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Entre Recortes e Ventiladores: Desafios e Conquistas de um Anjo Azul
Entre Recortes e Ventiladores: Desafios e Conquistas de um Anjo Azul
Entre Recortes e Ventiladores: Desafios e Conquistas de um Anjo Azul
E-book44 páginas26 minutos

Entre Recortes e Ventiladores: Desafios e Conquistas de um Anjo Azul

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Sobre este e-book

"Entre recortes e ventiladores" é uma história que se passa na cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, numa escola de educação especial, entre os anos de 2017 e 2019. Trata-se de um relato de vivências pedagógicas, para além das formalidades dos currículos e sistema, onde, em um ano conturbado por troca de gestores e iniciação de vínculos, Mariano, um estudante negro, autista severo, adolescente, apresenta por diversas vezes, ações reativas de agressividade contra a professora Nininha, inclusive. O cenário é propício para que dona Nininha jogue tudo para o alto, mas a sua dedicação, profissionalismo e crença no poder de transformação da e pela educação rompem com padrões discriminatórios cristalizados no imaginário a respeito dos autistas, trazendo a Mariano possibilidades de aprendizagem e afeto para além dos muros escolares.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento27 de set. de 2021
ISBN9786559858675
Entre Recortes e Ventiladores: Desafios e Conquistas de um Anjo Azul

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    Entre Recortes e Ventiladores - Mônica Jacinto

    Prefácio

    Em que mundo nascem os autistas? Em um mundo de todos ou em um mundo só seu?

    Responder tal indagação nos leva a refletir e desvendar a convivência do dia a dia, onde as possibilidades ou as limitações podem nos levar a fazer a diferença ou sermos apenas mais um na vida do outro.

    E aí, qual é a sua escolha?

    Prólogo

    Dando voz à mãe

    Era um dia intenso no centro de saúde. Meu telefone tocou. Identifiquei o número da escola de meu filho. Como toda mãe, o coração disparou.

    — Cristiane, boa tarde! Mariano teve uma crise muito grande aqui na escola e até bateu na professora Nininha. Pedimos que venha buscá-lo.

    Uma fincada invadiu meu peito como sempre quando essas coisas aconteciam. E, naquele ano em especial, as crises do Mariano estavam mais constantes, acredito que as lutas e as mudanças que ocorreram em sua vida naquela época favoreceram esse quadro.

    No ano anterior travei uma luta imensa, tendo como aliados alguns professores, inclusive a professora Nininha, para que a escola de educação especial, onde o Mariano estuda e que presta serviços relevantes ao município por mais de trinta anos não fechasse, pois esse era o projeto de algumas pessoas da gestão da educação municipal no ano de 2016. Sempre soube que meu filho, vários alunos da rede municipal de ensino e os que lá já estavam, necessitavam de uma escola especializada, visto que não conseguiam acompanhar as escolas regulares de ensino. Contudo, a perversidade ideológica que incitava e ainda permanece para muitos, é que as escolas regulares de ensino são o único caminho para a inclusão. Sabe-se que nossos filhos custam caro para o sistema e no final das contas, não darão retorno para o capitalismo vigente.

    Com a cabeça a mil, pego o carro, trêmula, e saio em disparada a caminho da escola. Meus pensamentos desconexos ainda deram conta de articular uma pergunta: logo a professora Nininha, que tanto acolhe e respeita meu filho? Algo muito sofrido se passava na cabeça dele. Sim, os autistas sofrem e se angustiam. As crises são o modo como conseguem transmitir isso. Mariano é verbal, contudo tem uma fala funcional, consegue comunicar o que necessita. Com as pessoas mais próximas

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