E-book224 páginas2 horas
Toma lá, dá cá: Como a troca de favores moldou a sociedade e o jornalismo no Brasil
Nota: 0 de 5 estrelas
()
Sobre este e-book
Este livro resulta de um mergulho profundo em um personagem que se mostrou simbólico de como se dava a troca de favores na sociedade brasileira na virada do Século 19 para o Século 20.
Os ideais republicanos de igualdade e de valorização dos méritos prometiam modificar o quadro, mas o que se verificou foi o inverso: as relações desse tipo ganharam ainda mais força.
Essa mesma lógica movia os bastidores da imprensa. Os jornalistas e literatos estavam inseridos nas mais diversas instâncias de poder, seja ocupando cargos na estrutura governamental, seja em articulações envolvendo a opinião pública.
Colaborador constante de jornais e revistas por mais de quatro décadas, o diplomata e historiador pernambucano Manuel de Oliveira Lima (1867-1928) se relacionou com os nomes mais proeminentes da vida cultural brasileira à época.
Mesmo com a peculiaridade de ter passado a maior parte da vida longe do Brasil, ele pode ser considerado um personagem típico do ambiente intelectual da Primeira República (1889-1930).
Nesse período imediatamente posterior à troca do sistema de governo, em que toda a estrutura de poder estava sendo reacomodada, práticas como a adulação e o compadrio mediaram as relações e institucionalizaram-se como estratégias de ascensão social.
Assim, o jornalismo despontava, desde cedo, como uma forma de aproximá-lo do país natal e de levá-lo a contatos que poderiam abrir portas no futuro.
Ao articular com habilidade o exercício do jornalismo aos seus projetos de vida, o jovem Oliveira Lima descobriu que poderia utilizar o espaço na imprensa como trunfo para a conquista de vantagens pessoais.
Conhecer mais a fundo os bastidores da imprensa e da sociedade daquela época nos leva inevitavelmente a pensar em quanto a forma de agir e de pensar de Oliveira Lima e de seus contemporâneos continua vigente no Brasil de hoje.
Os ideais republicanos de igualdade e de valorização dos méritos prometiam modificar o quadro, mas o que se verificou foi o inverso: as relações desse tipo ganharam ainda mais força.
Essa mesma lógica movia os bastidores da imprensa. Os jornalistas e literatos estavam inseridos nas mais diversas instâncias de poder, seja ocupando cargos na estrutura governamental, seja em articulações envolvendo a opinião pública.
Colaborador constante de jornais e revistas por mais de quatro décadas, o diplomata e historiador pernambucano Manuel de Oliveira Lima (1867-1928) se relacionou com os nomes mais proeminentes da vida cultural brasileira à época.
Mesmo com a peculiaridade de ter passado a maior parte da vida longe do Brasil, ele pode ser considerado um personagem típico do ambiente intelectual da Primeira República (1889-1930).
Nesse período imediatamente posterior à troca do sistema de governo, em que toda a estrutura de poder estava sendo reacomodada, práticas como a adulação e o compadrio mediaram as relações e institucionalizaram-se como estratégias de ascensão social.
Assim, o jornalismo despontava, desde cedo, como uma forma de aproximá-lo do país natal e de levá-lo a contatos que poderiam abrir portas no futuro.
Ao articular com habilidade o exercício do jornalismo aos seus projetos de vida, o jovem Oliveira Lima descobriu que poderia utilizar o espaço na imprensa como trunfo para a conquista de vantagens pessoais.
Conhecer mais a fundo os bastidores da imprensa e da sociedade daquela época nos leva inevitavelmente a pensar em quanto a forma de agir e de pensar de Oliveira Lima e de seus contemporâneos continua vigente no Brasil de hoje.
Relacionado a Toma lá, dá cá
Ebooks relacionados
Nos tempos de Prestes: Memórias Políticas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasElisa Branco: Uma vida em vermelho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConstrutores da Nação: Projetos para o Brasil, de Cairu a Merquior Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOliveira Lima e a longa História da Independência Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Bolivarianismo: Culto e Manipulação Política na Venezuela da Era Chávez (1999-2013) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBrasil à parte: 1964-2019 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLenço Vermelho de Sangue: Um Olhar Sobre a Revolução Federalista de 1893 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDois Recifes: Coleção Pernambuco - Letra Pernambucana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasIntelectual, educador, mestre: Presença do professor Casemiro dos Reis Filho na educação brasileira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBravos companheiros: comunistas e metalúrgicos no Rio de Janeiro (1945/1964) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA (In)eficácia das Decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Brasil (Não) Nuclear: Uma Análise das Decisões de FHC e Lula Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNossa correspondente informa: Notícias da ditadura brasileira na BBC de Londres: 1973-1985 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTrinta e Três Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSão Paulo Como Me Lembro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasYes, nós temos Coca-Cola : a fartura dos EUA e a guerra contra a fome no Nordeste Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPresidentes fortes e presidência fraca Nota: 0 de 5 estrelas0 notas300 anos de histórias negras em Minas Gerais: Temas, fontes e metodologias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProvíncia fluminense: um território a serviço da nação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRevolucionários, mártires e terroristas: A utopia e suas consequências Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Labirinto das Ilusões: Consolidação e Crise da Social-Democracia Tardia Brasileira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMacarthismo: Acção anticomunista nos EUA Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCuba: Religião e Revolução Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSupremacia da Constituição e Controle de Constitucionalidade no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPara Além de FHC: A Reforma Gerencial da Administração Pública Brasileira na Era Lula Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContradições que movem a História do Brasil e do Continente Americano: Diálogos com Vito Letízia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA revolução cidadã no Equador: Entre o Buen Vivir e o Neodesenvolvimentismo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrise da Espanha :: Política, Economia, Sociedade e Direito Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Artes Linguísticas e Disciplina para você
O Grafismo Infantil: As Formas de Interpretação dos Desenhos das Crianças Nota: 4 de 5 estrelas4/5Oficina de Alfabetização: Materiais, Jogos e Atividades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFonoaudiologia e linguística: teoria e prática Nota: 5 de 5 estrelas5/5Redação: Interpretação de Textos - Escolas Literárias Nota: 5 de 5 estrelas5/5Guia prático da oratória: onze ferramentas que trarão lucidez a sua prática comunicativa Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Príncipe: Texto Integral Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gramática Contextualizada Para Concursos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Leitura em língua inglesa: Uma abordagem instrumental Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desvendando os segredos do texto Nota: 5 de 5 estrelas5/5Um relacionamento sem erros de português Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOficina de Escrita Criativa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuestões de linguística aplicada ao ensino: da teoria à prática Nota: 5 de 5 estrelas5/5Não minta pra mim! Psicologia da mentira e linguagem corporal Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dicionário de Erros Falsos e Mitos do Português Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTeoria da Contabilidade na Prática: Casos de Ensino sobre a Nova Estrutura Conceitual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO poder transformador da leitura: hábitos e estratégias para ler mais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Nunca diga abraços para um gringo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Gêneros textuais em foco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Práticas para Aulas de Língua Portuguesa e Literatura: Ensino Fundamental Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Toma lá, dá cá
Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Toma lá, dá cá - Maurício Oliveira
^ book_preview_excerpt.html [˲Ǒn^%W-S!Qeit]`U+f5;SZ8hoşK̬ƽ=
ɓ~xx_y=vӛtG{09$gWG܈gZ}37>6mpq
y+7/݅5_ޭOeM
_uכ8[]
clrq1Y[F8㯓Kͯ>lb=|suzո;pZqKܠӏ9)l\Jr6؟^asb}Y%_uqqN?(`o:ζ=Dir9to#
CL56Ѱ{.YuPB+ʋ⛁P.и0@"TNo CaӅѧ+D̔p:;@.;=ogX"~k~E,n[zp5WS9\3-X*BJ9Ӝ
C&S.-N}[w*_dEuLo٭c96WlRۃ5btrǎ)lX{%#8*ʰm174C`N95;~j@G=}vcU<3"OO,vSf6uq)^G<S* Oo[\ aߥsi>e!aŚ1i+cdӫq}C铫 m`_p1:&ˮ4Oi:xEoq7
|f4yV.qZci)(_cW59ɷe(m)lf(ZtC,kkm_gCO2zF[e@|ZD@Zo'UCq|`+FsH"RW#7aɣDNo' IGԻ%e:o$&e?Icxb?>|8ECWl:ˊRY ~1$8D/'Cb(g/`FC_hJCBoxi`yabz^J+Z[U@x!bu/qQ vSa OFwN<0qK|̕L>1;4zLj8έfH!WMBCv\"BÒA[CR_5k.;Q}
%1i+cÎryM# F=#?O:'fanBKp4-8XSfj"LV6@T;Dˠ(mvDh
##8?E@2da 8BĦ>%%"!sC`dmìI4.s*H]B?_a|7&Y.C4./xu쌅w={ހՏ1
k$P켒<2VܐF2w%hoq^b(8`Yß:l0쁩='7&H1u
Մ ze\גI]4&Y
Bu,+yp Z]S)QfYaGZCboIT4ѐTf;` A:PbkOK5Z!-sŚM2'HPd#r.@%(Vc0XCLw0!~X^h
vaa9DY]4݀0K%a1f4ԶXҟ~dq>MitY)[e *ĮcEtك!!bI-x`vHZGP(VZ5r]>tz-
YLВd,0ꗞ%}!W&/͉CV< nx-E tꥺJdJc40m*?V8* p55oYzL$e*1|O bm8nGgLLf: eM?řC2ȨunBz(BDAGga.R>yϰ(\ݪyhyͅ