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Experiências inesquecíveis: o espectador em evidência em 2016
Experiências inesquecíveis: o espectador em evidência em 2016
Experiências inesquecíveis: o espectador em evidência em 2016
E-book201 páginas2 horas

Experiências inesquecíveis: o espectador em evidência em 2016

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Sobre este e-book

Quem nunca viveu uma experiência inesquecível?

Esta foi a pergunta que o time responsável pela área de  Experiência do Espectador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 se fez ao longo dos anos em que trabalharam juntos no evento. A resposta era clara: para que seja possível proporcionar momentos  memoráveis a todos, é crucial praticar o exercício da empatia e se colocar no lugar do outro.

Foi então, com esta mesma pergunta na cabeça, que os quatro se reuniram, dois anos depois do final de uma verdadeira odisseia, para escrever este livro. Um convite a todos para calçar os
sapatos dos espectadores dos Jogos Rio 2016 e conhecerem os
bastidores da área que cuidava do cliente mais numeroso dos jogos.

"Experiências inesquecíveis - o espectador em evidência em 2016"conta como uma equipe representou um dos clientes mais importantes (e numerosos!) dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e uniu forças para construir uma jornada inesquecível para o espectador dos Jogos Rio 2016.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de nov. de 2019
ISBN9786580535170
Experiências inesquecíveis: o espectador em evidência em 2016

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    Pré-visualização do livro

    Experiências inesquecíveis - Helio Cabral Jr.

    obrigado!

    A primeira vez que ouvi falar em Experiência do Espectador, lembrei dos Jogos Rio 2007. Não pela minha experiência muito próxima da organização, daqueles que foram os primeiros Jogos Parapan-Americanos organizados em conjunto com os Jogos Pan-Americanos, realizados por um mesmo Comitê Organizador. Não. Lembrei mesmo do Rio 2007 pela experiência de uma espectadora muito especial para mim: minha mãe.

    Os Jogos Pan-Americanos trouxeram ao Brasil, pela primeira vez, o que de melhor havia em diversos esportes no continente americano. Alguns destes esportes eram quase desconhecidos no país naquela época. Um deles, o hóquei sobre grama era muito próximo ao coração de minha mãe. Ela havia jogado a sério este esporte em sua juventude. Segundo ela - e eu acredito, afinal é minha mãe - fez parte da seleção do Rio de Janeiro, formada por jovens da comunidade britânica da região, como ela.

    Ainda segundo minha mãe - e eu ainda acredito - ela era uma fera no esporte. Uma jogadora habilidosa e muito rápida. E ainda tinha o charme de jogar descalça. Não me pergunte o porquê, mas ela diz que assim era ainda mais veloz.

    Pois bem, decidi que compraria ingressos para ela assistir às competições de hóquei sobre grama, masculino e feminino, nos Jogos Rio 2007. Seria uma surpresa. Os ingressos seriam entregues em sua casa. Como o esporte não era muito conhecido no Rio ou no Brasil, os ingressos não eram caros e pude comprar uma quantidade razoável de partidas. Com acompanhante, claro. Meu irmão seria o encarregado dessa função, já que eu estaria focado na realização dos Jogos Parapan-Americanos algumas semanas depois.

    Passado algum tempo após a compra online, recebo um telefonema da minha mãe. Confesso que já havia até me esquecido do assunto. Emocionada, ela me agradecia. Estava superfeliz. Do lado de cá da ligação, eu também me emocionava. Aí ela disse algo que jamais esquecerei.

    Quando abri o envelope, senti o cheiro da tinta impressa no papel. Que cheiro delicioso!

    A jornada da minha mãe nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007, sua experiência com aquele evento, começou com a chegada dos ingressos. E com o cheiro dos ingressos! Um início de jornada multissensorial que terminou com partidas inesquecíveis, fotos, sorrisos e lágrimas. Estas foram minhas, ao ver a felicidade dela e do meu irmão no estádio de hóquei sobre grama de Deodoro.

    A experiência de todo espectador, com qualquer evento, começa muito antes do próprio evento e termina muito depois. Ou pode até nunca terminar. Quando falamos de um dos maiores eventos esportivos do mundo, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, então, essa jornada tem que ser especial, mágica, eterna. Pensando nisso, criou-se a área de Experiência do Espectador. Como tudo que envolve organização dos Jogos tem um acrônimo ou uma sigla, aqui não foi diferente. A área de SPX⁰¹ buscava pensar e planejar toda a experiência do espectador com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. É uma iniciativa recente dos Comitês Organizadores, mas que, na minha opinião, é fundamental.

    O que os Jogos têm de tão especial? Por que juntar diversos campeonatos mundiais de várias disciplinas Olímpicas e Paralímpicas e organizá-las ao mesmo tempo na mesma cidade é tão incrível? Na minha opinião, tudo tem a ver com a experiência. Estar nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é incrível, mágico, inesquecível. É maior do que o esporte, é mais do que entretenimento. É um momento em que, através do esporte, acreditamos que de fato é possível, juntos, criarmos um mundo melhor. Sorrisos, lágrimas, cansaço, êxtase. Tudo faz parte.

    Mas como preservar e ampliar essa experiência a ponto de torná-la eterna na mente e no coração do espectador? Esse foi o desafio dessa turma, liderada no Comitê Organizador Rio 2016 pelo meu amigo Hélio Cabral e uma equipe incansável, que enfrentou uma série de dificuldades para tornar a experiência do espectador algo que será lembrado para sempre. Não foram poucos os desafios. Por ser uma iniciativa e uma área nova em Comitês Organizadores, foi vista muitas vezes como uma área não prioritária por alguns líderes e colegas.

    A crise financeira que afetou o país e, consequentemente, o Comitê Rio 2016 também limitou a estrutura de muitos departamentos e áreas. Mas, com paixão e criatividade, num verdadeiro espírito de contra tudo e contra todos, a área de SPX foi muito importante para fazer dos Jogos Rio 2016 uma experiência incrível para as milhões de pessoas que lá estiveram. Não foi um processo simples: prestar serviço, informar e encantar com excelência não são tarefas fáceis.

    Fiquei muito feliz quando soube que essa equipe queria registrar a SUA experiência nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Essa publicação não é um manual ou tem a pretensão de ser referência. Mas entendendo que sua missão não termina nos Jogos Rio 2016. A área de SPX nos chama a atenção para aquilo que é realmente singular nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos: a experiência única.

    Boa leitura e, claro, aproveite a jornada!

    Andrew Parsons

    Presidente do Comitê Paralímpico Internacional

    Membro do Comitê Olímpico Internacional

    © alexferro.com.br

    Michael Pendlebury | Filósofo

    o conteúdo de uma experiência é aquilo que ela representa.

    introdução

    A realização de um evento esportivo de grande porte, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, traz uma grande complexidade operacional para qualquer cidade que se proponha a receber uma edição desse projeto, seja ela de verão ou de inverno. Para o Rio de Janeiro, em especial, as variáveis eram significativas e com peculiaridades singulares que, de certa forma, catalisaram consideravelmente o gråau de dificuldade para o Comitê Organizador Rio 2016 no planejamento e execução dos Jogos.

    O sucesso de eventos dessa magnitude tem impacto direto na imagem da cidade que os sedia e que, aos olhos do mundo, funciona como uma vitrine da sua própria capacidade de gestão e organização. O país também entra nos holofotes e precisa, de todas as formas, unir esforços para que seja feita uma grande festa. Uma celebração ao esporte e à superação de limites dos atletas e dos organizadores do evento.

    Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são como um extraordinário espetáculo teatral, com hora marcada para iniciar e terminar. Tudo precisa funcionar de forma impecável, sincronizada, nas condições ideais para que a mágica aconteça e fique marcada na memória de todos. Muitos são os atores deste espetáculo performático onde, no palco principal, se apresentam os protagonistas da festa, os atletas. Na edição do Rio de Janeiro, mais de

    11 mil fizeram história, quebrando recordes, superando limites. A equipe de produção e direção foi composta por centenas de milhares de pessoas e empresas responsáveis pela organização do evento que, ao longo de sete anos, se prepararam para a realização deste projeto.

    Não há, todavia, peça de teatro sem público, jogo sem torcida, não há emoção no recorde sem os gritos, não existe a mesma graça na vitória sem os aplausos. Os espectadores dos jogos são o combustível que os atletas precisam para ajudar na superação, para impulsionar a performance. Sem eles, o esporte perde a cor, perde o brilho. Os Comitês Olímpico e Paralímpico Internacionais entendem muito bem a importância que os espectadores têm para a contínua valorização de suas marcas e à manutenção dos eventos ao longo do tempo. O sucesso dos Jogos depende muito da percepção das pessoas que foram impactadas e vivenciaram uma de suas edições.

    Em 2016, o Rio de Janeiro recebeu milhões de visitantes brasileiros e estrangeiros. Era preciso que cada um deles se sentisse acolhido, cuidado e positivamente surpreendido. Mas, acima de tudo, era fundamental encantar o espectador naquele momento único.

    O Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 encarou o desafio à altura do evento e, seguindo as diretrizes dos Comitês Internacionais, criou um grupo de trabalho exclusivamente dedicado aos interesses do público: a área de Experiência do Espectador. O time tinha como missão inspirar cada profissional envolvido nos Jogos a entregar serviços básicos excelentes, complementados por detalhes que pudessem envolver e surpreender os visitantes.

    Por ser uma área relativamente nova, tendo apenas como referência os Jogos de Londres 2012 (primeira edição a contar com uma equipe com este foco), foi necessário desenvolver estratégias e metodologias próprias, embasadas em pesquisas, que apresentavam as expectativas do diversificado público, além da bagagem e conhecimento do próprio time. Assim, foi proposto um modelo de governança, no qual todos os envolvidos atuariam de forma cooperativa, com engajamento e protagonismo.

    O resultado? Durante os meses de agosto e setembro de 2016, o Rio de Janeiro e o Brasil estiveram sob os olhos do mundo. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 superaram as expectativas dos espectadores de forma memorável, deixando um sentimento de orgulho nos cariocas e nos brasileiros.

    Que este livro seja uma fonte de inspiração a todos os leitores e instigue profissionais e estudantes a desenvolverem projetos sob a perspectiva de seus clientes. Um ponto de vista essencial relacionado às suas reais expectativas e necessidades, mas claro, sem perder o foco nos negócios, na viabilidade e nos resultados. O convite é provocar a capacidade de se colocar no lugar do outro, tornando possível o desenvolvimento de produtos e serviços de forma mais empática e humana.

    Não importa se o seu projeto é grandioso ou pequeno ou se o seu objetivo está relacionado aos negócios ou conhecimento. O conteúdo deste livro pode, perfeitamente, ser direcionado a diferentes propostas, tamanhos e públicos. O fundamental é que ele te inspire e mostre que tudo é possível desde que haja muito planejamento, trabalho duro, parceria, respeito e perseverança.

    Portanto, ótima leitura e bons negócios!

    Barão Pierre de Coubertin

    Que a Tocha Olímpica siga o seu curso através dos tempos para o bem da humanidade cada vez mais ardente, corajosa e pura.

    os jogos olímpicos e paralímpicos

    Os Jogos Olímpicos têm origem no mais importante festival religioso e atlético da Grécia Antiga, que ocorria a cada quatro anos na cidade de Olímpia, unindo os povos daquele país para homenagear Zeus. Na antiguidade, ocorreram entre os anos de 776 a.C. e 393 d.C. até serem proibidos pelo imperador romano Teodósio, que considerava os Jogos um ritual pagão, uma vez que veneravam um Deus não cristão.

    O renascimento dos Jogos Olímpicos, na Era Moderna,

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