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Protagonismo, Cultura e Sociedade no Vale do Guaribas: 10 Anos da Faculdade R.Sá
Protagonismo, Cultura e Sociedade no Vale do Guaribas: 10 Anos da Faculdade R.Sá
Protagonismo, Cultura e Sociedade no Vale do Guaribas: 10 Anos da Faculdade R.Sá
E-book285 páginas3 horas

Protagonismo, Cultura e Sociedade no Vale do Guaribas: 10 Anos da Faculdade R.Sá

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Sobre este e-book

Uma voz científica sobre o Sertão do Piauí

Durante muito tempo o Sertão não teve voz. Aos poucos foram ecoados pensamentos dessa região, historicamente relegada a planos inferiores. Quando pensada academicamente, tornava-se apenas campos de pesquisa sem reverberação social. Devagarinho a região foi se transformando.

De maneira avassaladora a educação tem colocado o Sertão em patamares de igualdade com as outras regiões do País e mostrado o quanto pode ajudar na transformação positiva de seu povo. Todas e todos podem ter curso superior. Isso vem transformando famílias e microrrealidades que reverberam como um todo na sociedade.

Uma das chamas dessa evolução é a educação. E os estudos superiores, em sua formação de bacharéis e licenciados, é peça-chave.

Há mais de 10 anos, em Picos, capital do Sertão piauiense, cidade-polo de serviços convergindo mais de cem municípios do Piauí, Ceará e Pernambuco, nascia a Faculdade R.Sá, um empreendimento ousado, mas certeiro em formar bacharelas e bacharéis, licenciadas e licenciados para atuar e pensar essa região e seu povo.

Tamanho desenvolvimento (termo levado a cabo no slogan da instituição) reflete-se agora no lançamento desta obra.

É um livro emblemático, instigante e que pensa essa evolução. Inspira em sua composição multi e transdisciplinar as várias vertentes da Grande Região de Picos sobre questões ligadas à cultura, à sociedade e a temas transversais, buscando provocar os leitores a refletirem sobre as evoluções e transformações dessa região.

A obra é composta de duas partes ("Cultura e Diversidade" e "Políticas Públicas e Ciências Atuariais na Contemporaneidade") que compõem 13 textos, envolvendo 33 pesquisadoras e pesquisadores, todos voltados ao desenvolvimento da região.

É um livro para ser lido e relido, inclusive instigando a cultura da pesquisa da região do Sertão, desta vez não mais palco apenas de ser objeto, mas de ser protagonista na Ciência.

Boa leitura!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de dez. de 2017
ISBN9788547306311
Protagonismo, Cultura e Sociedade no Vale do Guaribas: 10 Anos da Faculdade R.Sá

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    Pré-visualização do livro

    Protagonismo, Cultura e Sociedade no Vale do Guaribas - Mayara Sousa Ferreira

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2017 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS

    Aos que fazem parte da história dos 10 anos da Faculdade R.Sá.

    Aos protagonistas que todos os dias caminham

    nessa direção em busca do conhecimento.

    AGRADECIMENTOS

    Os agradecimentos vão à Faculdade R.Sá, que nesses mais de 10 anos tem feito história, contribuindo com o crescimento da região por meio da educação e da formação profissional. À vice-diretora Roberta Mara de Deus Urtiga e a Auderi Martins por acreditarem neste projeto e possibilitarem a realização desta obra sonhada por muitos.

    Estendemos aos professores de nossa instituição pelo envolvimento, pela dedicação e pelo empenho na construção dos capítulos que compõem o livro, a partir do desejo de socializarem problematizações de suas pesquisas a fim de contribuírem com a construção de conhecimento acerca da região em que vivemos, o Vale do Guaribas.

    PREFÁCIO

    Uma definição amplamente aceita de desenvolvimento econômico e social de um país (ou região) é a seguinte: […] processo contínuo e sustentado da produtividade média do fator trabalho no longo prazo. Sendo concisa – como devem ser as definições – e ao mesmo tempo abrangente, ela mostra, primeiramente, que o desenvolvimento socioeconômico é um fenômeno de longo prazo, ou seja, de dez ou mais anos. O longo prazo assegura que a dinâmica da economia vai além das melhoras conjunturais decorrentes de impulsos ocasionais e fortuitos. Em segundo lugar, aquela definição põe em destaque o fato de o processo ser persistente e dispor de elementos que lhe dão autonomia. Em terceiro lugar, a definição chama atenção para a importância da mão de obra, o fator trabalho, que, nos processos produtivos, combina-se com os demais fatores – capital, recursos naturais, agentes produtivos e tecnológicos – para produzir bens de consumo e de capital (máquinas e equipamentos) e serviços. O destaque dado por aquela definição à produtividade da mão de obra se deve à relativa facilidade para sua mensuração, podendo, assim, indicar o nível de eficiência alcançada na combinação dos cinco fatores produtivos.

    Em um país em que a mão de obra é abundante relativamente aos demais fatores produtivos, como é o caso do Brasil, a utilização adequada do fator trabalho – inclusive, quando recomendado, pelo uso de tecnologias intensivas em mão de obra – constitui um diferencial a ser considerado. Ademais, se os resultados dos incrementos de produtividade média do sistema econômico forem justos e eficazmente distribuídos entre os proprietários dos fatores mediante os pagamentos de salários, juros, renda da terra e lucros, teremos como resultado uma melhor distribuição da renda nacional e, por extensão, a melhoria do bem-estar médio da população. Isso ocorrerá se as condições econômicas, políticas e jurídicas vigentes favorecerem a implementação de políticas públicas voltadas para a redistribuição da renda nacional. A condição sine qua non para o aumento da produtividade da mão de obra e a melhoria da qualidade do ensino, em todos os níveis, e da capacitação profissional da mão de obra. A condição inversa seria a subutilização do fator de produção abundante – a mão de obra –, que, sem o devido preparo intelectual e profissional, tornaria-se um obstáculo ao processo de desenvolvimento econômico e social.

    Com essa síntese, buscou-se demonstrar a relação de causa e efeito entre Educação, capacitação profissional, produtividade da mão de obra e desenvolvimento econômico e social.

    Existe uma vasta literatura internacional e nacional acerca da correlação existente entre níveis de Educação e estratos de renda pessoal. No Brasil, os estudos sobre o assunto adquiriram proeminência durante a década de 1970, quando modelos econométricos trouxeram resultados quantitativos que corroboravam aquela correlação, bem como a associação existente entre o aumento do número de anos de estudos e o incremento do nível de renda individual. Um dos pesquisadores pioneiros sobre o assunto no Brasil foi o professor de Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro e ex-presidente do Banco Central do Brasil (1983-1985) Carlos Geraldo Zangoni, que publicou, entre outros, o livro Distribuição da renda e desenvolvimento econômico no Brasil (Rio de Janeiro: FGV, 1977). O professor Zangoni conclui, a partir dos seus exercícios econométricos, que o caminho mais rápido e eficaz para alcançar a redistribuição de renda em âmbito nacional é universalizando e aperfeiçoando a educação em todos os níveis.

    Estudos comparativos internacionais a respeito das correlações existentes entre Educação e desenvolvimento mostram como países que partiram de estágios equivalentes de desenvolvimento, obtiveram resultados bastante diferentes, em espaço de tempo relativamente curtos (três ou quatro décadas) nos seus indicadores de desenvolvimento, dependendo da ênfase que deram à Educação de qualidade.

    Um exemplo que se tornou clássico na literatura sobre o assunto é o que compara o desempenho do Brasil e da Coreia do Sul. As estatísticas existentes sobre os dois países revelaram que suas rendas per capita tinham valores equivalentes, quando convertidos das moedas nacionais para dólares norte-americanos. Como é sabido, terminada a Guerra da Coreia em 1953 – quando a península coreana foi dividida em dois Estados nacionais –, cada uma das potências hegemônicas (Estados Unidos da América e União Soviética) tratou de viabilizar economicamente a parte que ficara sob sua influência. Para ajudar a Coreia do Sul, os Estados Unidos começaram abrindo seu fabuloso mercado consumidor. A economia da Coreia do Sul começou a crescer exponencialmente. Mas este país tinha outros trunfos, entre eles a grande valorização da educação em todos os níveis. O ensino de qualidade logo se tornou prioridade nacional e familiar. Os resultados da educação na Coreia do Sul tornam-se modelos para outros países, mas não para o Brasil. A Coreia do Sul é um país pobre em recursos naturais, mas soube compensar a falta desse fator produtivo pela oferta e alta qualidade dos demais fatores e, assim, alcançar altos níveis de desenvolvimento socioeconômico. A comparação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil (0,755) e da Coreia do Sul (0,898), em 2015, mostra bem a importância da Educação para o desenvolvimento das nações.

    Uma das peculiaridades da rica história da Educação em Picos é a que dá conta da coexistência, nos últimos cem anos de unidade de ensino público e particulares de qualidade. E assim tem sido. Um levantamento sobre a existência de unidades escolares a partir da segunda metade do XX mostra o surgimento, em 1923, do colégio Felisberto de Carvalho, pertencente ao professor Miguel Lidiano, em 1926, o professor Mário Rodrigues Martins fundou o colégio particular Coelho Rodrigues. Em seguida, foram criadas duas unidades públicas de ensino: o grupo Escolar Coelho Rodrigues, em 1929 (sendo intendente municipal Justino Rodrigues da Luz) e, em 1937, a Escola Municipal Landri Sales, durante a gestão do intendente municipal Francisco de Sousa Santos. Em 1944 começou a funcionar, no prédio doado pelo monsenhor João Hipólito de Sousa Ferreira às religiosas Irmãs do Coração de Maria, para tal fim, o Instituto Monsenhor Hipólito. Esse educandário inscreve-se na história da Educação em Picos por ter contribuído para formar com competência e disciplina várias gerações de picoenses, a que o autor deste Prefácio tem a honra de pertencer. Em 1949 teve início a primeira turma do Ginásio Estadual Picoense, sendo prefeito de Picos Celso Eulálio, que se empenhou pela sua fundação. Esse Ginásio (hoje denominada Unidade Escolar Marcos Parente) também ocupa lugar proeminente nos Anais do Ensino Secundário (como era chamado na época de sua fundação) em Picos¹. Ainda na década de 1940, duas escolas particulares contribuíram para aumentar o leque de opções de ensino primário em Picos: as escolas dos professores Zezé Eulálio e Laura Freitas (esposa do juiz de direito e diretor do Ginásio Estadual Picoense José Vidal de Freitas). No decorrer da década de 1950, a terceira geração de professores que regressaram a sua terra natal, depois de diplomados em Teresina, Crato e Juazeiro do Norte, identificou uma demanda não atendida por unidade de ensino primário, principalmente pelos pré-adolescentes ingressos do Instituto Monsenhor Hipólito, que, tendo completado a idade de oito anos estavam vedados de ali continuar estudando. Eis os nomes de alguns professores que fundaram suas escolas particulares: Benvida e Dulce Nunes; Elza Célia Neiva, Maíta Santos, Terezinha Sá, Dorinha Xavier. Sobre esta, é justo, destacar a longevidade e diversidade pedagógica das suas unidades de ensino – a par de sua própria longevidade, tendo completado 93 anos de vida e de grande contribuição para a fundação de várias gerações de picoenses. Além da escola de ensino primário e do curso preparatório para o exame de admissão ao ginásio, a professora Dorinha Xavier fundou o Instituto Rui Barbosa e o Colégio Comercial. Na passagem da década de 50 para a de 60, a professora Maria de Lurdes Carvalho criou o colégio Santa Terezinha e os professores Ozildo e Conceição Albano fundaram o Instituto Padre Anchieta. A partir de 1960, com a expansão econômica e demográfica de Picos, novas escolas, colégios, grupos escolares e cursinhos foram surgindo, alguns desaparecendo ao sabor das conjunturas.

    Em meados da década de 2000, o empresário picoense Raimundo (Mundinho) Sá Urtiga, levado por seu tino empreendedor, identificou uma demanda social não satisfeita por cursos de nível superior no município e na região do Vale do Guaribas. A partir de então, ele, assessorado por uma equipe multidisciplinar de professores, deu início ao projeto que culminou com a criação, em agosto de 2006, do Instituo de Ensino Superior Raimundo Sá (Iesra), também chamado de Faculdade R.Sá. A construção de um campus acadêmico foi a tarefa seguinte, que se concretizou com as importantes de definição dos cursos ofertados, de composição do corpo docente e da equipe administrativa.

    Os 13 artigos científicos reunidos nesta coletânea representam uma oportuna e justa contribuição dos seus autores e autoras para as comemorações do 10º aniversário de fundação da Faculdade R.Sá. Mas eles representam bem mais: são também uma prestação de contas à comunidade picoense e à macrorregião influenciada pelo município de Picos dos trabalhos de pesquisa individual ou em equipe visando ao aprimoramento de suas atividades docentes em que os ensinamentos teóricos são esquecidos pelos conhecimentos adquiridos nas pesquisas empíricas bibliográficas ou de campo. Com essas pesquisas, os(as) docentes apresentam à sociedade local (e nacional, em alguns casos) conhecimentos mais aprofundados das questões que dizem respeito ao cotidiano das pessoas. Assim, a Academia homenageia, também, a sociedade que patrocinou sua formação e financiou suas pesquisas, oferecendo-lhe informações e dados mais aprofundados das realidades econômica, social, política e cultural de sua terra, de seu povo.

    Renato Duarte²

    APRESENTAÇÃO

    Pensar o Vale do Guaribas é ousar percorrer um emaranhado de riquezas e patrimônios culturais ligados à transversalidade própria da região. Esta é a proposta desta obra. Um olhar sobre a região. O desejo foi despertado pela rememoração do que já foi alcançado e conquistado ao longo dos mais de 10 anos de atuação da maior Instituição de Educação Superior (IES) privada de Picos, Piauí, a Faculdade R.Sá. Mais que isso, propomos expandir as celebrações de aniversário com a socialização de pesquisas realizadas, sob a ousadia de fazer com que tais conquistas tomem proporções maiores e instiguem novos olhares sobre o Sertão piauiense.

    Nesta virada da primeira década, surge o primeiro livro produzido em esforço conjunto pelos docentes dessa IES. Articulação continuada do projeto efetivado em agosto de 2006 com a instalação de mais uma oportunidade de formação profissional, desenvolvimento educacional e construção cidadã para Piauí, Pernambuco e Ceará. Após a instalação, tratamos de crescer, expandindo-nos estruturalmente e sendo destaque na qualidade do ensino ofertado. Nesse tempo, formamos mais de três mil profissionais para atuarem na região que congrega cerca de cem municípios desses três estados nordestinos.

    Estamos agora a tecer uma rede de pesquisas conjuntas, inter e multidisciplinares. Essa é a perspectiva que idealizamos com este projeto, comprometidos com a excelência acadêmica e o desenvolvimento da sociedade por meio de debates, de críticas, de questionamentos e da formação de recursos humanos de indiscutível qualidade. Reunimos estudos de docentes dos oito cursos que ofertamos, materializamos neste espaço de apresentação, e disponibilizamos uma visão pluralista e, ao mesmo tempo, integrada.

    Com essas interligações entre pesquisas, estudos e áreas, pretendemos não só envolver a comunidade acadêmica, mas levar à sociedade contribuições sólidas e abstratas, reflexões, estímulos, perspectivas. O desafio é, de algum modo, valorizar a região em que estamos situados sem perder de vista os amplos horizontes. Uma ferramenta para a constituição cidadã; afinal, esse é o papel da academia.

    Conhecendo o Vale do Guaribas

    O planejamento do Desenvolvimento Territorial no Piauí³ teve início em 2003, com a proposta dos Cenários Regionais enquanto proposta de regionalização para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas, por meio de ação integrada de planejamento participativo. A Secretaria Estadual de Planejamento e Secretaria de Desenvolvimento Rural/Pronat mapearam o estado em 11 territórios de desenvolvimento e 27 aglomerados de municípios, projetando ações necessárias para seu desenvolvimento sustentável, que busca a melhoria da qualidade de vida, a equidade social, o aumento da eficiência econômica e a conservação ambiental, sendo resultante de consensos compartilhados dos atores sociais e do Estado, nas decisões tomadas no processo dinâmico do planejamento participativo. Nomeado de eixo convergente do Território do Vale do Guaribas, Picos-PI inclui 39 municípios, possuindo uma população de 73.417 habitantes⁴, tendo nas suas proximidades inúmeras vilas, cidades e povoados, que se utilizam da estrutura, na aquisição de bens e serviços de toda natureza, sendo fator decisivo para sua dinamicidade econômica e, consequentemente, para o desenvolvimento das funções urbanas nos setores de saúde, educação, serviços bancários e comércio, dentre outros. A grande maioria dos municípios (80,55%) situa-se na faixa deIDH-M entre 0,497 e 0,600, sendo que o município de Picos (0,703) apresenta os melhores índices. As atividades de maior relevância econômica estão relacionadas a agropecuária e agroindústria. Outros componentes são a mineração e o setor de comércio e serviços.

    A pesquisa para além do Vale do Guaribas

    A importância da pesquisa no mundo acadêmico é imensurável, pois, sendo a pesquisa um grande sistema complementar nas universidades, proporciona aos acadêmicos um profundo aperfeiçoamento formativo. Sendo assim, ela é entendida como um instrumento fundamental para a concepção de um conhecimento primoroso, pois a pesquisa e a construção do conhecimento são aspectos inerentes ao ingressante de nível superior. Tendo em vista que a pesquisa, além do compromisso de formar estudiosos ou cientistas, enriquecendo seus currículos, também é de fundamental importância para o desenvolvimento da sua localidade e região, possibilitando o ingresso numa era atualizada e moderna.

    Assim é o conhecimento do ensino nessa dinâmica da socialização, afirmada nas palavras de Demo⁵. Para que se tenha um progresso na qualidade do ensino nos cursos de nível superior é necessário que a pesquisa exerça o papel principal dentro e fora de sala de aula, e que apresente um elo para com a prática pedagógica do docente promovendo uma formação crítica e reflexiva. Nos dias atuais, a globalização vem impulsionando um mercado cada vez mais competitivo, e as novas tecnologias, por sua vez, exigindo do profissional, mais do que o conhecimento teórico, também uma prática baseada na construção de conhecimentos, informação, produção científica, que venha a tornar-se base para o progresso humano, tecnológico e cultural. Segundo Rodrigues⁶, tal reprodução e produção devem ser acompanhadas de uma análise crítica, reflexiva e criativa para que os profissionais formados possam ingressar na sociedade de maneira competente e atuante. Nessa dinâmica social do ensino, faz-se necessária a criação de novos paradigmas para explicar a realidade, exigindo sujeitos mais instigantes com uma consciência social maior, contribuindo com ações na defesa de direitos e na gestão de políticas públicas. Profissionais capazes de ajustar-se conscientemente a seus lugares na sociedade, assim afirma Lisniowski⁷; a inclusão de uma análise histórica e a inclusão de outras racionalidades e a própria produção do conhecimento científico precisa ser contextualizada dentro de uma realidade histórico-social que busca criticidade, para que se produzam novos elementos de análise. A pesquisa na universidade dentro desses novos paradigmas vem, aos poucos, tornando seu espaço peça importante na formação

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