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Muelle e os salta-pedras
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Muelle e os salta-pedras
E-book38 páginas12 minutos

Muelle e os salta-pedras

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Sobre este e-book

Alguma vez vos contei a história de Muelle? 

Muelle era um menino com nariz de rato, olhar sonhador e cabelos de ouriço. Acreditava que podia fazer qualquer coisa a que se propusesse, tão inocente que ele era.

—Gostaria de saltar como os salta-pedras —disse um dia, quase sem saber porquê, suficientemente alto, como que para que os demais o ouvissem. 

A sua mãe, Ballesta, sorriu como fazem as mães; Resorte, o seu pai, tossiu como tossem os pais; e o avô, acenou com a cabeça para cima e para baixo. 

Tudo isto acontecia numa manhã ensolarada, quando o Inverno começava já a despedir-se de Pedregal. A relva, deixava-se cair para um lado e depois para o outro, porque o vento assim o queria. 

Ballesta, mais que ninguém, conhecia a tendência de Muelle a imaginar coisas impossíveis. Penteava-lhe os dois remoínhos insubmissos, com toda a paciência de uma mãe, e preguntou-lhe:

—Que loucura é essa de sonhar com saltar, como se não houvesse salta-pedras?

—Ah, não é nenhuma loucura, mamã! Certamente que se pode fazer com um pouquito de práctica. 

—Mas filho, não compreendes que isso é como dizer que à força de te regar, poderás algum dia chegar a dar laranjas ou peras? 

Muelle desviou a cabeça e franziu o nariz, esforçando-se por entender o que a sua mãe lhe queria dizer. Depois, com um sorriso respondeu-lhe: 

—Tu sabes que não é a mesma coisa, mamã. 

Em momento algum lhe ocorreu discutir com o seu filho, porque sabia quão teimoso ele conseguia ser. Por isso, continuou a penteá-lo, olhando para a janela, talvez esperando que dali pudesse vir algum tipo de resposta. Como assim não aconteceu, encolheu os ombros, deixando os remoínhos e Muelle como impossíveis. 

—Anda, querido —disse-lhe—, toma o pequeno-almoço.

Tudo isto acontecia numa manhã ensolarada, quando o Inverno já começava a despedir-se de Pedregal. A relva, deixava-se cair para um lado e depois para o outro, porque o vento assim o queria.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento5 de dez. de 2018
ISBN9781547560417
Muelle e os salta-pedras

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    Muelle e os salta-pedras - Rafael Estrada

    Para Elia e Alba

    Muelle y los Saltapiedras (Dedic).jpg

    Alguma vez vos contei a história de Muelle?

    Muelle era um menino com nariz de rato, olhar sonhador e cabelos de ouriço. Acreditava que podia fazer qualquer coisa a que se propusesse, tão inocente que ele era.

    —Gostaria de saltar como os salta-pedras —disse um dia, quase sem saber porquê, suficientemente alto, como que para que os demais o ouvissem.

    A sua mãe, Ballesta, sorriu como fazem as mães; Resorte, o seu pai, tossiu como tossem os pais; e o avô, acenou com a cabeça para cima e para baixo.

    Tudo isto acontecia numa manhã ensolarada, quando o Inverno começava já a despedir-se de Pedregal. A relva, deixava-se cair para um lado e depois para o outro, porque o vento assim o queria.

    Ballesta, mais que ninguém, conhecia a tendência de Muelle a imaginar coisas impossíveis. Penteava-lhe os dois remoínhos insubmissos, com toda a paciência de uma mãe, e preguntou-lhe:

    —Que loucura é essa de sonhar com saltar, como se não houvesse salta-pedras?

    Muelle y los Saltapiedras (01).jpg
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