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Deserto Lunar
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E-book108 páginas38 minutos

Deserto Lunar

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Sobre este e-book

A vida é um mar de experiências. Algumas boas, outras más. O seu conjunto forma aquilo a que chamamos "uma pessoa". Deserto Lunar fideliza numa expressão poética os largos anos de experiência da autora como pessoa.

IdiomaPortuguês
EditoraAna Teia
Data de lançamento16 de ago. de 2018
ISBN9780463948613
Deserto Lunar
Autor

Ana Teia

Nasceu em Julho de 1944, em Luanda. Doutorou-se na Universidade do Porto. Apaixonada pela escrita e pela natureza humana, desde criança que partilhava as suas vivências com os outros, quer em prosa, quer em verso. Do seu repertório literário salientam-se as seguintes obras – “Dezasseis anos”, “Tóino”, “Trama”, “Na Relva onde Dormem as Formigas” e "Deserto Lunar".

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    Deserto Lunar - Ana Teia

    DESERTO LUNAR

    ANA TEIA

    Poesia

    Publicado por Ana Teia através da Smashwords

    Published by Ana Teia at Smashwords

    Copyright 2018 Ana Teia

    Capa: Luís Teia

    Descubra outros livros da Autora:

    Trama

    Na Relva onde Dormem as Formigas

    A Menina do Casaco Vermelho

    Capítulos:

    ~~~ Lua Nova ~~~

    ~~~ Quarto Crescente ~~~

    ~~~ Lua Cheia ~~~

    ~~~ Quarto Minguante ~~~

    Mais Informação:

    Sobre a Autora

    Contacto de Ana Teia

    Outros livros da Autora

    A Menina do Casaco Vermelho (Excerto)

    Impressão e Acabamentos

    Smashwords Edition, License Notes

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    LUA NOVA

    5 de Junho de 1995

    O adeus do olhar

    É o mais triste,

    O mais só...

    É o silêncio, é o nó,

    Dificil de dar,

    Daquilo que persiste.

    Tu disseste-me adeus

    Nos olhos inchados

    Aparentemente,

    De modo indiferente.

    Só que vi neles

    A dor, a tristeza,

    Dos sonhos calados...

    Seguiram-me, ao sair,

    Teus olhos mortiços

    Rodando, em lentidão,

    Nos poços que habitam.

    À volta, sorrisos,

    Pessoas que ficam,

    Movimento, agitação.

    Mas nos teus lábios

    Pairava a imagem,

    Qual miragem,

    De teus olhos sábios.

    Ao teu sorriso

    Nunca o perderei,

    Colou-se, apegou-se,

    Faz parte de mim,

    Assim como a certeza,

    Que não preciso,

    De que também

    Morrerei!

    Vais partir,

    Eu vou ficar.

    Quanto tempo?

    Talvez só aquele

    Que o teu olhar,

    Suave e lento,

    Me vá permitir.

    Cerra-os, morre,

    Deixa-os comigo,

    Aos teus olhos,

    Ao teu sorriso amigo.

    Nada mais quero

    De ti recordar,

    Sòmente o adeus,

    Calmo e sereno,

    Do teu olhar, pleno

    De Morte e de Vida...

    Estás de partida,

    E, embora toldado,

    De lágrimas vidrado,

    Aqui fica, amiga,

    O adeus furtivo,

    Sem paz, perturbado,

    Deste meu olhar.

    Tu morres, eu vivo,

    E o meu adeus

    É mais triste,

    O meu desespero

    Maior e mais forte,

    Dos que jamais sentiste!

    O teu adeus é sereno,

    O meu é revolta,

    Pisas bem o terreno

    Do que vai e não volta!

    Eu não queria que

    Morresses assim,

    Por isso eu morro

    E tu vives por mim

    No adeus doce e lagunar

    Que, ao sair,

    Me enviou teu olhar.

    Falavas, sorrias,

    E com ele me dizias

    (Vou-me embora).

    Contavas anedotas,

    Arfavas o ar

    Que a custo sorvias

    E com ele me dizias

    (Não mais te verei!)

    Já vais? Até breve.

    (Não lamentes,

    Lá, onde estarei,

    Não mais sofrerei.)

    Cumprimentos!

    Serão entregues.

    E os teus olhos, nos meus (Ah! Adeus, até sempre, amiga) disseram...

    Quis chorar, desesperar,

    Mas eles não deixaram.

    Mansamente, impuseram

    (Vai e não voltes

    Até tudo acabar.

    E está bem, podes,

    Leva o meu olhar

    Para que me recordes.

    E não te revoltes,

    Eu vou ficar bem.

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