De todas as únicas maneiras
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Sobre este e-book
Em tempos de amores líquidos e mensagens instantâneas, com um mundo virtual de diversões ao alcance dos dedos, nada mais oportuno para as novas (e antigas) gerações do que (re)descobrir em todas as suas únicas maneiras – a cada nova atualidade. Se os tempos são outros, agora muito mais velozes ou efêmeros, os sentimentos são ainda os mesmos.
E ainda cabem nas palavras, talvez mais do que em mil imagens, como fica claro nestas histórias (ou neste mosaico que forma sempre a mesma história). Os cortes e a montagem, como num filme, ou o arranjo, como numa canção, dão o tom de uma obra original, que transita entre os diversos gêneros para falar de um romance.
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De todas as únicas maneiras - Jorge Viveiros de Castro
Jorge Viveiros de Castro
DE TODAS AS ÚNICAS MANEIRAS
Nota do autor
De todas as únicas maneiras foi escrito entre 1992 e 1993, ano em que foi publicado pela editora Diadorim. Em 2002, ganhou nova edição pela 7Letras, com o título acrescido de & outras
, reunindo também alguns textos então inéditos em livro, bem como o breve
A caminho, lançado originalmente na coleção Moby-Dick em 2001.
Esta terceira edição, que comemora 20 anos do lançamento, reproduz na íntegra a versão original da obra – sem as outras histórias
–, talvez apenas com um ou outro pequeno ajuste feito durante a digitação ou a revisão final das provas. Seja como for, a intenção foi manter a máxima fidelidade ao livro da (única) maneira como foi escrito pelo jovem autor que já mal reconheço nessas páginas.
Numa nota à segunda edição, comentei que a ideia original era a de uma espécie de quase-romance – composto de pequenas histórias ou cenas, sonhos, fragmentos, repetições, personagens sem nome. Mencionei a tentativa de algo musical, na composição. Não parece exatamente um livro de contos, mas também pode-se dizer que sim (nunca soube responder quando perguntavam). Então fica por conta do leitor, descobrir o que seja.
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
gilberto gil, Drão
Lá menor (prelúdio)
Ela ali sentada sem dizer palavra, eu era a vontade de abraçá-la. Não cabia em meu corpo e meu corpo sobrava, eu era todo: alma. Inexplicava. Ela media cada frase, cada passo. De tão perto é difícil chegar. A fala afasta, resvala no falso. Verdade. Será preciso falar? Talvez bastasse prestar atenção às cigarras. Eu não prestava.
Cada noite a mesma despedida, a mesma impossibilidade repetida. E havia. Lágrimas nos olhares, disfarçadas. O difícil contínuo fim, interminado.
Ainda assim faz muita falta, ela sentada ali sem dizer palavra. Um livro no colo. Em geral o mesmo – a capa vermelha caindo aos pedaços. Eu nem perguntava, sabia dos poemas. Apenas ficava a seu lado. Inventava viagens pra gente ir, pra gente não ir. Ela inventava viagens solitárias (e embarcava). Eu continuava ali.
Perto das árvores.
A música logo vinha acompanhar, adivinhada, silenciosa. Nos murmúrios. Sempre aquela música. Então: entendíamos? – apenas. A melodia triste. Eu quis explicar um dia (às vezes era às vezes, às vezes nunca às vezes, sempre...) o sentir. Agora ela sorri, não diz. Eu também não disse.
Um dia que não aquele, nenhum daqueles, soubemos. Uma presença ausente, o eterno tema. Sem querer. Até sermos jovens, cada vez menos.
Havia um livro diferente.
Tenho a impressão de vê-la, ali sentada sem dizer palavra. Novamente sei que ela sabe. O inexplicado. Tenho a impressão de ter estado mais uma vez a chamá-la. Nome, ideia, imagem. Plural no tempo, tensa coisa rara, e fábula.
Quando ela vai embora nunca olha para trás.
Possíveis presentes
Estou parado na porta do cinema, à espera. No letreiro,