Poemas Nos Tempos Do Medo: 280 caracteres Vol. 2
De Tião Riviera
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Sobre este e-book
Manter-se vivo foi um árduo trabalho. As Lembranças da infância e as recordações dos encontros, amigos, pais e mães pareceram nos abraçar a cada dia. Porém, permeando vidros, janelas fechadas, máscaras e todo o cenário pandêmico, o Medo se fazia eterno, senhor do Tempo e da solidão, nau compulsória, sem porto para desembarcar a tripulação.
Dentro dessa arca de Noé, entraram todos: Os bichos e as coisas, além de todas as Águas, terras e mares vividos, limpos, férteis — ao menos em sonho. O amanhã era incerto. Tínhamos que nos valer do lúdico para nos mantermos firmes. O céu e a lua, fontes de inspiração se mostravam impávidos, indiferentes às nossas súplicas por normalidade.
Paixão, amor e seus correlatos exacerbados nas masmorras, enclausurados dentro de nós, pedindo passagem em uma avenida bloqueada aos transeuntes. O medo sendo o substrato de onde retirávamos a seiva do continuar a viver, contando com nossas: Fé, gente e luta contra um inimigo sem fim. Assim, ao acordar todas essas manhãs, o recado na tela do meu computador "Poesia, poeta!" convidava-me a escrever todos estes poemas, que apresento aos leitores. São poemas pandêmicos.
Tião Riviera
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Poemas Nos Tempos Do Medo - Tião Riviera
Lembranças
Desenho de uma pessoa Descrição gerada automaticamente com confiança médiaAdeus
Quando parti daquela cidade,
Deixei pedaços da saudade
Em cada canto onde vivi
Em cada letra que sobrevivi
Nas esquinas, rasgados abraços
Nas mãos, adeuses em agonia
Nas escadarias da catedral,
Deixei a fé abismal
Levei comigo o desejo da poesia,
A inocência liberta e sadia,
Pedaços de sóis e luas
Vontades mais nuas que cruas
Ao respirar o cerrado
Deparei-me em um quarto fechado,
Nada foi me dito ou falado,
Sobre o agridoce do pecado.
Lembro
Lembro
A flor dos teus lábios
Permitiu-me amar
Pela vez primeira
Lembro
No toque em teu rosto
Ascendeu-me o calor
Além da fogueira
Lembro
Da redondez dos teus seios,
A carga suave
Na mão maneira.
Sem contraste
As cartas que lhe escrevia
Eram linhas retiradas de mim
Enquanto as redigia
Meu corpo se desfazia
Ficava próximo ao fim
Benditas palavras versadas
Bálsamos sobre nossas feridas
Impossíveis de serem lidas
São letras vermelhas
Vazadas em papel carmim.
Aniversário
Parabéns por estar vivo
Vivo, vivo e finalmente velho
Saudoso das festas, dos