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Paladine
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E-book257 páginas3 horas

Paladine

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Sobre este e-book

Conheça o pior inimigo do terrorismo, finalista dos prêmios BookLife, 2016 e RONE, 2017.

Do autor premiado & best-seller, descrito por críticos como: “um dos maiores escritores de thrillers do momento”, uma história inesquecível de um improvável “anti-herói”. Robert Garcia era um homem comum, dispensado de uma promissora carreira militar para se tornar um assassino do esquadrão da morte da CIA. A aposentadoria não estava em jogo para Robert, então ele decidiu sumir. Após sair da “geladeira” para responder a um chamado de um colega militar, que estava sofrendo uma injustiça, ele é empurrado de volta aos holofotes quando mata um terrorista, salvando assim dezenas de vidas. Ele encontra boa remuneração no assassinato de jihadistas, dando origem a lendas urbanas de que Robert, um assassino perigoso e insensível, é um paladino vivo, cuja missão é livrar a terra do mal para o bem da humanidade. As redes sociais lhe batizam de: “Paladino”; e que Deus possa ajudar àqueles que se metem entre ele e seu próximo alvo.

Um best-seller nos Estados Unidos no quarto dia de lançamento:

#1 Superhero Thriller best seller & #1 hot new release
#2 Pulp Thriller best seller #1 hot new release
#2 Terrorism Thriller best seller & #1 hot new release

Descubra o que os críticos estão dizendo sobre este novo thriller de terrorismo:

“Neste thriller bem escrito e de ritmo rápido, o autor demonstra habilidades não só na trama, mas com os personagens – e os personagens é o que faz este livro se destacar. Uma história de amor desventurada e um cachorro irresistível, só aprofundam o que poderia ser apenas mais uma história de assassino que mata jihadistas. --Publisher's Weekly, Booklife Prize in Fiction

“Uma peça satisfatoriamente original e convincente, que se move muito além da escrita do gênero e para dentro do reino da precisão militar, do discernimento e da aventura, unindo ação à buscas e preocupações dos dias modernos, com a precisão de um cirurgião. Uma leitura altamente recomendada para quem procura um protagonista e um propósito que vai além, e ainda segue adiante. ” Midwest Book Review

“Um thriller afiado, inteligente e não-sentimental que se baseia no conhecimento enciclopédico de Kenneth Eade sobre assuntos atuais. Em Robert Garcia, os leitores recebem um anti-herói na linha do autor Jack Reacher, mas com muito mais complexidade moral. "Paladino" tem tanto valor de entretenimento quanto a maioria dos romances do gênero, mas entrega um caminhão de substância junto a ele. ” Best Thrillers

Descubra o que outros leitores já sabem sobre este novo thriller de assassinato:

Capturou minha atenção na segunda página. Tem muitas reviravoltas. Os personagens ganham vida, e você não pode nem imaginar o fim. Esteja preparado, você não conseguirá largar quando começar a ler. G. Swinney

O livro é uma leitura emocionante e muito bem escrito. O Sr. Eade certamente ganhou um posto na minha lista de escritores favoritos. Eu compro um monte de livros da Amazon, e a maioria dos chamados escritores de thriller, não o são. O Sr. Eade é o cara para mim. Stewart Rothwell, UK.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de dez. de 2021
ISBN9781071587263
Paladine
Autor

Kenneth Eade

Described by critics as "one of our strongest thriller writers on the scene," author Kenneth Eade, best known for his legal and political thrillers, practiced International law, Intellectual Property law and E-Commerce law for 30 years before publishing his first novel, "An Involuntary Spy." Eade, an award-winning, best-selling Top 100 thriller author, has been described by his peers as "one of the up-and-coming legal thriller writers of this generation." He is the 2015 winner of Best Legal Thriller from Beverly Hills Book Awards and the 2016 winner of a bronze medal in the category of Fiction, Mystery and Murder from the Reader's Favorite International Book Awards. His latest novel, "Paladine," a quarter-finalist in Publisher's Weekly's 2016 BookLife Prize for Fiction and winner in the 2017 RONE Awards. Eade has authored three fiction series: The "Brent Marks Legal Thriller Series", the "Involuntary Spy Espionage Series" and the "Paladine Anti-Terrorism Series." He has written twenty novels which have been translated into French, Spanish, Italian and Portuguese.

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    Paladine - Kenneth Eade

    PALADINE

    KENNETH EADE

    Direitos Autorais 2016 Kenneth Eade

    Todos os direitos reservados.  Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida em qualquer forma ou de qualquer maneira, eletrônica ou mecanicamente, incluso fotocópia, gravação, ou por qualquer armazenamento de informação e sistema de recuperação, sem permissão escrita do publicador.  Avaliadores podem citar breves passagens do livro no contexto de uma crítica.

    Este é um trabalho de ficção.  Nomes, personagens, locais e incidentes ou são produtos da imaginação do autor ou são usados de forma fictícia, e qualquer semelhança a uma persona, viva ou morta, estabelecimentos comerciais, eventos ou locais é mera coincidência.  O publicador não tem nenhum controle sobre e não assume nenhuma responsabilidade pelo autor ou sites de terceiros ou seus conteúdos.

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    A George Gonzalez, primeiro sargento, aposentado, a inspiração por trás deste incrível personagem.

    Sempre que os homens tomam a lei em suas próprias mãos, o perdedor é a lei.  E quando a lei perde, a liberdade definha.  

    ―  Robert Kennedy

    A palavra paladino é derivado do Latim palatinus, que significa anexado ao palácio.  Na época de Carlos Magno, um paladino era o nome dado a um dos Doze Pares de sua guarda pessoal.  No século XXI, eles sobrevivem somente nos jogos e filmes, como executores de boas práticas, cavalheiros divinos, uma classe guerreira que era plenamente devota a bondade e libertação do mal do universo.  Eles possuem um rigoroso código de honra e uma fragilidade com crianças e animais.  Em batalha, o paladino é quase impossível de ser batido.  Dizem que eles não temem nada, pois o mal os teme.  

    PREFÁCIO

    Eu tenho conhecimento sobre guerras e como elas são travadas em níveis táticos e operacionais. Eu servi no Exército dos Estados Unidos por 22 anos, como um soldado de serviço ativo.  Depois de me aposentar com honrarias, graças a razões médicas, eu continuei a servir o Departamento do Exército, como um civil.  Eu ocupei diversos cargos, começando como Oficial de Operações em um Centro de Operações Logísticas, posteriormente como Capitão de Batalha e finalmente como Chefe de Operações. Eu também servi como um Especialista de Melhoria de Processo e finalizei minha carreira como um Analista de Planejamento Estratégico.  Ao todo, eu servi no Exército por trinta e quatro anos.

    No dia 11 de setembro de 2001, embora alocado ao Fort Sill, Oklahoma, eu assisti ao ataque terrorista às Torres Gêmeas na televisão, assim como todos os americanos e o mundo todo.  Nós testemunhamos o horror do terrorismo e sabíamos em nossos corações que a vida, da forma que a conhecíamos, nunca mais seria a mesma. Sendo um nova-iorquino, o ataque me atingiu como se fosse em casa, como se eu estivesse em combate. Como soldado eu também pensei:  Nós agora devemos mudar a forma com que lutamos. Nós também vamos precisar de uma nova geração de soldados, para fazer o que quer que precise ser feito, de forma a assegurar que o que estou olhando nunca mais aconteça.   No livro de Kenneth Eade Paladino, o senhor Eade nos traz o ex-soldado Robert Garcia, um destes da nova geração

    Na realidade, homens como Robert foram usados pela Inteligência dos Estados Unidos desde a metade dos anos oitenta. O governo americano estava temoroso com o que estava acontecendo na América Central, com os Sandinistas no poder na Nicarágua e com El Salvador mergulhado em conflitos internos que duraram até o início dos anos noventa. O efeito dominó entrou em cena. Desde que a Nicarágua caiu nas mãos dos comunistas, quanto tempo até que Honduras caia, depois a Guatemala, El Salvador...

    A Síndrome do Vietnã era a frase usada para definir a hesitação dos cidadãos norte-americanos a envolver nosso país em relações internacionais. A população se recusou a enviar seus jovens homens e mulheres à guerra novamente, tão logo depois do fiasco no Vietnã, travado pela destemida equipe militar, cujos nomes decoram o Memorial do Vietnã. No entanto, as Organizações de Inteligência dos Estados Unidos, conhecida por suas siglas de três letras, não mostraram alguma hesitação. Elas recrutaram, treinaram e mobilizaram esta nova geração pelo mundo todo, para assegurar que os interesses estratégicos norte-americanos estavam protegidos por todos os meios necessários.

    Neste livro, Kenneth Eade te leva por um capítulo dentro da vida de Robert Garcia, um personagem originalmente introduzido por Kenneth em seu livro Beyond All Recognition. Garcia antigamente fora Malik Abdul, e este ascendeu para a existência quando o capitão do Exército dos E.U.A., John Richards, foi chamado a sacrificar tudo o que ele conhecia, tudo o que ele amava, para servir sua amada pátria e sua tropa. Ele era um patriota do mais alto nível e quando saiu da geladeira para ajudar um antigo comandante, um colega do exército, se tornou uma persona non grata, um homem que guardava muitos segredos em sua cabeça, segredos que a Casa Branca queria manter escondidos do mundo. Ele foi marcado.

    O que acontece com homens como Robert Garcia quando eles não estão mais no campo de batalha, quando a adrenalina do combate já não está mais disponível, quando o país que eles amam e defenderam já não é mais um porto seguro? Não existe um botão liga/desliga para estes indivíduos altamente treinados. Eles receberam uma ferida de seus encarregados, uma ferida com uma coceira constante, que só poderia ser aliviada ao fazer o que fazem de melhor. Eles devem criar seus próprios programas para sobreviver. Na ausência de alvos previamente entregues pela agência, eles devem criar seus próprios. Eles foram feitos por homens desesperados, para tempos desesperadores, e agora não vão simplesmente desaparecer, como um simples boa noite. Eles são o pesadelo do governo.  Simplificando, são os assassinos da América.

    Este é um trabalho de ficção, baseado em pesquisas extensas por Kenneth Eade. Ele acerta em cheio. Homens como Robert Garcia existem, seus dossiês estão espalhados pelas mesas de tensos diretores de inteligência. Desfrute o livro e agradeça por você não estar na mira de Robert.

    George Gonzalez, primeiro sargento (aposentado).

    Exército dos EUA.  

    CAPÍTULO UM

    O apartamento obviamente pertenceu a um solteiro, mas estava arrumado e organizado, como a cama recém-feita de um militar.  As almofadas no sofá eram macias e confortáveis e os móveis de estilo colonial eram práticos e funcionais, rústicos, mas não antigos.  A decoração era em tons de terra e neutro, e as paredes eram repletas de obras de arte de bom gosto, réplicas de arte que nada diziam sobre o ocupante.  Elas estavam apenas penduradas ali, para que as paredes não estivessem despidas.  Não havia retratos de família sobre as mesas, nem pilhas de livros gastos e nenhuma revista.  Era quase como se ninguém tivesse vivido ali.

    Robert Garcia era um homem ordinário.  Outros homens, àqueles extraordinários, jamais poderiam ser esquecidos.  Homens marcantes, de persuasão imponente, ou aqueles com um certo intelecto superior ou astúcia.  Robert não havia nenhum destes atributos, mas se você tivesse o azar de tê-lo tocando sua vida, de algum modo, e fosse suficientemente afortunado para sobreviver após a experiência, ele estaria indelevelmente gravado em sua memória.

    As características de Robert eram bem desenhadas, precisas.  Ele poderia flutuar sob o ar noturno com apenas um sussurro do vento, e então desaparecer nas sombras, o único lugar onde se sentia seguro e contente.  Com um metro e oitenta, cabelos negros com um toque grisalho próximo as pontas, ele era um camaleão que se misturava na maioria das multidões. No entanto, debaixo das vestimentas comuns, havia um poderoso corpo hercúleo, esculpido e rasgado.  Registrado como John Richards Junior, até alcançar a carreira militar americana e se casar com uma libanesa. Desde que Robert tinha idade suficiente para andar, marchava nas pegadas do pai.  Quando seu país o convocou, John Richards Junior orgulhosamente aceitou o chamado e serviu com orgulho, como filho de seu pai que era e sobrinho do grande Tio Sam.  Não havia nenhuma dúvida a respeito disso.  Graduando pelas patentes no modo difícil, se tornou capitão, e não demorou muito até que suas características e habilidades especiais o fizessem receber sua primeira missão secreta, junto com seu primeiro codinome: Malik Abdul.

    Malik era um nome que se encaixava bem com Robert.  Ele não se comportava ou tinha cara de John Richards.  Este era um nome que seu pai anglo-saxão, John Richards insistiu em dar a seu filho e que sua mãe obedientemente concordou.  Finalmente, foi um hábil perfilhamento que ajudou Malik a reconhecer seu destino.  Sua pele morena e sua segunda língua – árabe – transformaram Malik em um agente valioso para seu país.  Além da destreza linguística e atributos físicos, Malik possuía um exclusivo conjunto de habilidades especiais, forjadas por um treinamento intensivo e aprimoradas à perfeição através da experiência.  Malik e seu grupo de assassinos eram utilizados somente nas circunstâncias mais extremas – operações secretas para conhecidas agências que chamavam a si mesmas por acrônimos de três letras – e às desconhecidas também. 

    Malik tentou se aposentar, experimentava transformar seu cotidiano na vida normal de Robert Garcia, e diligentemente tomava o trem de número quatro, de segunda a sexta, de seu pequeno apartamento em El Barrio até o Two Penn Plaza, onde trabalhava como zelador.  Porém o passado de Malik chamava.  Era um chamado que ele não podia resistir.  Ele saiu para o campo aberto para ajudar um colega soldado que havia recebido um julgamento equivocado.  De fato, a única coisa que Malik havia deixado para trás, que se assemelhava a uma consciência, era o Credo do Soldado.  Ele não havia princípios morais, exceto por estes, que estavam queimados em sua escrita, como um gado marcado: A missão vem em primeiro lugar; nunca aceite a derrota; nunca desista; e nunca deixe um companheiro caído

    O companheiro era o Capitão Ryan Bennington, um oficial que serviu na guerra contra a insurgência no Iraque, que foi enviado em uma missão por seus superiores, com instruções para invadir quatro casas de um vilarejo iraquiano, que a Inteligência havia confirmado serem administradas por terroristas da Al-Qaeda, e matar todos que não se rendessem imediatamente.  Era uma missão que agentes como Malik – Robert – conheciam bem, já que esteve em muitas delas, cometendo atos inomináveis em nome da Guerra ao Terror, durante a insurgência.  E agora o oficial estava sendo acusado pelo tribunal marcial e poderia passar a vida na prisão, simplesmente por cumprir com seu dever.

    Robert retornou do julgamento do tribunal marcial, na costa americana, uma pilha de nervos, paranoico.  Agora com o jogo aberto, a vida de Robert estava em estado de angústia e inquietação.  Ele não poderia continuar seu trabalho de zelador.  Eles poderiam estar vigiando ali.  Ele não poderia retornar a mulher que estava saindo regularmente e que lhe havia dado uma esperança de que ele realmente pudesse retornar a sociedade depois de tudo que havia visto e feito, e tampouco poderia retornar ao pequeno apartamento no bairro peculiar Spanish Harlem, de estilo brownstone, na Rua 118, entre a Segunda e Terceira Avenida, chamada de sua casa pelos últimos cinco anos.  Bem, ele deveria voltar para cá – pela última vez, pensou ele, enquanto fechava a porta.

    ***

    Agora que Robert havia exposto a si e sua nova identidade a bem da verdade, era hora, de mais uma vez, voltar para as sombras.  Sem deixar vestígios de emoção, deixou tudo para trás que havia sido acumulado por Robert Garcia ao longo dos anos, no andar superior daquele pequeno prédio – os móveis, as roupas, até as pequenas quinquilharias remanescentes da vida que ele havia simulado.  Ele também deixava algo no apartamento que nunca havia estado ali, um produto da obra de sua vida – algo que não havia feito nos últimos cinco anos – o corpo de um homem morto, de um metro e oitenta, moreno, de cabelos negros.  Ele olhava pela última vez para a vida de Robert Garcia, quando jogou um fósforo sobre o piso e então caiu fora.

    CAPÍTULO DOIS

    Robert precisava de um plano.  Nenhuma operação, nem mesma a que ele chamava de sua própria vida, poderia ir para frente sem um plano.  Sua reserva só iria durar por um tempo e ele iria precisar de dinheiro.  Ele gastou uma boa porção de suas economias em sua nova carta de motorista e passaporte.  Ponderava a ideia de usar o passaporte para ir à zonas de guerras ou áreas de conflito – qualquer lugar em que pudesse pegar serviços de mercenário – o tipo de trabalho que ele fazia muito bem.  Olhava para o passaporte e ria ao pensar em seu novo nome – Julio Ignacio.  Para Robert, soava como dois primeiros nomes juntos.  Ele fez uma nota mental para melhorar seu espanhol e ponderou seu próximo passo, enquanto se sentava em um banco de plástico laranja, debruçado em seu cheeseburger sobre a mesa também laranja, engordurada e pegajosa do McDonald’s. Era a hora mais agitada do dia, repleta de risos e gritos das crianças, choro de bebês, empresários amontoados tentando conseguir uma refeição rápida em meio a um dia cheio, no entanto, Robert focou em apenas um de seus sentidos altamente treinados – a audição – no único som que se destacou em meio aos outros – um clique metálico.

    Em um movimento suave, Robert sacou sua Glock calibre 9mm, que sempre carregava consigo, virou na direção do barulho, rápido como um foguete, e disparou três balas no jovem rapaz, que segurava uma metralhadora AK-47 em direção a multidão, parado entre as portas de vidro – um tiro na cabeça e dois no peito.  O homem se espatifou no chão, a tempo de poder gritar Allahu Akbar, e a AK-47 se estatelou no chão, em frente a seu corpo sem vida.

    Entre os berros e movimentos frenéticos da multidão, Robert mais uma vez caiu fora rumo ao oblívio.  Não havia mais necessidade de pensar em um plano – nessa pequena reviravolta do destino, o plano foi criado para ele. 

    Enquanto os jornais convencionais tentavam explicar o que acontecera, dezenas de pessoas mandavam mensagens e tuites com suas versões do que elas haviam testemunhado.  A tentativa de massacre no McDonald’s foi frustrada por um homem milagroso, um solitário soldado armado, que de alguma forma, avistou o terrorista de 22 anos de idade, o neutralizou antes dele poder descarregar seu mar de balas, e caiu fora como um super-herói, sem reivindicar louvores.  Informações da Internet foram fundidas entre perfis do Instagram que haviam testemunhado o fato e fofocas das mídias sociais.  O homem foi aclamado como herói, um paladino pela cultura do folclore urbano dos millenials, cujas mentes misturaram o que muitas pessoas conheciam como verdade, com a realidade virtual de um vídeo game.  Eles até lhe deram um apelido: Paladino.

    Era um apelido honroso, porém Robert não 

    o merecia.  Escondido dentro da cultura pop da geração perdida, um paladino era descrito como um cavalheiro sagrado, uma classe guerreira que era plenamente devota a bondade e libertadora do mal do universo.  Dizem que eles não temem nada, pois o mal os teme.  Isto até poderia ser verdade em relação a Robert, porém ele jamais seria essa pessoa, esse Paladino.  Ele jamais seria o homem do chapéu branco, ou o cavalheiro da armadura brilhante.  Um guerreiro, sim, isto ele era, mas ele não poderia ser um dos mocinhos.  Robert tinha visto muito, feito muito.  Matar se tornou apenas sua forma de viver.  Ele simplesmente matava qualquer um que seus instintos lhe dissessem.  Ele tentou se encaixar na sociedade, e o que aconteceu?  Ele foi desiludido e desencorajado, e isto o fez ainda mais perigoso do que era normalmente.  Robert era um assassino, nu e cru, um matador que enquanto corria atrás de seu alvo, poderia abater cinco policiais num piscar de olhos, e classificaria o ocorrido como danos colaterais.

    Mas havia algo mais que tornava Robert em alguém ainda mais temerário.  Ele tinha esta ferida que não tinha coçado por

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