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Degeneração
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E-book56 páginas43 minutos

Degeneração

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Sobre este e-book

Os leitores apelidam a "DEGENERAÇÃO" de controvertida, dura, arrepiante, despiedada, desconcertante, ternurenta... Atreves-te a sentir este conjunto de sensações em pouco mais de uma hora de leitura?

SINOPSE:

Da sua casa, numa pequena localidade perto de Valencia, um pai de família vê, através da televisão os estranhos acontecimentos que ocorrem nas ruas de Madrid durante uma manifestação: os manifestantes enlouqueceram e atacam-se com extrema violência. A partir desse momento a sua vida mudará por completo.

DEGENERAÇÃO é um história de sobrevivência após um apocalipse zombie que não te deixará indiferente. Uma hora e meia de leitura vertiginosa, de acção trepidante e sem descanso. Um conto carregado de snetimentos, contradições, capaz de torcer o teu coração até ao fim. Aguentas até ao fim?

Tamanho: 50 páginas em formato impresso A5.

NR18 ADVERTÊNCIA: Este conto contém cenas que podem ferir a sensibilidade do leitor.

Disseram sobre DEGENERAÇÃO:

"Com a sua boa dose de sangue e sátira social, Degeneração faz jus ao seu nome, pois é um tertemunho da decadência do homem como sociedade e civilização. Sem dúvida, uma história que vale a pena ler." Alejandro Morales (Blogue AllZombies)

"É graças à sua determinação na hora de auto-censurar-se, à sua absoluta liberdade na hora de descrever o horror, a crueza e a demência desse mundo recheado de mortos-vivos que Degeneração destaca-se do resto das centenas de outros contos semelhantes que uma pessoa pode encontrar online. Isso e a facilidade e a arte com que nos brinda Pardo na hora de mostrar-nos a tal crueza, fazendo com que sintamos na primeira pessoa todo esse desespero. É inegável que o autor faz o seu trabalho, pois torna-nos participantes do horror que imaginou." Athnecdotario Incoherente

"Uma viagem aos infernos, y uma mutação na integridade do ser humano. Isso é o que mostra Degeneração, possivelmente o melhor relato de zombies que li até hoje." Toluuuu (El legado de Gilead)

"Nesta ocasião, o autor de "Povo das Sombras" submerge-nos num cenário pós-apocalítico onde nos aterrorizará com algo ainda mais terrível que os zombies que vagueiam pelas ruas abandonadas em busca de carne humana."  A.M. Caliani (autor de "O segredo da Boca Verde") 

"Quando o mundo se desmorona à tua volta só há dois caminhos possíveis: render-se ou lutar. Com "Degeneração", David Pardo consegue que o autor sinta como seus os acontecimentos terríveis que o seu protagonista enfrenta." Marta Junquera.

"Conto arrepiante com o que David Pardo nos surpreende ao conduzir-nos ao terror mais intenso e obscuro. Num mundo sem futuro, o pior inimigo pode esconder-se dentro de nós próprios..." Carolina Márquez Rojas (Associação de escritores La Destilería)

Contacto: davidpardo_80@hotmail.com; relatodegeneracion@hotmail.com 
Twitter: @davidpardobl

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento19 de nov. de 2015
ISBN9781633395701
Degeneração
Autor

David Pardo

David Pardo is a Research Professor at Ikerbasque, the University of the Basque Country UPV/EHU, and the Basque Center for Applied Mathematics (BCAM). He has published over 160 research articles and he has given over 260 presentations. He is now the PI of the research group on Applied Mathematical Modeling, Statistics, and Optimization (MATHMODE). His research interests include computational electromagnetics, petroleum-engineering applications (borehole simulations), adaptive finite-element and discontinuous Petrov-Galerkin methods, multigrid solvers, image restoration algorithms, and multiphysics and inverse problems.

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    Degeneração - David Pardo

    Às minhas meninas

    Agradecimentos: a Carolina Márquez Rojas, A.M. Caliani, e a Marta Junquera, pela sua ajuda e conselhos para continuar a melhorar como escritor.

    ADVERTÊNCIA:

    Este conto contém cenas sangrentas e de violência extrema que podem ferir a sensibilidade do leitor.

    DEGENERAÇÃO é um conto de ficção. Qualquer nome, coincidência, ou semelhança com a realidade, é pura casualidade.

    DEGENERAÇÃO

    David Pardo

    Índice

    1

    2

    3  30

    4  48

    1

    Há dias que o Sol deixou de brilhar.

    Sempre fui um homem temperamental, de convicções firmes e acentuadas que marcavam a minha forte personalidade. Sempre fui um homem rígido, daqueles que não choram, daqueles que se preocupam por ocultar os sentimentos perante os outros. Por causa do meu carácter, neguei-me a deixar o meu lar quando a epidemia de mortos-vivos assolou a povoação. Pensei que fortificando a minha casa poderia proteger a minha família... ou talvez me tivesse engando.

    Até há poucos meses, eu tinha uma vida normal. Era feliz em Navarrés, uma pequena localidade em Valencia com apenas três mil habitantes. Trabalhava na quinta do meu sogro, rodeado de ração e excrementos de suínos. Era casado com uma mulher encantadora e era pai de uma criança adorável. Levava uma vida idílica num entorno rural, tranquilo e afastado do fumo da cidade que me tinha visto crescer. Gostava de sair a passear por Playamonte, ou perder-me pelos montes de Selda. Substituir a comodidade do cimento pelo ar fresco do campo tinha sido a melhor decisão da minha vida e, longe do consumismo e do ambiente cosmopolita, pude desenvolver-me como pessoa. Descobri que existiam diferentes formas de encarar a vida, que a felicidade não estava ligada aos números de uma conta corrente. Mas estou a falar demasiado de mim e esta não é a minha história, mas a deles. Eu sou só um outro mais.

    As primeiras imagens da epidemia chegaram a Navarrés através da televisão. Um programa matinal transmitia em direto uma multitudinária manifestação contra os cortes sociais que o governo tinha realizado. As pessoas protestavam de forma pacífica pelas ruas de Madrid quando, subitamente, as câmaras ignoraram a jornalista e voltaram a sua atenção para um grupo de jovens que corria e atacava os manifestantes. Os rapazes gritavam exaltados enquanto tropeçavam nas pessoas. As suas roupas estavam rasgadas e cobertas de sangue, pareciam estar feridos e mostravam-se muito violentos. Ao ver tanta agitação, muitos dos manifestantes acreditavam que era o corpo de intervenção que tinha começado a carregar contra eles e o pânico estalou entre os milhares de pessoas que assistiam aos protestos de forma pacífica. A multidão começou a correr de um lado para o outro, confusa por não saber ao certo o que ocorria. Alguns atropelaram-se e caíram ao chão; outros amontoaram-se nos portões dos edifícios ou invadiram os poucos estabelecimentos comerciais que permaneciam abertos. No meio daquela confusão, viveram-se episódios de esmagamentos, rixas e pilhagens. O mundo tinha enlouquecido.

    Enquanto o terror se apoderava das ruas, o corpo de intervenção mostrava-se impassível e entreolhava-se estupefacto. Depois de ver as brutais cargas que efetuaram em anteriores manifestações, parecia irónico vê-los em fila, sem saber o que fazer. Esse dia não receberam ordens para carregar contra os manifestantes e, quando reagiram por iniciativa própria para tranquilizar os ânimos, já era demasiado tarde. Ergueram os seus cassetetes, apontaram as suas escopetas e dispararam balas de borracha contra os revoltosos, mas estes não se detiveram e continuaram a semear o caos entre os manifestantes. Rapidamente, a situação escapou ao controlo das autoridades, que inclusive foram atacadas pelos violentos agitadores. Uma câmara captou uma cena macabra: um dos manifestantes atirou-se a um polícia, mordeu o seu rosto, descarnando-lhe a bochecha

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