A Trajetória do INEP no Contexto das Políticas Públicas Brasileiras
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A Trajetória do INEP no Contexto das Políticas Públicas Brasileiras - Cecilia Neves Lima
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO - POLÍTICAS E DEBATES
Aos meus pais, ao meu marido e amigos queridos, por todo amor e paciência dedicados à concretização de um sonho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por me permitir existir e me dar força espiritual para seguir nos momentos de dificuldade e dúvidas quanto aos caminhos escolhidos e percorridos.
À minha família, em especial a meu pai (in memoriam) e minha mãe, que sempre buscaram me proporcionar o melhor, mesmo com todas as dificuldades. Ao meu marido Thiago, pelo carinho e amor.
Ao grande amigo professor doutor Pablo Silva Machado Bispo dos Santos, que sempre acreditou em minhas ideias, incentivou-me e apoiou a escrita desta obra. Um amigo querido e mestre na arte da pesquisa educacional.
Aos professores que passaram por minha formação acadêmica, desde a graduação até o doutorado. Sem os ensinamentos de vocês seria muito mais difícil ter uma visão crítica do mundo. Um agradecimento especial à professora Ana Waleska Campos Pollo de Mendonça (in memoriam), grande mestra e orientadora do doutorado.
APRESENTAÇÃO
A temática do INEP e as implicações de sua atuação na política educacional brasileira ainda é pouco pesquisada de modo sistemático pelos pesquisadores da área educacional. Esse órgão, criado em 1937 e que existe de modo atuante na organização e execução de políticas públicas, tem um histórico extremamente relevante para a educação brasileira, especialmente se centrarmos nosso olhar nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Período profícuo para a política brasileira, também podem ser exemplares da capacidade estratégica do órgão na sobrevivência de um modus operandi cunhado e que, até hoje, marca a trajetória desse órgão.
Dessa forma, a presente publicação é uma compilação de artigos publicados em anais de eventos, de minha dissertação de mestrado e minha tese de doutorado, que, ao longo de minha trajetória acadêmica/profissional, foram adaptados para esta obra e que versam sobre a temática da trajetória política do INEP na formulação e na atuação nas políticas públicas educacionais no período.
A autora
PREFÁCIO
O trabalho de escrita guarda similaridades muito grandes com o trabalho de forjadura. As ideias, quaisquer que sejam, chegam até o autor por intermédio do pensamento sem um formato definido e precisam, até que possam vir organizadas na forma de texto ao leitor, ser forjadas e burladas
. Este é um ofício difícil, ainda mais se tratando de textos técnicos.
O livro em questão, de autoria da professora Cecilia Neves Lima, é como uma forja: reúne conceitos, registros históricos, teoria e empiria em constante transformação na difícil arte da escrita. Após esse processo, o material bruto que vem a compor os diferentes artigos é organizado de maneira a integrar a um todo articulado e coerente.
Igualmente difícil é organizar artigos que estão dispersos em mais de uma década de trabalho no qual diversos aspectos do mesmo objeto são investigados. Neste livro é possível acompanhar parte da evolução e trajetória desta jovem pesquisadora cujos rumos traçados na intersecção entre a Política e a História, entre a Educação e a Administração Pública permitem ao leitor transitar de maneira segura pelo emaranhado de perspectivas teóricas e versões historiográficas acerca da educação brasileira, sobretudo no que tange aos anos de 1950-1970.
O objeto de análise escolhido possui uma importância fulcral para a história da educação brasileira, pois foi no INEP que muitas das experiências educacionais (cuja base principal se assentava no binômio pragmatismo-desenvolvimentismo) puderam ser levadas a termo. Mais que isso! Toda uma visão diferente de administração pública e gestão educacional foi desenvolvida no âmbito desse órgão, em que pese o fato de que parte das iniciativas sobrevive a um longo período sob a égide da Ditadura Militar.
Os fatores expostos já seriam suficientes para recomendar a obra da professora Cecilia Lima, porém devo salientar que há ainda um diferencial importante: em vários destes artigos (que são fruto de estudos e pesquisas com documentos) é possível vislumbrar um modo diferente de fazer história, o qual se insurge contra uma tendência esquemática, estruturalista e economicista que permeia algumas obras na área da Educação, em especial no que tange à temática da história da educação brasileira.
Com tudo isso, há de finalizar dizendo que esta é uma obra que reúne as condições para se tornar um clássico na área da Educação.
Pablo Silva Machado Bispo dos Santos
Doutor em Ciências Humanas – Educação – pela PUC-Rio
Professor Adjunto IV/Universidade Federal Fluminense
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Sumário
INTRODUÇÃO
1
CONHECENDO O INEP: BREVES COMENTÁRIOS SOBRE
SUA MISSÃO E ORIGEM
1.1 AS APROPRIAÇÕES DO INEP ACERCA DO DESENVOLVIMENTISMO
E PRAGMATISMO DEWEYANO
2
O INEP NA GESTÃO DE ANÍSIO TEIXEIRA (1955-1964)
2.1 A CRIAÇÃO DO CBPE E DOS CRPES
2.2 A DIVISÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO MAGISTÉRIO (DAM):
AÇÕES E DIRETRIZES
2.3 O PRIMEIRO CENTRO EXPERIMENTAL DO INEP: A ESCOLA GUATEMALA
3
O INEP PÓS 1964: A MUDANÇA DE PARADIGMA
3.1 AS GESTÕES DE CARLOS PASQUALE E CARLOS MASCARO
3.2 O PROGRAMA ESTRATÉGICO DO DESENVOLVIMENTO:
CONTEXTO ECONÔMICO, POLÍTICO E SOCIAL
3.2.1 O Projeto Operação Escola
3.3 INEP E IPEA: EMBATE DE IDEIAS ACERCA DO PROTAGONISMO DAS
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
3.3.1 Expansão escolar
3.3.2 Reforma do Ensino Primário
3.3.3 Planejamento educacional
3.3.4 Seleção das áreas contempladas com a OP
3.4 PROJETO DA OP: VESTÍGIOS DE ANTECIPAÇÃO DA REFORMA
DE ENSINO DE 1º E 2º GRAUS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FONTES PRIMÁRIAS
ENTREVISTA
INTRODUÇÃO
Escrever sobre uma instituição como o INEP não foi e não é das tarefas mais fáceis. Ao longo de uma década me aproximei dessa temática e fiz dela meu objeto de estudos desde a graduação até o doutorado. Muitas perguntas ainda não têm resposta, mas busquei agrupar nesta obra, composta por artigos publicados em periódicos, anais de congressos, dissertação e tese, um pouco de minhas inquietações com um objeto de análise tão rico e pouco explorado no cenário educacional brasileiro.
A pesquisa educacional ganhava tônus com as ações empreendidas pelo INEP nos anos de 1950-1960 no Brasil sob a égide de Anísio Teixeira. Uma série de ações e diretrizes educacionais implementadas pelo órgão moldava a realidade brasileira e possibilitou que a pesquisa, bem como a formação de professores, ganhasse destaque na formulação das políticas públicas do período. O protagonismo do INEP é então latente.
Encontrando clima propício
na política governamental do desenvolvimentismo, a pesquisa em educação brasileira se firmava como uma possibilidade real de mudança. Dessa forma, o INEP tinha prestígio na estrutura política brasileira e um quadro de funcionários que possibilitava que esse prestígio se transformasse em ações concretas de intervenção na realidade.
A partir de 1964, com a ditadura militar, uma nova estrutura política e econômica começa a se concretizar. O alinhamento com os países capitalistas (no contexto da Guerra Fria) traz para a América Latina um realinhamento na cadeia produtiva mundial. Dessa forma, as políticas públicas para a educação sofrem diretamente uma grande modificação em relação aos pressupostos filosóficos e de ação no cenário da política nacional. Iniciava-se um novo paradigma para a educação brasileira, com ideias, diretrizes e ações baseadas em critérios econômicos de racionalidade técnica, produtividade e planificação.
Nesse contexto, o INEP inicia um processo de perda de prestígio e protagonismo nas formulações das políticas públicas para a educação, tornando-se uma instituição muito mais executora do que formuladora de ações. Paradigmas economicistas ganham força e cada vez mais alinham o País numa cadeia produtiva periférica de conhecimento.
Depois dessa breve explanação do contexto histórico do INEP entre 1950 e 1970 se faz necessário compreender as nuances dessa instituição em face de mudanças tão significativas em seu modus operandi e em sua própria filosofia de ação. O termo qualidade em educação se apresenta como necessário nesse contexto para a compreensão das principais ações das políticas públicas em educação nos últimos 50 anos pelo menos. Dessa forma, conhecer a trajetória do INEP é atual e seu entendimento se faz necessário à medida que estamos buscando os principais elementos que compunham essas políticas de expansão da obrigatoriedade escolar e diminuição da evasão e repetência. Políticas essas que tinham o intuito de solucionar
os problemas educacionais que refletiam negativamente o chamado desenvolvimento econômico do País, estabelecendo pontos de continuidade e ruptura com as políticas públicas para a educação, principalmente no tocante à compreensão do termo qualidade em educação.
Ao longo de toda uma trajetória acadêmica como pesquisadora e docente busquei compreender essa instituição em momentos