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Produção no limits!
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E-book137 páginas1 hora

Produção no limits!

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Sobre este e-book

Dois anos atrás comecei a escrever pequenos posts no Linkedin sobre minha especialidade: a produção de eventos corporativos.
Logo isso se tornou um sucesso entre profissionais da minha área, e para minha surpresa, de muitas outras áreas completamente distintas da minha, com milhares de novos seguidores. O meu networking cresceu a olhos vistos.Considero que escrevi aqui "apenas" alguns dos meus melhores cases, todos reais na minha longa trajetória de 28 anos na área de eventos. E tem muito mais por vir.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de jul. de 2019
ISBN9788583384892
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    Produção no limits! - Ronaldo Santos Silva

    espaço

    O COMEÇO DE TUDO, HISTÓRIA DE PAI PRA FILHO

    Meu pai foi dono de um jornal no interior, a Gazeta de Junqueirópolis , mas a crise e a ditadura fizeram-no vender o jornal e tentar a vida em São Paulo.

    Morávamos de favor com familiares em Santo André; imagino como isso deveria doer no seu íntimo, mas logo ele estava trabalhando com artes gráficas.

    Anos mais tarde, ele já trabalhava em uma grande agência de publicidade a CBBA / PROPEG, tinha apartamento próprio no bairro de Santana, em São Paulo, dois carros na garagem, ele havia vencido!

    Ele sempre trabalhou muito para que nada nos faltasse. Estudou à noite, se fez publicitário e um produtor gráfico de renome. Criou três filhos; eu, o único homem, escolhi seguir seus passos e orgulhosamente ele me ensinou tudo o que sabia.

    Ensinou-me sobre ética, amigos, fornecedores e clientes; me mostrou todo o caminho e os obstáculos, nunca me aliviou; deixou levar tantos trotes quantos fossem necessários para sentir que eu estava no caminho certo.

    Deu-me alguns trabalhos, e anos mais tarde as posições se inverteram e o meu orgulho por ele se juntou ao orgulho dele por mim.

    Quando resolvi mudar para a área de eventos, ele, orgulhoso, me apoiou e sempre que possível participava de algum evento meu. Eu o ensinei a montar paredes de alpinismo e até a escalar.

    Eu, que já tive a honra de trabalhar para ele quando jovem em publicidade, tive a honra quando ele veio trabalhar comigo em eventos.

    Hoje, próximo ao Dia dos Pais, fico aqui pensando: quem teve oportunidade como essa que eu tive?.

    Agora a minha sobrinha chega para ser a terceira geração de publicitários na família, fazendo eventos universitários; e assim como meu pai fez comigo, chamei-a para um job e ela se saiu magistralmente bem, modéstia à parte.

    Como não amar essa história que começou em 1939 com meu pai, Manoel, o seu Santos, que foi fazer um job lá no andar de cima 4 anos atrás?

    Como não amar uma história de vida feita por três gerações? Feliz Dia dos Pais!

    Como não amar uma história de pai para filho?

    O seu Santos, meu pai

    PAREDE DE ALPINISMO, TRANSFORMANDO UM ESPORTE NUMA AÇÃO PROMOCIONAL

    Nasci produtor. Filho de publicitário, meu pai, produtor gráfico, sempre me inspirou, mas dei uma desgarrada e fui para a área de eventos, que naquela época ainda engatinhava no Brasil. As poucas agências tinham sobrenomes de "promoções e merchandising ", e as assessorias de imprensa assinavam os melhores eventos.

    Eu trabalhava em uma agência chamada Fascination Promoções e Merchandising, e o foco eram festas para caminhoneiros.

    Em junho de 1991, recebi um convite da agência de assessoria de imprensa Arte Presse, do mestre Oswaldo Pepe, que mudou a minha trajetória profissional e pessoal para sempre.

    Eu sempre pratiquei esportes: primeiro o futebol, o tênis e depois o vôlei, e por meio deste convite fui apresentado ao alpinismo.

    A Arte Presse havia criado um projeto chamado "Adams Holidays", para a Warner Lambert, que na época era a fabricante dos Chicletes Adams, Bubbaloo, Trident, Lâminas Schick entre outros produtos.

    A proposta era divulgar dois esportes até então desconhecidos do grande público no Brasil, o mountain bike e o alpinismo indoor, mais precisamente a escalada esportiva.

    O evento seria montado em parques, praias e shopping centers, ou seja, em áreas de grande circulação do público jovem.

    A primeira montagem seria em Campos do Jordão (SP), no Festival de Inverno, e montaríamos também uma etapa da Copa Halls Schick de Mountain Bike no alto do Capivari, na primeira quinzena do festival; e a arena Adams Holidays seria inaugurada na segunda quinzena.

    MONTANDO A MINHA PRIMEIRA GRANDE ESTRUTURA

    Cheguei a Campos do Jordão numa sexta-feira de madrugada, que para variar estava gelada, devia estar uns 4 graus. Fui contratado para substituir o Mauro, produtor que estava se desligando do projeto por problemas familiares.

    Durante o fim de semana foi tudo bem, estávamos em um hotel no centrinho de Campos com lareira, bem confortável e próximo a tudo; eu seria apresentado à equipe e os equipamentos e tomaria conhecimento do projeto, tudo perfeito, quase nem parecia produção de eventos mas… não era bem assim.

    Em 1991 não existiam computadores, celulares, internet; então tudo era feito na raça.

    Logo fui apresentado à equipe de montadores, na verdade eles eram carregadores de uma transportadora, que foram cedidos para a montagem dos eventos. Eram eles: Taidim, Carioca, Luizão, Zé Carlos e o Boca.

    De cara já previ problemas, todos eram gente muito boa, mas não eram cenotécnicos, cenógrafos e jamais haviam trabalhado em eventos, mas todos tinham disposição e muito boa vontade… para mim era o começo.

    Resolvi, em primeiro lugar, ganhar a confiança deles. Mesmo sem nunca ter montado aquele tipo de estrutura, procurei demonstrar confiança trazendo-os para o meu lado. Conversamos bastante para entender os detalhes das duas montagens que nunca haviam sido feitas antes; era um projeto novo e não havia croquis ou layouts, nem das estruturas, nem plantas técnicas; apenas uma ideia do que deveríamos fazer, e o produtor anterior que havia feito a pré-produção estava de saída.

    Passamos o fim de semana em visitas técnicas aos locais e aos materiais para tentar entender tudo; e tudo à base de muita pinga com mel durante os almoços e jantares, para aplacar o frio de Campos; afinal era a bebida preferida dos montadores, e quem sou eu para ir contra.

    Na segunda-feira cedo o Mauro foi embora, e nós iniciamos o setup do Adams Hollidays.

    A PRIMEIRA MONTAGEM NUM SHOPPING CENTER

    Foi no BH Shopping; a atração principal era a parede de alpinismo. Além dela, tínhamos recreação infantil, oficina de pipas (sim nesta época ensinávamos a fazer pipas), oficina de leitura e monitores cuidando das crianças.

    O primeiro desafio foi convencer os engenheiros do shopping a autorizarem a montagem da parede de alpinismo. Ela pesava 12 toneladas, e eles insistiam na distribuição do peso, pois a montagem seria no estacionamento do piso superior.

    Solucionamos o problema criando uma base que pegava a estrutura de fora a fora; o normal era usar sapatas individuais em cada pé dos andaimes. Criando

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