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A Gestão Colaborativa no INSS: avaliação de desempenho da experiência do Seguro Defeso
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A Gestão Colaborativa no INSS: avaliação de desempenho da experiência do Seguro Defeso
E-book165 páginas1 hora

A Gestão Colaborativa no INSS: avaliação de desempenho da experiência do Seguro Defeso

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Sobre este e-book

A gestão colaborativa na prestação de serviços públicos, tendência nos novos movimentos da Nova Governança Pública (New Public Governance), é prescrita pela academia de gestão e políticas públicas como alternativa, tanto à prestação exclusivamente estatal, quanto à terceirização e privatização de serviços públicos. Entretanto, poucos estudos até o momento avaliaram empiricamente os resultados destas práticas para os usuários dos serviços públicos. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) colocou à prova o conceito quando instituiu sua política de gestão colaborativa com as colônias, associações e sindicatos de pescadores no processamento do Seguro Defeso, em 2016. O sucesso da política para a eficiência das atividades do instituto foi atestado nos anos seguintes, sendo determinante para a expansão do programa de transformação digital. Ferramentas sob medida para a prestação dos serviços do INSS com a colaboração de outros parceiros institucionais foram disponibilizadas - prefeituras, empresas, seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil e sindicatos passaram a efetivamente receber requerimentos de benefícios e remetê-los de forma eletrônica às centrais de análise do INSS. O autor participou ativamente no desenho e na implementação dessas políticas –porém, entendeu ser necessária a avaliação de seus impactos na experiência do maior interessado: o cidadão. É de se esperar que a inserção de novos atores nos mecanismos de prestação de serviços públicos relevantes, como aqueles prestados pelo INSS, afete de forma significativa o caminho do cidadão até a concretização de seus direitos. Assim, este estudo testa a hipótese de que a gestão colaborativa no acesso a benefícios sociais pode promover ganhos de desempenho sob a perspectiva de seus destinatários. Para tanto, o cenário de teste foi o processamento de requerimentos de Seguro Defeso, no sul da Bahia, entre 2015 e 2016, cenário onde a implementação da política não foi homogênea – ideal para o emprego do método de diferenças-em- diferenças, comparando indicadores referentes aos pescadores atendidos de forma convencional e àqueles atendidos por meio da gestão colaborativa. Os resultados são interpretados e complementados por entrevistas com gestores do INSS e representantes de pescadores da região. Como resultado, são verificados ganhos significativos de desempenho nas dimensões da efetividade e da equidade, entretanto são apontadas restrições e possibilidades para o desenvolvimento da política. Dissertação apresentada ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para a obtenção do título de Mestre em Políticas Públicas e Desenvolvimento. Defendida em 07 de março de 2018.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de set. de 2020
ISBN9786588068267
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    A Gestão Colaborativa no INSS - Luiz Henrique Alonso de Andrade

    Ao meu pai, Paulo André de Andrade, meu exemplo de perseverança e constância.

    À minha mãe, meu exemplo de abnegação e resiliência.

    AGRADECIMENTOS

    Natural e justificadamente, sou grato à minha família. Principalmente à minha esposa, Alexandra Estrella, pelo apoio incondicional, da inscrição até a conclusão do Mestrado, e ao meu pai, Paulo André de Andrade, pelos valiosíssimos conselhos e debates durante a redação deste trabalho.

    Pela amizade verdadeira e pelo decisivo apoio institucional, agradeço aos meus superiores e companheiros na luta por prestar o melhor serviço possível aos cidadãos brasileiros, Robinson Flávio Dias Nemeth e Mário Galvão de Souza Sória.

    Agradeço também aos presidentes do INSS, que, sem hesitar, acreditaram e subsidiaram a empreitada, Elisete Berchiol da Silva Iwai e Leonardo de Melo Gadelha.

    Devo muito também aos meus amigos de serviço público, que, além de compartilhar nossa nobre missão diária no INSS, me ajudaram, de fato, a concluir o trabalho: Jonathas Rodrigo Bitencourt Duarte, Thiago de Souza Alves, Aline Gomes Monken, Adriana Soutello Araujo e Roberto Fagner de Figueiredo Braga.

    Agradeço ainda aos meus colegas de jornada no mestrado, especialmente à Felícia Mariana Santos, Adriana Cristina Duarte de Almeida Vasconcelos, Cássio Mendes David de Souza, Francisco Fernando Viana Ferreira e Camile Sahb Mesquita.

    Por fim, por ser mais que o objeto do estudo, mas sua fonte de inspiração, sou grato às representantes das pescadoras e pescadores artesanais do Nordeste, principalmente Josana Serrão Pinto e Maria José Honorato Pacheco.

    (...) O esforço por compreender é o primeiro e único fundamento da virtude. E não é por causa de algum fim que nos esforçaremos por compreender as coisas, mas, pelo contrário, a mente, à medida que raciocina, não poderá conceber como sendo bom para si senão aquilo que a conduz ao compreender.

    SPINOZA, Baruch de. Ética, demonstrada à Maneira dos Geômetras

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    PREFÁCIO

    LISTA DE ABREVIATURAS E TERMOS ESTRANGEIROS

    1 - INTRODUÇÃO

    1.1 - CONTEXTO GERAL - A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PELO INSS

    1.2 - CONSTRUÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA COLABORATIVA NO INSS

    1.3 - A CHEGADA DO SEGURO DEFESO

    1.4 - COLABORAÇÃO COM AS ENTIDADES REPRESENTATIVAS DOS PESCADORES ARTESANAIS

    1.5 - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E HIPÓTESE

    2 - SELEÇÃO DO CASO

    2.1 - INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS

    2.2 - SAZONALIDADE E REGIONALIDADE DO SEGURO DEFESO

    2.3 - GEX ITABUNA

    3 - DESENHO DA AVALIAÇÃO

    3.1. - O PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DO SEGURO DEFESO

    3.2. - NATUREZA DA AVALIAÇÃO

    3.3 - TEORIAS DA MUDANÇA DA POLÍTICA DE GESTÃO COLABORATIVA

    3.4 - DIMENSÕES E INDICADORES DE DESEMPENHO

    3.4.1 - Efetividade

    3.4.2 - Equidade – Responsividade Comparada

    3.4.3 - Equidade – Cobertura

    3.5 - ABORDAGEM QUALITATIVA

    4 - METODOLOGIA E RESULTADOS

    4.1 - DIFERENÇAS-EM-DIFERENÇAS

    4.2 - VERIFICAÇÃO DA PREMISSA DE TENDÊNCIAS COMUNS

    4.2.1 - Grupos com registros fixos no tempo

    4.2.2 - Grupos contidos na mesma unidade regional (GEX)

    4.2.3 - Elementos abrangidos pelas mesmas unidades locais (APS)

    4.3 - OUTLIERS

    4.4 - VARIÁVEIS DE CONTROLE

    4.5 - RESULTADOS

    4.5.1 - Impacto sobre a Efetividade

    4.5.2 - Impacto sobre a Equidade - Responsividade Comparada

    4.5.3 - Impacto sobre a Equidade - Cobertura

    5 - CONCLUSÃO

    5.1 - QUALIDADE DO ATENDIMENTO PRESTADO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS

    5.2 - FACILITAÇÃO DO PROCESSO DE PARCERIA

    5.3 - AMPLIAÇÃO DAS PARCERIAS A ENTIDADES DE DIFERENTES NATUREZAS

    5.4 - FUTURO: DISPONIBILIDADE DE CAPACIDADE RESIDUAL

    6 - REFERÊNCIAS

    APÊNDICE I – TRATAMENTO DOS DADOS

    I. Tratamento da base do Defeso do Camarão no Nordeste em 2015 e 2016

    II. Tratamento da base de Itabuna para avaliação

    III. Extrações de novos dados para indicadores

    IV. Readequação da base à metodologia e criação das variáveis de indicadores

    APÊNDICE II – APLICAÇÃO DA METODOLOGIA

    I. Modelos e comandos utilizados

    II. Resultados para o indicador benpontual

    III. Resultados para o indicador tmdcomp

    IV. Resultados para o indicador distmedia

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Dedicatória

    Epígrafe

    Sumário

    Prefácio

    Bibliografia

    PREFÁCIO

    Desde a sua criação, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada tem entre suas atribuições a formação de quadros de excelência para o serviço público. Originalmente desempenhada pelo Centro de Treinamento para o Desenvolvimento Econômico e Social (CENDEC), extinto ao final do Governo Fernando Henrique Cardoso, atualmente essa missão vem sendo exercida pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento, que desde o início da década oferece um curso de mestrado profissional, além de outras modalidades de capacitação e treinamento abertas aos servidores públicos federais.

    O presente livro consiste numa versão revista e ampliada da dissertação de mestrado apresentada a esse programa por Luiz Henrique Alonso de Andrade, servidor da Carreira do Seguro Social, sob minha orientação. Defendida em 2018, perante banca composta pelos professores Dr. Carlos Henrique Leite Corseuil e Dr. Roberto Rocha Coelho Pires, recebeu aprovação unânime e conceito máximo, o que espelha não apenas a qualidade da pesquisa e do texto apresentados, mas sobretudo um cumprimento exitoso da finalidade principal do curso: domínio amplo dos métodos e técnicas de formulação e avaliação de políticas públicas, associado a uma reflexão crítica sobre a própria prática profissional, que permita construir perspectivas inovadoras para o aprimoramento do serviço público e para o desenvolvimento nacional.

    Como restará claro ao longo da leitura do texto, o autor preenche esses requisitos com louvor. Utilizando métodos preponderantemente quantitativos, soube recorrer às técnicas qualitativas sempre que necessário, construindo uma proposta abrangente de avaliação de um programa governamental, o que permite não apenas seu aprimoramento, mas também estabelecer referências para experiências futuras. Em havendo atuado como gestor desse mesmo programa, soube ressignificar sua própria experiência profissional, oferecendo evidências importantes ao debate sobre o uso de estratégias digitais de oferta de serviços públicos, tão candente no momento em que a aceleração da virtualização do atendimento aos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social vem gerando controvérsias.

    Ao tornar-se disponível ao grande público na forma de livro, penso que este texto será uma contribuição importante não apenas para o avanço das fronteiras do conhecimento no campo das políticas públicas, mas também para a qualificação do serviço público prestado aos cidadãos brasileiros e consequentemente ao desenvolvimento nacional.

    Brasília, 5 de junho de 2020

    Dr. Alexandre dos Santos Cunha

    Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA

    LISTA DE ABREVIATURAS E TERMOS ESTRANGEIROS

    ACT - Acordo de Cooperação Técnica

    API - Application Program Interface

    APS - Agência da Previdência Social

    benpontual - Indicador de tempestividade do pagamento do Seguro Defeso

    BI - Business Intelligence (Inteligência de Negócios)

    BPC - Benefício de Prestação Continuada

    BSC - Balanced Score Card

    CASA - Central de Acompanhamento de Sistemas e Atendimento

    CEF - Caixa Econômica Federal

    CEP - Código de Endereçamento Postal

    CGU - Controladoria Geral da União

    CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas

    CNPA - Confederação Nacional de Pesca e Aquicultura

    CODEFAT - Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador

    CONFREM - Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos

    Collaborative

    Public

    Management - Gestão Pública Colaborativa

    CONFREM - Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos

    cont - Indicador de pertencimento da observação ao grupo de controle

    CPF - Cadastro de Pessoa Física

    CRM - Customer Relationship Management (Gestão do Relacionamento com Clientes)

    Cross-sectoral

    Partnership - Parceria Intersetorial

    CzRM - Citizen Relationship Management (Gestão do Relacionamento com Cidadãos)

    Dif em dif - Designativo conciso do método diferenças-em-diferenças

    DIRAT - Diretoria de Atendimento do INSS

    DIRBEN - Diretoria de Benefícios do INSS

    DIROFL - Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística do INSS

    distmedia - Indicador de distância média percorrido para requerimento do Seguro Defeso

    dummy - Variável binária, possibilita cálculos seccionados no modelo (fictício)

    eReq - Requerimento Eletrônico. Protótipo para recepção remota de requerimentos

    FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador

    GET - Gerenciador de Tarefas. Sistema utilizado para recepção remota de requerimentos

    GEX - Gerência-Executiva

    hollow-out - Expressão que designa o esvaziamento de funções do Estado

    IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

    IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

    IBOPE - Instituto Brasileiro

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