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O anel do príncipe
O anel do príncipe
O anel do príncipe
E-book168 páginas3 horas

O anel do príncipe

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Sobre este e-book

Desde a infância, o príncipe Vitale foi forçado a compreender a responsabilidade de pertencer à família real, mas o desejo que sentia por Jazmine destruíra a sua capacidade de se reprimir. Quando ela lhe confessou a sua inesperada gravidez, não teve outra escolha: soube o que deveria fazer. Um casamento temporário legitimaria os gémeos. No entanto, como a paixão entre eles ainda estava bem presente, teve de perguntar a si mesmo se Jazmine poderia ser a sua princesa para sempre.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de ago. de 2019
ISBN9788413282701
O anel do príncipe
Autor

Lynne Graham

Lynne Graham lives in Northern Ireland and has been a keen romance reader since her teens. Happily married, Lynne has five children. Her eldest is her only natural child. Her other children, who are every bit as dear to her heart, are adopted. The family has a variety of pets, and Lynne loves gardening, cooking, collecting allsorts and is crazy about every aspect of Christmas.

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    Pré-visualização do livro

    O anel do príncipe - Lynne Graham

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2018 Lynne Graham

    © 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    O anel do príncipe, n.º 92 - Agosto 2019

    Título original: Castiglione’s Pregnant Princess

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

    Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-1328-270-1

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Créditos

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Epílogo

    Se gostou deste livro…

    Capítulo 1

    – Vá lá. – Zac da Rocha repreendeu o irmão. – Tem de haver alguma coisa que possa fazer-se, alguma coisa que desejes mais do que esse carro. Vende-mo e posso comprar-te o que quiseres.

    Uma hostilidade intensa apoderou-se do príncipe Vitale Castiglione, porque o meio-irmão brasileiro irritava-o imenso. O facto de ambos colecionarem carros de luxo devia ser a única coisa que tinham em comum. Contudo, Zac nunca aceitava uma negativa. Só servia para o convencer a aumentar o preço. Não parecia capaz de entender que não conseguia subornar Vitale. Mas Zacarias da Rocha, herdeiro das lendárias minas de diamantes Quintel da Rocha e incrivelmente rico, até mesmo para o nível dos irmãos, não estava habituado a ser rejeitado ou dececionado e era incapaz de respeitar os limites da cortesia. Com uma expressão sombria no seu rosto forte e magro, Vitale olhou para o irmão mais novo com os seus olhos escuros impassíveis, graças a anos de dura autodisciplina.

    – Não – repetiu Vitale, em voz baixa, enquanto desejava que o irmão mais velho, Angel Valtinos, voltasse e fizesse com que Zac se calasse, já que não gostava de ser indelicado, porque o tinham educado dentro das tradições opressivas e a formalidade de uma família real europeia. Uma vida de controlo rígido entrava em ação de forma invariável para evitar que perdesse a cabeça e manifestasse os seus verdadeiros sentimentos.

    Claro que estava a ser uma manhã muito incómoda. Vitale ficara perturbado quando o pai, Charles Russell, lhe pedira e aos dois irmãos para se encontrarem com ele no seu escritório. Era um pedido pouco habitual, já que, normalmente, Charles Russell fazia o esforço de ver os filhos por separado. Vitale estava a questionar-se se acontecera uma emergência familiar quando o pai aparecera e levara Angel, o filho mais velho, para o escritório, deixando Vitale na companhia de Zac. Não era uma perspetiva muito divertida, refletiu, antes de se repreender por pensar nisso.

    Ao fim e ao cabo, não era culpa de Zac ter conhecido o pai no ano anterior e continuar a ser quase um desconhecido para os meios-irmãos que, apesar do divórcio dos seus respetivos progenitores, se conheciam desde a infância. Infelizmente para Zac, o seu cabelo preto despenteado, as suas tatuagens e a sua atitude agressiva não encaixavam. Era muito pouco convencional, muito competitivo… era demasiado em todos os sentidos. Também não ajudava que fosse apenas dois meses mais novo do que Vitale, o que significava que o tinham concebido enquanto Charles Russell estava casado com a mãe de Vitale. No entanto, entendia porque o adultério acontecera. A mãe era uma pessoa fria, enquanto o pai era emotivo e afetuoso. Pensava que, enquanto Charles estava a tratar do divórcio, um divórcio que o devastara, procurara consolo numa mulher mais carinhosa.

    – Então, vamos apostar – propôs Zac, sem conseguir conter-se.

    Vitale sentiu vontade de revirar os olhos, mas não disse nem fez nada.

    – Ouvi-te antes a falar com o Angel sobre o grande baile do palácio que se celebrará em Lerovia, no fim do mês – comentou Zac. – Acho que será muito formal, que irão pessoas importantes e que a tua mãe espera que escolhas uma esposa de entre as convidadas femininas que escolheu cuidadosamente…

    Vitale corou e cerrou os dentes.

    – A rainha Sofia gosta de me organizar a vida, mas não tenho intenção alguma de me casar.

    – Seria muito mais fácil manter todas essas mulheres afastadas se fosses acompanhado de uma – observou Zac, rapidamente, como se soubesse por algum tipo de osmose misteriosa como a mãe pressionava invariavelmente o filho. – Portanto, esta é a aposta… Aposto que não consegues transformar uma mulher comum numa da alta sociedade e fazê-la passar por tal no baile. Se conseguires, ofereço-te o meu carro mais prezado, mas, como é natural, espero que me convides para o baile. Se a tua acompanhante não passar no teste, dás-me o teu carro mais valioso.

    Vitale quase revirou os olhos devido a uma aposta tão descaradamente juvenil. Como era evidente, não apostava. Afastou o cabelo preto da testa com um ar impaciente.

    – Não sou o Pigmalião e não conheço nenhuma mulher «comum».

    – Quem é o Pigmalião? – perguntou Zac, franzindo o sobrolho. – E como podes não conhecer mulheres comuns? Vives no mesmo mundo que eu.

    – Eu não diria tanto.

    Vitale vivia sempre com discrição e evitava as mulheres ávidas de fama que podiam vangloriar-se de o ter conquistado, apesar de Zac considerar que qualquer mulher atraente era um alvo legítimo. No entanto, Vitale não queria arriscar-se a deixar que um jornal sensacionalista publicasse conteúdos de caráter sexual que desonrariam o trono da Lerovia.

    Do mesmo modo, era banqueiro e presidente do muito conservador e respeitável Banco da Lerovia, por isso esperava-se que tivesse uma vida formal. Os banqueiros que tinham uma vida desordenada deixavam os investidores nervosos, o que era contra os lucros bancários.

    Afinal de contas, a Lerovia era um paraíso fiscal de fama internacional. Era um país pequeno, rodeado de outros muito maiores e poderosos. O avô de Vitale criara a riqueza e a estabilidade do país sobre uma base económica segura. Vitale tinha poucas opções profissionais. A mãe queria que se limitasse a ser o príncipe herdeiro, mas ele desejava alcançar uma meta mais importante, para além da liberdade de ser ele próprio, algo que a mãe autoritária não estava disposta a consentir.

    Lutara pelo seu direito de estudar, tal como continuava a lutar pela sua liberdade de escolha como homem solteiro. Com apenas vinte e oito anos, não estava pronto para aceitar a responsabilidade de ter uma esposa ou, o que era ainda mais deprimente, um filho. Sentia um nó no estômago devido à perspetiva de ter um bebé chorão que se agarrava a ele em busca de apoio. Além disso, sabia melhor do que ninguém como seria difícil para qualquer mulher entrar na família real da Lerovia e ver-se obrigada a lidar com a mãe dominante, a rainha.

    Nesse momento, Angel voltou. Parecia anormalmente apagado. Vitale levantou-se com um salto e com um olhar inquisitivo.

    – É a tua vez – informou o irmão mais velho, num tom seco, sem tentar responder à pergunta não formulada de Vitale para que esclarecesse a situação.

    Angel estava visivelmente nervoso, reconheceu Vitale, surpreendido, enquanto se questionava do que Charles Russell falara com o filho mais velho. Imaginou e tremeu, porque era provável que o pai tivesse descoberto que Angel tinha uma filha ilegítima que não conhecia. Era o maior e mais escuro segredo de Angel, que só revelara ao irmão, e era provável que se tratasse de um assunto incendiário para um homem tão dedicado aos filhos como o pai.

    No entanto, pensou Vitale, com total segurança, era um erro que ele nunca cometeria, porque não corria riscos no que dizia respeito ao controlo da natalidade. Sabia perfeitamente que as suas opções seriam muito limitadas se alguma coisa corresse mal: Ou enfrentava um escândalo ou se casava com a mulher em questão. Visto que qualquer das duas opções lhe gelava o sangue, jogava sempre pelo seguro.

    Charles Russell, um homem de meia-idade, de cabelo grisalho e ainda atraente, adiantou-se para dar ao filho, mais alto do que ele, um abraço.

    – Lamento ter-te feito esperar tanto.

    – Não faz mal – respondeu Vitale, recusando-se a reconhecer que deixara a mãe furiosa por insistir em viajar para Londres em vez de ficar para desempenhar, mais uma vez, uma função cerimoniosa na corte. O seu corpo magro e musculado ficou rígido entre os braços do pai porque, embora o seu afeto o comovesse, era difícil corresponder-lhe. No seu interior, continuava a ser o menino acovardado cuja mãe o afastara com desgosto enquanto lhe dizia que era mau e próprio de um bebé continuar à procura desse tipo de atenção.

    – Preciso que me façam um favor e pensei que poderias tratar melhor desse assunto espinhoso do que eu – disse Charles. – Lembras-te da governanta que contratei na Chimney’s?

    Os olhos escuros e eloquentes de Vitale esbugalharam-se de confusão. Angel e ele tinham passado períodos inumeráveis de férias na casa de campo do pai, na fronteira galesa, que Vitale adorava, pois, durante esse tempo, libertava-se das tradições opressivas e da formalidade da corte da Lerovia. Na Chimney’s, uma casa de campo de estilo isabelino, Vitale fora livre como um pássaro, livre para se sujar quando era criança, livre para ser um adolescente difícil, livre para ser o que quisesse, sem a tensão constante de ter de se esforçar para estar à altura de expectativas arbitrárias.

    – Não, não me lembro dos que trabalhavam lá.

    O pai franziu o sobrolho, dececionado com a resposta.

    – Chamava-se Peggy. Trabalhou para mim durante anos. Estava casada com o Robert Dickens, o jardineiro.

    Uma lembrança leve refletiu-se no olhar confuso de Vitale, uma lembrança de um antigo escândalo.

    – Uma mulher ruiva que se foi embora com um homem mais jovem – disse.

    Esse tom fez com que o pai voltasse a franzir o sobrolho.

    – Sim, essa. Ele era um dos aprendizes de jardineiro, de olhar furtivo e grande eloquência. Sempre me senti responsável pelo que aconteceu.

    Vitale, que era incapaz de se imaginar a envolver-se na vida privada de um empregado, olhou para o pai, perplexo.

    – Porquê?

    – Várias vezes, vi que a Peggy tinha nódoas negras – reconheceu Charles, com desconforto. – Suspeitava que o Dickens a maltratava, mas não fiz nada. Perguntei-lhe várias vezes se estava bem e ela respondia sempre afirmativamente. Devia ter feito mais.

    – Não vejo como podias tê-lo feito se ela não estava disposta a queixar-se – observou Vitale, tirando-lhe importância, enquanto se interrogava onde os levaria aquela conversa estranha e se espantava por o pai estar tão visivelmente afetado ao falar da vida de uma antiga empregada. – Não foste responsável.

    – O bom e o mau nem sempre são como o preto e o branco – respondeu Charles Russell. – Se a tivesse apoiado mais, talvez tivesse confiado o suficiente em mim para me contar a verdade, e eu teria podido proporcionar-lhe a ajuda de que a filha e ela precisavam. Em vez disso, fui cortês e distante, e ela acabou por fugir com aquele canalha.

    – Não vejo que outra coisa poderias ter feito. Temos de respeitar os limites, sobretudo, com os empregados – afirmou Vitale, que ficara tenso ao ouvir o pai a mencionar a filha de Peggy e se esforçava para o esconder. Lembrava-se muito vagamente de Peggy Dickens, mas lembrava-se da sua filha, Jazmine, provavelmente, só porque Jazz fazia parte de uma das suas lembranças de adolescência mais embaraçosas. Não gostava de voltar àqueles dias, prévios à sua aprendizagem do tato e da discrição.

    – Não, deves ser mais compassivo, Vitale. Os empregados também são pessoas e, às vezes, precisam de ajuda e compreensão.

    Vitale não queria ajudar os empregados do banco ou do palácio nem compreender o que os motivava, só desejava que fizessem o seu trabalho do melhor modo possível. Não se relacionava com eles no plano pessoal, mas,

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