Abandonado - Série Amantes Motoqueiros Desafortunados.
De Sierra Rose
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Sobre este e-book
Este é o livro 2 na Série Amantes Motoqueiros Desafortunados.
Selene e Lucky continuam a namorar secretamente. Selene começa a acordar e percebe que seu pai, o presidente do moto clube, é um idiota. Agora ela é um membro oficial e a única mulher no clube. Ir embora significa morte. Enquanto seu pai continua sua fúria de crimes e assassinatos, Selene percebe que ele deve ser detido antes que mais pessoas inocentes acabem mortas. Ela pode realmente se voltar contra sua família? O que acontece quando você vive entre monstros? O que você faz quando seu pai é o próprio demônio? Ela e Lucky podem realmente ter um futuro juntos?
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Abandonado - Série Amantes Motoqueiros Desafortunados. - Sierra Rose
Abandonado
Parte 2
Amantes Motoqueiros Desafortunados
Sierra Rose
Copyright © 2016 by Sierra Rose
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada ou introduzida em um sistema de recuperação, de qualquer maneira ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro) sem a autorização prévia por escrito de ambos, o proprietário dos direitos autorais e da editora, acima mencionada, deste livro. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares, marcas, mídia e incidentes são produtos da imaginação da autora ou são usados ficticiamente. A autora reconhece o status de marca registrada e proprietários de marca registrada dos vários produtos citados nesta obra de ficção que tenham sido usados sem permissão. A publicação/uso destas marcas registradas não está autorizada, associada ou patrocinada pelos proprietários da marca registrada.
Capítulo 1
Selene
Nada fazia meu coração sangrar mais do que quando eu entrava furtivamente no quarto do hospital para ver Lucky. Contei para uma enfermeira o quanto Lucky significava para mim e perguntei como ele estava indo. Ela disse que ele estava indo bem e iria se recuperar sem complicações. Desta vez. Ele tinha recebido uma boa surra e estava dormindo profundamente por causa dos narcóticos que eles tinham lhe dado. Toquei seu rosto. Ele não se encolheu. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Nós tínhamos lutado contra o mundo para ficar juntos, mas o destino tinha outros planos.
É por isto que eu preciso desistir de você, Lucky,
eu sussurrei. "Isso me mata ao vê-lo assim. E tudo isto foi por minha causa. Você salvou minha vida como algum tipo de cavaleiro corajoso e esta foi a sua recompensa. É muito fodido, huh? Você salvou a princesa. Nós deveríamos estar cavalgando para o pôr do sol no seu garanhão branco...ou moto. Mas nosso conto de fadas é mais perverso do que qualquer conto de fadas normal. Estamos destinados a ser mantidos separados, não importa o quanto lutemos para ficar juntos."
Solto um longo soluço. Eu sinto tanto, querido. Gostaria que tivesse sido eu e não você. Porque você não merece isto. Ninguém merece.
Um suspiro trêmulo escapou dos meus lábios. Por que você tem de ser um Stone Wolf? Por que eu tenho de ser uma Black Heart? Talvez o destino nos aproximou, mas não é páreo para este mundo fodido.
Olhando para seu rosto, eu sabia que tinha de tomar a decisão de deixá-lo para sempre. Então aquela dor agonizante começou. Sim, dói pensar em deixá-lo. Mas seria egoísta da minha parte ficar. Se meu pai nos pega, ele acabaria com Lucky com uma única bala na cabeça. Não importa o quanto eu o amava, eu sabia que não havia nenhum futuro para nós. Nunca nos casaríamos. Nunca teríamos filhos. Nunca compraríamos uma casa juntos. Nunca passaríamos o Natal juntos. Sabe aquela dor? Aquela sensação de aperto que acompanha a tristeza? Bem, estava tomando conta de mim como um tsunami. Agarrei meu coração; na verdade, parecia que ele estava quebrando.
A percepção me magoou profundamente. Enxuguei as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Como eu poderia viver sem este homem maravilhoso na minha vida? Eu não conseguia respirar.
Eu não conseguia respirar.
Senti um choque de dor intensa penetrar profundamente em mim.
Não, não posso me obrigar a parar de te amar.
Meu coração acabou de ser arrancado,
eu solucei. Irá sangrar noite e dia.
Passo meus dedos pelo seu cabelo, depois beijo suavemente seus lábios. Adeus, Lucky Morrison.
Tudo era um borrão. Mas eu consegui voltar para o meu próprio quarto de hospital. Desmoronei no chão enquanto chorava e gritava alto enquanto a dor emocional destruía meu corpo.
Ele se foi. Fora da minha vida para sempre. Eu me certificaria disto. E faria isto porque eu o amava. Mas maldição, se isto não doía. Era como se alguém me esfaqueasse no peito e girasse o punhal. Uma tristeza esmagadora tomou conta de mim. A angústia era insuportável. E nada conseguia parar os soluços. Sabia que o novo buraco na minha alma nunca curaria.
Peguei emprestado um bloco de anotações e uma caneta de uma das enfermeiras. Escrevi um bilhete para Lucky e deixei na sua mesa de cabeceira.
***
Vamos encará-lo. Terminar é difícil. Especialmente quando você não quer que o relacionamento termine. Eu estava devastada, dilacerada. Dia após dia, eu suportava isto. Ninguém conseguia compreender a profundidade da minha dor. Mas através das minhas lágrimas, eu tentava encontrar forças para suportar a tempestade. Seguir em frente? Eu não poderia. Disse para a tristeza fazer as malas e ir embora. Ela não ouviu. Então eu não segui em frente ... mas permaneci longe de Lucky. Muito longe.
Um ano tinha se passado desde que Lucky e eu nos separamos. Nós dois ficamos com os corações sangrando. Foi o ano mais longo da minha vida para dizer o mínimo, mas ele tinha parado de me perseguir há cerca de seis meses. Doeu ainda mais observá-lo chegar à conclusão que nós não iríamos acontecer do que ter de ignorá-lo depois daquele dia no hospital. Não havia nada que eu pudesse fazer além de ir embora. Manter o homem que eu amava em segurança significava muito mais do que a nossa felicidade algum dia poderia. Ele não compreendia isto, mas eu não dava a mínima. Sabia o que estava fazendo e talvez um dia, pelo meu zelo e sacrifício, eu seria recompensada.
Improvável, mas sonhos realmente se realizam.
Pelo menos para outras pessoas.
***
Borboleta.
Meu pai se levantou da sua mesa e veio me puxar para um abraço apertado. Não havia calor no abraço, mas eu cheguei à conclusão de que nunca houve.
Disseram que você queria me ver?
Olho para meu velho, meus olhos refletindo a escuridão em que eu estava rapidamente me tornando sem Lucky para me animar.
Queria. É hora para outro teste.
Ele recuou um pouco e deixou um sorriso malicioso puxar seus lábios para cima em um canto da boca.
Odiava aquele olhar. Dizia que ele sabia exatamente como puxar seus pauzinhos com força suficiente para ameaçá-lo quebrar.
Ótimo. Qual é o teste?
Cruzei os braços sobre o peito e tentei arduamente não deixar que a adolescente irritante de 15 anos que viveria para sempre na minha atitude empinasse e mostrasse sua cabeça feia. Isto me deixava parecendo imatura, como se eu não pertencesse como um membro promissor dos Black Hearts MC. O clube do meu pai tinha uma longa história na cidade, mas infelizmente sempre seríamos os vilões e por um bom motivo.
Uma parte de mim desejava muito que eu pertencesse aos Stone Wolves, nosso MC rival, mas somente porque eu os vi apoiarem uns aos outros muitas vezes para contar. Lucky era um Stone Wolf e seus rapazes o cercavam, cuidavam e chegaram até mesmo a tirá-lo da casa do seu velho abusivo para começar uma vida nova com eles.
No que dizia respeito ao meu pai e seus rapazes, eles eram ralé, perdedores e inferiores, mas ao longo do último ano, mais ou menos, minha opinião tinha começado a mudar. Lucky era um bom homem e a maior parte disto veio dos valores do seu MC. O nosso era uma família por sangue, mas o dele era uma irmandade unida com a esperança de trazer prosperidade, segurança e proteção para Pleasant Valley.
Era corajoso e eu estava com ciúme.
Vou lhe dizer em breve. Primeiro, você me diz por que parece tão distante de mim ultimamente? Seu primo, Mateo, mencionou que você tem passado muito tempo apenas sentada no telhado tarde da noite. Algo na sua cabeça, Selene? Precisa conversar com alguém?
Ele esfregou suas mãos fortes pelos lados dos meus braços e me deu um olhar que era quase convincente.
Estou bem. Apenas tentando endurecer. Sou a única mulher neste MC e obter respeito é dez vezes mais difícil para mim do que para qualquer outra pessoa. Imaginei que se eu endurecesse um pouco, isto ajudaria.
Mantive minha voz firme. A ideia de desistir do meu lado brincalhão e alegre me deixava querendo enroscar na cama e chorar. Sem Lucky para pregar uma peça, não havia realmente ninguém para compartilhar este lado da minha personalidade. Todos os outros eram sérios, focados e muito provavelmente... mortos de medo do meu pai.
Acho que é uma boa ideia. Você tem certeza que isto não tem nada a ver com aquele menino que surramos há algum tempo.
Meu pai sorri de novo. Ele estava me atormentando.
Eu o odeio, seu bastardo de coração sombrio.
Que cara?
eu pergunto, certificando-me de não lhe dar um milímetro no que dizia respeito aos meus verdadeiros pensamentos.
Lucas Morrison, Selene. Não finja que você não se lembra.
Meu pai afastou as mãos de mim e as enfiou nos bolsos da sua calça. Ele significava algo para você. Eu percebi naquela noite. E acho que este foi o único motivo pelo qual eu não o matei. Mas eu queria ensiná-lo a ficar longe. O que nós fizemos foi para o seu próprio bem. Você era uma garota tola naquela época. Você está se transformando em uma mulher agora.
Verdade.
Dou de ombros como se a conversa estivesse dando nos meus nervos, o que estava. Ele era um amigo, Papa, mas você tirou isto de mim. Como tudo mais na vida. Está tudo bem. Não preciso de amigos.
Seu cenho franziu e ele segurou meu queixo na sua mão, inclinando-se e ficando na minha cara. A postura costumava me assustar, mas, honestamente, isto foi antes que não tivesse nada a perder.
Você pertence a mim. Farei qualquer coisa que for preciso para mantê-la na linha. Então, Deus me ajude.
Deus ajudaria um assassino?
Cerro meus dentes e semicerro meus olhos, incapaz de manter meus pensamentos só para mim.
Não nos condene, borboleta. Não sou nem de perto o monstro que você me faz ser.
Ele se inclinou mais e beijou a ponta do meu nariz. Foi preciso tudo que eu tinha para não recuar e dar um tapa nele. Não sobreviveria a surra a seguir e ele não tinha feito nada além de apontar a verdade. Lucky significava algo para mim. Bravo. Ele tinha acertado no alvo. Não iria lhe dar a satisfação de uma resposta sincera.
Certo. Então me conte sobre este trabalho para que eu possa começar com isto.
Recuei e empurrei sua mão para longe, rejeitando que ele me tocasse.
Ele ergueu uma sobrancelha como se um pouco surpreso que eu lhe negaria algo. Se eu pudesse, eu lhe negaria tudo... Eu quase tinha chegado ao fim da minha dedicação com a família. Estava oscilando a beira de fugir e começar uma vida nova, mas algo me mantinha no lugar. Não sabia se era minha Avó ou as lembranças de uma época quando meu pai não era um vilão. Seja o que fosse, eu rezava para que diminuísse logo. Eu queria sair. Precisava disto. Desesperadamente.
Tenho Zachary Banks no galpão lá atrás, no limite da propriedade. Você sabe quem ele é, amor?
Sua sobrancelha subiu bruscamente enquanto ele me estudava com seu olhar sombrio. Algo sobre a maneira como ele fez a pergunta me avisou que eu deveria saber a resposta. E eu sabia. Todo mundo sabia quem era Zachary Banks. Ele era emergente, mas de uma maneira que meu pai jamais seria. Pior, ele era a competição, que realmente não era bem-vinda no mundo do meu pai.
Ele fez um gesto para mais alguém entrar na sala e sem me virar, eu sabia que era Dante.
O capanga favorito do meu pai estava completamente apaixonado por mim e eu não sentia nada além de uma leve repulsa por ele. Eu poderia dizer o minuto em que ele entrava em uma sala, graças ao cheiro exagerado da sua colônia. Muito provavelmente era usada para disfarçar o cheiro da maconha que ele fumava várias vezes durante todo o dia.
Ele é o chefe do grupo Banks que fica apenas noventa e seis quilômetros daqui.
Dante respondeu por mim.
Não deixei meu olhar se afastar do meu pai, mas simplesmente assenti. Sabia quem eles eram e meu pai sabia que eu sabia. Dante, contudo, não fazia ideia, como de costume.
Certo, Dante.
Meu pai voltou seu olhar sombrio para o grande idiota. Você vai fazer algo para variar. Selene vai observar e garantir que você faça isto certo.
Faça o quê?
eu pergunto sem nenhuma emoção na minha voz.
Eliminar o problema que é Zachary Banks, borboleta.
Ele sorriu e tocou o lado do meu rosto antes de fazer um gesto para que saíssemos. Retornem com a informação quando estiver acabado.
Tudo bem.
Sai da sala sem esperar pelo meu companheiro improvisado. Ele era uma mistura de terro e tragédia, mas não me assustava nem um pouco. Se Rafael Delgado tinha feito uma coisa, foi ensinar para sua filha, eu, a lutar como um homem e gritar como uma mulher.