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Ginocracia: A Utopia Final Parte Ii
Ginocracia: A Utopia Final Parte Ii
Ginocracia: A Utopia Final Parte Ii
E-book139 páginas1 hora

Ginocracia: A Utopia Final Parte Ii

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Sobre este e-book

Quando deixamos Nora, Vanessa, Roberto, Vanete e professor Hilder, eles estavam a beira de muitas descobertas tanto individuais quanto coletivas. O que será que vai acontecer com o romance entre Nora e Vanessa? Onde a repentina atração de Vanessa por Roberto irá levá-la? O que vai acontecer com Vanete? Vai ficar só? E Hilder... Será que conseguirá cumprir sua missão de levar mais homens para o espaço profundo? E Alma, sua esposa... Será que irá com ele? Qual será o papel de Alethina Derlís em tudo isso? A trama política invade a parte 2 da Ginocracia e a Utopia do mundo comandada pelas mulheres vai ser ameaçada por razões muito inesperadas. O romance, a descoberta e a esperança no futuro estão de volta nesta continuação de Ginocracia: A Utopia Final Parte I - O PROFESSOR DE HISTÓRIA. Leia e descubra até onde podemos ir quando temos o desejo e a tecnologia a nosso favor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de jun. de 2022
Ginocracia: A Utopia Final Parte Ii

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    Ginocracia - Fabiano Viana Oliveira

    GINOCRACIA A Utopia Final

    Parte II - A UTOPIA

    AMEAÇADA

    Fabiano Viana Oliveira

    GINOCRACIA A Utopia Final

    Parte II - A UTOPIA

    AMEAÇADA

    Fabiano Viana Oliveira

    Salvador BA

    2022

    2

    OLIVEIRA, Fabiano Viana. GINOCRACIA: A Utopia Final Parte II - A UTOPIA AMEAÇADA. Salvador: Edição do Autor, 2022. 226 p.

    ISBN 978-65-00-21983-8

    1. Romance brasileiro. 2. Ficção. 3. Futurologia.

    3

    Capítulo 7

    Espaço: a Primeira fronteira

    Do fim do Festival em Carver até o começo de Krim aconteceram uma série de preparativos na vida de Hilder. Passou bastante tempo, já desligado de suas atividades como professor na Escola Intermediária de Elsinor, no Hospital de Elsinor fazendo testes e exames. Sua idade requeria uma atenção especial por si só, mas a aventura que iria empreender tornava também obrigatória a boa manutenção de sua saúde. Foi por esta época que algo não muito agradável aconteceu com o bom professor, mas não totalmente inesperado. Alma, que tinha se comprometido em ir para o espaço com ele e a filha Ana, desistiu depois da vinda de Alethina Derlís para a cidade. Seu retorno da capital após o anúncio da viagem dos dois teve como objetivo apoiar a decisão do casal de idosos de participarem da missão da Tereshkova, mas a 4

    proximidade com a antiga parceira da juventude e a ausência de Hilder, que ficou dedicado ao recrutamento de homens e garotos para a jornada, fez com que as duas se reaproximassem de um modo inesperado, quase que retornando a paixão da juventude, mais de 60 anos antes.

    Alethina não estava mais casada desde antes de ser eleita para o Parlamento Mundial, então não havia problema dela ter um novo envolvimento, mas no caso de Alma a situação não era a mesma. Sua união com Hilder era estável e estava sem problemas... pelo menos até a decisão de Hilder de aceitar o convite da filha e o desafio de Sandra Rosenbás de ir para o espaço na Missão Tereshkova.

    Alma e Alethina esperaram saírem todos os resultados sobre a saúde de Hilder para irem até o Hospital e contar para ele. Os três reunidos no quarto do Hospital para tal propósito era uma estranha revisitação de situação semelhante cerca 5

    de 65 anos antes. Os jovens Hilder, Alma e Alethina eram inseparáveis durante todo período dos três na Escola Superior de Elsinor. Hilder estudava História, é claro; Alma estudava música, evidentemente; e Alethina, a mais jovem dos três, mas de longe a maior e mais expressiva, estudava Humanidades.

    Humanidades é uma linha de formação superior equivalente ao antigo curso de Direito no mundo pré-reforma da educação seguindo as diretrizes Waldorf, uma revolucionária metodologia de ensino que valoriza os talentos e empenhos individuais ao invés de currículos pré-programados.

    Antes mesmo da ascensão do pensamento da Sustentabilidade Tecnológica, o sistema Waldorf tinha revolucionado a educação na Finlândia, se tornando exemplo para o futuro da educação em todos os países do mundo antes, durante e depois das guerras.

    6

    A formação em Humanidades integrava além do conhecimento das Leis, antigas e vigentes, noções de Administração, Ciências Sociais, Filosofia e Política. Não era de se estranhar todo engajamento na política e na gestão por parte da jovem Alethina, se tornando líder de estudantes, depois voluntária nos órgãos de gestão de Elsinor, participante frequente nas assembleias municipais e regionais, e finalmente sendo eleita para representante de Elsinor no Parlamento Mundial por cinco mandatos, dois seguidos e depois de dez anos ausente, dando mais atenção à família, mais três, incluindo o atual.

    As funções e atividades dos antigos cursos de Direito e Administração foram se transformando em algo supérfluo à medida que as novas tecnologias de processamento de informação e tomada de decisão foram tomando o lugar de juristas e administradores. Daí a importância no sistema educacional da Ginocracia em dominar informática, programação e robótica. Uma vez 7

    programada a máquina, sendo ela eficiente, pouco precisa de pessoas para interferir no processo.

    Apenas a manutenção voluntária eventual de hardware e de software. Então, restava na formação em Humanidades o vínculo de dedicação ao serviço público, o planejamento do futuro da Ginocracia e a preservação das conquistas para o bem estar de toda humanidade.

    Alethina quando jovem era muito engajada e apaixonada, mas também tinha ambições e expectativas. Uma vida dedicada a apenas uma ou duas pessoas, naquele momento parecia inviável.

    Ela queria muito seguir no relacionamento com Alma e Hilder, mas muito mais queria contribuir de maneira mais ampla para a Ginocracia. Quando os três estiveram juntos uma última vez, na ocasião de uma festa de fim de Festival, Alethina pode dizer com um sorriso em meio a lágrimas que seria uma representante de Elsinor no Parlamento Mundial.

    Alma e Hilder estavam do lado oposto do quarto dele, sentados na cama de mãos dadas, e podiam 8

    notar que tinham partido o coração de Alethina ao dizerem que iriam se casar só os dois, já que ela queria seguir a carreira política sozinha. Alma talvez ficasse dividida se Alethina a tivesse convidado para uma união exclusiva sem Hilder, mas ela não o fez. Deixou os dois, ficaram muito tempo afastados e só se reencontraram no fim do segundo mandato de Alethina, quando ela os convidou para seu casamento na Capital Mundial com Zang Eao, uma outra representante, da cidade de Sang Vi, a capital regional das cidades que formam o extremo oriente. As duas decidiram não ter filhos e há cerca de três anos Zang morreu com 128 anos.

    Agora, no quarto do Hospital de Elsinor, as posições estão invertidas. Alma e Alethina estão de mãos dadas ao lado do leito de Hilder e ele está novamente com os olhos úmidos ouvindo que terá que ir para o espaço sozinho, pois Alma vai ficar na Terra com Alethina, provavelmente mudando-se 9

    para a Capital Mundial logo depois da sua partida para a Estação Espacial.

    Perto dali, no refeitório da Escola Intermediária de Elsinor estão reunidas as mães de Roberto, uma de suas avós, Valma, e a diretora Sandra Rosenbás.

    Roberto está em aula ainda com suas colegas de turma. O assunto dessa conversa informal é a recente decisão dele de se juntar ao grupo formado por Hilder para ir para a Estação Espacial e começar a treinar para a missão Tereshkova de espaço profundo. Uma viagem sem volta para os confins do espaço a bordo de uma nave que tem como missão levar a espécie humana para o espaço e sem previsão de retorno. Fala sua mãe Lene:

    − Diretora, com todo respeito que temos pelo seu amado professor de História, foi ele que influenciou nosso filho para querer fazer essa viagem.

    10

    − Calma Lene, professores de História não são doutrinadores do comportamento de jovens.

    – Disse Aurora.

    − Mas ele vinha fazendo campanha para levar meninos e homens para o espaço.

    − Sim, mas nunca na sala de aula. Você viu algumas das aulas dele. Acho que a decisão dele tem mais a ver com o rompimento dele com as meninas.

    Sandra perguntou:

    − Nora, Vanete e Vanessa?

    − Sim, senhora diretora. – Respondeu Aurora.

    Dona

    Valma

    balançou

    a

    cabeça

    em

    assentimento.

    − Não acho que as meninas provocariam isso nele... Pelo menos, não de propósito. Parece mais algo impulsivo da parte dele... Vocês sabem como são os homens...

    11

    As três olharam a diretora com certa repreensão.

    Este tipo de preconceito e estereotipificação não são bem vistos, especialmente pelas mães e avós de garotos. Lene disse:

    − É, senhora diretora, sabemos bem... – Só que com um tom de ironia. Valma emendou:

    − Na verdade, minha filha, sabemos é quase nada, já que são tão poucos.

    − Verdade. – Concordou Aurora.

    − Seu filho está com 12 anos, senhora Lene, e nessa idade é muito comum as explosões emocionais devido aos hormônios. Lembrem do episódio no vestiário há alguns meses atrás. Os meninos demoram mais para aprender a controlar as emoções. Isso é um fato científico comprovado.

    − Sabemos, diretora. – Confirmou Valma, que tem toda experiência da Escuta e viu o drama 12

    juvenil de Roberto desde o momento em que Nora e Vanessa começaram a namorar.

    − Minha sugestão é aceitar o processo de amadurecimento do menino e deixá-lo escolher seu caminho. Com o tempo ele vai perceber que toda escolha tem consequências e se ele se arrepender vai ter de lidar com isso...

    − Mas e se ele se arrepender e for tarde demais para voltar atrás. – Perguntou Lene.

    − De qualquer jeito ele vai ter de lidar com isso. Não acham?

    − Concordo. – Disse Aurora.

    − Lene, minha filha, vamos apoiar o Beto e ver no que vai dar. Afinal, ainda tem meses de treinamento na Estação Espacial antes da partida. Muita coisa pode acontecer. – A voz da experiência de Dona Valma tentava conciliar a frustração de Lene com a sobriedade de Sandra.

    13

    − Não sei, mãe Valma... – Para Lene estava sendo muito difícil aceitar essa possível separação de seu filho. Apesar de todo modelo de relacionamento familiar que estimula a autonomia das crianças desde cedo, era normal as mães se apegarem afetivamente às suas filhas e filhos. No caso de Lene e Roberto, o apego vinha do fato também de ela ter escolhido ter um menino junto com Aurora. Os genes das duas estavam nele, mas foi ela quem carregou a gestação e criou todo um vínculo emocional com ele. Sente que talvez não estivesse tão presente na

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