Sonetos de Anthero
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Sonetos de Anthero - Antero Tarquínio de Quental
The Project Gutenberg EBook of Sonetos de Anthero, by Antero de Quental
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Title: Sonetos de Anthero
Author: Antero de Quental
Release Date: August 16, 2008 [EBook #26326]
Language: Portuguese
*** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK SONETOS DE ANTHERO ***
SONETOS
DE
ANTHERO
EDITOR—STÉNIO.
COIMBRA
Dezembro 1861.
IMPRENSA LITERARIA.
DO EDITOR
Pela mão vos trago um vate:
Amigo Anthero,
Aproxima-te á machina: o retrato
Quero fique a primor. Eia! Arrepela-me
Essas bastas gadelhas côr das messes
Lá quando ao largo foge em tarde estuosa
O grande Moribundo! Ergue essa fronte!
Fita-me com esse olhar tão sobranceiro
De vivo lume cheio e puro aféto!
Inclina mais ao lado o teu sombrêro,
E assenta no quadril a mão segura
Do braço firme e leal. Estende a perna…
Deixa ficar-te assim, que estás famoso.
Dezembro 1861 STÉNIO
A João de Deus
Como ha para cada latitude uma estrela, para cada estrela uma luz sua; ha para cada evolução da Arte uma forma propria, unica, perfeita.
A forma compteta do lirismo puro é o Soneto.
A Ode, como a flor esplendida do cátus, abre aos quatro ventos do entusiasmo as suas petalas brilhantes, fortes, ardentes como os voos altivos, mas seguros, do genio que julga o espaço seu e tenta avassalar o mundo.
Aquela pompa deslumbra: mas quando o vento da tarde passar, talvez vá achal-a pendida sobre os espinhos da áste, semimorta, sem que do esplendor da manhã lhe reste mais que a túnica de purpura ja desbotada, em que se envolve como uma rainha decaída no manto da sua antiga realeza.
Imaginação luxuriante, profusão de ideas, babel confusa de mil elementos encontrados—como reduzir tudo isto á unidade, ao simples?
Impossivel. Aquela forma veste uma substancia: é manifestação verdadeira e exáta d'uma evolução da Arte: mas reduzil-a á simplicidade, ninguem o pode fazer, por que a substancia d'aquela forma é complexa, como o mundo que a gerou. Não é o lirismo puro.
Entre o Mosteiro da Batalha e essa selva gigantesca de colunas,