Chantagem amorosa
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Sobre este e-book
Que melhor maneira de se vingar de uma traição do que seduzir a mulher do traidor? O rico e poderoso Flynn Donovan tinha delineado o plano perfeito para o conseguir. Sabendo que Danielle Ford não teria forma de saldar a dívida do seu defunto esposo, Flynn exigiu-lhe o pagamento do empréstimo… e chantageou-a para que se convertesse em sua amante.
Mas então descobriu que Danielle estava grávida… do inimigo.
Maxine Sullivan
USA TODAY Bestselling Author, Maxine Sullivan, credits her mother for her love of romance novels, so it was natural for Maxine to want to write them. This led to over 20 years of submitting stories and never giving up her dream of being published. That dream came true in 2006 when Maxine sold her first book to Harlequin Desire. Maxine can be contacted through her website at http://www.maxinesullivan.com
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Chantagem amorosa - Maxine Sullivan
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Maxine Sullivan
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Chantagem amorosa, n.º 1289 - Abril 2016
Título original: The Tycoon’s Blackmailed Mistress
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Publicado em português em 2009
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-8303-1
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo Um
– Por fim encontramo-nos, senhora Ford – Flynn Donovan cravou os olhos escuros nuns fantásticos, encantadores olhos azuis. E, nesse instante, desejou-a. Com uma paixão tão absurda como inesperada.
A mulher pareceu alarmada, mas logo depois recuperou a sua aparente calma.
– Desculpe incomodá-lo...
Incomodá-lo? Danielle Ford propagava um poder de atração sexual que o tinha agarrado pelo... pescoço.
– Senhor Donovan, o senhor enviou-me uma carta exigindo o pagamento de um empréstimo que, segundo diz, o meu marido e eu...
De repente, Flynn ficou furioso com ela por ser tão bela por fora e tão desonesta interiormente. Conhecia bem esse tipo de mulher. Robert Ford tinha-lhe dito que a sua esposa era uma fantástica atriz e que, com o seu aspeto «inocente», poderia tirar a um homem tudo o que este possuísse.
Ele não era tão parvo como parecia, não a ponto de acreditar em todas as coisas que Robert Ford dizia, mas uma mulher que tinha sido casada com tal trapaceiro também tinha de ser uma trapaceira.
– Refere-se ao seu defunto marido, calculo.
– O meu defunto marido, sim – assentiu ela. – Sobre essa tal carta... diz que lhe devo duzentos mil dólares, mas não sei a que se refere.
– Vá lá, senhora Ford. O que pensou foi que poderia convencer-me a não pagar a dívida que contraiu para com a minha empresa.
Danielle Ford pestanejou, confusa.
– Mas é que eu não sei absolutamente nada dessa dívida. Tem de ser um erro.
E ele tinha de acreditar nisso?
– Não se faça de parva.
As suas faces cobriram-se de rubor, dando-lhe um aspeto inocente. Ou culpado. Muito embora uma pessoa só pudesse sentir-se culpada caso tivesse consciência. E duvidava que aquela mulher a tivesse.
– Asseguro-lhe que não me estou a fazer de parva, senhor Donovan.
– O seu marido também nos assegurou que nos pagaria o dinheiro que lhe emprestámos – Flynn empurrou uns papéis na direção dela. – Esta assinatura aqui, ao lado da empresa do seu marido, não é sua?
Ela deu um passo em frente para conferir o papel e empalideceu.
– Parece a minha assinatura, sim, mas...
Ah, pois claro, agora vai dizer que ela nunca assinou nada. Robert tinha razão sobre a sua mulher. Não ia admitir nada, nem sequer tendo em frente dos olhos a prova mais que evidente da sua culpabilidade.
– É a sua assinatura, senhora Ford. E deve-me duzentos mil dólares.
– Mas eu não tenho esse dinheiro.
Flynn sabia disso. Depois de uma exaustiva investigação tinha descoberto que ela possuía exatamente cinco mil dólares numa conta ali, em Darwin. O resto eram contas vazias repartidas por toda a Austrália. E começava a sentir pena do coitado do homem que se tinha casado com ela.
Claro que era maravilhosa.
E o corpo...
Flynn admirou o simples vestido cor-de-rosa com casaco a condizer e as pernas torneadas.
Bonitas.
Muito bonitas.
Ficaria extremamente sedutora numa banheira cheia de espuma, com um joelho levantado, a água a cobri-la precisamente até ao peito. A imagem excitou-o sobremaneira. Sim, necessitava de uma mulher, pensou.
Daquela mulher.
– Então talvez possamos chegar a um compromisso – disse, recostando-se na poltrona.
– Talvez pudesse pagar-lhe pouco a pouco. Demorarei algum tempo, mas...
– Não é suficiente – interrompeu-a ele bruscamente. Só havia uma maneira de lhe pagar.
– Então?
– Terá de me oferecer algo melhor.
– Não estou a entender...
– A senhora é uma mulher belíssima, senhora Ford.
Ela levantou os olhos um momento e Flynn viu o latejar de uma pequena veia no seu pescoço.
– Sou viúva há dois meses, senhor Donovan. Será que o senhor não tem um mínimo de vergonha?
– Aparentemente, não – respondeu ele.
– Mas deve dizer-me como lhe posso pagar. Neste momento não tenho dinheiro.
Ah, sim. Dinheiro. Isso era o único que lhe importava.
– Lamento, mas não vou dar-lhe nem um cêntimo até que me tenha pago o total da dívida.
– Dar-me dinheiro? Eu não queria dizer...
– Sim, queria dizer.
Ela pareceu surpreendida por um instante, mas em seguida se recompôs.
– Sim, claro, com certeza. Aceitarei todo o dinheiro que me der. Esse é o meu papel, não é?
– Sim, a senhora é muito boa a tirar dinheiro aos homens.
– Alegro-me que possa ler os meus pensamentos. E espero que possa ler o que estou a pensar neste preciso momento.
– Uma senhora não deveria pensar esses palavrões – sorriu Flynn.
– Uma senhora não deveria ter de suportar uma chantagem.
– Chantagem é uma palavra muito feia, Danielle – Flynn deslizou o seu nome como ele gostaria de deslizar sobre ela na cama. – Eu só quero o que é meu.
E aquela mulher deveria ser sua.
Ela apertou os lábios com força.
– Não, o senhor quer vingança. Sinto muito, mas não pode culpar-me a mim pelos erros do meu marido.
– E os teus erros, Danielle? Tu própria assinaste este documento, não foi assim? De modo que és obrigada a devolver o que pediste.
– Com o meu dinheiro ou com o meu corpo?
Ele levantou uma sobrancelha.
– Pergunto-me quantas noites tropicais podem comprar duzentos mil dólares... talvez três meses.
Cara, sim, mas ele pagaria essa quantidade por uma só noite com ela.
Danielle olhou-o, incrédula.
– Três meses! Pretende que me deite consigo durante três meses?
Flynn olhou-lhe para a boca. Tão perfeita.
– Parece-te muito tempo? Garanto-te que não seria assim tão difícil – respondeu, enquanto a fragrância do seu delicado perfume lhe chegava do outro lado da mesa. – Mas não é isso; tenho muitos compromissos e dar-me-ia imenso jeito contar com uma... uma acompanhante.
Danielle levantou-se.
– Senhor Donovan, está a sonhar se acha que vou entregar o meu tempo... ou o meu corpo a um homem como o senhor. Sugiro-lhe que procure uma mulher que agradeça a sua