O inimigo interno

De Fábio Fernandes, Dante Luiz e Rique Morais

Borges acorda de um pesadelo. Em um universo caótico onde o passado, presente e futuro colidem, ele é um enigma ambulante, um detetive de aluguel que se vê preso a uma intrincada teia de mistérios. Enquanto percorre as ruas mutantes da cidade e consulta oráculos em colinas místicas, Borges se depara com verdades desconcertantes sobre o Panverso e sobre si mesmo. Cada passo que dá o leva para mais perto de uma revelação que desafiará sua sanidade e mudará sua percepção da realidade.
O inimigo interno é uma fascinante jornada por um mundo onde nada é o que parece, e onde a busca pela verdade pode ter consequências inimagináveis. Uma história de ficção científica clássica, com suspense, ação e mistério.

• Idioma: Português
• Editora: Plutão Livros
• Data de lançamento: 17 de jun. de 2024
• ISBN: 9786586692150

Pré-visualização do livro

O inimigo interno. Fábio Fernandes. Plutão Livros.Logotipo da Coleção ZIGUEZAGUE.

O inimigo interno

Fábio Fernandes

1ª edi­ção

2024

Logo da Plutão Livros.

Copyright © 2024 by Plutão Livros

Copyright © 2024 by Fábio Fernandes

1ª edição eletrônica, 2024

Revisado conforme o Acordo Ortográfico de 1990, em vigor no Brasil desde janeiro de 2009.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)

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F363i

Fernandes, Fábio.

O inimigo interno [livro eletrônico] / Fábio Fernandes. – Pontes Gestal, SP: Plutão Livros, 2024.

Formato: ePUB

Requisitos de sistema: Adobe Digital Editions

Modo de acesso: World Wide Web

ISBN 978-65-86692-15-0

1. Ficção brasileira. 2. Literatura brasileira – Contos. I. Título.

CDD B869.3

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Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422

PLUTÃO LIVROS

André Aparecido Caniato MEI

Pontes Gestal – SP

www.plutaolivros.com.br

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Sumário

Inimigo meu

O inimigo interno

Sobre o autor

Inimigo meu

Fábio Fernandes

Como professor, costumo dizer aos meus alunos da Faculdade de Jornalismo que todo texto parte essencialmente de duas emoções: paixão ou indignação. Isso não vale somente para reportagens.

Praticamente todos os meus textos ficcionais partem de um desses sentimentos. Frequentemente, dos dois. Meu romance back in the ussr, por exemplo, parte de minha beatlemania adolescente (que continua ainda hoje, embora bem menos intensa) e uma certa indignação com o destino da criatura abandonada por Victor Frankenstein no romance de Mary Shelley. Como diz Patricia Salvatori, o papel aceita tudo. E é a mais pura verdade. No caso da criação literária, tudo é possível, tudo cabe.

O ponto de partida para a criação de o inimigo interno foi um filme: angel heart, de Alan Parker, que recebeu no Brasil o título de coração satânico. Sem dar spoilers aqui, o que me encantou foi como a narrativa dá voltas em torno de si mesma e oferece uma conclusão que surpreende os espectadores em um plot twist engenhoso e inesperado. Ao ver esse filme na época do lançamento, em 1987 — o mesmo ano em que comecei a escrever ficção científica —, fiquei tão impressionado que comecei a imaginar se conseguiria escrever alguma coisa parecida.

Levei cinco anos para chegar a um resultado que me parecesse minimamente aceitável. Nesse meio tempo, outra coisa chamou minha atenção: grimjack, uma série de quadrinhos criada pelo roteirista John Ostrander (mais conhecido como pai do Esquadrão Suicida, da DC Comics) e pelo desenhista Timothy Truman. O personagem-título é um detetive que atua na cidade de Cinosura, um nexo interdimensional onde magia e ciência convivem e literalmente tudo pode acontecer.

o inimigo interno é ele próprio um nexo, um hub, uma encruzilhada de universos paralelos. Aqui homenageio tanto as duas obras citadas acima quanto uma série de outras — umas mais evidentes, como David Bowie e Jorge Luis Borges; outras razoavelmente obscuras — num passeio pela cultura pop que envolve ficção científica literária, quadrinhos, música e cultura punk. Mas nada que tire o prazer da leitura.

Talvez este conto tenha sido a primeira narrativa brasileira explicitamente cyberpunk. Foi publicada no número 57 do fanzine somnium, do