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Os Óculos Mentirosos
Os Óculos Mentirosos
Os Óculos Mentirosos
E-book67 páginas41 minutos

Os Óculos Mentirosos

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Sobre este e-book

Dispara contra os inimigos imáginários e se sente muito bem, imitando as coisas que vê nos filmes. Um homem com óculos escuros lhe observa, porque afirma que através deles pode ver as coisas tal como são: vê que seu fuzil de plástico verde o está obrigando a brincar, vê que as guerras não são o que parecem e que as armas se encontram entre nós porque querem executar um terrível plano.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento21 de jul. de 2019
ISBN9781071500330
Os Óculos Mentirosos

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    Os Óculos Mentirosos - Rafael Estrada

    Os óculos mentirosos

    Rafael Estrada

    Título: Las gafas mentirosas

    Colección: Aventuras

    Autor: ©Rafael Estrada

    Ilustrador: J. Requena y R. Estrada

    «Que apareçam as crianças e brinquem diante de nós».

    2º Libro de Samuel

    1. O cego

    Joãozinho deu uma olhada no parque, bem devagar, examinando atentamente os possíveis esconderijos. Ainda que a zona da direita estivesse limpa, viu que uma patrulha inimiga se movia sigilosamente entre os salgueiros, ao redor do lago. Calculou a situação e fez uma recontagem rápida da sua equipe; depois, carregou o fuzil e apontou para o oficial que marchava adiante, pois era evidente que se tratava do chefe. Decidido, disparou uma e outra vez até esgotar as balas.

    —POW! POW! BANG! PING...!

    Sem perder um segundo introduziu um novo cartucho no seu fuzil transparente de plástico verde e levantou com muito cuidado a cabeça, disposto a seguir disparando se fosse necessário. Todos os inimigos se encontravam imóveis, esparramados pelo chão: a emboscada tinha sido um sucesso.

    —Acertou todos? —perguntou uma voz atrás dele.

    —Absolutamente todos —respondeu o menino sem olhar para trás—. Minhas ordens eram de não fazer prisioneiros.

    —E viu se tinha algum oficial?

    —Com certeza —disse João—. O que marchava na frente parecia um general.

    —É uma pena...

    —Por que é uma pena? —quis saber João—. Eles fariam o mesmo comigo.

    —Todo mundo sabe que não se deve matar os generais.

    —Por quê?

    —Porque se você mata o general que começou, ninguém mais vai conseguir acabar com a guerra. —o homem mostrou a língua—. Não vê que só ele sabe por quê estão lutando?

    O menino virou a cabeça para observar esse estranho que sabia tanto sobre guerras. Se tratava de um homem que tinha óculos escuros cobrindo os olhos, estava sentado em um banco e apoiava as mãos em um bastão branco.

    —Quer dizer que só os generais conhecem o motivo das guerras? —perguntou João assombrado.

    —Naturalmente —assegurou o homem de óculos—. O que provoca uma guerra, a causa autêntica, costuma ser super secreto. Por acaso você sabe por que luta?

    —Bem... —João tentou encontrar uma razão, mas só pode dizer—: luto contra aqueles que são meus inimigos.

    —Você também é inimigo deles.

    —É verdade! —reconheceu João—. Não tinha pensado nisso.

    —Viu?

    —E como podemos saber se eu matei um general? —Joãozinho falava baixinho, preocupado se apareceriam novas patrulhas.

    —É muito simples —respondeu o estranho—. Usava galões ou estrelas?

    —Não usava nada, porque os oficiais escondem sua classe quando saem em patrulha —disse o pequeno muito confiante.

    —Sim, é verdade. Fazem isso para confundir os franco-atiradores como você —o homem de óculos escuros ficou em silêncio para que Joãozinho entendesse—. Tinha alguma coisa que o distinguisse dos outros?

    —Acho que levava uns lápis no bolso da camisa.

    —Com a ponta para cima ou com a ponta para baixo?

    —Para baixo.

    —Então era um coronel —assegurou o estranho.

    —Como você tem tanta certeza?

    —Porque se estivesse com a ponta para cima, seria um general.

    Joãozinho suspirou aliviado. Mas ficou pensativo, tentando ver alguma falha no raciocínio do homem. Então se deu conta de que o dia estava nublado, e que não tinha sentido usar óculos tão escuros.

    —Você não é cego, é?

    —Por que diz isso?

    —Porque está com óculos escuros e não tem Sol nenhum.

    —Estou vendo que você é observador e que raciocina muito bem. —disse o senhor, concordando com

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