O sol do Congo
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O sol do Congo - Raul de Taunay
Sumário
O Congo na poesia de Raul de Taunay
Advertência
áfrica em mim
a canção do amor
algaravia
a encosta
ardente
acalorado
abismo
a filha da maré
amanhecer
águas caudalosas
ainda
caro verso
chuva em brazza
conservatório
como passarinho
carnaval no congo
canoas
clara rosa
chacoalhado
colheita
clamor
chuva de janeiro
caminho longo
desafio
delicado
degelo
descarga
deleite
desarriomo
em poesia
encalhado
enamorado
expressão
estribeira
escura
equação
estalo
em mim, sem fim
encantado
esperança
embolada
franqueza
galantemente
gotejando
honras
impulso
irmão de alma
improviso
infiltração
indomado sonho
infinidade
livro da vida
larvas
mãe-floresta
manancial
meandros
mucos
montes perdidos
me pareceu
mantra
negritude
noite dos tempos
no congo, a lua
ninho
noite fascinante
não mais
o sol do congo
o mestre
o beijo que nos espera
o tempo
o final
obstinação
o tempo de uma era
o filtro
o encanto da juventude
poema despido
poética digital
poética sentida
poema minguante
política
patetices
picadinho
perpétuo azul
patuscada
poema no guardanapo
poética insana
pedidos
quietinho
rio congo
soneto à dama congolesa
super-herói, velho caubói
soneto a eles
soneto profano
sinceridade
sucinto
travessura
vidinha
vida poética
vinte três de março
Posfácio – O sol do Congo
Texto de orelha
Sobre autor
O Congo na poesia de Raul de Taunay
Carlos Nejar
Para Vico, a poesia e o poeta têm uma relação direta com a origem da linguagem e do conhecimento.
E Raul de Taunay, ficcionista visionário, poeta neste livro denominado O Sol do Congo
, que se ajunta com sua preciosa experiência de Embaixador, sim o saber de experiência feito
, de que fala Camões. Devaneio e verdade, saber e sabor de palavras.
É um canto de amor à África, como se procurasse nos versos certa infância do mundo e de infância é o trajeto da poesia.
Seu livro, de forte originalidade, trabalha em trilhos sonoros, eficazes para o que pretende, tomando no ritmo, a geografia e o pulsar da paisagem, desde o zumbir incessante dos insetos às chuvas abundantes e o andarilho sol ou as ondas do oceano: Em cada rima perdida encontra-se a vaga omitida, cedida
.
E neste mundo sem vogal ou consoante
, escreve doridamente, escreve , ainda que aos prantos
. É a solidão africana, o primitivo sentimento de isolar-se, ao relento das coisas?
A poética de Raul Taunay segue por veredas de rimas, rumos, achados numa floresta de febre e símbolos. E o sistema vocabular corre nas imagens, como rio entre ramos e seixos.
O delírio do canto e o canto do delírio, sob a ganga do verso, a pele das águas e o influxo ardente do amor que cura e se cura da tormentosa solitude.
O poema, na sua torrente, leva de roldão o aluvioso vulcão, os rios tortos, a vegetação de uma África vivida e sonhada.
Mas a morte vagueia, a culpa se desvanece e o umbral do declive
. Diz o poeta: Não existe culpa, existe morte,/ e todos vaguearemos pelo umbral do declive
. Ou atravessado(s) no coração impuro
.
Na fluvialidade sem margem do poema, que ao não se definir, escoa pelo túnel da memória, que é palavra.
E a ânsia do poeta de voar com as andorinhas
, permeia o desejo de liberdade que pousa no coração humano.
Esta lírica é de rupturas na via das rimas, de repuxos no deslizar das imagens, como reflexos de ambíguo espelho. E é como observa Octavio Paz, a obra sempre é inacabada e completada pelo leitor
, já que esta criação se sustenta da tensão e dos desvios na plumagem do verso. Ao transformar os acontecidos no Congo
de nossa obscura alma, Raul de Taunay toca estranha e sofrida humanidade.
Rio de Janeiro, Casa do Vento
, 30