O Apoio Psicológico nas Especialidades Médicas
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Sobre este e-book
Diversos estudos têm revelado o expressivo número de problemas apresentados por estudantes de Medicina durante o curso, em especial no atendimento a situações graves ou em fase terminal dos pacientes, demonstrando sua necessidade de contar com a atuação de outros profissionais da saúde, como o psicólogo.
O livro O apoio da psicologia nas especialidades médicas brinda-nos com orientações e casos clínicos relacionados com essas especialidades, relatados por médicos com grande experiência nas respectivas áreas.
As coordenadoras desta obra, Glauce Cerqueira Corrêa da Silva (psicóloga) e Patrícia de Oliveira Neto (médica), possuem uma respeitada expertise em trabalhos interprofissionais desenvolvidos com alunos de cursos de graduação e pós-graduação em saúde, adquirida na constante vivência com problemas apresentados por pacientes e seus familiares durante atendimentos de emergência, acompanhamento de pessoas com cancêr e em cuidados paliativos.
Este livro será de grande valia para alunos, residentes e médicos, pois relata inúmeros casos atendidos, as recomendações de intervenção indicadas pelos especialistas e comprova a importância do apoio do psicólogo no atendimento adequado ao paciente.
É sempre bom lembrar o aforismo atribuído a Hipócrates: "Curar algumas vezes, aliviar outras, consolar sempre". Portanto, nada mais oportuno do que a ajuda do psicólogo para assegurar um atendimento integral ao paciente.
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Psicologia para você
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O Apoio Psicológico nas Especialidades Médicas - Glauce Cerqueira Corrêa da Silva
SUMÁRIO
CIRURGIA GERAL - João Marcos de Oliveira
1 A ARTE DE CIRURGIAR: CORPO E ALMA
BIBLIOGRAFIA
CIRURGIA PLÁSTICA - Bárbara Helena Barcaro Machado / Ivo Pitanguy
1 CIRURGIA PLÁSTICA E PSICOLOGIA
1.1 Beleza, bem-estar e as relações sociais no contexto atual
1.2 A motivação para a busca da cirurgia plástica
1.3 Associação entre cirurgia plástica e Psicologia
1.4 Situações especiais
1.4.1 Crises no matrimônio
1.4.2 Envelhecimento
1.4.3 O paciente pós-obeso
1.4.4 Transtorno dismórfico corporal
1.4.5 As reconstruções
BIBLIOGRAFIA
CIRURGIA PLÁSTICA - Sergio Cavalcante Romay
1 A PSICOLOGIA E A CIRURGIA PLÁSTICA
CUIDADOS PALIATIVOS - Lorraine Veran
1 O PREÇO DO AMOR
DERMATOLOGIA - David Rubem Azulay / Marcia dos Santos Senra
1 INTRODUÇÃO
2 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PSICOCUTÂNEAS
2.1 Condições primariamente dermatológicas exacerbadas pelo estresse
2.1.1 O estresse nas dermatoses
3 CONDIÇÕES PSIQUIÁTRICAS PRIMÁRIAS
4 CONDIÇÕES PSIQUIÁTRICAS SECUNDÁRIAS
5 CONDIÇÕES DE SENSO-PERCEPÇÃO
BIBLIOGRAFIA
DERMATOLOGIA - Marcius Achiamé Peryassu
1 A PSICOLOGIA E A DERMATOLOGIA
2 CONCLUSÃO
ENDOCRINOLOGIA - Rosane Resende de Lima Oliveira Brasil
1 A PSICOLOGIA E A NEUROENDOCRINOLOGIA
2 ACROMEGALIA
2.1 Deficiência de hormônio do crescimento
3 DOENÇA DE CUSHING
4 INSUFICIÊNCIA ADRENAL
5 HIPERPROLACINEMIA
6 CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ENDOCRINOLOGIA - Marise Tinoco
1 A PSICOLOGIA E A ENDOCRINOLOGIA METABÓLICA
2 ALTERAÇÕES NO DIABETES MELLITUS E HIPOGLICEMIA
3 ALTERAÇÕES NA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP)
4 ALTERAÇÕES NAS DOENÇAS DA TIREOIDE
5 ALTERAÇÕES NA MENOPAUSA
6 ALTERAÇÕES NA OBESIDADE
7 CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
GASTROENTEROLOGIA - Cláudio de Figueiredo Mendes 85
GASTROENTEROLOGIA - João Luiz Hauer
1 MEDICINA INTERNA – HEPATOLOGIA
GINECOLOGIA - Laura Osthoff
1 A PSICOLOGIA E A GINECOLOGIA – SAÚDE DA MULHER
1.1 Psicologia
1.2 Ginecologia
2 CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
GINECOLOGIA - Luiz Gustavo de Oliveira Bueno
1 A CONSULTA GINECOLÓGICA
2 ATENDIMENTO CONJUNTO
BIBLIOGRAFIA
INFECTOLOGIA - Elizabeth de Souza Neves
1 A IMPORTÂNCIA DO APOIO PSICOLÓGICO E A INFECTOLOGIA
1.1 Primeira história
1.2 Segunda história
1.3 Terceira história
BIBLIOGRAFIA
INFECTOLOGIA - Maria Regina Cotrim Guimarães
1 O APOIO PSICOLÓGICO NAS DOENÇAS INFECCIOSAS
1.1 (Psicologia, infectologia e hiv/aids)
BIBLIOGRAFIA
MASTOLOGIA - Carlos Ricardo Chagas / Sabrina Rossi Perez Chagas
1 A PSICOLOGIA E A MASTOLOGIA
2 CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
MASTOLOGIA - Tania da Rocha Santos
1 A IMPORTÂNCIA DO APOIO PSICOLÓGICO E A MASTOLOGIA
MEDICINA DA DOR - FabrÍcio Dias Assis
1 A PSICOLOGIA E A MEDICINA DA DOR
1.1 Abordagem biopsicossocial da dor
1.2 O papel da Psicologia em uma equipe interdisciplinar de dor
2 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
3 PSICOTERAPIA PARA O PACIENTE COM DOR
BIBLIOGRAFIA
MEDICINA DA DOR - Paulo Renato Barreiros da Fonseca
1 A PSICOLOGIA E A TERAPIA INTERVENCIONISTA EM DOR
MEDICINA DE EMERGÊNCIA - Pedro de Holanda Junqueira
1 A IMPORTÂNCIA DO APOIO PSICOLÓGICO E A MEDICINA DE EMERGÊNCIA
2 O PACIENTE NA EMERGÊNCIA
3 O MÉDICO
4 A RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
5 POR QUE A PSICOLOGIA É IMPORTANTE NA PRÁTICA DA MEDICINA DE
EMERGÊNCIA?
BIBLIOGRAFIA
MEDICINA DO ADOLESCENTE - José Henrique W. Aquino
1 A IMPORTÂNCIA DO APOIO PSICOLÓGICO E A ADOLESCÊNCIA
2 ADOLESCÊNCIA INICIAL (APROXIMADAMENTE ENTRE 10 E 13 ANOS DE IDADE)
3 MEIO DA ADOLESCÊNCIA (APROXIMADAMENTE ENTRE 14 E 16 ANOS DE IDADE)
4 FINAL DA ADOLESCÊNCIA (APROXIMADAMENTE ENTRE 17 E 21 ANOS DE IDADE)
BIBLIOGRAFIA
MEDICINA DO ESPORTE - Robson de Bem
1 A PSICOLOGIA E A MEDICINA DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE
BIBLIOGRAFIA
NEUROLOGIA - Sergio Pereira Novis
1 ASPECTOS PSICOLÓGICOS E A NEUROLOGIA
ONCOLOGIA - Gilberto Amorim
1 A PSICOLOGIA E O CÂNCER DE MAMA
BIBLIOGRAFIA
ONCOLOGIA - Vera Lucia Ferreira da Silva Teixeira
1 A PSICOLOGIA E A ONCOLOGIA
1.1 Câncer: símbolo ou castigo?
2 CONCLUSÃO
ORTOPEDIA - Adriana Amorim
1 A PSICOLOGIA E A ORTOPEDIA
BIBLIOGRAFIA
ORTOPEDIA - Francisco Sylvestre Godinho
1 A IMPORTÂNCIA DO APOIO PSICOLÓGICO NA ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
1.1 Ocupando um espaço
PEDIATRIA - Ana Cristina Ribeiro ZöLlner / Clóvis Francisco Constantino
1 A PEDIATRIA E A PSICOLOGIA
1.1 Distúrbios alimentares
1.2 Distúrbios do sono
1.3 Disciplina adequada
2 CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
PNEUMOLOGIA - Paulo Cesar de Oliveira
1 A PSICOLOGIA E A PNEUMOLOGIA
1.1 Introdução
1.2 Caso 1. Asma brônquica
1.3 Caso 2. Enfisema pulmonar
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
PSIQUIATRIA - Elie Cheniaux
1 A IMPORTÂNCIA DO APOIO PSICOLÓGICO NA PSIQUIATRIA
BIBLIOGRAFIA
PSIQUIATRIA - Higor Caldato
1 A IMPORTÂNCIA DO APOIO PSICOLÓGICO E A PSIQUIATRIA
UTI - Marília C. Mesquita / Flávio E. Nácul
1 AMBIENTE DE TERAPIA INTENSIVA
2 PONTOS-CHAVE NO APOIO PSICOLÓGICO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
3 O PACIENTE
4 A FAMÍLIA
5 A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
6 APOIO PSICOLÓGICO E A ESPIRITUALIDADE NA UTI
7 COMO SERIA O MODELO DE APOIO PSICOLÓGICO NA UTI?
8 CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
SOBRE OS AUTORES
CIRURGIA GERAL
João Marcos de Oliveira
1 A ARTE DE CIRURGIAR: CORPO E ALMA
Enquanto a Idade Média, a Antiguidade Clássica e mesmo a Humanidade inteira, desde os seus primórdios, acreditavam na existência de uma Alma substancial
, a segunda metade do século XIX viu surgir uma Psicologia sem alma.
(JUNG, 1984).
Com a influência do Materialismo Científico, Jung alerta-nos de que tudo o que não for evidência, que não podia ser visto com os olhos nem apalpado com as mãos, está sob suspeita e é considerado metafísico e, portanto, sem valor. (JUNG, 2008).
Paul-Joseph Barthez, da Escola de Montpellier, França, considerado o fundador do Vitalismo, formulou a teoria de que o corpo humano teria: CORPO + PRINCÍPIO VITAL + ALMA
.
Vitalismo é mente, livre-arbítrio, em oposição ao Determinismo; mas também é determinismo, intuição ou Teleologia; é o reconhecimento de uma alma moral
que influencia o corpo humano. A coisa
que se encontra nos seres vivos e que não se encontra nos mortos chamaremos de alma, Arqueu, princípio vital, X, Y, Z, como as quantidades desconhecidas dos geômetras. (BARTHEZ, 1806, p. 16, Notas; WAISSE-PRIVEN, 2009; FIOCRUZ, RIO-RJ, 2010).
O princípio vital mantém vivo o corpo material, sendo este a fonte das propriedades biológicas em todas as partes do organismo, entre elas a contratilidade e a sensibilidade.
Os vitalistas Théophile de Bordeu (1722-1776) e Barthez ambos contextualizam as concepções fisiológico-médicas
da escola médica de Montpellier (do século X).
A arte de curar pelo método cirúrgico consiste de uma oportunidade tão envolvente, que os seus respectivos profissionais, em suas áreas especializadas, gradativamente tomam um corpo em si mesmos
, por que não dizer, corpos imperceptíveis
adornados pelos fatores psicológicos, que, até então hibernantes
, começam a se despontar como luzes interiores, phosphorus da alma
para o desejo incontido de aliviar a dor desse passageiro, não raramente desconhecido.
E essa tarefa, divinizada, toma uma dinamização, uma potencialização na esfera de equipe, sobre que o ônus do suor aflitivo derrama quase sempre como bênçãos de cura.
Não há como negar que exista algo além da matéria palpável, aquela que nós alcançamos para as incisões de ordem técnico-cirúrgico, outrora mais invasiva e atualmente bem mais tênue com tais procedimentos. É o presente da Ciência, da pesquisa no amadurecimento do bem coletivo.
Pelos meios e fins, o progresso é inevitável, com o apoio da Física Quântica, Química Quântica, Bioengenharia, Neurociência, Nanotecnologia. O impalpável, o invisível dos 3D, 4D, 5D… demonstram com nitidez sua inteligência, seu sentimento organizacional no arquétipo Vida, uma Psicologia fluídica substancial ao God Point
, similitude no texto da Bíblia: [...] mas o primeiro que me encontrar me matará! Iahweh lhe respondeu: ‘Quem matar Caim será vingado sete vezes’. E Iahweh colocou um sinal sobre Caim a fim de que não fosse morto por quem o encontrasse. [...]
A área de atuação da Psicologia/Medicina é um dueto clarividente, ontológico.
O mais beneficiado é o paciente, que se entrega com esperança, convicção e certeza de que, após um adormecer trânsfuga, ser-lhe-á restaurado o corpo dual alma
com plena vivacidade para o seu restabelecimento no contexto da sociedade.
O mundo científico recebeu de braços abertos a era da cirurgia robótica. Menos incisão, menos agressão, mais eficiência, melhor recuperação do paciente, um despertar em um corpo menos dolorido, e a alma transcende no seu campo que lhe é devido, o renascer em pleno campo físico, banhada de eflúvios oriundos do Éter Cósmico, da Casa Máter do Senhor dos Mundos.
Quanto mais a Ciência Médica mergulha no mar dantes insondável, e agora mais fácil, com os timoneiros da arte de curar, mais perto ficamos diante da face da alma...
Esse Pixel é responsável pela governança do nosso microssistema com uma poderosa arma para alavancar o progresso material e espiritual da humanidade.
BIBLIOGRAFIA
BARTHEZ, Paul-Joseph. Nouveaux éléments de la science de l´homme. 2.ed. Paris: Goujon. 1806.
JUNG, Carl Gustav. A Natureza da Psique. Tradução de Pe. Dom Mateus Ramalho Rocha, OSB. Petrópolis: Vozes, 1984.
JUNG, C.G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2008.
WAISSE-PRIVEN, SILVIA. Análise: Raízes do vitalismo, entre Paris e Montpellier. 2009.
CIRURGIA PLÁSTICA
Bárbara Helena Barcaro Machado / Ivo Pitanguy
1 CIRURGIA PLÁSTICA E PSICOLOGIA
1.1 Beleza, bem-estar e as relações sociais no contexto atual
O corpo humano é a identidade do ser, a forma física com a qual ele se apresenta ao mundo e, por isso, a importância da aparência corporal é enfatizada durante toda a história da humanidade. Desde a época do homem primitivo, em algumas tribos já se utilizavam diversos tipos de pintura e adornos no corpo buscando chamar a atenção e externar sentimentos, força física ou, ainda, estabelecer o status do indivíduo dentro da comunidade.
Na mitologia grega, Apolo representava a beleza, a verdade e a inteligência, e Vênus era a deusa do amor sexual e da beleza. A crença em deuses dotados de tudo aquilo que era considerado bom, bonito e harmônico reforçava a valorização dos desejos perfeccionistas dos humanos.
Os livros sagrados enfatizaram que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, forte afirmação que estabeleceu parâmetros de comparação física e normas de comportamento.
A aceitação da aparência física pode ser culturalmente programada estabelecendo, cada cultura, uma máscara socialmente planejada, mesmo sem que exista essa intenção, já que ela condiciona seus integrantes para a percepção de pormenores ou fragmentos corporais que são considerados atraentes ou de rejeição. A boa aparência, além de fazer parte da comunicação não verbal, é uma necessidade básica para o bem-estar e para a interação com a sua raça. O homem quer ser normal e estar inserido em seu grupo social. Isso explica alguns comportamentos sociais ligados ao corpo, entre eles o uso do vestuário como extensão do corpo e subordinado à moda, classe social ou prestígio, à atividade física como forma de moldar e manter o corpo, ao uso de tinturas ou alisamento do cabelo como uma camuflagem
temporária e o uso de perfumes como disfarce do cheiro do próprio corpo. Todas essas práticas são formas temporárias de mudança corporal, mas, ao mesmo tempo, instrumentos de integração social. A preocupação com a aparência não se restringe ao corpo, mas faz sonhos e objetos de consumo a partir de roupas e acessórios, carros, celulares e qualquer outro objeto que possa ser visto ou admirado, já que estes, na verdade, servem-nos de adereços e mostram ao mundo nosso poder ou posição social.
O rosto é o espelho da alma
é uma expressão mais complexa do que parece, pois resume o intrincado modo como o ser humano se mostra e é visto pelos seus pares. O córtex do homem apresenta grande porção reservada para a visão e parece ser esse o sentido mais usado. Disso resulta o natural comportamento de embelezamento corporal, pois aquilo que agrada aos olhos ou nos dá a experiência da beleza acaba exercendo uma influência de atração. A imagem que as pessoas têm de si (autoimagem), a imagem que os outros têm dela (heteroimagem) e a imagem que ela acha que os outros têm em relação a ela (deteroimagem) parecem elementos esclarecedores da maior parte das relações interpessoais, sendo as imagens atribuídas aos seres humanos ou percebidas por meio deles palco de desejos de outros.
Verifica-se que, universalmente, os seres humanos, em algum momento, pensam, diante do espelho, em ter uma imagem diferente daquela que veem nele refletida. O homem sempre teve uma certa aversão por aquilo que é considerado feio, inestético ou assimétrico enquanto o que é belo sugere ser bom. Essa constatação é reforçada quando se percebe que, no relacionamento interpessoal, existe uma forte parcela de determinação pela aparência física: as pessoas mais bonitas recebem mais atenção e afetos positivos do que os demais. Parece ser unânime querer possuir outras qualidades consideradas de maior aceitação para si ou para os outros, quando outras necessidades já foram satisfeitas.
1.2 A motivação para a busca da cirurgia plástica
O comportamento estético é a busca da beleza para o próprio corpo, por meio da mudança do meio ambiente ou mesmo da compra de um objeto. Somos submetidos a um forte apelo pela valorização da estética, sob um processo de globalização da beleza, que traz consigo significados inconscientes como sucesso
, felicidade
e poder
. A crítica e a exigência com relação ao corpo e o comportamento humanos aumentaram exponencialmente já que um número cada vez maior de pessoas se observa nas redes sociais da internet. Essas redes, em espantosa expansão, favorecem a prática de mudanças de comportamento e do modo como as pessoas se percebem diante do espelho. Há uma grande e crescente procura por tratamentos que melhorem nossa aparência física, desde exercícios físicos, clínicas de estética, salões de cabeleireiros até a procura por cirurgiões plásticos para o embelezamento corporal.
Além da internet, a mídia convencional (televisão e revistas) é uma grande motivadora para a procura da cirurgia plástica. Os meios de comunicação, constantemente, por meio de propagandas, novelas, revistas, associam beleza física a status, sucesso, popularidade. Desde pequenos, aprendemos que certos tipos de padrão de beleza são os corretos ou muito aceitos, mesmo que eles não se encaixem em um padrão de beleza natural ou permanente. Todos esses padrões necessitam de serviços para poderem ser adquiridos; isso caso a natureza não arbitre a limitação do atuar do cirurgião plástico sobre o corpo. Pode-se atribuir à feiura ou a algum traço do rosto/corpo que não esteja dentro desses padrões aceitos de beleza a responsabilidade por problemas ao longo da vida. Isso poderá despertar o desejo da mudança da aparência física, estabelecendo-se, assim, uma motivação, baseada na aprendizagem, para melhorar a aparência.
A cirurgia plástica reflete uma possibilidade real de transformação, de mudança da imagem corporal. A palavra plástica deriva do grego plastikós
, que significa adequado à modelagem. Em seu sentido mais preciso, está ligada ao aprimoramento de formas ou alteração da proporcionalidade dos elementos corporais, tentando torná-los belos ou simétricos. Apresenta-se, para alguns, como a solução para os defeitos da genética
, por meio da reparação de deformidades congênitas ou adquiridas, o que possibilita minimizar as consequências psicológicas e representa ainda a tecnologia em termos de realização do cerimonial de transformação do corpo. Essa especialidade médica ganhou credibilidade com o aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas e anestésicas desde a década de 1960 no Brasil, principalmente devido a Ivo Pitanguy, que, com seu atuar ético e eficiente, dissemina seus conhecimentos por meio de sua escola.
A cirurgia plástica é predominantemente visual. De modo geral, os resultados indicam que aumenta a autoestima e a sensação de estar em harmonia com o universo, pode sanar a deformidade física (real ou imaginária) e alterar positivamente as relações interpessoais e sexuais. Pode ser extremamente benéfica para pessoas que não dependam somente dela para se sentirem mais felizes e, com isso, não fantasiarão resultados que não se concretizarão posteriormente. Pessoas com habilidades sociais estabelecidas, que sabem conversar, se destacar no seu grupo social, fazem-se desejadas, têm consciência do seu valor e capacidade, com certeza aproveitarão a nova aparência muito mais plenamente e de forma mais saudável, tornando a cirurgia um grande complemento dessas conquistas.
1.3 Associação entre cirurgia plástica e Psicologia
Na maioria dos pacientes, observamos que a demanda pela cirurgia plástica está ligada às mudanças psíquicas relacionadas à autoestima. Que tipo de motivação leva uma pessoa comum a procurar a cirurgia plástica como solução para algum desconforto ou deformidade físicos? Ser belo ou atraente seria a real expectativa do paciente ou existiriam outras razões ocultas no sub ou inconsciente? Qual o peso que o paciente dá à influência do meio em que vive? Até que ponto uma nova
forma lhe traria mudanças significativas? A psicoterapia não seria mais eficiente do que o bisturi?
Quando a fonte do sentimento de mal-estar é o corpo, a cirurgia plástica é recrutada para resolver a questão. É rápida, em algumas vezes definitiva, e não exige muito investimento e/ou comprometimento pessoal já que se passa para o cirurgião a responsabilidade do resultado da mudança desejada. A psicoterapia pode proporcionar transformações no mundo interno do paciente, que pode passar a viver de maneira mais saudável e equilibrada, mas exige um tempo mais longo, exige exposição, motivação