Metodologia de Avaliação de Investimentos: Estudo de Caso em Reciclagem de Resíduos Industriais
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Metodologia de Avaliação de Investimentos - Carlos Alberto Chaves
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INTRODUÇÃO
O Brasil possui cerca de 24 milhões de empresas, sendo 98% delas Micro e Pequenas Empresas (MPEs), 1% de Médias Empresas (MEs) e 1% de Grandes Empresas (GEs). (Empresômetro MPE, CNC, 2024).
Com suas atividades as empresas geram riqueza, abastecem o Estado com seus impostos e taxas, permitindo a esse a realização de sua missão que é servir à população.
De acordo com dados do SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa, a proporção de pessoal ocupado nas PMEs e MEs/GEs é praticamente a mesma, aproximadamente 50% para cada grupo, apesar da expressiva maioria, em quantidade, das primeiras (SEBRAE, 2014).
Todas as empresas são importantes para o país, pois elas movimentam a economia, geram riqueza, empregos e impostos que contribuem para o bem-estar e qualidade de vida da população brasileira bem como do desenvolvimento do país.
No ambiente de negócios as decisões gerenciais mais importantes são únicas, particularmente envolvendo elevados riscos.
Diariamente são tomadas decisões nas empresas almejando seu desenvolvimento e crescimento, visando agregação de valor ao negócio, sendo a principal fonte de crescimento com um elevado e sustentado nível de investimento em:
- Capital humano (admissão, educação e treinamento);
- Inovação organizacional e tecnológica;
- Novos equipamentos, máquinas;
- Novas unidades de produção;
- Desenvolvimento de novos produtos;
- Expansão e abertura de novos mercados para produtos/ serviços (ONO e NEGORO, 1992).
As empresas /organizações podem ser consideradas sistemas cujo objetivo principal é serem bem-sucedidas.
Em sendo bem-sucedidas as empresas contribuem para o desenvolvimento do país, de seus colaboradores e das comunidades/regiões em que estão inseridas.
Sendo o principal objetivo de uma organização/empresa ser bem-sucedida, elas apresentam três fatores comuns: sobrevivem; obtém lucros; crescem.
A partir desse objetivo as empresas elaboram seu planejamento estratégico traçando objetivos secundários e metas de desempenho.
Uma das metas de qualquer organização é minimizar perdas, ou seja, objetiva o desperdício zero. É o tema principal do presente trabalho.
Este trabalho tratará de empresas, da decisão sobre investimento nelas, especificamente na redução e reciclagem de resíduos, pois representam a riqueza da nação e empregam a maior parte da população brasileira, permitindo o bem-estar e qualidade de vida à mesma.
1.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
O tema escolhido para estudo se enquadra na Área de Concentração 1 - Gestão, Produção e Meio Ambiente
, pois tratará de uma abordagem sistêmica à questão da geração, tratamento e disposição de resíduos industriais.
Pode-se dizer que a preocupação com a reciclagem de materiais e de resíduos industriais surgiu com o conceito de desenvolvimento sustentável que, por sua vez, surgiu a partir das discussões do chamado Clube de Roma.
O Clube de Roma surgiu em 1968, em Roma, Itália, é composto por cientistas, industriais e políticos. Tem como objetivo discutir e analisar os limites do crescimento econômico levando em conta o uso crescente dos recursos naturais.
Os participantes do Clube concluíram e alertaram sobre os cinco maiores problemas enfrentados pela humanidade no final do 2º. milênio, quais sejam:
• Industrialização acelerada;
• Rápido crescimento demográfico;
• Escassez de alimentos;
• Esgotamento de recursos não renováveis;
• Deterioração do meio ambiente (poluição).
Os cientistas que integravam o Clube de Roma consensaram que esses problemas seriam decorrentes da pressão da população sobre o meio ambiente (MEADOWS, 1972).
No ano de 1972, o grupo de pesquisadores liderado por Dennis L. Meadows publicou o estudo intitulado Os Limites do crescimento
. No estudo, fazendo uma projeção para cem anos (sem levar em conta o progresso tecnológico e a possibilidade de descoberta de novos materiais) apontou-se que, para atingir a estabilidade econômica e respeitar a finitude dos recursos naturais era necessário congelar o crescimento da população global e do capital industrial. Tal posição significava uma clara rediscussão das velhas teses de Malthus sobre os perigos do crescimento da população mundial. A tese radical do Crescimento Zero era um ataque direto às teorias de crescimento econômico contínuo propalado pelas teorias econômicas (MALTHUS, T.R., 1959).
O relatório teve repercussão internacional, principalmente, no direcionamento do debate caloroso que ocorreu, no mesmo ano de 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, conhecida como Conferência de Estocolmo.
De maneira sucinta, as teses e conclusões básicas do grupo de pesquisadores coordenadas por Dennis Meadows (1972) foram:
1. Se as atuais tendências de crescimento da população mundial, industrialização, poluição, produção de alimentos e diminuição de recursos naturais continuarem imutáveis, os limites de crescimento neste planeta serão alcançados algum dia dentro dos próximos cem anos. O resultado mais provável será um declínio súbito e incontrolável, tanto da população quanto da capacidade industrial.
2. É possível modificar estas tendências de crescimento e formar uma condição de estabilidade ecológica e econômica que se possa manter até um futuro remoto. O estado de equilíbrio global poderá ser planejado de tal modo que as necessidades materiais básicas de cada pessoa na Terra sejam satisfeitas, e que cada pessoa tenha igual oportunidade de realizar seu potencial humano individual.
3. Se a população do mundo decidir empenhar-se em obter este segundo resultado, em vez de lutar pelo primeiro, quanto mais cedo ela começar a trabalhar para alcançá-lo, maiores serão suas possibilidades de êxito.
Surgiram, imediatamente, várias críticas em diversas áreas. Entre os teóricos que defendiam as teorias do crescimento tem-se o Prêmio Nobel em Economia, Solow, que criticou com veemência os prognósticos catastróficos do Clube de Roma (Solow, 1973 e 1974). Também intelectuais dos países subdesenvolvidos se manifestaram de forma crítica. Assim Mahbub ul Haq (1976) levantou a tese de que as sociedades ocidentais, depois de um século de crescimento industrial acelerado, defendiam o congelamento do crescimento (desenvolvimento) com a retórica ecologista, o que atingia de forma direta os países pobres, que tendiam a continuarem pobres.
Embora tenha se passado 50 anos, ainda, essa argumentação é frequentemente levantada, claro que com argumentos mais sofisticados. Continuam as divergências e desentendimentos no discurso global sobre a questão do crescimento (muitas vezes, ainda confundido com desenvolvimento) e a sustentabilidade ambiental e social. (GOLDBERG GODOY, A.M., 2007).
O Clube de Roma continua bastante atuante em diversos países, sendo o Capítulo Brasil, com sede em Brasília, DF, presidido pelo Sr. Heitor Gurgulino de Souza.
São membros honorários do Clube o presidente Fernando Henrique Cardoso e os professores Hélio Jaguaribe e Candido Mendes (https://www.clubofrome.org. Acessado em 04/01/18).
Em 2011 o professor Ugo Bardi publicou o Livro The Limits of Growth Revisited
(Springer, 2011).
Olhando para a América Latina e, em especial, para o Brasil, poderíamos acrescentar mais quatro problemas que tem preocupado governos e sociedade nesse início de terceiro milênio:
• Desemprego (necessidade de geração de mais e melhores empregos);
• Falta de capacitação dos jovens, que muitas vezes leva à marginalidade (necessidade de capacitação dos jovens com educação de qualidade);
• Doenças crônicas (por exemplo, dengue, zica, chicungunha);
• Falta de habitação de qualidade.
Após 50 anos, o Relatório Meadows se apresenta como leitura importante para a compreensão da problemática ambiental contemporânea, de seus efeitos e pensar em Limites do Crescimento
não deixa de ser uma posição de vanguarda (OLIVEIRA, 2012).
A poluição, um dos cinco megaproblemas da humanidade citados no alerta do Clube de Roma, pode ser definida como: sujar, corromper, tornando prejudicial à saúde (Dicionário Aurélio).
Já a Prevenção da Poluição significa a REDUÇÃO DA GERAÇÃO e outras práticas para reduzir ou eliminar a criação de POLUENTES através de:
• Aumento da eficiência no uso de matérias primas, energia, água ou outros recursos;
• Proteção e conservação de recursos naturais.
A anunciada escassez de materiais
Temos utilizado os recursos minerais do planeta sem dar muita atenção às necessidades das futuras gerações (desenvolvimento sustentável). Isso se tornou possível até o