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Em Busca Da Verdade 3
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E-book96 páginas52 minutos

Em Busca Da Verdade 3

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Sobre este e-book

O nosso desejo por conteúdos de entretenimento está ligado a nossa própria insatisfação e incompletude. A indústria do entretenimento se nutre de tais elementos da nossa condição subjetiva para estar sempre nos vendendo algo novo, mas que na verdade é uma repetição do mesmo. A pornografia, como expressão da indústria cultural, explora nosso desejo por expressão da sexualidade, que por sua vez é reprimida e hipocritamente mantida em segredo. Neste terceiro ensaio de Em Busca da Verdade exploro as relações entre Sexualidade, Pornografia e Indústria Cultural de modo a problematizar estas categorias em conjunto trazendo um pouco de luz para questões de nosso tempo e de nossa vida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de mar. de 2024
Em Busca Da Verdade 3

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    Em Busca Da Verdade 3 - Fabiano Viana Oliveira

    EM BUSCA DA VERDADE 3

    Sexualidade, Pornografia e Indústria Cultural

    Fabiano Viana Oliveira

    Salvador BA

    2024

    2

    3

    SUMÁRIO

    Introdução................................5

    Sexualidade..............................15

    Pornografia...............................55

    Indústria Cultural.....................84

    Conclusão................................137

    4

    INTRODUÇÃO

    Não sei bem por que caminhos a busca da verdade irá me levar agora. Muita coisa aconteceu desde que terminei o volume 2. Acredito que o centro da nossa vida social e moral ainda gira em torno da hipocrisia, mesmo que o antipetismo tenha se tornado algo menor, ainda assim uma série de expressões similares tendem a alimentar o sentimento de ódio e discórdia por razões, ao meu ver, de dinheiro.

    A minha formulação filosófica sobre o nosso sistema monetário não é nenhum segredo ou novidade. Acredito que o dinheiro enquanto dispositivo abstrato criado para representar o valor de troca em nosso sistema econômico tem atingido seu 5

    limite de utilidade para o avanço da sociedade humana.

    Na minha visão, do jeito que o sistema monetário funciona, embutido no sistema capitalista de relações de produção, ele é um elemento impeditivo para o avanço tecnológico. O que, por sua vez, impede a superação dos nossos maiores problemas atuais: a desigualdade no acesso a bens fundamentais

    e

    o

    iminente

    desastre

    ambiental que pode nos levar à beira da extinção.

    Os bens fundamentais de que falo são os básicos para sobrevivência e bem estar de uma pessoa e/ou família, os quais, a meu ver, são: alimentação diária, saúde de qualidade,

    moradia

    digna

    e

    segura,

    educação de padrão equitativo (isto é, que 6

    proporcione oportunidades iguais para todos), transporte seguro, vestuário, cultura e lazer, e segurança no geral. Pode parecer muito para a visão brasileira média que acha que esses bens são privilégios quando de fato são (ou deveriam ser) simples direitos fundamentais

    de

    vida,

    cidadania

    e

    oportunidade.

    Quanto

    ao

    iminente

    desastre

    ambiental me refiro ao aquecimento global que promove mudanças climáticas com potencial de mudar completamente os ecossistemas terrestres, afetando de forma sistêmica toda vida no planeta. Mas esse problema global se integra a um conjunto de outros problemas tais como desmatamento de florestas, emissão de gases poluentes na atmosfera, poluição de rios e mares, a 7

    agricultura industrial com seus agrotóxicos que destroem a terra e os alimentos, e o veneno do negacionismo nas nossas mentes, que nos impede de agir coletivamente para lutar contra tudo isso.

    Mas toda essa problemática global parece recair também no plano pessoal ou singular, pois cada um de nós precisa aprender a lidar com essa realidade e uma das maneiras, que a meu ver é a hegemônica, é o entretenimento. O grande escapismo que usamos para lidar com tudo através do consumo de conteúdos de entretenimento.

    Não quero dizer com isso que o entretenimento é intrinsecamente danoso, mas transformado em consumo, tende a ser apenas uma constante fuga da realidade (e 8

    me refiro aos dois grandes problemas mencionados antes). O nosso desejo por conteúdos de entretenimento que, mesmo muitas vezes sendo progressista ou crítico a respeito das mesmas realidades que eles nos ajudam a fugir, terminam por estimular ou reafirmar as mesmas atitudes que nos mantêm num ciclo de hipocrisia, ódio e discórdia. Pois, como forma de consumo centrado no dinheiro, precisa produzir sempre mais com o objetivo de sempre nos aprisionar na nossa própria insatisfação e incompletude.

    A indústria do entretenimento se nutre de tais elementos da nossa condição subjetiva para estar sempre nos vendendo algo novo, mas que na verdade é uma repetição do mesmo.

    9

    Este é um viés psicanalítico, muito influenciado

    pelo

    meu

    processo

    de

    doutoramento

    (em

    Educação

    e

    Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia), em que tive como orientador

    um

    psicanalista

    lacaniano

    bastante arraigado. O que inevitavelmente terminou

    por

    me

    influenciar

    nesta

    elaboração.

    A

    repetição

    no

    mesmo

    inter-

    relacionado

    com

    nossa

    incompletude

    inerente não é novidade na maneira como a Indústria Cultural opera. Os estudos sobre a relação entre os arquétipos míticos e o modo como os personagens de ficção operam em nossa psique apresentam um padrão facilmente percebido por um olhar medianamente atento. Na elaboração teórica 10

    acadêmica,

    o

    melhor

    exemplo

    da

    interpretação desses elementos está na obra de Joseph Campbell, que influenciou profundamente

    um

    dos

    produtos

    da

    indústria cultural mais bem-sucedidos e influentes hoje no mundo: a saga de Guerra nas Estrelas, criada pelo

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