
ao
PHLAMS,
amigos,
colaboradores, professores e família. Aos meus
primos Valdo e Lila. (in memorian)
A todo aquele que por não ser como a
maioria, ficou a margem da vida. E eu, buscando
tornar-me um ser humano melhor a cada dia
entro na discussão sobre deficiências
e
humanização que abrange vários aspectos
sociais, culturais e emocionais. No contexto da
humanização, é essencial entender que indivíduos
com deficiência enfrentam diversas barreiras, não
apenas físicas, mas também de percepção e
atitude da sociedade em que vivem.
A humanização, neste aspecto, refere-se à
promoção de um tratamento digno, respeitoso e
inclusivo
para
todas
as
pessoas,
independentemente de suas condições físicas,
mentais ou sensoriais. Promover a humanização
passa por educar
a
sociedade sobre as
deficiências, desmistificando preconceitos
e
destacando as capacidades e contribuições desses
indivíduos.
É fundamental reconhecer que cada pessoa
com deficiência é um ser único, com seus próprios
desejos, necessidades e potencialidades.
Isso requer uma mudança de perspectiva, de
ver a deficiência não como uma limitação, mas
como uma característica que não define a
totalidade do ser humano. Além disso,
a
implementação de políticas públicas inclusivas é
crucial para garantir a acessibilidade e a
igualdade de oportunidades. Isso inclui desde a
adaptação de infraestruturas até a criação de
programas educacionais e de treinamento que
estejam alinhados com as necessidades
específicas de pessoas com deficiência.
A humanização, portanto, é um esforço
coletivo que busca a integração plena de todas as
pessoas na sociedade, celebrando a diversidade e
promovendo um ambiente de respeito mútuo e
empatia.
Valdira Abreu Magalhães Nina Lee de Sá
cApítulo 1
compreendendo A deficiênciA
Quando o mundo inteiro está em
silêncio, até mesmo uma só voz se
torna poderosa.
Malala Yousafzai
A frase "Quando o mundo inteiro está em
silêncio, até mesmo uma só voz se torna
poderosa" encapsula uma verdade profunda
sobre a influência e o impacto que uma única
pessoa pode ter em meio ao silêncio coletivo.
Em tempos de inércia ou conformismo, onde
predominam o silêncio e a passividade, a
coragem de se expressar pode ressoar de
maneira extraordinariamente ampla.
Isso ocorre porque, em um cenário de
silêncio generalizado, qualquer som, qualquer
palavra, ganha uma dimensão
e
uma
reverberação que não teria em um contexto de
constante ruído.
Essa ideia ressalta a importância da voz
individual na promoção de mudanças, na defesa
de valores e na luta por justiça. Quando poucos
ou ninguém se atrevem a falar, aqueles que se
levantam e se expressam carregam em suas
palavras o potencial para inspirar, mobilizar e
provocar reflexões. Uma única voz, nesse
contexto, pode se tornar o estopim para o
despertar coletivo, incentivando outros
a
se
também encontrarem sua voz
e
a
expressarem.
Aristóteles afirmou que a igualdade só se
mostra possível diante de uma sociedade que
embora diversa como a natureza também é,
trate cada desigual com desigualdade com o
intuito de construir entre eles a equiparação, ou
seja, gradativamente pôr fim a linha tênue entre
que liga a desigualdade a certas circunstâncias.
A lição de Aristóteles sobre a igualdade,
abordada em sua obra Ética a Nicômaco
,
oferece uma perspectiva profunda sobre justiça
e
equidade, pilares fundamentais para
o
pensamento ético e político.
Aristóteles, um filósofo grego do século
IV a.C., introduz a ideia de que a igualdade não
deve ser compreendida em um sentido absoluto,
mas sim de maneira proporcional, respeitando a
mérito e a necessidade de cada indivíduo. Esta
concepção de igualdade é central para a sua
visão de justiça, que ele divide em duas formas
principais: a distributiva e a corretiva.
Na justiça distributiva, Aristóteles
argumenta que os recursos e honras dentro de
uma comunidade devem ser distribuídos com
base no mérito de cada pessoa, ou seja,
proporcionalmente às suas contribuições e
virtudes.
Isso significa que a igualdade é medida
em termos de proporção e adequação, e não de
igualdade numérica absoluta. Por outro lado, na
justiça corretiva, que se aplica a transações
entre indivíduos, a igualdade é entendida como
a manutenção de um equilíbrio, corrigindo
desigualdades injustas que surgem nas trocas.
Essas reflexões de Aristóteles sobre a igualdade
são fundamentais para compreender sua ética
como um todo, que visa
à
busca pela
eudaimonia, ou seja, uma forma de viver bem ou
de felicidade que é alcançada através da virtude
e da razão. Ao tratar da igualdade dessa forma,
Aristóteles nos oferece uma perspectiva valiosa
sobre como as sociedades podem buscar a
justiça de maneira que respeite as diferenças
individuais, promovendo ao mesmo tempo uma
coesão social.
A relevância dessas ideias persiste até
hoje, inspirando debates contemporâneos sobre
justiça social, equidade e o papel do mérito nas
sociedades.
Desde tempos imemoriais, a história das
pessoas com deficiência
é
marcada por
adversidades e superação. Na Antiguidade, as
práticas e visões sobre a deficiência eram
profundamente influenciadas por crenças
culturais e religiosas, muitas vezes resultando
em atos de exclusão ou até mesmo de violência
contra esses indivíduos.
Em culturas antigas, como na Grécia e em
Roma,
valorizada,
a
perfeição física era altamente
aqueles que nasciam com
e
deficiências eram frequentemente vistos como
um mau presságio ou como seres inferiores.
Essa visão desumanizadora levou a práticas
brutais, como o infanticídio ou o abandono de
crianças com deficiências.
Com o passar dos séculos, a situação das
pessoas com deficiência começou a mudar,
embora lentamente. A Idade Média trouxe
algumas
melhorias,
influenciadas
principalmente por princípios religiosos que
pregavam a caridade e a assistência aos menos
afortunados, incluindo aqueles com deficiências.
No entanto, a visão de que a deficiência era um
castigo divino ou resultado de possessão
demoníaca ainda persistia, o que continuou a
justificar a marginalização desses indivíduos.
Foi apenas com o advento da Renascença,
seguido pela Era da Iluminação, que novas ideias
sobre direitos humanos e dignidade começaram
a surgir, pavimentando o caminho para uma
mudança de paradigma na percepção da
deficiência.
Nos últimos séculos, especialmente nas
últimas décadas, a luta pelos direitos das
pessoas com deficiência ganhou um ímpeto sem
precedentes. Movimentos sociais, impulsionados
por pessoas com deficiência e seus aliados,
lutaram incansavelmente por reconhecimento,
igualdade e inclusão.
Esse ativismo resultou em avanços
significativos, como a implementação de leis que
protegem os direitos das pessoas com
deficiência, a promoção da acessibilidade em
espaços públicos e privados, e o reconhecimento
da importância da educação inclusiva.
A
sociedade
testemunhado uma transformação gradativa em
direção inclusão ao
respeito pela
contemporânea
tem
à
e
diversidade, refletindo um entendimento mais
profundo e compassivo sobre a deficiência.
Embora ainda existam desafios
a
serem
superados, o progresso alcançado até agora é
um testemunho da resiliência e da força da
comunidade de pessoas com deficiência e seus
defensores na luta por um mundo mais justo e
inclusivo.
A visão histórica sobre a deficiência na
Roma Antiga
e
em Esparta revela uma
perspectiva chocante e desoladora sobre o valor
da vida humana, especialmente para aqueles
que nasciam com alguma forma de deficiência.
Esta realidade, embasada em crenças culturais,
religiosas e sociais, mostra um lado sombrio da
antiguidade que, muitas vezes, é ofuscado por
suas contribuições à civilização moderna.
A ideologia de supervalorização do corpo
físico perfeito, principalmente em Esparta,
refletia a importância da força militar e da
aptidão física, não apenas como um meio de
sobrevivência, mas como um pilar da honra e do
valor social. A prática de descartar crianças que
não se encaixavam nesses