Horas extras com o chefe
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Sobre este e-book
O incorrigível playboy Aleksi Kolovsky tinha assombrado o mundo quando anunciou que ia casar-se, mas o anel de noiva que Kate levava no dedo não significava "para sempre"... Só até que a Casa Kolovsky, a lucrativa empresa da família, fosse definitivamente cedida a Aleksi.
Aleksi convenceu a sua secretária pessoal, Kate, de que devia pensar no seu falso compromisso como numa promoção que incluía algumas bonificações adicionais... Como descobrir se ele era realmente um amante fenomenal como diziam ser!
De repente, trabalhar horas extraordinárias adquiriu um significado totalmente novo para Kate!
"m casamento de conveniência... Com o seu chefe!
O incorrigível playboy Aleksi Kolovsky tinha assombrado o mundo quando anunciou que ia casar-se, mas o anel de noiva que Kate levava no dedo não significava "para sempre"... Só até que a Casa Kolovsky, a lucrativa empresa da família, fosse definitivamente cedida a Aleksi.
Aleksi convenceu a sua secretária pessoal, Kate, de que devia pensar no seu falso compromisso como numa promoção que incl" casamento de conveniência... Com o seu chefe!
O incorrigível playboy Aleksi Kolovsky tinha assombrado o mundo quando anunciou que ia casar-se, mas o anel de noiva que Kate levava no dedo não significava "para sempre"... Só até que a C"casamento de conveniência... C
Carol Marinelli
Carol Marinelli recently filled in a form asking for her job title. Thrilled to be able to put down her answer, she put writer. Then it asked what Carol did for relaxation and she put down the truth – writing. The third question asked for her hobbies. Well, not wanting to look obsessed she crossed the fingers on her hand and answered swimming but, given that the chlorine in the pool does terrible things to her highlights – I’m sure you can guess the real answer.
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Horas extras com o chefe - Carol Marinelli
Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2010 Carol Marinelli
© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.
Horas extras com o chefe, n.º 1539 - Maio 2014
Título original: The Last Kolovsky Playboy
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-5152-8
Editor responsable: Luis Pugni
Conversión ebook: MT Color & Diseño
Índice
Portadilla
Créditos
Índice
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Epílogo
Volta
Prólogo
Não podia voltar a entrar no escritório. Ou melhor, não podia voltar a entrar naquele estado.
Kate sentiu que se ruborizava e que lhe tremiam as mãos enquanto segurava os cafés que levava para o seu chefe e para o meio-irmão mais novo dele, Aleksi.
Nunca na sua vida tinha reagido tão intensamente a alguém.
E grávida de trinta e seis semanas como estava... Não esperava que lhe acontecesse precisamente naquele dia!
Aleksi Kolovsky chegara de Londres para ir à sede da empresa na Austrália e Kate tinha acreditado saber o que esperar. Afinal, tinha um irmão gémeo que já conhecia, de maneira que já ssabia que aspeto tinha e estava a par da sua reputação com as mulheres.
Mas não fora o seu indubitável atrativo o que a fizera reagir, pois os escritórios centrais da Casa Kolovsky estavam a abarrotar de beldades. Kate ficara petrificada quando a agência de emprego temporário a colocara ali e estava certa de que Levander só a mantinha no seu cargo porque era brilhante no seu trabalho e também porque estava ali temporariamente. Uma secretária permanente de um Kolovsky tinha de ser mais do que brilhante no seu trabalho, tinha de ser deslumbrante e ela não era.
Não, não fora o magnífico aspeto de Aleksi o que a fizera reagir assim.
Algo fizera com que o seu coração desse um salto ao entrar no escritório de Levander, com que todo o seu corpo se acalorasse quando o irmão levantara o olhar dos papéis que estava a examinar e esbugalhara os olhos.
– Deveria estar realmente aqui? – a sua voz era grave e profunda, com um pouco de sotaque, e os seus olhos cinzento-escuros pararam um instante no ventre volumoso de Kate antes de voltarem a olhar-lhe para o rosto.
E não lhe faltava razão! A sua gravidez era realmente visível. Não se limitava a uma barriguinha como a de algumas das modelos da Kolovsky, cujo único indício de gravidez era uma encantadora protuberância no abdómen e um tamanho acima de sutiã. Não, para Kate Taylor a gravidez implicava que todo o seu corpo estava inchado, dos seios aos tornozelos. Estava tão óbvia e incomodamente grávida que Aleksi tinha razão: na realidade, não deveria estar ali.
– Ao que se refere? – perguntara, surpreendendo-se a si mesma. Normalmente, ter-se-ia limitado a dedicar-lhe um breve e educado sorriso. Depois de quatro meses a trabalhar para a casa de moda Kolovsky, estava mais do que habituada a ter conversas banais com os ricos e famosos, a confundir-se discretamente com a paisagem, mas, por algum motivo, a verdadeira Kate aparecera à superfície ao responder.
– Parece prestes a... – insistira Aleksi.
– Prestes a quê? – Kate franzira o sobrolho enquanto via a breve expressão de pânico que alterara os traços de Aleksi quando receara ter metido a pata na poça.
– Prestes a receber um aumento de salário – Levander rira-se com um pouco de malícia ao ver a situação incómoda em que o seu irmão se metera. – Merece-lo, certamente. Não há muita gente que seja capaz de fazer com que o meu irmão se ruborize.
– Mas está grávida, não está? – ouvira que Aleksi perguntava quando saíra do escritório para preparar o café.
– O que achas? – Levander continuara a sorrir quando Kate saíra, desfrutando do estranho momento de desconforto do seu irmão. – Infelizmente, sim.
– Infelizmente?
– Estou a tentar ignorar o facto de que poderá dar à luz a qualquer momento. Este lugar era um caos até Kate ter começado a trabalhar aqui e já tem tudo organizado. Agora, sei perfeitamente onde vou estar durante as próximas semanas e, além disso, sabe lidar com os clientes mais difíceis.
– Voltará depois de dar à luz.
– Não – Levander abanou a cabeça. – Só está aqui temporariamente. Acabou com o seu namorado e mudou-se para Melbourne. Receio que não tenha intenção de voltar depois de dar à luz.
Foi tudo o que Levander disse antes de voltar a concentrar-se no trabalho com o irmão e Kate não precisava de se ter preocupado com o facto de Aleksi reparar no seu rubor ou no tremor das suas mãos. Os irmãos estavam totalmente concentrados num projeto quando regressou pouco depois com os cafés. Aleksi nem sequer lhe agradeceu quando deixou a chávena ao lado.
Aleksi foi diariamente ao escritório durante as duas semanas seguintes e, normalmente, parava diante da secretária de Kate para a cumprimentar e perguntar-lhe como estava, enquanto aguardava que Levander regressasse da sua corrida matinal. Às vezes, falava-lhe de Londres, onde vivia e dirigia a filial britânica da empresa, e, noutras ocasiões, fazia-lhe perguntas sobre ela. Talvez se devesse a saber que não voltaria a vê-lo ou a naquela altura da sua vida se sentir especialmente só, mas Kate era sincera nas suas respostas.
Falou-lhe de como a assustava a perspetiva de ser mãe solteira, de como a sua família estava longe, de como a assustava o hospital... E Aleksi ouviu-a atentamente.
Na sua última manhã antes de voltar para o Reino Unido, pouco antes de uma reunião importante com Levander, o seu pai, Ivan, e Nina, a sua mãe, e quando a perspetiva de três horas na companhia dos seus pais estava a fazer com que o seu estômago se enchesse de bílis, Aleksi descobriu, enquanto saía do elevador, que o único estímulo agradável que sentia era a perspetiva de receber o sorriso quente e amável de Kate e a quantidade interminável de café que lhe levaria durante a reunião.
Mas, em vez disso, o que recebeu detrás da secretária foi o olhar irónico de uma cara cheia de maquilhagem e, aparentemente, demasiado grande para o corpo que a segurava.
– Bom dia, senhor Kolovsky. Está toda a gente à sua espera. Quer que lhe leve um café à sala?
– Onde está Kate? – perguntou Aleksi sem rodeios.
A mulher franziu o sobrolho.
– Oh... Refere-se à empregada temporária. Teve o bebé ontem à noite.
– E o que teve?
A mulher encolheu os ombros e Aleksi pensou que parecia um galgo inglês.
– Não tenho a certeza, mas obrigada por mo recordar. Vou telefonar para o hospital para saber. Levander pediu-me que lhe enviasse um presente.
Foi uma reunião interminável. Não era habitual que os três filhos Kolovsky e os pais se reunissem. Iosef, o gémeo idêntico de Aleksi, tinha pedido o dia de folga no hospital em que trabalhava e todos permaneceram sentados em silêncio enquanto Ivan lhes falava da sua doença, do seu tratamento e da necessidade imperiosa de que ninguém o soubesse.
– As pessoas ficam doentes – disse Iosef. – Não tens de te envergonhar disso.
– Os Kolovsky não podem ser vistos como pessoas fracas.
Falaram de números e de projetos, da nova linha que iam lançar e da necessidade de que Aleksi aparecesse em todos os desfiles europeus enquanto Ivan se submetia ao tratamento. Levander ocupar-se-ia da Austrália.
Apesar do assunto sombrio que os tinha reunido, foi uma reunião carente de emoção e o café que serviram estava muito mau.
– Shto skazeenar v ehtoy komnarteh asstoyotsar v ehtoy komnarteh – a mãe de Aleksi olhou o seu filho nos olhos quando ele se levantou para se ir embora. Não estava a desejar-lhe uma boa viagem em russo, nem nada parecido. Limitava-se a advertir-lhe que o que se dissera naquela reunião não podia sair dali.
Aleksi sentiu-se mal, como se de repente voltasse a ser criança e os seus pais estivessem a dizer-lhe pela enésima vez que não devia falar da sua dor, da sua tristeza, que nunca devia revelar nada, que não devia chorar. Os Kolovsky não eram fracos.
Iosef já se fora embora e Levander despediu-se dele como se se vissem no dia seguinte.
Quando estava prestes a sair do edifício, Aleksi reparou numa cesta grande cheia de flores, com champanhe e uma manta cor-de-rosa Kolovsky, que devia estar à espera do estafeta.
Kate devia ter tido uma menina.
Aleksi raramente questionava os seus motivos e também não o fez enquanto entrava na porta giratória para se dirigir para o carro que aguardava para o levar ao aeroporto. Em vez de sair, voltou a entrar no átrio, falou com a rececionista e pegou na cesta. Uma vez no carro, leu a morada ao motorista.
– Eu posso levá-la, senhor – ofereceu-se o motorista, quando parou o carro diante do hospital.
Mas Aleksi queria algo que não sabia definir.
O seu pai estava a morrer e ele estava tão dormente que não conseguia sentir nada.
Não sabia o que fazia na receção a perguntar qual era o quarto de Kate. Estava um pouco nervoso perante a sua possível reação, perante o que pudessem dizer as suas visitas, mas queria despedir-se dela.
As últimas vinte e quatro horas tinham sido um autêntico inferno para Kate.
Doze horas de um parto infrutífero que acabara em cesariana. A sua linda e rosada filha estava ao seu lado num berço, mas Kate nunca se tinha sentido tão sozinha na vida.
Os seus pais iriam visitá-la naquela tarde, mas, depois de uma breve conversa telefónica com Craig, não tinha muitas esperanças de que o pai da sua filha aparecesse.
A dor do parto e da cesariana não era nada comparada com a vergonha e a solidão que sentia na hora das visitas. Notava os olhares de curiosidade e compaixão que os visitantes das outras três mães com quem partilhava o quarto dedicavam à sua mesa de cabeceira sem flores, nem presentes.
Estava sozinha e envergonhava-a que a vissem sozinha. Tinha pedido à enfermeira que corresse as cortinas, mas, pelos vistos, entendera-a ao contrário e abrira-as totalmente.
E, então, apareceu ele.
Aleksi leu-lhe os pensamentos num instante. Também interpretou imediatamente o olhar de incredulidade das outras mães quando viram que tinha ido ver Kate: «Será possível? Claro que não! Mas parece ele».
– Lamento imenso, querida – disse efusivamente, enquanto deixava a