A verdadeira paixão
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Sobre este e-book
No entanto, tinha consciência de que o seu amante não estava a pensar em casar com ela, mas numa perigosa missão que jurara cumprir no Cairo. Poderia ela fazê-lo mudar de ideia antes que as suas vidas se separassem para sempre?
Uma paixão secreta, um filho ilegítimo, uma fortuna oculta... diverte-te com a revelação destes segredos apaixonantes.
Barbara McCauley
Barbara McCauley was born and lives in Adelaide, South Australia, with her partner and a handful of animals. She has four adult children and a granddaughter. She enjoys writing stories and has written a full-length stage play, children’s stories, and is currently studying and writing more stories for children. She also enjoys gardening, cooking, travelling, and cross-stitching.
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A verdadeira paixão - Barbara McCauley
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 1999 Barbara Joel
© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
A verdadeira paixão, n.º 349 - abril 2018
Título original: Killian’s Passion
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9188-323-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Se gostou deste livro…
Capítulo Um
«Maldita mulher.»
A paciência de Killian Shawnessy esgotou-se às cinco e cinquenta e dois da tarde. Já pusera de lado a ideia de ir à pesca: o horizonte ameaçava com um batalhão de nuvens escuras e, além disso, fazia tanto calor e havia tanta humidade no ar que aquilo parecia uma sauna, mais do que uma cabana num bosque do Texas.
Apoiado na balaustrada do alpendre, deu um último sorvo na cerveja fresca, secou o suor da testa e franziu o sobrolho ao ver o movimento do arbusto atrás do qual se escondia a mulher.
Não sabia quem podia ser a espiã, nem porque é que estava há três horas a vigiá-lo com uns binóculos. Talvez Jordan tivesse enviado alguém, apesar de ter jurado não o incomodar se aceitasse a missão no Cairo.
Claro que não deixara de o incomodar. Só nos primeiros dois dias de férias, telefonara quatro vezes… até que, por fim, Ian desligara o telefone.
E isso podia explicar a presença daquela intrusa, pensou, desgostoso.
Ao olhar pelos seus próprios binóculos, Ian viu que se tratava de uma mulher loura, esbelta, um bocado alta. Usava botas, calças caqui e, com certeza, carecia de experiência como espiã.
Não aguentaria muito tempo ali. Entre o calor, a humidade e a tempestade que se avizinhava, teria de se ir embora em menos de uma hora… ou serviria de jantar aos mosquitos.
Era-lhe indiferente. Tinha mais onze maravilhosos dias livres. Voltara à sua cidade natal, Wolf River, para ir ao casamento do seu amigo Nick Santos e essa era a única coisa que pretendia fazer, além de pescar, beber cerveja e pensar na «morte da bezerra».
Um leve movimento atrás dos arbustos chamou-lhe a atenção. Talvez Jordan estivesse mesmo a precisar de alguma coisa e tivesse enviado aquela mulher como mediadora…
Cara Sinclair ouviu o primeiro trovão e soube que estava em apuros. Não bastava fazer um calor húmido insuportável, agora, para cúmulo, tinha de começar a chover. E, a julgar pelo tamanho das nuvens que cobriam o céu, ia chover a cântaros.
«Fantástico», pensou, baixando os binóculos para secar o suor da cara. Não havia dúvida que ser detective privado não tinha grande encanto.
Por outro lado, ela tão-pouco era a rainha da moda. Se fosse, não estaria agachada atrás de um arbusto, de calças de camuflagem caqui. Os diamantes e a roupa cara eram para os ricaços de Filadélfia, não para uma rapariga de uma cidade pequena como Bloomfield County, disse-se, enquanto levava outra vez os binóculos aos olhos.
Onde se metera o senhor Killian Shawnessy?
Focou de uma ponta à outra o alpendre que estivera a vigiar quase toda a tarde… Devia ter ido buscar mais uma cerveja, concluiu. Sem dúvida, fazia calor mais do que suficiente para continuar a beber e, embora ela não gostasse de cerveja, naquele momento agradeceria qualquer coisa refrescante. Olhou para o lago, imaginou-se a mergulhar na água, suspirou e concentrou-se na sua missão.
Pelo menos, apesar das condições de trabalho não serem as melhores, o homem valia a pena. Killian Shawnessy era um borracho: alto, de cabelo grosso, preto, e queixo forte. Tinha uma cara misto de um operário da construção civil e bonitão das revistas cor-de-rosa, pernas compridas e musculosas, e os seus braços e peito largo podiam fazer parar o coração de muitas mulheres. Não podia dizer de que cor eram os seus olhos, mas apostava que eram castanhos.
No entanto, não tinha a intenção de se aproximar para o comprovar. Por enquanto, só tinha de lhe tirar algumas fotografias, vigiá-lo durante dois ou três dias e, depois, informar Margaret.
E, tendo em conta que os habitantes de Wolf River eram bastante amigáveis e faladores, teria muitas informações para lhe dar.
Tracy Simpson, uma morena magricela que trabalhava como caixa num supermercado da cidade, desatara a falar pelos cotovelos mal Cara mencionara o nome de Killian Shawnessy.
– Conheces o Ian? – perguntara a rapariga, surpreendida.
– É amigo de um amigo meu – respondera Cara, encolhendo os ombros. – Pediu-me que lhe desse cumprimentos da sua parte, caso passasse por aqui.
– Hoje deve ser o teu dia de sorte. Ian esteve fora durante catorze anos, mas voltou há três dias. Que grande coincidência, não é?
– Incrível – na realidade, Cara seguira Ian desde Washington. – O que é que veio fazer? Visitar os pais?
– Ian não tem pais, salvo Esther Matthews. Foi sua mãe adoptiva por alguns meses, mas morreu há dois anos. Veio para o casamento de Nick Santos e Maggie Smith, na semana que vem.
– Nick Santos? – repetira Cara, interessada. – O tricampeão nacional de motociclismo?
– Em carne e osso. Quem havia de dizer que uma celebridade como Nick Santos ficaria a viver em Wolf River, não é?
«De facto», pensara Cara, enquanto pagava um romance policial, um chocolate e uma garrafa de água. Fora fã de Nick Santos desde que o seu irmão Gabe a levara a uma corrida de motas pela primeira vez, aos dezassete anos. Mais de uma mulher ficara com o coração partido quando Nick anunciara que ia retirar-se.
– Nick e Lucas Blackhawk foram a coisa mais parecida com uma família que Ian teve. O pobrezinho foi abandonado pouco depois de nascer… – prosseguira Tracy. – Em criança, andavam sempre juntos… Queres pêssegos secos? Estão em promoção: dois sacos por um dólar.
– Sim, levo quatro – levaria o que quer que fosse, desde que a mulher continuasse a falar de Ian. – Disseste que o abandonaram?
– Diz-se que à porta de uma igreja. Contudo, houve sempre muitos rumores sobre a vida de Ian. Sobretudo desde que cresceu… sabes ao que me refiro – acrescentara, com malícia.
– Então, estará na casa de Nick Santos até ao dia do casamento?
– Não, não. Arrendou uma das cabanas de Harper Whitman, junto ao lago. Passou por aqui há três dias e comprou comida suficiente para alimentar uma cidade inteira, por isso, imagino que vá lá ficar por algum tempo… Talvez vá visitá-lo um dia destes, para ver se precisa de alguma coisa… São cinco dólares – completara Tracy.
A segunda visita de Cara também lhe proporcionara bastantes informações. Beverly Patterson, a gerente grisalha da agência imobiliária de Wolf River, tivera a amabilidade de lhe indicar que ainda havia cabanas disponíveis junto ao lago.
– Tem a certeza que há lá mais gente? – perguntara Cara. – Não quero ser intrometida, mas isto de ser mulher e ficar lá sozinha… bom, acho que me sentiria mais segura se houvesse alguém por perto.
– Todas as precauções são poucas quando se é mulher – dissera Beverly. – Mas não te preocupes, querida. Está lá um casal em lua-de-mel e, na cabana número três, está Ian Shawnessy. Vou dar-te a número quatro, junto à dele.
– Ian? – Cara fingira assustar-se. – Conhece-o?
– Por amor de Deus! Toda a gente conhece Ian Shawnessy em Wolf River! Mas não acredites em tudo o que dizem dele. Só levantou um pouco de pó antes de se alistar no exército. E o problema que teve com Hank Thompson há vinte anos não foi culpa dele. Ian é um bom rapaz, garanto-te.
No momento em que ia perguntar que problema é que ele tivera com Hank Thompson, a campainha