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Os Olhos da Noite
Os Olhos da Noite
Os Olhos da Noite
E-book78 páginas11 minutos

Os Olhos da Noite

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Sobre este e-book

O elemento noite é sempre atraente. A noite é um signo. Em seu livro de estreia, Os Olhos da Noite, o poeta Paulo Rodrigo Ohar está em simbiose com a obscuridade. Não apenas a sua experiência, mas a marca metafórica amparada a outros poetas que do mesmo modo cantaram a escuridão, como Baudelaire e Rimbaud. Uma poesia contida, intensa, que investiga os códigos da noite sem deixar de lado a combinação eficaz entre o lirismo e a contundência do dito, sem rodeios. Nas quatro partes que integram o livro, Alucinantes, Noturnos, Reverberações e Curtas, a palavra noturna consegue alcançar o poético sem abrir mão de uma dicção legítima: a noite é tema e núcleo daquilo que se escreve coberto da mesma noite. Observações, segredos, confissões, a noite percorrida de madrugada trazida para dentro de casa. O autor tem pleno domínio sobre o tema que pretende costurar sua poesia. Quem aprecia a delícia da noite vai logo se reconhecer. A noite aqui é brinde e sugestão, carne crua. Presente dos deuses: os mesmos entorpecidos dessa noite. 
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de out. de 2015
ISBN9788583382508
Os Olhos da Noite

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    Os Olhos da Noite - Paulo Rodrigo Ohar

    desgarradas

    crianças desgarradas na noite

    correm entre os carros

    pequenas sombras em frenesi

    luzes e o estrépito da cidade maculada

    desfazem os sonhos

    indômitas crianças

    chagas esculpidas no coração

    risível solitude

    lunáticos

    no ermo caleidoscópico

    lunáticos inermes passeiam

    acometidos pela lues

    a ostentam como um

    presente dos deuses

    nas suas demências alucinógenas

    provocam uma alquimia de ideias

    resultando na essência da loucura

    que cura

    prazer do sádico

    censuramos e somos

    censurados

    somos carrascos de nós mesmos

    sentimos o prazer do sádico

    nos definhamos em nossos desejos sórdidos

    a carniça nos atrai

    como atrai a ave peçonhenta

    ave de luxúria e esplendor

    uma estação

    as nuvens engendram imagens psicodélicas

    espectros perdidos formam-se nelas

    o vento uiva

    chamando pelos pássaros

    pois eles trarão as almas de volta à terra

    para

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