Outro (& outras)
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Sobre este e-book
Uma mulher, uma filha, uma noiva que dança, crianças que brincam em carrossel, quantas outras personagens cabem por trás do espelho? Cada conto tem sua própria história e sua própria voz, mas todos também se entrelaçam tecendo novas tramas, ao gosto do leitor. Em meio às ausências e transformações trazidas pelo tempo, o que fica mesmo é a escrita – esta maneira única e tão antiga de dizer de um jeito novo o que se esconde dentro das palavras, muto além do que elas saibam ou não dizer.
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Outro (& outras) - Jorge Viveiros de Castro
Jorge Viveiros de Castro
OUTRO (& OUTRAS)
Para o outro Jorge.
A cores
Um dia eu era poeta, agora ex. Não sei o que me fez assim: um dia era artista, via cores inexistentes, cores que só havia em sonhos, magia, ilusões. E ao senti-las, tocá-las, sabê-las, inventá-las, ao trazê-las para as telas vazias dos meus quadros, ao pintá-las invisíveis nas palavras mudas que dizia, era o sem-fim.
Um dia era louco, de tantas proezas. (Depois vivi a vida falsa, em nome de quem.)
O personagem desses quadros, dessas telas sem tinta, a invenção que sou, quem era, desconheço: pois ia seguindo sem pistas, sem letras, sem frases, sem a chave que me achasse, sem decifrar jamais o que se passa. Pelo verso do que em mim se descosturava – por entre as linhas de minhas lábias, pelas tentativas inúteis de tentar saber dizer, depois (que nunca mais era outra vez poeta) que aprendi que as coisas são feitas de palavras. Então, o mundo que coloria meus desenhos para sempre se desfez.
A caminho
DEPOIS
Então o tempo acabou mas continua. Marcamos um encontro, como se nada tivesse acontecido. E conversamos, e dissemos tanto, mesmo antigos segredos ocultos. Mesmo evasivos. E as lembranças, as mesmas, e tão diversas. Qual era o lugar aonde íamos, no dia em que nos perdemos? Você contou novas histórias, de sonhos, terraços e carros amarelos, de amores perfeitos porém alheios, desses que nunca acontecem, que a gente até lembra e alimenta, e pensa no que poderia