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O sol do Congo
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O sol do Congo
E-book136 páginas46 minutos

O sol do Congo

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Sobre este e-book

"O Sol do Congo" foi escrito em Brazzaville entre 2016 e 2020, período em que o autor viveu nessa cidade africana que permeia e atravessa boa parte dos poemas aqui apresentados. Os cenários exóticos e os temporais dessas paisagens remotas se misturam ao lirismo e à sensibilidade de Raul de Taunay, poeta afeito à tradição clássica, de rimas e sonetos, dando um colorido especial e um sabor inesperado aos seus versos e fazendo um contraponto entre o mundo externo, com suas belezas e intempéries, e o mundo interno das paixões e sentimentos que conduzem o fio da escrita. Com uma obra extensa e diversificada, marcada pelas vivências em diferentes lugares, proporcionadas por sua carreira de diplomata, Taunay reafirma neste novo livro seu talento como poeta e também como contador de histórias, trazendo para o leitor todas as infinidades que as paisagens poéticas nos despertam, dessa vez com as tintas de uma África vista sob um prisma bastante particular.
IdiomaPortuguês
Editora7Letras
Data de lançamento4 de fev. de 2021
ISBN9786559050505
O sol do Congo

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    O sol do Congo - Raul de Taunay

    Sumário

    O Congo na poesia de Raul de Taunay

    Advertência

    áfrica em mim

    a canção do amor

    algaravia

    a encosta

    ardente

    acalorado

    abismo

    a filha da maré

    amanhecer

    águas caudalosas

    ainda

    caro verso

    chuva em brazza

    conservatório

    como passarinho

    carnaval no congo

    canoas

    clara rosa

    chacoalhado

    colheita

    clamor

    chuva de janeiro

    caminho longo

    desafio

    delicado

    degelo

    descarga

    deleite

    desarriomo

    em poesia

    encalhado

    enamorado

    expressão

    estribeira

    escura

    equação

    estalo

    em mim, sem fim

    encantado

    esperança

    embolada

    franqueza

    galantemente

    gotejando

    honras

    impulso

    irmão de alma

    improviso

    infiltração

    indomado sonho

    infinidade

    livro da vida

    larvas

    mãe-floresta

    manancial

    meandros

    mucos

    montes perdidos

    me pareceu

    mantra

    negritude

    noite dos tempos

    no congo, a lua

    ninho

    noite fascinante

    não mais

    o sol do congo

    o mestre

    o beijo que nos espera

    o tempo

    o final

    obstinação

    o tempo de uma era

    o filtro

    o encanto da juventude

    poema despido

    poética digital

    poética sentida

    poema minguante

    política

    patetices

    picadinho

    perpétuo azul

    patuscada

    poema no guardanapo

    poética insana

    pedidos

    quietinho

    rio congo

    soneto à dama congolesa

    super-herói, velho caubói

    soneto a eles

    soneto profano

    sinceridade

    sucinto

    travessura

    vidinha

    vida poética

    vinte três de março

    Posfácio – O sol do Congo

    Texto de orelha

    Sobre autor

    O Congo na poesia de Raul de Taunay

    Carlos Nejar

    Para Vico, a poesia e o poeta têm uma relação direta com a origem da linguagem e do conhecimento. E Raul de Taunay, ficcionista visionário, poeta neste livro denominado O Sol do Congo, que se ajunta com sua preciosa experiência de Embaixador, sim o saber de experiência feito, de que fala Camões. Devaneio e verdade, saber e sabor de palavras.

    É um canto de amor à África, como se procurasse nos versos certa infância do mundo e de infância é o trajeto da poesia.

    Seu livro, de forte originalidade, trabalha em trilhos sonoros, eficazes para o que pretende, tomando no ritmo, a geografia e o pulsar da paisagem, desde o zumbir incessante dos insetos às chuvas abundantes e o andarilho sol ou as ondas do oceano: Em cada rima perdida encontra-se a vaga omitida, cedida.

    E neste mundo sem vogal ou consoante, escreve doridamente, escreve , ainda que aos prantos. É a solidão africana, o primitivo sentimento de isolar-se, ao relento das coisas?

    A poética de Raul Taunay segue por veredas de rimas, rumos, achados numa floresta de febre e símbolos. E o sistema vocabular corre nas imagens, como rio entre ramos e seixos.

    O delírio do canto e o canto do delírio, sob a ganga do verso, a pele das águas e o influxo ardente do amor que cura e se cura da tormentosa solitude.

    O poema, na sua torrente, leva de roldão o aluvioso vulcão, os rios tortos, a vegetação de uma África vivida e sonhada.

    Mas a morte vagueia, a culpa se desvanece e o umbral do declive. Diz o poeta: Não existe culpa, existe morte,/ e todos vaguearemos pelo umbral do declive. Ou atravessado(s) no coração impuro.

    Na fluvialidade sem margem do poema, que ao não se definir, escoa pelo túnel da memória, que é palavra.

    E a ânsia do poeta de voar com as andorinhas, permeia o desejo de liberdade que pousa no coração humano.

    Esta lírica é de rupturas na via das rimas, de repuxos no deslizar das imagens, como reflexos de ambíguo espelho. E é como observa Octavio Paz, a obra sempre é inacabada e completada pelo leitor, já que esta criação se sustenta da tensão e dos desvios na plumagem do verso. Ao transformar os acontecidos no Congo de nossa obscura alma, Raul de Taunay toca estranha e sofrida humanidade.

    Rio de Janeiro, Casa do Vento, 30

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